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3° PARTE DO TCC PRONTO 2020

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Universidade Paulista
Educação a distância 
ANDERSON CORTEZ GUASALLA RA: 176435
JACIRA DE OLIVEIRA SANTIAGO RA: 1757912
analice brito de carvalho- ra: 1766057
valdeci soares da silva- ra: 1766066
 Título: O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO ÂMBITO ESCOLAR
Subtítulo: INFLUÊNCIA DO ORIENTADOR NA EDUCAÇÃO
guajara-mirim – ro
2020
Universidade Paulista
Educação a distância 
ANDERSON CORTEZ GUASALLA RA: 176435
JACIRA DE OLIVEIRA SANTIAGO RA: 1757912
analice brito de carvalho- ra: 1766057
valdeci soares da silva- ra: 1766066
O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO ÂMBITO ESCOLAR
INFLUÊNCIA DO ORIENTADOR NA EDUCAÇÃO
guajara-mirim – ro
2020
Trabalho final de curso de Pedagogia, intitulado “o papel do orientador educacional no ambito escolar”, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de licenciado em pedagogia da universidade Paulista UNIP, em 27/04/2020 à banca examinadora abaixo assinalada: 
___________________________________________________________________________
Professora 
____________________________________________________________________________
Professor 
____________________________________________________________________________
Professora 
DEDICATÓRIA
Dedicamos esta monografia aos nossos familiares que por diversas vezes nos deram força para persistirmos e não desistirmos de nossos objetivos e sonhos durante essa jornada de nossas vidas.
AGRADECIMENTOS
 Primeiramente a Deus pelo dom da vida, por nos dar sabedoria e nos guiar. 
 Aos nosso familiares que nunca deixaram de acreditar que um dia seriamos capazes de realizar nossos sonhos nos dando todo apoio e suporte necessario para esta realização. 
As escolas que nos acolheram durante nosso periodo de estágio, a equipe do polo Unip de Guajará-Mirim RO que nos deu todo suporte necessario para que nossos sonhos se tornassem realidade.
Eu Anderson Cortez Guasalla agradeço em especial ao meu filho João Miguel que é fonte de inspiração e motivo maior de minha retomada aos estudos. 
Eu, Jacira de Oliveira Santiago, agradeço primeiramente á Deus, pela minha vida, pela força e proteção. Agradeço ao grande amor da minha vida, Edson de Souza Sales, que me apoiou de todas as formas possíveis para realizar esse curso de Graduação, sendo base principal com o apoio sentimental, moral e financeiro, apoiando e crendo que tudo isso seria o começo das minhas futuras realizações, quase não tenho palavras para descrever minha gratidão. 
Obrigada também, ao meu amigo Anderson Cortez, que me aturou durante esses anos de curso, de muitos estudos, trabalhos, estágios, e também, muitas risadas, Deus me presenteou com essa amizade, que pretendo levar pra vida toda. Amigo vencemos, e isso é só o começo das grandes conquistas, e do nosso sucesso!
Eu Valdeci Soares da Silva e Analice Brito de Carvalho agradecemos imensamente nosso filho Valdeci Brito Soares fonte de inspiração para nunca desistirmos de nossos sonhos.
epígrafe
“ a riqueza educacional-diálogo vai levar seus alunos ou filhos a serem grandes pensadores. o diálogo romperá os tabus. o diálogo fortalecerá a educação de nossos filhos e alunos.”
Maicon tienga
RESUMO 
 A presente pesquisa tem como objetivo geral, descobrir a função de um orientador educacional no âmbito escolar e como o mesmo exerce um papel de suma importância para a vida dessas unidades.Para isso recuperamos a trajetória da orientação através da sua evolução no brasil com intenção de ilustrar os caminhos da orientação até a atualidade. Através de uma observação participante, que valoriza o conhecimento baseado na experiência, foi possível evidenciar, diante a nossa vivência em uma escola municipal do municipio de Guajará-Mirim, qual é a atuação do orientador educacional, que ainda hoje está alicerçado na resolução de conflitos. A partir disto buscou-se planejar mudanças para delinear o papel desse profissional, pensando em uma nova atuação para o orientador educacional dentro da escola, com o intuito de valorizar suas funções, atendendo as necessidades dos envolvidos no processo educacional. Conclui-se, portanto, que a escola deve procurar compreender qual é o papel do orientador educacional, buscando valorizá-lo, e este profissional, por sua vez deve ter conhecimento de suas funções e adapta-las as demandas do contexto escolar. 
Palavras-chave: orientador educacional, escola, educação.
RESUMEN
 La presente investigación tiene como objetivo general, descubrir el papel de un asesor educativo en el ámbito escolar y cómo desempeña un papel extremadamente importante en la vida de estas unidades, para ello recuperamos la trayectoria de orientación a través de su evolución en brasil con la intención de ilustra los caminos desde la orientación hasta el presente. A través de la observación participante, que valora el conocimiento basado en la experiencia, fue posible mostrar, en vista de nuestra experiencia en una escuela municipal en el municipio de guajará-mirim, cuál es el papel del asesor educativo, que todavía se basa en la resolución de conflictos en la actualidad. . A partir de esto, buscamos planificar cambios para delinear el papel de este profesional, pensando en un nuevo papel para el asesor educativo dentro de la escuela, con el objetivo de valorar sus funciones, satisfacer las necesidades de los involucrados en el proceso educativo. Se concluye, por lo tanto, que la escuela debe tratar de comprender cuál es el papel del asesor educativo, buscando valorarlo, y este profesional, a su vez, debe tener conocimiento de sus funciones y adaptarlas a las demandas del contexto escolar.
Palabra clave: asesor educativo, escuela, educación
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO
10
2.BREVE HISTÓRICO DA ORIGEM E CONCEITUAÇÃO
12
2.1A Orientação Educacional no Brasil: 
12
 2.2 
Quem é o orientador Educacional?...........................................................17
3.ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL: Dados históricos.............................................18
4.PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL..........................................23
5.PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL.........................................................25
6.ORIENTADOR EDUCACIONAL NOS DIAS DE HOJE..........................................28
7.FUNÇÃO DO ORIENTADOR NO ÂMBITO ESCOLAR.........................................30
8.INFLUÊNCIA DO ORIENTADOR NA EDUCAÇÃO...............................................32
9.ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E OS DESAFIOS DA ATUALIDADE.................33
10.METODOLOGIA...................................................................................................40
11.CONCLUSÃO.......................................................................................................41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................44
1. INTRODUÇÃO 
 Essa monografia de conclusão de curso é um pré-requisito para obtenção do título de licenciatura em Pedagogia pela Universidade Paulista -UNIP. Sob a orientação do Prof° Antônio Richard Trevisan.
 Esse trabalho tem como objetivo apresentar o papel do Orientador Educacional e suas contribuições no ambito escolar. 
O trabalho se divide em três partes de acordo com as normas acadêmicas.
 A primeira parte é o memorial acadêmico, onde podemos observar a necessidade de conhecer melhor o papel do Orientador Educacional.
 A segunda parte trata-se do relato de experiência com aporte teórico e metodológico, no qual abordamos os principais autores acerca do tema, demonstrando qual o papel do orientador educacional e definindo o que é a Orientação Educacional. 
Apresentamos também relatos de experiências vivenciadas durante nosso curso acadêmico, desenvolvendo propostas de melhoria para um bom desempenho profissional do orientador educacional nas escolas. Na terceira parte apresentamos nossas perspectivas pessoais e profissionais como Pedagogos, tais como na área de trabalho e no nosso interesse na formação continuada. 
A presente pesquisa aborda também que a Orientação Educacional, durante anos vem buscando sua identidade no campo escolar. 
O papeldo orientador educacional no âmbito escolar tem como objetivo apresentar algumas reflexões sobre sua atribuição frente às questões relacionadas à indisciplina escolar e também pelo desenvolvimento pessoal de cada aluno. 
Nos tempos mais remotos o Orientador Educacional era visto como Orientador Vocacional, tendo como função, auxiliar os alunos na busca de sua carreira e qualificação profissional. Tendo em vista que, atualmente os cursos de Pedagogia têm formado profissionais para exercer funções diversificadas, inerentes à gestão educacional e pertinentes a administração escolar.
 A orientação educacional surgiu nos Estados Unidos, na primeira década do século XX, por meio da orientação profissional. Foi incluída nas escolas pelo educador Frank Parsons, com o objetivo de orientar os alunos para a escolha profissional.  
A escolha do tema deu-se por meio de observações e estudos durante o estágio supervisionado em Orientação e prática de gestão de educação em Ambiente escolar, surgindo assim o interesse de conhecer a fundo a função deste profissional, no ambiente educacional e seu dever frente a indisciplina de alguns alunos no cotidiano escolar. 
Na escola, o orientador educacional é um dos membros da equipe gestora, ao lado do diretor e do coordenador pedagógico. Dando suporte aos professores e pais na formação dos alunos, como cidadãos, mostrando-lhes valores morais e éticos, e também na resolução de conflitos.
Podemos observar que o papel do orientador vai muito além dos muros escolares, assim como muito além de ser mediador, ele não pode ter mais uma visão fragmentada de educação e do conhecimento, pois ele atua com vários atores e espaços, passando a analisar, refletir e discutir com todos que atuam na escola, de forma pedagógica. 
Portanto o orientador poderá ajudar no dia a dia da sala de aula, junto com as dificuldades dos alunos e professores, como também nos problemas da escola e comunidade/família, usando o diálogo como a ferramenta principal e motivando a participação social e o exercício da cidadania.
 A partir desta pesquisa, pretendemos contribuir para que os estudantes de pedagogia possam entender e refletir sobre a práxis do orientador educacional na escola.
2. BREVE HISTÓRICO DA ORIGEM E CONCEITUAÇÃO
Para entender o que é o orientador educacional, é preciso fazer uma breve retrospectiva histórica, pois há diversas vertentes ao longo de seu desenvolvimento. A orientação educacional surgiu nos Estados Unidos, na primeira década do século XX, por meio da orientação profissional. Foi incluída nas escolas pelo educador Frank Parsons, com o objetivo de orientar os alunos para a escolha profissional. Seu método de orientação vocacional baseava-se em três ações:
- Conhecer o aluno;
-Orientar os jovens a escolha profissional;
- Conhecer o mundo do trabalho;
- Ajustar o indivíduo ao emprego.
Para entender o que é o orientador educacional, é preciso fazer uma breve retrospectiva histórica, pois há diversas vertentes ao longo de seu desenvolvimento.
2.1 A Orientação Educacional no Brasil: 
Surge no início da década de 20, na capital paulista. Ela foi introduzida pelo professor e engenheiro suíço Roberto Mange, cujos trabalhos iniciais foram realizados na área de orientação profissional. (SAVIANI, 2007) A essa época, o país atravessava um período de instabilidade econômica. 
No campo educacional, as oportunidades eram reservadas para as classes dominantes, enquanto que as classes menos favorecidas não podiam alcançar melhores condições de vida, ou seja, a escola reproduzia as desigualdades sociais. 
No ano de 1908, na cidade de Boston (EUA), em meio a tantos avanços tecnológicos, Frank Parsons criou um sistema de orientação para adolescentes que ainda não haviam optado por uma carreira – foi o início da Orientação Profissional. Logo em seguida, no mesmo país, a Orientação Profissional ganhou seu espaço dentro das escolas, que hoje é conhecido como Orientação Vocacional, anos depois, no mesmo país, a Orientação Profissional invadiu as escolas com essa mesma intenção de orientar os alunos quanto à profissionalização e à sua inserção no mercado de trabalho. Esse contato direto do profissional com os alunos, dentro da escola, faz com que ele perceba as dificuldades, as dúvidas e os conflitos que os estudantes enfrentam no dia a dia, além da escolha da profissão. 
Segundo Pimenta (1995, p.18), “a orientação profissional é conseqüência das mudanças científicas, tecnológicas, e industriais das últimas décadas do século XIX, que assinalaram profundas transformações estruturais na sociedade de então”. O conceito de Orientação Educacional abrange diferentes significados- que acompanham sua trajetória histórica, principalmente na realidade brasileira.
No Brasil, a Orientação Educacional teve, em sua implantação, grande influência da orientação americana, em especial o counselling (aconselhamento), e da orientação educacional francesa” (GRINSPUN, 2011, p. 26). Porém essa descoberta não se dá de um dia para o outro; decorre muito tempo – como aponta esta pesquisa.
Segundo Grinspun (2003), antes o orientador era visto como uma figura “neutra” no processo educacional, para “guiar os jovens em sua formação cívica, moral e religiosa”, hoje, espera-se um profissional comprometido com sua área, com a história de seu tempo e com a formação do cidadão. 
O orientador deve fortalecer o contato entre escola e comunidade, já que é tão importante para o aluno o entendimento da sua história real vivida. Com isso, o orientador consegue exercer um de seus papeis, que é atuar na construção do indivíduo, fazendo com que ele tenha compromisso com sua comunidade, desenvolvendo assim, a cidadania. 
O principal papel da Orientação será ajudar o aluno na formação de uma cidadania crítica, e á escola, na organização e realização de seu projeto pedagógico. (GRINSPUN, 2002, p. 29) O que mostra que seu papel vai além dos portões da Escola.
Em nosso país, as décadas de 1920 e 1930 são muito ricas em discussões sobre Educação e, consequentemente, Pedagogia. Socialistas, anarquistas, liberais, conservadores, homens “influentes” de todos os partidos políticos debatem o mesmo assunto. Entretanto, devemos lembrar que “em 1929, mais da metade da população brasileira (65%) de 15 anos ou mais havia sido excluída da escola” – o que caracterizou uma vergonha nacional (PORTO, 2009, p. 28). Conforme Grinspun (2006, p. 31), “o orientador está comprometido com a formação da cidadania dos alunos considerando em especial o caráter da formação e da subjetividade”. 
Orientador e professor devem caminhar juntos. Ele auxilia o professor a compreender o comportamento dos educandos, a lidar com as dificuldades de aprendizagem e mediar conflitos entre alunos, professor e comunidade.
O orientador educacional diferencia-se do coordenador pedagógico, do professor e do diretor. O diretor ou gestor administra a escola como um todo; o professor cuida da especificidade de sua área do conhecimento; o coordenador fornece condições para que o docente realize a sua função da maneira mais adequada possível e o orientador educacional cuida da formação de seu aluno, para a escola e para a vida. 
 É necessário que os docentes conheçam e reflitam sobre o verdadeiro significado da existência da escola e sua função social. Seu trabalho volta-se para a constante reflexão crítica da prática pedagógica. 
A relação é baseada em auxílio e troca de informações, onde o professor relata o que acontece, diariamente dentro da sala de aula, e o orientador utiliza a informação para agir na vida do educando. Na maioria das vezes o comportamento que o aluno tem dentro de sala de aula é o reflexo do que acontece dentro de casa, e que nem sempre ele se sente a vontade para contar a seus professores, enviam apenas sinais, ele capta e transfere para o orientador. 
 Cabe ressaltar que na promoção das reflexões e discussões, o Orientador Educacional deve conhecer a ciência da educação incluindo as teorias da aprendizagem, as psicológicas, as ciências sociais, ou seja, possuircompetência técnica.
No que tange à ação com a família e comunidade, o trabalho volta-se para incluir e mostrar a importância que possuem na organização e desenvolvimento da instituição. Promovendo ações que incentive pais e comunidade a participarem da rotina escolar, que possam levar seus anseios e sintam que sua opinião é válida e importante. 
Segundo Giacaglia e Penteado (2010), “o Orientador é um profissional técnico, da área de educação, que exerce uma profissão de apoio a pessoas e, portanto, de natureza assistencial.” Ainda segundo essas autoras o trabalho desses profissionais se orienta principalmente para o “bem estar e felicidade” dos alunos. É necessário compreender o educando de forma integral, e não apenas como um sujeito a ser ajustado e ensinado.
Em 1942 as Leis Orgânicas de Ensino tornam obrigatória a presença do Orientador Educacional nas escolas secundárias (somente para escola industrial ou escola técnica, provavelmente por conta de suas origens profissionalizantes). Em 1958, por meio da Portaria de nº 105 do MEC o exercício da função do orientador educacional no ensino secundário foi regulamentado. Mas o primeiro registro oficial de um Orientador foi dado pelo MEC apenas em 1960. Em 1961, a Lei nº 4024/61 (LDB) a orientação, antes introduzida somente no ensino secundário, passou a atender também o ensino primário. Nesta, a orientação tem um novo enfoque, suas atribuições voltam-se para todos os alunos e não mais 24 somente para os alunos problemas. Nesse contexto na LDB de 1961, o Orientador ganha status de Orientador Educativo (OE) e Vocacional, tornando seu trabalho mais minucioso e desenvolvido para todos os alunos, não mais voltado apenas para os “alunos-problema”.
 Em 1973 é criado o Decreto – Lei n° 72.846 de 26/06/1973, que regulamentou as atribuições do Orientador Educacional em âmbito nacional, e até os dias de hoje a atuação desses profissionais estão baseadas nesse documento. O legislador estabeleceu atribuições privativas, nas quais o Orientador deve coordenar e participar, atuando em cooperação com os demais membros da escola. Dentre todas as atribuições, que auxiliam na orientação para um trabalho prático, destaco algumas atribuições previstas nos Artigos 8º e 9º: Art. 8º São atribuições privativas do Orientador Educacional: 
a) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de Orientação Educacional em nível de: 1- Escola; 2- Comunidade; 
c) Coordenar a orientação vocacional do educando, incorporando- o ao processo educativo global;
d) Coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões e habilidades do educando; 
h) Coordenar o acompanhamento pós- escolar; 
j) Supervisionar estágios na área da Orientação Educacional. Art. 9º Compete, ainda, ao Orientador Educacional as seguintes atribuições: 
c) Participar no processo de elaboração do currículo pleno da escola; 
e) Participar do processo de avaliação e recuperação dos alunos; 
g) Participar do processo de integração escola- família- comunidade; 
h) Realizar estudos e pesquisas na área de da Orientação Educacional. (Lei n° 72.846 de 26/06/1973)
 A década de 80 traz uma série de fatores que mostra uma busca de identidade para o orientador. Apesar dos avanços legais e continuidade da movimentação da classe, o trabalho efetivo não acontecia, o que desvalorizava o trabalho desse profissional.
 Isso se dá por vários fatores, um deles é o não cumprimento da lei 5692/71 que previa a obrigatoriedade do Orientador Educacional nas escolas. Um dos motivos do não cumprimento da lei era a situação econômica que o país enfrentava. Havia muitas escolas públicas e a folha de pagamento público representava uma 25 enorme fatia do orçamento público, onde a figura do Orientador ficava fora das prioridades de contratação.
Com a não obrigatoriedade deste profissional dentro das escolas a profissão foi perdendo força. 
Além de todos esses fatores legais, é nítido que a educação sempre serviu mais a política do que à sociedade, visto que essas decisões foram tomadas devido a crises econômicas.
2.2 Quem é o orientador Educacional?
Orientador Educacional é o mediador da escola. É o elo entre educadores, pais e estudantes atua para administrar diferentes pontos de vista que acontecem no ambiente escolar, ajudando com as dificuldades de aprendizagem e conflitos decorrentes entre os alunos, professores e escola. É atribuído a ele também o desenvolvimento pessoal do aluno, ajudando a equipe gestora a realizar propostas pedagógicas que “nivelem “o processo de aprendizagem dos alunos com dificuldade.
Nos dias atuais acredita-se que o orientador Educacional com seu papel de mediador na escola possibilita auxiliar nas transformações da escola e com isso na sociedade. Durante os anos a função do orientador sofreu várias alterações e questionamentos tanto na teoria como na prática. Na atualidade torna imprescindível a atuação desse professional numa perspectiva crítica, conscientizadora e com ética no auxílio a pais e alunos e também na melhora moral, desenvolvendo valores na formação humana. 
3 ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL: DADOS HISTÓRICOS
A Orientação Educacional, nos primórdios de sua implantação, foi associada ao simples ajustamento dos alunos ao sistema e de forma ingênua achou que poderia excluir o conflito das relações interpessoais mediante enfoque “psicologista”, sem se aprofundar nas causas sociais dos conflitos e ajustando o aluno a um comportamento ideal para uma escola ideal. Segundo Grinspun (2003) “a orientação estava dentro da escola e não se deu conta do seu papel. Aliás, assumiu, em alguns momentos, uma ingenuidade pedagógica, ouvindo, muitas vezes, as críticas às suas atividades, como sendo responsável pela fragmentação escolar, como não resolvendo todos os conflitos que a própria escola não dava conta de resolver”.
Sua prática foi muito criticada e em muitas escolas este serviço deixou de existir mesmo aparecendo em LDBs mais antigas como uma legislação específica, implementando a Orientação Educacional, seus atributos e formação.
Acreditamos que a partir deste estudo, retomando dados históricos podemos analisar o papel da orientação Educacional na escola e ressignificar a prática do Orientador Educacional. Nesse sentido rememoramos num breve histórico da Orientação Educacional na legislação educacional brasileira.
No cenário educacional a Orientação Educacional aparece desde a Constituição de 1937, durante o Estado Novo sob a ditadura de Getúlio Vargas, que promovia a disciplina moral e o adestramento físico da juventude para o cumprimento dos seus deveres para com a economia e a defesa da Nação, desta forma mantinha os alunos da elite ditos “normais” nos cursos regulares, e os alunos da classe trabalhadora ditos “menos favorecidos” no ensino pré-vocacional e profissional. Para implantar a Constituição de 1937, no que se refere à Educação, foram criados diversos decretos-leis, denominados Leis Orgânicas do Ensino, que empreenderam uma série de reformas no ensino, referenciando, pela primeira vez, a profissão do Orientador Educacional.
A primeira referência à Orientação Educacional apareceu no Decreto-Lei nº 4.073 de 30/01/1942- Lei Orgânica do Ensino Industrial, instituindo a função nas escolas industriais ou técnicas. Depois, no Decreto-Lei nº 4.244 de 09/04/42 – Lei Orgânica do Ensino Secundário, a Orientação Educacional foi instituída nos estabelecimentos de ensino secundário. Em todos os decretos-leis posteriores, até 1946, que ampliam a instituição da Orientação Educacional em todos os estabelecimentos de ensino, está sempre presente o caráter moralizador, de ajustamento e preventivo, permeando o trabalho deste profissional.
A presença da Orientação Educacional nas Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional está mais explicitada na Lei nº 4.024 de 20/12/1961, que institui a Orientação Educativa e Vocacional em cooperação com a família (art. 38), assegurando a participação do Orientador Educacional na escola, regulamentando a sua formação.
A referida lei determinaque a formação de orientadores para o ensino primário se dará no ensino normal (art. 52) e para atuarem na educação média, a formação será feita nas faculdades de Filosofia, que criarão cursos específicos para esse fim.
Terão acesso a esses cursos os licenciados em Pedagogia, Filosofia ou Ciências Sociais, graduados em Educação Física pelas Escolas Superiores de Educação Física e os inspetores de ensino, todos com estágio mínimo de três anos no magistério (art. 62). Nesta Lei a Orientação Educacional fica caracterizada por seu aspecto preventivo e psicológico e deveria contribuir para a formação integral da personalidade do adolescente, para o seu ajustamento pessoal e social.
A perspectiva do desenvolvimento integral da personalidade do aluno é encontrada no objetivo da Orientação Educacional na Lei nº 5.564/68, que regulamenta o exercício da profissão do Orientador Educacional caracterizada por uma abordagem psicológica e preventiva, destacando assim, em termos de especializações, a Orientação Educacional como profissão regulamentada.
Esta mesma Lei diferencia a Orientação Educacional da Orientação Profissional, sendo que esta ficou destinada mais à orientação vocacional nas escolas industriais, objetivando ajustar os alunos aos cursos oferecidos para suprir o mercado de trabalho, enquanto aquela atuava na escola numa perspectiva de ajustamento, de prevenção de problemas e de identificação das diferenças individuais para ajustar o ensino a elas. Outro documento legal, o Parecer nº 632/69 apresenta os objetivos da Orientação Educativa, caracterizando-a na área pedagógica, atribuindo ao Orientador Educativo “guiar os jovens na sua formação moral, cívica e religiosa” e “estimular o sentido de vida comunitário, favorecendo melhor relacionamento dos jovens com a família, a escola e a comunidade”. Destaca-se, neste período, a Lei nº 5.540/68, que tratou a Reforma Universitária e aborda a formação dos especialistas. Também o Parecer nº 252/69, um dos mais importantes documentos que trata da formação do Orientador Educacional, pois apresenta um histórico à cerca do tema, críticas à Lei nº 4.064/61 e ao Parecer nº 251/62, sendo que neste ao fixar o currículo mínimo, a duração do curso de Pedagogia e as habilitações, não considerou a Orientação Educacional.
Já a Lei nº 5.692/71 instituiu a obrigatoriedade da Orientação Educacional nas escolas de 1º e 2º graus e privilegia a área vocacional, pretendendo instituir o ensino profissionalizante obrigatório que, por meio do aconselhamento vocacional, oportunizava a escolha de uma profissão que atendesse as demandas do mercado de trabalho. O Parecer 339/72 destacou a importância da sondagem de aptidões, reforçando a utilização de técnicas apropriadas para a identificação das vocações dos alunos, evidenciando o caráter de aconselhamento psicológico.
Segundo Grinspun (2006), a Orientação Educacional pode ser definida, segundo a Lei nº 5.692/71, como “um atendimento ao momento histórico-político no período de sua implantação e desenvolvimento. Em um enfoque psicologista, a Orientação serviu mais para o próprio sistema do que para os próprios alunos”.
Na LDB, Lei nº 9394/96 de 20/12/1996, a Orientação Educacional é explicitada apenas no art. 64, que trata da “formação dos profissionais da Educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e Orientação Educacional para a Educação Básica, que deverá ser feita em cursos de graduação em Pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional”, porém a importância da formação profissional do Orientador Educacional perpassa toda a Lei, em vários artigos, no que se refere ao Ensino Médio, quanto aos currículos relacionados à preparação geral para o trabalho, principalmente relacionados às alternativas da Educação Básica de Jovens e Adultos e à Educação Profissional.
Além da legislação explicitar a Orientação Educacional e sua formação de forma mais geral, existe questão da formação deste profissional, que ficou vaga, pois não existe mais um curso específico que forme orientadores educacionais. Há alguns anos a formação era feita em um curso específico dentro da Pedagogia, atualmente só em nível de pós-graduação, não sendo oferecido em todas as universidades.
A formação anterior, feita com base à luz das antigas legislações, deu muita ênfase às teorias da Psicologia, permeando o trabalho do orientador educacional como alguém que poderia antecipar os problemas dos alunos para ajustá-los ao meio ou quando muito se tornou um aplicador de testes vocacionais e, que também visavam o ajustamento do aluno ao mercado de trabalho, sem questionar muito a validade destas práticas, acabando por acirrar as críticas à atuação deste profissional dentro da escola e a necessidade de que esta função se mantivesse nos quadros escolares.
Desta forma criou-se o impasse gerador da crise paradigmática sobre a atuação do Orientador Educacional e a relevância de sua função na escola. Muitos profissionais foram aposentando-se e não foram substituídos, pois parecia que não faziam falta, uma vez que os problemas de estrutura social e econômica foram aumentando e o Orientador Educacional não conseguiu acompanhar este movimento com a mesma rapidez, sendo alvo de toda a sorte de críticas ao trabalho que vinha desempenhando.
Podemos observar que alguns Orientadores Educacionais com mais tempo de carreira e que são oriundos desta modalidade mais antiga de formação, ainda confundem suas funções na escola, atuando mais como assistente social ou no atendimento com cunho mais psicológico, do que como educador que pensa, reflete e propicia o diálogo entre os atores sociais do processo educacional, ajudando a buscar soluções compartilhadas para os problemas que surgem.
Nesta breve análise, observa-se que uma vez que o modelo de Orientação Educacional implantado no Brasil no final dos anos 30 foi uma cópia do modelo norte-americano, que previa uma rede de suporte com especialistas (psicólogos, fonoaudiólogos, neurologistas, etc.…) para trabalhar com a demanda encaminhada pelo Orientador Educacional, no Brasil esta rede de suporte nunca foi efetivamente implantada, portanto a formação que este profissional recebeu estava calcada em pressupostos que acabaram por desestruturar a prática da Orientação Educacional, pois não havia, e ainda não há, uma rede de suporte que dê sustentação ao seu trabalho de diagnóstico das dificuldades na escola com o atendimento especializado às demandas que se fazem necessárias a estes encaminhamentos, dificultando ainda mais o seu trabalho.
Diante deste contexto, uma leitura crítica da legislação e dos contextos sociais em que foram promulgadas nos leva a compreender que a orientação educacional no Brasil tem cumprido os papéis que dela eram esperados; muitas vezes a favor do sistema excludente e poucas vezes carregada de ousadia no sentido da emancipação das camadas populares. Isso se deve, principalmente, ao fato de estar atrelada às políticas educacionais vigentes nos diferentes momentos históricos.
4 PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
Para que as ações de planejamento sejam efetivas no ensino aprendizagem dos alunos, é de extrema necessidade que a construção escolar seja organizada por todos os membros que dela fazem parte, criando um espaço de trabalho prazeroso, produtivo e com fortes vínculos afetivos. Somente com a construção de núcleos mobilizados, através da participação de professores, direção, supervisores, orientadores educacionais, alunos e funcionários, ocorrerão a transformação e melhoria da educação, pois, quando conectados em rede, estes promoverão transformações significativas no contexto educacional. Segundo Luck (1992), a participação é por si um processo que catalisa e desenvolve a consciência e a mobilização para a ação, estabelecendo um compromisso coletivo pela sua efetivação. 
 Os princípios da orientação educacional traduzem uma política participativa que deve permear todos esses atos momentos.
 De acordo comHeloisa Luck (2008, ap.23), ao planejamento são atribuídos significados diversos, segundo o enfoque e a ênfase com que o estudioso o aborda. Dessa forma, surgem diferentes conceitos que nos orientam na abordagem á problemática do planejar.
Também sobre o mesmo assunto. Giacaglia & Penteado (2010.p.100), o planejamento é uma tarefa de grande importância e responsabilidade, pois dele deverá resultar um plano que norteará toda atividade daquela escola durante o ano.
 Planejar é fundamental para transformar sonhos em realidade. Quando se planeja de forma consciente e sistemática, são estabelecidas metas e selecionadas ações para que se alcance os resultados desejados.
O planejamento das atividades é necessário em qualquer profissão, e na educação é imprescindível esta etapa. É o planejamento que define as propriedades e as consequências a serem desenvolvidas ao longo do ano letivo. 
É através do planejamento que o orientador Educacional encontra espaço adequado para registrar as atividades, as estratégias, as articulações pedagógicas a fim de tornar o planejamento possível de realizar. 
Para o Orientador Educacional ciente de sua responsabilidade da importância do planejamento aproveitará todo e qualquer momento para buscar integração, reflexão e intervenção, realizando o seu plano de ação em especial., suas ações.
Os principais fatores que propiciaram o desenvolvimento da orientação profissional foram: a organização racional da indústria de um lado e o desenvolvimento da psicologia cientifica, de outro. 
 A orientação profissional, Como um processo avaliativo das habilidades individuais, e sobre as várias alternativas com as quais o individuo poderia contar adquire assim uma conotação positiva ao estimular o mesmo a usá-las de forma construtiva para sua forma profissional. Esta modalidade de orientação se desenvolveu baseada nas formulações da psicologia diferencial, tornando-se uma maneira de persuasão psicológica, à medida que convencia os indivíduos de que obter ou não um emprego depende das capacidades de cada um. (PIMENTA, 1995).
Cabe a este profissional facilitar e estimular a escolha de um estilo de vida, colocando o aluno face às alternativas, ou seja, levando-o a assumir a responsabilidade sobre suas as próprias escolhas, fazendo de sua existência um processo de afirmação de sua identidade. Essa colocação conduz a orientação educacional a uma ação baseada em motivações internas e no desejo livremente formulado de mudanças, ou seja, uma ação centrada no aluno como pessoa livre e responsável.
5 PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL
O papel do orientador educacional é muito importante para o bom aproveitamento do aluno e sua inserção no meio escolar, social e profissional. 
O profissional da orientação escolar é um grande conhecedor dos assuntos ligados a educação e ao comportamento humano de forma geral. Um educador nato, esse profissional se destaca por suas qualidades humanas, seu desejo em ajudar e sua polivalência. Se você é um diplomado em Pedagogia, Gestão da Educação e Psicologia você pode se especializar na área de orientacao educacional e escolar. Somente com diploma Latu Sensus, isto é, diploma de pós graduação é possível atuar na área de orientacão escolar. Uma vez que você obtiver o diploma de orientador ou orientadora educacional, você pode concorrer a vagas de concurso para orientador educacional e educador escolar. Além de poder concorrer aos concursos da área também é possível encontrar trabalho de educador pedagógico diretamente com as instituições de ensino e órgãos ligados a área de educação como associações, entre outros.
Conforme Pascoal, Horonato e Albuquerque (2008), o orientador educacional deve atender os alunos em suas necessidades, não se restringindo apenas aos problemas disciplinares. 
Como o mesmo faz parte da gestão escolar, cabe a ele participar da construção coletiva que favorece o bom desenvolvimento do trabalho pedagógico, participando dos momentos coletivos da instituição. 
Está a cargo do orientador, também, fazer um elo entre a situação escolar e a família, contribuindo para que os alunos aprendam significativamente, traçando metas, junto à família. Só assim o espaço escolar tornarse-á favorável aos mesmos. 
É papel do orientador também propiciar debates sobre temas relevantes no cotidiano dos alunos, professores e pais, com o objetivo de elevar o nível de cultura da comunidade em que estão inseridos. 
Quanto à sociedade, este profissional pode discutir com os alunos assuntos comentados pela mídia, pois estes são importantes para o currículo. 
O exercício deste profissional precisa estar revestido de sentido ético profissional, pois o mesmo está em contato com informações particulares dos alunos e da escola, cujo sigilo deve ser mantido. (PASCOAL, HORONATO E ALBUQUERQUE, 2008). 
Neste sentido, Carvalho (2010) ressalta que o trabalho de um orientador revestese de grande importância e responsabilidade. Embora não haja um código de ética elaborado especificamente para o Orientador Educacional, como todo profissional, ele deve ter sua atuação pautada por princípios éticos. 
 As informações sobre os alunos, funcionários e comunidade não devem ser alvo de comentários com outras pessoas. Tal cuidado é de suma importância para que se estabeleça uma relação eficiente da ajuda e de confiança. 
Ressalta também que não deve haver diferença em sua conduta ao interagir com pessoas de diferentes faixas etárias e nível sócio-econômico-cultual.
Para que o Orientador Educacional conseguisse conquistar seu espaço dentro da escola, ele teve que passar por vários períodos históricos até sua profissão ser reconhecida como tal e inserida nas dimensões pedagógicas.
O papel do orientador é ajudar o aluno na formação de uma cidadania crítica e a escola na organização de seu projeto pedagógico.
É papel também do orientador também propiciar debates sobre temas relevantes no cotidiano dos alunos, professores e pais, com o objetivo de elevar o nível de cultura da comunidade em que estão inseridos. 
O Orientador Educacional é responsável pela articulação do trabalho desenvolvido dentro da unidade escolar, visando sempre uma atividade integrada, dentro de uma linha pedagógica juntamente com a comunidade escolar. 
É muito importante que o orientador tenha em mente que o professor é peça fundamental no desempenho de suas funções, visto que este mantém um relacionamento mais estreito com o aluno.
Quanto à sociedade, este profissional pode discutir com os alunos assuntos comentados pela mídia, pois estes são importantes para o currículo. 
O exercício deste profissional precisa estar revestido de sentido ético profissional, pois o mesmo está em contato com informações particulares dos alunos e da escola, cujo sigilo deve ser mantido. 
Neste sentido, Carvalho (2010) ressalta que o trabalho de um orientador revestese de grande importância e responsabilidade. Embora não haja um código de ética elaborado especificamente para o Orientador Educacional, como todo profissional, ele deve ter sua atuação pautada por princípios éticos. 
As informações sobre os alunos, funcionários e comunidade não devem ser alvo de comentários com outras pessoas.
6 ORIENTADOR EDUCACIONAL NOS DIAS DE HOJE
Hoje, o orientador tem espaço próprio junto aos demais protagonistas da escola para um trabalho pedagógico integrado, compreendendo criticamente as relações que se estabelecem no processo educacional. 
O orientador, mais do que nunca, está atento ao trabalho coletivo da escola, atuando harmoniosamente com os demais profissionais da Educação; o trabalho é interdisciplinar. 
Percebe-se a existência de poucos Orientadores Educacionais nas escolas, além de um certo descaso das instituições públicas em estimular o desenvolvimento de suas atividades. Em muitos casos, o Orientador Educacional cuida da disciplina nos corredores ou no recreio, cobre a ausência do diretor, do secretário ou de outros profissionais que atuam na escola; se for preciso substitui o professor. Seria este o verdadeiro papel do Orientador? Me pergunto,muitas vezes, a verdadeira razão de ele estar tão deslocado de sua verdadeira função. 
A autora Giacaglia esclarece-nos que é incompatível com o exercício da função de Orientador Educacional: 
proceder à chamada de alunos; recolher, carimbar e/ou entregar cadernetas escolares ou de passes; cuidar da disciplina em salas de aula, nos corredores ou nos recreios; cobrir sistematicamente as ausências do diretor (a não ser que seja afastado de seu cargo e dsignado para assumir a direção), do secretário ou de qualquer outro profissional que atue na escola. (2002, p. 7).
O passado nos revela que a Orientação Educacional tinha um conceito terapêutico e psicológico. Portanto, hoje sua prioridade não mais é o ajuste do aluno e sim sua formação.
 Em outras palavras há a necessidade de uma nova abordagem de Orientação, voltada à construção de um cidadão consciente e comprometido com seu tempo e sua cultura. Sendo assim, cabe direcionar um novo padrão para a Orientação Educ-
acional, ou seja, ajudando o aluno a inserir-se em seu próprio contexto social e cultural. (CARVALHO, 2010). 
De acordo com o diretor da escola em questão, o trabalho do orientador educacional está articulado aos demais membros da comunidade escolar, ou seja, este trabalha em conjunto com professores e suporte pedagógico.
Pellegrini (1986, p. 127) ressalta uma das questões essenciais na questão de construção de um trabalho coletivo, para ele: a grande riqueza da participação de todos está na medida em que cada grupo as suas percepções sobre a realidade que o cerca quando os objetivos definidos e os planos de ação estão impregnados dessas diferentes percepções. 
É através da participação que cada pessoa é respeitada enquanto indivíduo e integrante de um corpo maior e coletivo que é a escola.
A orientação educacional tem papel importante, pois auxilia: a conceber a educação enquanto prática social, formular um projeto político pedagógico que reflita os objetivos da escola e os interesses dos alunos, além de contribuir para o desenvolvimento das potencialidades dos alunos, dentre tantos outros aspectos, como: autonomia, participação, responsabilidade, reflexão e solidariedade. (GRINSPUN, 2006). ... Em face das transformações que vivemos no mundo e que repercutem em todas as instituições, o papel da orientação educacional é muito significativo, ao possibilitar ao sujeito compreender e analisar esse mundo, compreendendo-se nesta relação com o outro, e também ajudando a escola na interação de suas relações e de seu projeto político pedagógico, de modo que possamos viver e conviver neste mundo de forma crítica e consciente, buscando alternativas, criando estratégias para uma escola de mais qualidade, uma sociedade mais justa e um mundo que aposte na paz. (GRINSPUN, 2006, p. 187). Um dos principais papéis do Orientador Educacional é ser o elo entre escola, alunos e comunidade. 
O trabalho do orientador ultrapassa os muros da escola, ele deve dialogar com a família para entender, cada vez mais, a realidade, o comportamento, sonhos e desejos dos alunos.
7 FUNÇÃO DO ORIENTADOR NO ÂMBITO ESCOLAR.
Antigamente o Orientador era tido como “delegado”, pois era responsável por tratar dos problemas causados em sala de aula, de forma enfática encaminhando os alunos problemáticos ao psicólogo. 
Nos dias atuais ele é o responsável por intermediar os conflitos escolares auxiliando os professores à lidar com alunos com dificuldade de aprendizagem, para obter maior alcance do seu trabalho precisa manter uma relação de confiança com professores, pais e alunos tendo assim uma base para lidar com as situações diárias que ocorrem no ambiente escolar.
É necessário que o orientador mantenha reuniões semanais com as classes para mapear problemas dar suporte a crianças com dificuldade de relacionamento com os outros alunos e estabelecer parceria com as famílias, para saber se a dificuldade de relacionamento e caso familiar, neste processo torna se essencial a participação da sociedade, oferecendo boas condições de acessibilidade para que estes alunos tenham oportunidades idênticas, tanto fora quanto dentro da escola.
Observando toda trajetória percorrida por estes profissionais podemos dizer que o orientador educacional é essencialmente um facilitador no processo educativo, alem de ser um auxiliar na construção social dos educandos, promovendo o ajustamento social dos educandos considerando os fatores, éticos, culturais e socioeconômicos. “Cabe aos orientadores criar, descobrir e propor novas formas viáveis e efetivas, de eliminação do fracasso escolar, tanto no nível de variáveis intra-escolares, que às vezes o mantém, como no de variáveis extraclasses, que não encontram meios de suprimi-lo. (GRINSPUN, 2006, p.86)".
De acordo com Carvalho (2010), atualmente as principais atividades e funções do orientador educacional são: atividade existencial, que orienta o educando não apenas em sua vida escolar, mas também na vida particular; atividade terapêutica, voltada para alunos com dificuldades de estudo ou de comportamento e atividade de recuperação, que se dirige ao educando com déficit definido de aprendizagem e que precisa de recuperação.
Se antes o Orientador se preparava para resolver todos os possíveis problemas enfrentados pelo aluno (ligados à afetividade, sexualidade, família, ajuste social), hoje, seu papel relaciona-se a incitar reflexões, discussões e identificação dos problemas vivenciados não apenas pelos alunos, mas pela comunidade escolar em geral. 
Existem ainda preconceitos e antagonismos, por vezes falsos, que há muito persistem no imaginário da escola e o Orientador, por estar em contato com os diferentes segmentos dela, tem a possibilidade de percebê-los mais facilmente. Cuidar para que a escola como um todo seja guiada por interesses comuns, certamente é uma das mais importantes tarefas do Orientador, conduzindo reflexões que entendam a íntima relação entre autoridade e liberdade; respeito às normas e formação de cidadãos; disciplina, construção do conhecimento e criticidade. 
Em muitas escolas permanece o entendimento de que o Orientador Educacional possa apresentar soluções para os problemas que lhes chega. 
Na escola, o orientador educacional é um dos membros da equipe gestora, ao lado do diretor e do coordenador pedagógico. Ele é o principal responsável pelo desenvolvimento pessoal de cada aluno, dando suporte a sua formação como cidadão, à reflexão sobre valores morais e éticos e à resolução de conflitos. 
8 INFLUÊNCIA DO ORIENTADOR NA EDUCAÇÃO
Quando paramos para pensar no papel do Orientador Educacional em meio aos desafios da Educação no século XXI, nos questionamos: o que faz este profissional junto aos docentes, na busca do interesse dos educandos pelos estudos, fazendo com que haja interesse por uma boa aprendizagem mais eficaz e significativa? Cabe ao Orientador Educacional buscar meios de aprendizagem que sejam interessantes tanto para aluno quanto para professor.                     
 Ele pesquisa e estuda estratégias diversificadas de ensino e aprendizagem, procurando diferentes caminhos para que isso aconteça, visando para a motivação de professores e de alunos, para assim, alcançarem o sucesso escolar.
Conforme afirma Carr (1997, p.22):
Ensinar é fazer com que os alunos se comprometam num questionamento dialético de princípios fundamentais, desenvolvam estratégias de discussão de verdades estabelecidas. É fazer com que analisem argumentos pró e contra e buscando a validação ou a contestação de hipóteses e crenças, com que estabeleçam novas hipóteses e novas crenças fundamentadas por pesquisa e reflexões sérias.
A motivação de ambos, alunos e mestres, pode ser com clareza, tratada separadamente. Indo mais a fundo, é possível afirmar que a prática da aprendizagem é fundamental no crescimento de um ciclo contínuo de motivação-aprendizado, no qual o aluno se motiva cada vez mais a aprender mais. A motivação, portanto, é um processo que acontece de forma diferente em cada sujeitoe que está individualmente ligado às relações de troca que o mesmo estabelece com o meio onde vive. Em uma sala de aula, o interesse é a principal chave para que o aluno tenha vontade de ir atrás do conhecimento.         
9 ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E OS DESAFIOS DA ATUALIDADE
Na atualidade a orientação educacional está mobilizada com outros fatores que vão muito além de auxiliar e cuidar educandos com problemas. Há, portanto, necessidade de nos inserirmos em uma nova abordagem de Orientação, voltada para a formação de um cidadão que esteja mais comprometido com seu tempo.
É necessária uma proposta mais crítica e democrática ao trabalhar com o aluno no desenvolvimento do seu processo de cidadania, trabalhando a subjetividade e a intersubjetividade, obtidas através do diálogo nas relações estabelecidas.
O papel do Orientador Educacional, hoje, está comprometido com a mediação, transformação e organização de um currículo problematizador, onde o aluno constrói seu próprio conhecimento, estimulado pela busca constante da resolução dos conflitos que surgem no confronto de ideias, onde é incentivado a expressar-se com liberdade, onde o erro passa a ser construtivo e motivador na busca de novas respostas, onde o aluno é orientado a sair do senso comum em direção a uma concepção mais elaborada de mundo, partindo de sua realidade vivencial para a ampliação do seu saber e o acesso a outros saberes. É um processo permanente de construção, desconstrução e reconstrução do conhecimento por parte do aluno, sendo o professor um facilitador deste processo e o orientador educacional um mediador destas relações no cotidiano pedagógico da escola, compreendendo criticamente as relações que se estabelecem no processo educacional, buscando trabalhar integradamente com todos os atores sociais de todos os setores da comunidade escolar, sem deixar de olhar sensivelmente todas os aspectos destas relações. Isso é o que nos motiva a buscar, cada vez mais, enquanto Orientadores Educacionais, uma formação específica, engajada com estes valores e contexto. A Orientação busca os meios necessários para que a escola cumpra seu papel de educar com base em seu projeto político-pedagógico, promovendo as condições básicas para formação da cidadania dos alunos.
O orientador na atualidade é aquele que discute as questões da cultura escolar promovendo estratégias para que sua realidade não se cristalize em verdades 
intransponíveis, mas se articule com prováveis verdades vividas no dia-a-dia da organização escolar.
Rangel (2003, p. 142) destaca:
Ensinar a aprender e aprender a ensinar são conceitos que se associam à reconstrução ou reelaboração do conhecimento, enquanto processos que se realizam com a parceria de alunos, professores e setores, no cotidiano escolar. Ensinar não é só instruir ou informar, mas reconstruir conteúdos e processos de aprendizagem. Essa reconstrução se dá no movimento e nas relações entre professores, alunos, conteúdos, avaliação, recuperação e contexto da aprendizagem. Pesquisar é indagar, investir, aproximar-se dos fatos, com base teórica e metodológica pertinente à construção dos objetos de pesquisa, com especial atenção aos sujeitos que vivenciam o cotidiano.
Participando sempre, ao lado de todas as seções da escola, inclusive na construção do projeto político pedagógico, o orientador encontra um momento propício para planejamentos conjuntos, resolução de conflitos, no intuito de construir uma escola cidadã com objetivos em comum na busca pela transformação da sociedade.
A escola, hoje, tem um papel muito mais complexo do que antes, pois tem que educar com as novas formas de educação impostas pela prática social, como a questão da mídia e a questão das representações sociais e do imaginário, que estão presentes quando se fala em educar o sujeito. A Orientação Educacional, também passa por esse processo de adequação, pois, atua diretamente com professores, alunos e comunidade escolar.
Nas concepções tradicionais, a Orientação Educacional tinha o papel de ajustar o aluno à escola, à família e à sociedade, levando em consideração um modelo de homem, de sociedade, de escola e até de Orientação. Na pedagogia tradicional o orientador tinha a responsabilidade de aplicar testes e instrumentos de medida. Já na pedagogia renovada o orientador tinha o papel de consultor, identificando as mudanças no desenvolvimento do aluno através de atividades de estimulo. Nas concepções progressistas, a orientação trabalha com a realidade social do aluno, diante as contradições e conflitos, fazendo a mediação entre indivíduo e sociedade. O indivíduo é construído no processo histórico e social da vida humana.
Segundo GRINSPUN (2006, p. 55) “O orientador educacional dialetiza as relações e vê o aluno como um ser real, concreto e histórico”. Dessa forma, ele assume uma postura política, percebendo que a educação faz parte de um contexto sócio-econômico-político-cultural e que o aluno é o principal sujeito desse contexto onde, o mesmo está inserido em uma determinada sociedade.
Por isso, o Orientador Educacional é um profissional de grande importância na escola, pois, ele vai articular meios de ajudar o aluno a compreender as redes de relações que na sociedade se estabelecem. Hoje, torna-se necessário que o Orientador Educacional, tenha uma boa formação política-pedagógica, psicológica e cultural, pois o sujeito/aluno hoje, não é o mesmo de ontem.
Esse olhar diante o cotidiano do aluno e de sua formação. É importante porque o sujeito que está na escola tem direta ou indiretamente a participação em outros meios tendo contato com diversos conhecimentos. Porém, como diz Saviani, (2000, p. 41) “é preciso concretizá-lo no cotidiano, questionando, respondendo, avaliando, num trabalho desenvolvido por grupos e indivíduos que constroem o seu mundo e o fazem por si mesmos”. O orientador então, atua possibilitando conhecimentos sistemáticos, levando o aluno a ter uma “consciência crítica” como dizia o Educador Paulo Freire.
Conforme VILLON (1994)“o trabalho do orientador educacional deve ser o de propiciar a aproximação entre a escola e a comunidade, desvelando os papéis e a influência que diversas instituições, tais como clubes, indústrias, comércios locais, associações, clubes, etc. exercem na comunidade”. Preconiza a liberdade de extrapolar o espaço escolar indo rumo à comunidade escolar. A autora também aponta que o campo de atuação do orientador educacional não se limita à microestrutura escolar.
ASSIS (1994) apresenta a importância do papel do orientador educacional como corresponsável pela aprendizagem dos alunos. Questiona as práticas docentes envolvendo os aspectos didático-pedagógicos, tais como metodologia, avaliação, relação professor-aluno, objetivos, conteúdos, e mostra a necessidade de que os docentes conheçam e reflitam sobre o real significado da existência da escola e sua função social. A autora diz que a Filosofia ajuda o orientador educacional no sentido 
das práxis pedagógicas e acrescenta: “Outros conhecimentos devem fundamentar a prática do orientador educacional, tais como: Psicologia, Sociologia, História da Educação e História do Brasil (até nossos dias), além de outros, oriundos da Antropologia, Ciências Políticas, Metodologia e Pesquisa em uma abordagem qualitativa”. (p. 137)
PLACCO (1994, p. 30) conceitua a orientação educacional como um processo social desencadeado dentro da escola, mobilizando todos os educadores que nela atuam – especialmente os professores – para que, na formação desse homem coletivo, auxiliem cada aluno a se construir, a identificar o processo de escolha por que passam, os fatores socioeconômico-político-ideológicos e éticos que o permeiam e os mecanismos por meio dos quais ele possa superar a alienação proveniente de nossa organização social, tornando-se, assim, um elemento consciente e atuante dentro da organização social, contribuindo para sua transformação.
De acordo com estudos realizados, esse período referente à década de 1980, que GRINSPUN (1994) chama de “questionador”, foimarcado por estudos, congressos, lutas sindicais, que, articuladamente, transformaram-se em grandes conquistas para os orientadores educacionais.
O “orientador”, a partir da década 90 ainda vivia de incertezas e questionamentos por não saber se a nova LDB traria ou não menções ao Orientador Educacional em seu texto.
Tais questionamentos foram dizimadas com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), que em seu artigo 64, diz:
“A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.” (LDB 9394/96,)
Embora pareça reconhecida a sua importância pela LDB, ao mesmo tempo deixa em aberto a formação profissional do orientador. Isso pode levar os cursos de Pedagogia a deixarem de formar o orientador educacional, relegando para a pós-graduação tal tarefa.
Inicia-se um novo período nos anos 2000. O ensino, de uma maneira geral, e, em especial, o ensino público, está bastante conturbada. Globalmente, o país está mal no cenário educacional. É comum vermos reportagens mostrando o baixo nível de aprendizagem dos alunos nas escolas brasileiras. Isso mostra que a equipe escolar precisa ser rearticulada. No entanto, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Pedagogia, Licenciatura, em Parecer aprovado em 13/12/2005, reduzem a orientação educacional à área de serviços e apoio escolar, o que significa mais um passo para a extinção total desta função.
Não resta dúvida de que a gestão escolar que visa à emancipação necessita de apoio e trabalho conjunto de diferentes profissionais da educação, em suas diferentes frentes de atuação, que não podem ser relegadas a segundo plano. Toda escola realiza um trabalho pedagógico composto por situações de caráter burocrático-administrativo e situações de caráter pedagógico-administrativo.
Assim, também a prática da Orientação Educacional que se quer orientada por uma nova Teoria deve transformar-se por inteiro, a começar da negação do Orientador, enquanto autoridade, o que só é possível através da tomada de consciência do papel político que o orientador desempenha enquanto intelectual. Essa tomada de consciência permitir-lhe-á, transformar sua prática e, colocando-se ao lado de interesses dominados, integrá-la em um projeto político mais amplo que vise à transformação social.
Para ressignificar o papel do orientador no cotidiano escolar essa tarefa precisa ser entendida como um processo dinâmico, contínuo e sistemático, estando integrada em todo o currículo escolar sempre encarando o aluno como um ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e equilibradamente em todos os aspectos: intelectual, físico, social, moral, estético, político, educacional e vocacional.
Freire (1996, P.33) enfatiza:
Não é possível pensar os seres humanos longe, sequer, da ética, quanto mais fora dela. Estar longe ou pior, fora da ética, entre nós, mulheres e homens, é uma transgressão. É por isso que transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamentalmente humano no exercício educativo: o seu caráter formador.
A Orientação Educacional destina-se à realização de potencialidades humanas, deve, necessariamente, ver suas teorias e sua prática libertadas das ingerências da ideologia dominante que, baseadas no interesse de uma classe, não permite uma prática que se realize no interesse da totalidade da sociedade, pois essa é constituída de classes antagônicas.
Para o orientador educacional ajudar a escola, precisa auxiliar na construção do projeto político-pedagógico, mostrando a importância da ética e dos valores na educação dos alunos. O trabalho desse profissional não é fácil, mas satisfatório, sendo que contribui para uma nova educação, para Grinspun(2014).
Que pretende não apenas ser informativa, voltada para o processo ensino/aprendizagem; uma educação comprometida com os valores, com a ética, com a construção da subjetividade, com a construção da cidadania” (p. 69). O trabalho do orientador é focado basicamente com valores, por isso a importância da reflexão sobre a ética e a ligação desses valores com a educação. “A virtude intelectual hoje passa, necessariamente, por uma formação ética de aplicação mundial, capaz de tornar a convivência humana aberta às diferenças e de estabelecer canais de comunicação que sustentam a justiça e a paz que o mundo precisa (ALMEIDA, 2002, p. 11).
Hoje, a função do orientador educacional liga-se à construção da cidadania, à participação política, e o seu trabalho reveste-se de uma dimensão mais pedagógica. Por isso, somos a favor da inclusão deste profissional em todas as escolas públicas brasileiras.
Além de conhecer o contexto socioeconômico e cultural da comunidade, bem como a realidade social mais ampla, o orientador educacional pode ser um profissional da educação encarregado de desvelar as forças e contradições presentes no cotidiano escolar e que podem interferir na aprendizagem. “A prática dos orientadores deve estar vinculada às questões pedagógicas e ao compromisso ético de contribuir na construção de uma escola democrática, reflexiva e cidadã”. (BALESTRO, 2005. p. 21).
Entendemos que a escola pode constituir-se em espaço social e político que luta por uma sociedade mais justa, mais democrática, mais humana, a partir da influência positiva do profissional orientador educacional. O orientador, aliado aos demais profissionais da escola e a outros pedagogos, pode contribuir em muito para a organização e dinamização do processo educativo.
10 . METODOLOGIA 
 Para a realização deste estudo monográfico uma pesquisa exploratória baseada em pesquisa bibliográfica foi realizada utilizando-se as principais bases de dados e bancos de dissertações e teses disponíveis, bem como o auxílio de diversas fontes, como livros, internet, etc. Segundo gil (2002), uma pesquisa, tendo em vista seus objetivos, pode ser classificada em pesquisa exploratória se esta pesquisa tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito. 
 Pode envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes no problema pesquisado. Geralmente, assume a forma de pesquisa bibliográfica e estudo de caso. 
 Também segundo gil (2002), uma pesquisa pode ser classificada quanto aos seus procedimentos técnicos em pesquisa bibliográfica se ela for desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. 
11. CONCLUSÃO
A partir do exposto podemos concluir que a Orientação Educacional busca os meios necessário para que a escola cumpra seu papel de ensinar com base em seu projeto político-pedagógico, promovendo as condições básicas para formação da cidadania dos alunos. Acreditamos que o verdadeiro Orientador Educacional é aquele que discute as questões da cultura escolar promovendo meios para que sua realidade não se cristalize em verdades transponíveis, mas se articule com prováveis verdades vividas no dia-a-dia da organização escolar.
Muitas teorias da Orientação Educacional, quando não consideram a ligação necessária entre educação e sociedade, podem não dar conta da prática que pretender orientar. Hoje, porém a função do orientador educacional liga-se à participação política, e o seu trabalho reveste-se de uma dimensão mais pedagógica.
É preciso lançar ao educando novas perspectivas sobre o sentido da formação da cidadania, e educar para a participação social, para o reconhecimento das diferentes entre vários grupos sociais, para a diversidade cultural, para os valores e direitos humanos por meio da Orientação Educacional como prática social ampla, a serviço da escola.
Para nortear nossa reflexão, retomamos dados históricos para melhor compreender e ressignificaro contexto atual apontando para diversos que podem ser beneficiadas com o trabalho do profissional orientador educacional: o aluno, a escola, a família, a comunidade e a sociedade. Somente um profissional esclarecido sobre suas funções de trabalho e competente vai possibilitar as mudanças que a sociedade precisa, e um novo rumo para a educação. Na atualidade é notável que muitos valores foram perdidos e o orientador educacional vai ser a ponte para direcionar os alunos a uma vivência de valores, afeto, conscientização e humanização.
Nesse sentido contatamos que a escola, hoje, tem um papel muito mais complexo do que antes, pois tem que educar com as novas formas de educação impostas pela prática social, como a questão da mídia e a questão das representações sociais e do imaginário, que estão presentes quando se fala em educar.
Atualmente, a escola passa por várias influências que acabam dificultando o trabalho do professor e interferem na aprendizagem do aluno. Portanto, o papel do orientador educacional, neste contexto, reside em auxiliar professores e alunos a superarem dificuldades adversas que venham a surgir no processo de aprendizagem. Daí a relevância da presença deste profissional nas escolas, desempenhando um trabalho conjunto com os demais membros da comunidade escolar, além de favorecer a construção de um elo entre o âmbito escolar e a família, cuja participação também influencia na aprendizagem do aluno. 
O orientador, de fato, é um profissional que, se atuar de forma conjunta e sistemática com pais e professores, fará toda a diferença, tendo em vista os problemas enfrentados nas escolas, possibilitando a criação de condições favoráveis ao bem estar emocional do aluno e o seu desenvolvimento, em todos os sentidos: cognitivo, afetivo e social o ajudará a adquirir habilidades, conhecimentos e atitudes que lhes permitam um crescimento diante das suas necessidades pessoais e existenciais. 
Com efeito, o orientador educacional não apenas desempenha a função de mediador de conflitos, atitudes, práticas e desempenho dos alunos. Sua atuação ajuda e faz uma diferença considerável, pois influencia na construção da imagem que o aluno tem da escola e de si próprio, contribuindo de forma significativa no processo educativo em geral.
Diante do que esta sendo proposto na pesquisa entende-se que, pelo cargo que exerce o Orientador Educacional é quem vem estabelecer o contato direto com o trabalho docente, o que lhe cabe fomentar discussões sobre a indisciplina escolar e o processo de ensino-aprendizagem, sendo assim, cabe ao mesmo, fazer uma análise em conjunto com todo o corpo docente estabelecendo propostas pedagógicas visando sanar qualquer ato de indisciplina escolar. 
Enfim, a intervenção necessária realizada pelo orientador deve ser cogitada junto a medidas de prevenção, tornando esta ação associada a mecanismo de busca por todos os fatores que podem ocasionar a desordem emocional do aluno. Pois, mediar o meio social e o aluno é algo que está agregado ao exercício profissional do Orientador, que deve se preocupar com a formação de valores do educando, para fins educacionais e para a vida. E assim transformar o meio escolar em espaço de aprendizagem, momentos culturais e a ativa participação dos familiares. No sentido de que venha elevar o nível cultural da comunidade, por meio de debates coletivos, envolvendo temas diversos e do interesse dos participantes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BALESTRO, M. A trajetória e a prática da orientação educacional. Revista Prospectiva n. 28, 2004/2005.
BEDNY, Gregory Z. et al. Activity theory: history, research and application. In: Theor. Issues in Ergon. SCI. V.1, 2000, nº 2, p. 168-206.
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Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciatura de Pedagogia Universidade Paulista – Polo Gujará-Mirim – RO.
Orientação:Prof. Antônio Richard Trevisan

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