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Resumo Economia Brasileira II

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Resumo Economia Brasileira II - P1
Aula 1:
	Período de extremo crescimento econômico durante o período militar (legitimação do período militar imposto).
Antes desse processo de crescimento houve uma fase conhecida como PAEG, plano de ação econômica e reformas institucionais que modernizam o sistema financeiro nacional, criando o BC, por exemplo. Criação de vários mecanismos de credito e controle que dizia que os bancos comerciais emprestavam para o povo, por exemplo. O objetivo dessas novas instituições é captar recursos de um lado da população, aqueles que tinham muito e não tinham onde aplicar, e viabilização de novos investimentos (poupança)- nova institucionalidade financeira. Junto a isso surgiu o PAEG, que queria acabar com a inflação e permitir maior crescimento econômico. 
	Diagnostico PAEG com Campos: havia detectado um aumento de preços que se originou do conflito distributivo (os três setores que tinham frações na renda nacional, não queriam perder a sua parcela relativa nessa renda). As empresas, governos e trabalhadores não aceitam diminuir sua renda. Suponha que o governo aumento os impostos, isso impacto preços, e as empresas aumentam preços, e os trabalhadores querem aumento salarial, com isso, inflação. Com isso, elevada demanda agregada inviabilizando a queda de preços. O excesso de demanda causa inflação (ortodoxo), ou seja, o nível alto da demanda faz com que aumente a oferta monetária, ou seja, se você não controla a demanda, os preços não caem. Isso foi amenizado com a perda de salário real para os trabalhadores, pois seus salários eram reajustados na média da inflação dos anos anteriores, ou seja, controle salarial para diminuir a demanda agregada para diminuir a inflação. Isso também causa um maior controle dos custos das empresas, e como as empresas eram monopolistas há um aumento do mark-up. Portanto, houve um controle da inflação, caem os salários e com isso diminui a demanda, e aumenta os mark-ups para as empresas voltar a investir, mas isso não ocorre.
	Mesmo com a melhoria do mercado, houve uma mudança nos investimentos do governo. Antes o investimento era feito com o aumento da oferta monetário, pois não conseguir pagar suas dívidas exterior. Porém, no plano de metas enquanto a renda e a moeda crescem isso não é problema. O problema é quando a economia para de crescer e os gatos públicos continuar a subir o déficit volta a crescer, portanto, ainda há expansão monetária, causando inflação. Surge então o mercado da dívida pública, para controlar a quantidade de moeda na economia. Com isso, não haveria mais pressões inflacionarias. Ou seja, o governo deixa de se financiar por emissões monetárias e se financia com os títulos da dívidapública. Durante o PAEG não houve crescimento econômico, pois diminui demanda, pois os salários menores. Mas controlou a inflação.
	Com a entrada de Delfim o crescimento econômico está muito baixa. A inflação não é mais de demanda, e sim de custos. As altas taxas de juros cobradas pelo banco oneravam demais o capital de giro das empresas. Com isso, os empréstimos elevados eram repassados pelo seu preço, e causando mais inflação. Outro ponto era a baixa quantidade de vendas das empresas. Como a renda não cresceu as vendas também não aumentou. Diminuir o custo fixo presente nos preços, através de maior investimento.
	Foi um período de milagre porque houve aumento do emprego, queda na capacidade ociosa e aumento do crescimento sem causar inflação (curva de Philips), e porque não houve um déficit na balança comercial, ou seja, aumentou-se a exportação e a importação sem causar déficits na balança comercial por causada conjuntura econômica internacional. O governo interferiu nos preços da indústria com o CIP, quando os oligopólios falavam que iam aumentar o preço, o governo estudava esse aumento e permitia ou não.
Estímulos para construção civil e financeira. Ou seja, muito emprego, maior renda, maior demanda de aço, ferro, cimento. Isso faz com que o setor de bens duráveis volte a ser ativo na economia. O milagre foi então um momento de crescimento econômico liderado pela construção civil e setor de bens duráveis, decorrente da maior oferta de credito. 
Como foi possível o aumento do consumo com os salários em queda? Não foi o povo que financiou isso, foram às classes mais altas, e com aumento das classes mais altas da sociedade.
Aula 2 - Continuação milagre econômico 
	Expansão da demanda durante o milagre econômico: está ligada as instituições financeiras que ofertavam credito na economia e do outro lado está ligada as mine desvalorizações que contribuíram para a recuperação do credito externo, a soma desses dois fatores alavancaram a demanda interna e permitiram que houvesse o crescimento bem sucedido do milagre econômico.
	Instituições: Todo processo de montagem dessa nova institucionalidade permitiu que houvesse mais estímulos aos investimentos e a demanda interna na economia. Criaram-se novas instituições financeiras que pegavam os recursos na economia e os direcionavam para determinados segmentos que os demandavam. Destacam-se: BNDE, sistema bancário publico e privado (que é constituído por um conjunto de novos bancos investimento, desenvolvimento além dos comerciais) e os títulos da dívida pública que permitiu ao Estado recuperar sua capacidade de financiamento e investir novamente. 
	Por algum motivo era preciso acreditar e fazer com que os agentes de uma hora pra outra tivesse interesse em poder direcionar seus recursos para novos produtos financeiros: 
	- Bancos de investimento - CDB (depósitos a prazo)
	- Financeiras: (criadas para dar credito direto ao consumidor) – letras de cambio 
	- Caixas econômicas federal e estadual: cadernetas de poupança 
Essas instituições passam a ofertar esses novos produtos financeiros. O interesse dos agentes dependia do quanto que ia render o dinheiro aplicado.
	Completando esse conjunto de instituições que acabou sendo lançado a partir das reformas (67) e colocado em vigor no milagre: Houve isenção fiscal na agricultura – redução de impostos sobre determinados produtos agrícolas e exportáveis; Sistema financeiro de habitação: recuperando ritmo da construção civil; política de mine desvalorização cambiais (68): antes se mantinha o câmbio valorizado para facilitar importação (processo de substituição das importações), depois houve o processo de leilão que colocou varias taxas de cambio, já após o plano de metas desvalorizamos o câmbio e convivemos com processo de alta inflação num contexto de desaquecimento econômico. Agora a intenção era recuperar as exportações do pais (comercio exterior começa a se expandir o final da década de 60 começo de 70) a política tenta manter o câmbio mais desvalorizado do que foi na época de substituição mantendo-o estável; esta política teve como objetivo incentivar a entrada de novos investimentos externos (já que no final do plano de metas teve uma forte saída). Quando o processo inflacionário se torna evidente que não seria eliminado no curto prazo, e conseqüentemente quem está exportando caso o cambio não mude na mesma proporção que muda os preços o exportador tem prejuízo. Ex.: dólar fixo com inflação os custos deles (exportador) se elevam - mão de obra, matéria prima - porem a receita será sempre a mesma o que desestimula esse processo. Na mine desvalorização em intervalos curtos de tempo (6, 3 e depois 1 mês) o cambio era reajustado conforme a inflação permitindo ao exportador racionalizar seus cálculos, visto que tinha uma expectativa de quanto o câmbio ia se desvalorizar, fazendo com que ele previsse suas receitas (afetava diretamente a balança comercial)
	Afetava diretamente a conta financeira: quando o banco do exterior entra com os dólares aqui, se houver uma desvalorização gera um risco de perda para o investidor externo (os reais compram menos dólares) quando o pais controla a inflação e sinaliza para o mercado que vai desvalorizar o câmbio em 6 meses de acordo com a inflação, assim quando o investidor vem colocar seus recursos aqui ele cobra aomenos o quanto é a expectativa de inflação do período (evitando perdas), melhorando o acesso do Brasil ao credito externo.
A possibilidade do povo colocar dinheiro na caderneta de poupança – utilizados para aplicações na construção habitacional; em letras do cambio – emprestava diretamente ao consumir que quisesse adquirir bens duráveis - e CDB – empréstimos para industrias; isso so faz sentido se houvesse um bom rendimento dessas aplicações, o rendimento deles no mínimo igual a taxa de inflação - enquanto se controlou a taxa de inflação no pais (durou o período do milagre – 73) houve transferência de recursos para investimentos.
Mudança do comportamento dos agentes, colocavam seus recursos nessas aplicações sem medo de perdas. Com o aumento dos riscos da inflação e os agentes deixavam cada vez mais seus recursos nessas aplicações assim (que não são DV), fazendo a quantidade de DV no sistema bancário se reduzir. Na situação onde inflação começa a subir e excesso de demanda, o uso do deposito compulsório para controle do credito (inflação) não funcionava visto que este está pequeno. Com aumento da inflação maior é a preferência dos agentes por ativos financeiros e menor de depósitos a vista -traz problemas de gestão monetária. Se o governo fizer aumento do deposito compulsório e apertar o caixa do banco os juros de empréstimos vão subir, prejudicando empresas que fizeram empréstimos de curto prazo, sem derrubar demanda, pois os agentes ainda teriam seus rendimentos em ativos financeiros e assim teriam poder de compra.
Banco: o CDB paga 10% e o empréstimo pro agricultor vale 5%, o que gera entrada menor do que saída, o caixa do tesouro cobria a diferença – tirando do governo e transferindo para o BNDE, caixas; para que esses possam cobrir suas diferenças – crédito subsidiário. Enquanto se tem crescimento econômico o governo arrecada para subsidiar; com a alta da inflação quem tinha credito subsidiado não ia querer pagar mais, aumentando a pressão por volume de subsídios.
Problemas: iliquidez de bancos comerciais e insuficiência de recursos públicos - devido a queda da arrecadação e excesso de gasto, o governo voltar a ter um processo de emissão descontrolada de moeda.
Aumento da inflação faz o governo elevar juros, que gera fuga para ativos remunerado e queda dos DV tornando as taxas de juros cada vez mais altas. O controle sobre DA (estava alta) não dava resultados, à medida que o governo ameaçava cortar subsídios a pressão do setor agrícola, industrial ficava mais forte, isso leva o governo a aumentar seus gastos públicos cada vez mais, e perde controle das finanças públicas acarretando em processo inflacionário.
Além da política de mine desvalorização, os juros internos eram maiores que os juros externos, para estimular aplicações dentro do Brasil, assim com superávit comercial e financeiro maior a entrada de dólar, o que gera um aumento na oferta de moeda (conversão). Para controlar isso o banco central emite títulos para esterilizar a moeda, tirando o excesso da economia. Com o aumento dos juros dentro do país, os juros pagos para esses títulos aumentam o que gera um aumento da dívida pública por quem financia esse aumento é o. Vinculo entre a política de abertura externa e a dívidapública brasileira. (Importante, segundo ele cai na prova)
Resolução 63: permitia os bancos tomar empréstimo externo e emprestar no brasil. Os bancos captavam recursos com juros baixos e longo prazo e repassavam com juros altos e curto prazo. Para evitar que os bancos cobrem juros muito alto o governo permitiu que as grandes empresas estabelecidas no Brasil tomassem empréstimos no exterior- Lei 4131.
Bancos e empresas endividadas no exterior, se torna um problema publico no decorrer da década de 70, ficando cada vez mais nas mãos das empresas estatais do que nas privadas
Aula 3: 
	Renovação na forma de condução da política da divida publica, o governo financiou seus déficits através das emissões de títulos públicos, no contexto de crescimento econômico, o estado brasileiro tinha capacidade de se autofinanciar e por consequência tinha que emitir menos títulos da dívida pública ao longo do tempo. No inicio quando não se tinha um crescimento alto como no milagre (a partir de 68) a emissão desses títulos era uma nova forma de financiar o déficit publico – política fiscal - com a aceleração da atividade econômica e o aumento da arrecadação faz com que o governo não tenha tanta necessidade de ficar emitindo títulos para pagar suas contas – receita e despesas equilibradas – a emissão de títulos passa a ser um instrumento de regulação da liquidez, controle monetário (exigem que os títulos tenham uma remuneração atrativa) política monetária. Inflação baixa (67 a 71) permitiu que o governo emitisse títulos pré-fixados, a fim de controlar a oferta de moeda na economia. 	Problema potencial: se a inflação efetiva não fosse aquela que governo havia previsto, os agentes não iam querer mais comprar títulos pré-fixados. Tendo dificuldade de colocar no mercado o pré-fixado, o governo começa a emitir títulos que paguem a inflação mais rendimentos, pós-fixados. Com isso os reajustes (preços, salários, rendimentos) começam a ser baseados na inflação passada, gerando a indexação da economia. Por parte de quem esta tomando emprestado, a procura é por contratos pré-fixados, pois não se sabe se a inflação ira estourar e quer evitar esse risco. Instituições financeiras recebem juros mais baixos de quem toma emprestado e paga juros mais altos de quem a empresta, fazendo com que elas trabalharem em Express negativo. O pagamento de juros cada vez maiores da emissão de títulos da divida e a necessidade do governo de transferir recursos para os bancos públicos, agencias oficiais, faz com que o déficit público volte a ser um grande problema.
	Divida externa bruta: o quanto eu realmente emprestei; Divida externa liquida: quanto emprestei menos reservas (quanto menor melhor). Os dólares que entram no país estão sendo aplicados no mercado externo, se os juros pagos por essas aplicações forem menores do que os juros pagos para retirar o excesso de oferta de moeda da economia, é mais um agravante da divida publica. Durante o milagre o crescimento da divida liquida é extremamente baixa, alta exportação, e quem pegava empréstimos externos eram as empresas privadas e não o governo. Uma pequena parte do crescimento durante o milagre era induzido pela divida externa, o empréstimo tomado no exterior se convertiam em novos investimentos. A outra parte foi financiada pelo BNDE e os lucros das empresas que eram reinvestidos. Brasil tomava emprestado mais do que precisava para manter o investimento, pelo fato do dinheiro esta barato no exterior o país estava acumulando reservas, com o objetivo de se prevenir caso ocorra uma crise no balanço de pagamentos – não passaríamos pelo processo de restrição externa, já que teríamos dólares para importações. O acumulo de reservas serviu para amenizar o baque do primeiro choque do petróleo.
	Desproporcionalidade entre D1 e D2, durante o milagre o setor que mais cresceu foi o de bens duráveis, depois o de bens não duráveis e construção civil. Num primeiro momento eles produzem mais e depois eles investem para aumentar produção. As taxas de investimentos do setor de bens de capital não acompanharam as necessidade de investimento do setor de duráveis, isso leva a um aumento de importações para cobrir as necessidades de investimento. 	Embora o plano de metas tenha modificado a estrutura industrial e fortalecido o setor de bens de capital havia ainda a dependência tecnológica, o Brasil não internalizou a produção de maquinas sofisticadas necessárias para cobrir o surto de crescimento, assim houve a necessidade de importação desses produtos caros, o que pode gerar um aumento de preços aqui no Brasil.
	Desproporcionalidade no setor agrícola, o forte desempenho da nossa balança comercial exigiu o aumento de produção de commodities (algodão, soja, etc.) e, consequentemente houve uma redução da área de plantio voltada ao mercadointerno, redução da oferta de alimentos frente a uma expansão da demanda o que gerara encarecimento da produção e do preço final ao consumidor.
	Durante o milagre econômico não houve nenhuma mudança estrutural na indústria brasileira, não foi um período de substituição de importações. Foi um período de concentração de renda derivado da política de arrocho salarial feita no PAEG, que corrigia os salários com base na inflação passada.
Obs.: O consumo interno liderava o crescimento durante o período do milagre, as exportações são importantes e também houve investimento.
Aula 4:
	Tinha-se uma situação de elevado crescimento econômico, inflação razoavelmente controlada e relativamente estável de endividamento externo. De repente em 73 os preços do petróleo são quadruplicados e o efeito multiplicador desse aumento é violento em cima da outras mercadorias visto o petróleo é utilizado na produção de varias matérias primas e uma fonte geradora de energia, e isso se espalhou para toda a economia mundial e passam a conviver com uma inflação alta. O Brasil estava importando bens de capital e de insumos básicos, estava ligado ao atraso do investimento do setor de bens de capital frente ao de bens duráveis, com o primeiro choque do petróleo essas mercadorias se tornaram excessivamente mais caras. Frente a uma situação de desaceleração econômica os países compram menos do Brasil, o que acarreta déficits na balança comercial e surge novamente o problema de restrição externa.
	Desde o pós-guerra o processo de crescimento foi liderado pelos EUA que estimulou a demanda européia no sentido de fazer a sua reconstrução, foi uma fase áurea de crescimento econômico. Dentro dos países europeus houve a política de bem estar social no qual os salários acompanharam e ate superavam o crescimento da produtividade o que permite níveis mais altos de consumo e a recuperação da demanda. Os EUA de meados da década de 60, foi excesso de gastos militares (guerra do Vietnam) o que favoreceu as exportações de outros países principalmente da Europa e do Japão para os EUA, em relação ao dólar houve uma negligencia com o seu valor por parte do governo dos EUA no sentido que ele se tornou mais desvalorizado que as moedas européias. Os títulos em dólar na época perdiam em relação aos títulos em outras moedas fortes do mundo. A idéia era fortalecer as outras moedas era para não deixar suas exportações caírem muito (EUA). Quando ocorre o choque se tem um processo generalizado de inflação mundial, para contê-la os países elevavam as taxas de juros para desestimular a demanda interna e trazer os preços para patamares menores. 
	Brasil, juros internos maiores que os externos, e tinha-se que manter um diferencial para manter a atrativa a entrada de capital externo, com o aumento de juros externos teríamos que manter o diferencial ou aumentar ainda mais esse diferencial, já que o risco de alocar dinheiro fora do país deles esta maior. O Brasil precisou aumentar suas taxas de juros internas.
	Antes do choque: contratação de empréstimo externo era feita via taxa de juros fixas; 	Frente ao choque: contratações passam a ser com taxas flutuantes (provavelmente altas - devido a inflação). 
	Antes do choque: o prazo para contratação de empréstimos era longo, 
	Após choque: pequeno. Nossas exportações diminuíram e nossas importações se tornaram muito mais caras. Encarecimento do crédito externo e das nossas importações.
	Bretton Woods: dólar como moeda de referencia na determinação da taxa de cambio dos outros países; taxas de câmbio fixa para os países que aderiram ao sistema. Ex: A elevação de taxas de juros, durante a época do câmbio fixo, acarreta em que a remuneração dos ativos internos sejam maiores que dos externos, assim atrai capitais que gera valorização do cambio, política monetária perde autonomia (política monetária não tem eficiência sobre cambio fixo). 	Com o primeiro choque e a insistência de inflação é necessário elevar juros e assim os países aos poucos foram abandonando o cambio fixo. 
	Elevados superávits comerciais dos países exportadores de petróleo, principalmente os europeus, acabaram se convertendo em altos volumes de depósitos bancários dos países, gerando expansão desses bancos, essa expansão do credito internacional é o que possibilitou que vários países financiassem sua importação e exportação por meio desses recursos baratos. Permitindo crescimento do comercio mundial. Quando se tem a redução das exportações e baque do choque do petróleo, a orientação de política econômica interna brasileira foi diferente das dos outros países. O otimismo vindo do milagre não se desfez de forma rápida em função dessa crise mundial.
	A elevação do preço do petróleo mais a elevação do preço do credito junto com a queda das nossas exportações, teria provocado um fenômeno novo nas nossas relações comercias, o problema era que a crise tinha vindo para ficar, representando numa modificação nos preços desses produtos que não iriam recuar nem no curto nem no médio prazo. Se nós continuássemos importando aqueles produtos o fato é que elas não teriam sem preços reduzidos mais. Portanto, novamente nossa balança comercial ia se deteriorar. Encarecimento de importações que derivava da nossa desproporção setorial e da agricultura (ofertavamos poucos produtos internos) o que juntamente com o choque trás a inflação de novo. 
	Processo de distensão política na qual a idéia é que aos poucos se garanta uma transição para democracia de forma lenta, gradual e segura. Dentro desse processo opta-se pelo crescimento econômico via o Segundo PND, perspectiva que a crise seria temporária. O governo acreditou que poderia contornar esse problema num prazo curto, e aquela abundancia de liquidez no mercado externo não tinha desaparecido estava apenas mais cara, assim quando o preço do petróleo abaixasse o credito externo iria baratear novamente porque os juros iam cair. Controle da inflação: aumento de juros para conter a demanda – ortodoxo, aumento de juros provocaria entrada de capitais o que gerava mais emissão de títulos para enxugar a liquidez, o que acarretava em um crescimento da divida publica, e como nosso sistema já estava contaminado com as aplicações pós-fixadas, a medida que se tem expectativas de inflação maior se vai reduzindo seu dinheiro em DV vai para poupança, CDB, etc. isso não prejudica o poder de compra da população que tem condições de manter essas aplicações financeiras, assim não gera diminuição da demanda. Aumento de juros desestimula investimento o que acarreta quem queda da arrecadação. O montante de subsidio com o aumento de juros geraria pressão por mais credito subsidiário. 
	Uns diziam que deveríamos provocar uma resseção para controlar a inflação, porem não ia resultar em muita coisa, pois os preços dos produtos não caíram mais. Ou poderia continuar a crescer, mas sem fazer o projeto do PND. Não existe resposta correta sobre o que deveria ser feito durante essa época.
Aula 5:
	Ultima aula: opção de política enumera após o milagre, antecedendo o II PND. Tem um processo de elevação dos preços do petróleo no mercado externo, então ocorre uma generalização da inflação (o mundo todo começa a sofrer com isso)- o que coloca em cheque o cambio fixo, e alguns países começam a adotar cambio flutuante. No Brasil, o grande crescimento do milagre fez com que as importações aumentassem muito. Até o choque do petróleo a Balança comercial ainda era superavitária, porém com o choque do petróleo de 73, as exportações brasileiras caem muito e a necessidade de importação continua. A questão era o que é necessário para eliminar o déficit na balança comercial? O fato de o governo ter criado um sistema de correção dos títulos da divida publica e outros contratos, que era a inflação passada mais rendimento real, isso causa uma fuga dos títulos pré-fixados e migra para títulos pós-fixados, que eram os títulos da dívida publica, cadernetas de poupança. Os bancos passam a ter spreads negativos (emprestar mais barato que os juros que tem que pagar), o BC começaa financiar essas operações. A partir do choque do petróleo, a taxa de juros aumentou e com isso aumentou a entrada de moedas externas, e o governo para controlar isso emitia mais títulos, o que causa mais juros ainda. Portanto, havia uma aumenta da dívida externa e interna. 
	A opção de curto prazo para conter esse desequilíbrio era desvalorizar o cambio para reduzir a necessidade de importações, aumentar as exportações e reduz a demanda interna, pois o investimento irá diminuir. E para a desvalorização cambial não gerar mais inflação, adotou-se uma política monetária apertada, aumentando ainda mais os juros para derrubar mais ainda a demanda. Entretanto, se aumentar os juros iria piorar ainda mais a situação dos bancos e dos setores que dependiam do crédito subsidiado. Contudo, o governo continuou com a política de investimentos (II PND), pois queria manter o crescimento e conter a inflação no curto prazo. 
	E como o BRA dependia muito das exportações a desvalorização cambial iria agravar o cenário interno, o governo manteve a política de minidesvalorizações num contexto de investimento alto, porem com um aumento dos juros. Porém, o aumento das taxas de juros provocou o aumento da entrada de divisas aumentando ainda mais a dívida interna. Nesse contexto de desaquecimento externo e aquecimento interno, mesmo com inflação e déficit publico, surge o II PND. Percebeu-se que mesmo com o Plano de Metas, alguns setores que dependiam do petróleo ainda eram pouco desenvolvidos no país, o que fez surgir o II PND, ou seja, o país passa a investir cada vez mais no petróleo, em equipamentos de alta tecnologia. Ou seja, queria fazer o setor de bens de capital se tornar mais desenvolvido e variado.
	O Plano de metas diversificou a matriz industrial, porém ainda era dependes do setor externo. Alguns setores conseguiram e outros não. O PND era, então, um projeto de diversificar o setor de bens de capital e o setor de matérias prima. A idéia era investimento também nos derivados do petróleo que estavam mais caros e no longo prazo a balança comercial se estabilizaria. 
	O investimento era baseado no tripé (setor externo, privado e governo), com ênfase maior ao setor privado. As estatais fariam projetos de infra-estrutura (rodovias, hidrelétricas). O financiamento era feito através dos bancos públicos (BNDS – PIS/PASEP e FGTS). O governo então minimizou o alocamento de recursos de outras áreas, como habitação, para priorizar setores de bens de capital. Em outras palavras, deixou de lado setores de bens de consumo duráveis e não duráveis, e passou a investir mais em bens de capital. 
	Porém, não foi isso que aconteceu, pois o setor privado não acompanhou o investimento governamental. Ou seja, investiram muito menos que o governo esperava isso porque esse setor achava que o governo superestimou o crescimento, e por causa da crise as expectativas não eram boas. Outro motivo foram os prazos para colocação dos projetos demorou muito, com isso os juros aumentavam, o déficit também, e a situação interna piorava. Outro motivo também é o risco de mudança da tecnologia, como as mudanças tecnológicas são muito rápidas não tinha empresas pra bancar investimento desse porte, ou seja, empresa nacional não tinha escala para bancar esse tipo de risco. Portanto não se conseguiram articular os setores público e privado. E nos setores de insumos básicos e energia o projeto deu certo, pois não havia muitos riscos. 
	Portanto, não houve uma conformação de um novo padrão, a não ser uma melhoria na produção de insumos básicos no país. Não houve mudança na estrutura industrial, e nos setores agrícolas houve uma industrialização o que provocou um aumento nas exportações desses produtos. 
	Segundo Cássio, o governo minimizou a crise, pois achava que os preços do petróleo iriam normalizar e não precisava conter o investimento e provocar uma recessão, ou seja, crise de natureza transitória. Cássio dizia que estava ocorrendo uma mudança na relação de preços entre o que importávamos e o que exportávamos o que provocaria uma mudança nas relações de troca do país (insumos agrícolas caem, e petróleo aumenta). A questão então seria mudar nossa estrutura industrial para exportar manufaturados e reduzir dependência das importações. 
Aula 6 :
	O II PND queria desenvolver a indústria de manufaturas do país, para diminuir a dependência externa e poder concorrer com os países industrializados no comercio internacional, e poderia gerar superávits crescentes na balança comercial. Nesse período, o petróleo aumentou o preço, e para alguns teóricos isso inviabilizaria o processo de desenvolvimento proposto pelo PND, outro motivo é o desarranjo internacional e baixo crescimento econômico mundial o que dificulta o aumenta das exportações. Surge a idéia da desvalorização cambial, que era para conter a inflação interna. Cássio falaria para os a favor da desvalorização cambial que causaria uma recessão interna, sem que no longo prazo não alterasse nada os problemas do país. Para ele, precisava unir os investimentos privados e governamentais para podermos crescer. 
	De 74 a 76, o crescimento do investimento se torna maior que o crescimento da produção interna. Isso levou alguns pensamentos equivocados que o PND teria dado resultado. Porem, depois de 77 o quadro vira. Para os economistas mais convencionais, defensores da desvalorização cambial, essa política teria que ser feita mais cedo ou mais tarde, dizia que somente o Estado estava tocando os projetos, e o setor privado estaria de fora, e o crescimento do investimento é explicado pela cambio valorizado, governo toma divida externa para bancar o plano. 
	Do ponto de vista da Lessa, nos anos 74 a 76, houve uma euforia dos empresários brasileiros porque o governo tinha assegurado que a demanda da produção seria feita pelas empresas estatais, isso teria causado o crescimento do período. Em 76, quando o crescimento se desacelera o governo não consegue manter esses grandes projetos. Por exemplo, com a desaceleração econômica, o governo consegue manter alguns setores com demanda, e outras não. Ou seja, foram poucos os setores que conseguiram articulação. Outro motivo da queda econômica desse período é que alguns países forçaram o Brasil a fazer contratos para comprar manufaturas de determinadas regiões para manter a demanda num cenário de crise internacional, o que pesou ainda mais na balança comercial, e isso causou um não consolidação das indústrias de mais alta tecnologia, pois não tinham um mercado interno para vender, ou seja, a concorrência internacional desestimula o produtor interno. 
	Porque o país mesmo com um cenário internacional ruim continua crescendo? 	Conceição e Lessa dizem: Verificar se havia um processo de substituição de importações nesse período – não foi aceita O Brasil iria se tornar um país exportador de manufaturados, hipótese do Cássio, também não foi aceita porque não havia crescimento das exportações; Talvez pudesse ser um ciclo interno de desenvolvimento proporcionado pelo aumento do investimento que causa um aumento da renda. A partir do momento que desagrega os dados de setor publico e privado, por exemplo, em 74 a participação do investimento no setor privado era em torno de 60%, enquanto que o setor governamental participava com torno de 15%. Depois desse período, a participação do setor governamental aumentou na mesma proporção que o setor privado caiu, mas em setores de bens de consumo que já havia se instalado no país. Esse foi a causa do crescimento econômico no II PND. 
	A questão é que para sustentar os investimentos públicos tornaram-se mais necessários empréstimos externos. E nesse período volta à inflação no país, então internamente para conter este problema utiliza os mecanismos clássicos de aumentar os juros, e não desaquecer o investimento, mas somente a demanda interna. Porém, nesse período com o aumento do investimento governamental e a entrada normal de divisas estrangeiras o governo tinha que controlar isso, e como a taxa de juros estava elevado faz com que o BancoCentral adota uma política de elevação do compulsório e maior emissão de títulos da dívida pública para conter a inflação. Porem, mesmo com a política de conter o crédito interno, as grandes empresas voltou-se para empréstimos externos afinal a taxa de juros internas estavam muito altas e há um aperto no crédito. O que aumenta a entrada de dólares na economia, e aumenta a dívida publica.
	Nesse período, como algumas instituições financeiras emprestavam a taxa de juros variáveis e tomavam emprestado a taxa de juros fixas, formou-se um déficit nos bancos que foi resolvido pelo banco central. Entretanto, o BC estava fazendo uma política de controle do crédito, a alternativa foi a emissão de títulos públicos, porém isso aumenta ainda mais a taxa de juros e agrava o déficit publico.
	Primeiro, no final da década de 70, o governo tem que controlar o crédito via aumento do compulsório, isso eleva o juros, e os tomadores de empréstimos se volta para o mercado externo. Segundo, a entrada de recursos externos faz com que o governo emita títulos para conter os recursos externos, e isso agrava a dívida pública. Terceiro, o esquema de funcionamento das agências públicas juntamente com as privadas, faz com que a pressão pelo credito pré-fixado, ou o credito subsidiado, força o governo a atender essa demanda por crédito e ao mesmo remunerar essas demandas com juros pós-fixados, e faz isso emitindo juros da dívida pública também. Surge então a crise fiscal. 
Aula 7 :
	Em 79 ocorre um novo choque do petróleo nas mesmas proporções que o primeiro. Mas uma vez os preços do petróleo quadruplicaram, e isso causou uma propagação de uma inflação mundial. Outro ponto é que também em 79, ocorre o chamado choque de juros da gestão do Volker (?), esse choque foi uma mudança radical na forma que os EUA controlam sua política monetária e isso influenciou o mundo todo (principalmente países endividados – Brasil). 
	Do segundo choque do petróleo o que marcou foi um aumento da inflação, ou seja, a inflação já estava alta desde o primeiro choque, e com o segundo perde-se o controle da inflação em nível mundial. 
	Volker modifica a forma de se fazer política monetária. Até 79 tem um determinado objetivo da política monetária que seria controlar a oferta de moeda na economia, porque ainda vigorava a idéia monetarista de que se não controlasse os agregados não controlaria os preços. Portanto, a idéia até então era controlar a oferta de moeda, dado uma meta de crescimento, e fixa uma taxa de juros de curto prazo, dado a oferta de moeda necessária para determinado crescimento. Essa é conhecida como meta operacional do banco central. 
	A mudança de Volker é que se determina primeiro as taxas de juros e depois a oferta monetária, portanto no curto prazo dá-se mais ênfase ao controle monetário que as próprias taxas de juros. O BC tenta controlar a oferta de credito baseado na meta de taxa de juros. O que se pensava pós 71 era que os níveis dos juros estavam muito baixa, e isso gerou um descontrole monetário e era isso que gerava inflação na época. Com o segundo choque do petróleo, Volker diz que deve perseguir a taxa de juros com o controle da oferta de moeda, e para controlar este faz operações de open market. Essa modificação causa uma elevação grande das taxas de juros, gerando uma grande instabilidade financeira na economia mundial.
	O que essa política causou na economia mundial? Mercado de câmbio norte-americano: quando se aumenta as taxas de juros, o cambio valoriza. E com isso, o rendimento dos títulos norte americanos aumenta, atraindo mais capitais para o país o que faz com que o dólar se valorize, e desvaloriza as demais. Causando uma forte fuga de capitais dos demais países, e para solucionar isso os países aumentaram a taxa de juros. Porém, o dólar tem maior preferência por ser uma moeda mais forte mundialmente. Isso ocasiona uma tendência a desvalorização cambial e aumento das taxas de juros dos demais países. A desvalorização cambial fez com que a inflação, que já era um problema da época, a se agravar. Enquanto os EUA consegue conter a inflação, os outros países pioram por causa da desvalorização cambial e juros altos.
	Como o mundo todo aumentou os juros, os tomadores de empréstimos se virão prejudicados, e prejudicando também as atividades exportadoras dos países. Outro impacto dessa nova política foi no processo de crescimento das operações bancarias, pois eles emitiam títulos privados para captar recursos. Porém, como os juros da dívida pública norte americano estava muito alto, os agentes preferem esses títulos. Portanto, houve uma fuga dos capitais para os títulos de dívida pública note americano. 
	Os bancos, portanto, havia diminuído seu capital e a maior parte de títulos de dívidas que os bancos tinham eram de países subdesenvolvidos. E como houve uma elevação dos juros no mundo todos, o Brasil teve que aumentar mais ainda os juros para impedir a fuga de capitais (agravando endividamento interno). Os credores comecem a ver que os países estão com o câmbio valorizado e com dívida externa alta, o crédito estava escasso, mundo em crise, portanto a exportação pode entrar em crise, o que pode causar uma forte desvalorização cambial. E se o câmbio desvaloriza, a dívida externa aumenta, piorando ainda mais a situação da entrada de capitais. E nesse período o II PND estava em andamento (o investimento vinha do estado, que por sua vez eram provenientes de recursos externos). Ou seja, o país estava com uma grande dívida externa, aumento dos juros e desvalorização cambial, isso que ocorre no início da década de 80. 
	Política do Simons: diagnostico de inflação de demanda, portanto era preciso uma política fiscal contracionista e controle monetário. Para ele, o que se deveria ver é o fato de os bancos, principalmente os públicos, tomavam empréstimos mais altos e emprestavam a juros mais baixos, e isso tinha que acabar para diminuir a pressão de demanda. Além disso, para conter o risco da dívida externa era preciso diminuir os gastos das estatais. Outro ponto dessa política foi fazer com maior freqüência a política de minidesvalorizações, e fora isso outro instrumento era liberalizar alguns produtos importados para aumentar a oferta e controlar a inflação interna. Porém, no primeiro momento o setor privado e os demais viram isso como uma política contracionista, e de recessão. Mas essa política durou pouco.
	Quando Delfim volta, a política muda. O diagnóstico era que a inflação era de custos e não de demanda. Ou seja, volta-se a controlar os juros na economia, aumenta os subsídios (Proálcool), incentiva a agricultura, pois acreditava que isso poderia segurar a inflação no Brasil. Outra idéia era promover uma política de maior distribuição de renda, ou seja, o governo adota uma política de reajuste maior para salários menores. Outra medida importante foi a dificuldade de captar empréstimos externos, dado todo o cenário descrito acima dos bancos mundiais, que seria gerar superávits na balança comercial para o pagamento da dívida externa. Ou seja, ou a exportação acontece para entrar dólares e pagar a dívida ou não há mais crédito no mercado para o país.
	Nesse período somente os juros da dívida externa estavam sendo pagos, e o montante estava sendo rolado para frente. Com isso, o governo em 79 desvalorizou em 30% o câmbio para aumentar as exportações e conseguir dólares para pagar a dívida. Apesar de essa medida elevar a dívida externa, a idéia era que a capacidade de geração de superávit comercial aumentasse. E depois de um tempo, quando os projetos de II PND estivessem prontos, a capacidade de exportar do país cresceria e acabaria com esse problema, ou seja, essa política trouxe expectativas erradas para toda economia. 
	Essa política de desvalorizações cambiais queria mostrar aos produtores quando seriam as desvalorizações, para que ele pudesse prever seus preços futuros, dado uma inflação controlada. Para que colocasse o reajuste no preço do produto aqui dentro e seu Mark-up ficasse garantido. 
	Governo mantém a correçãocambial abaixo da correção monetária para garantir ao investidor lucro interno e, portanto, estimulava os empréstimos externos. Essa foi à política cambial e de juros dos anos 70. Que sofre radical mudança com Delfim, quando este impõe a maxi de 30% e com a prefixação da política monetária e cambial. Ou seja, há uma desvalorização cambial de 30% e o governo anunciava antes os reajustes monetário e cambial, para não alterar as expectativas dos empresários. Mas quando o governo lança essa regra a inflação volta a subir, e como o reajuste era prefixado dos títulos, os investidores começam a ter prejuízo, pois não sabem a inflação futura. Consequência disso, representou uma alteração no processo de formação de preços dos oligopólios do Brasil que vai gerar a hiperinflação. Isso ocorre porque, suponha que o governo fala que a valorização dos títulos seja acima da inflação, porém isso não ocorre e os investidores começam a ter prejuízos, e acontece uma fuga desses títulos; e quando ele foge ou ele vai para ativos reais, ou vai começar a especular com imóveis, terrenos, ou ainda foge para o dólar. Com isso, a tendência é o câmbio desvalorizar (dólar valoriza), isso causa maior inflação, pois a há muita importação. Ou seja, houve uma desorganização das expectativas dos agentes e dá origem a um comportamento cada vez mais especulativo e que alimenta o processo inflacionário. 
Aula 8 :
	Enfrentamento da Crise: Não era apenas a questão inflacionária, foi uma mudança em termos de BP no país após 79.
	- Do ponto de vista comercial: Não se atingia os volumes adequados das exportações e ao mesmo tempo um encarecimento da matérias primas (ligadas ao petróleo), acaba dificultando as nossas exportações.
	- Ponto de vista financeiro: O Brasil vinha se endividando ao longo da década de 70 em condições favoráveis (juros baixos, prazos longos para efetuar a divida, excesso de liquides internacional) conseqüentemente o nosso BP acumulava um volume importante de empréstimos, portanto a nossa conta de capital exibia um volume de empréstimos significativos que permitia pagar as importações acima das exportações. 
	- Fatores de estimulo do endividamento foram se acentuando entre eles ao longo da década de 70 : A manutenção da correção cambial abaixo da correção monetária, significando que em casos que ocorre-se uma desvalorização do cambio não haveria risco para o tomador de empréstimos (o governo garantia), pois o que estava se pagando sobre os ativos de juros, ativos domésticos,ficaria em um nível mais elevado do que essa desvalorização; assim dando mais segurança para os agentes pudessem ser estimulados a arrecadar recursos externos sem que tenha risco cambial, essa política é mantida ate 1979, quando ocorre 2 mudanças de importância nesse período.
	O ponto mais importante quando Delfim assume: decretasse uma MAX desvalorização de 30% do cambio, conseqüentemente, aquela expectativa dos agentes de que o governo não ia mexer no plano acaba sendo contrariada (deixa-se o cambio estável) e ao mesmo tempo a regra de corrigir o cambio abaixo da correção monetária acaba nesse momento. Portanto o governo acaba mudando todo o padrão de avaliação de investimento de avaliação de risco que funcionaram de certa forma eficaz. 
	Mas por que isso significa uma mudança no padrão de avaliação de risco, de investimento? Um empresário quando toma um empréstimo sabia mais ou menos quanto ia ser o juros que ele teria que pagar sobre esse empréstimo e ao mesmo tempo ele poderia formar os seus preços com base numa expectativa estável da taxa de cambio; se ele necessitava de produtos importáveis ou comprar produtos internamente; o governo garantia que a taxa de cambio não ia ultrapassar a taxa de juros, o que permitia ele fixar os preços e não tinha o risco de quando fosse vender; o produto (necessário para a produção do produto) em dólar estivesse mais caro. Portanto isso assegurou um horizonte previsivelmente de investimentos na economia durante a década de 70. Essa mudança fez com que os investidores ficassem com medo, pois o preço da matéria prima pode subir e com isso o produtor aumenta o preço de venda de seu produto (Esse medo vem tanto da correção monetária e da MAX desvalorização); o produtor começa a parar de produzir devido a esse medo e o investimento acaba caindo; por outro lado essa mudança acaba trazendo um componente diferente que é uma pura especulação.
	Quando o governo dizia que iria pagar juros de 5% sobre o título da divida publica e de repente a inflação ficava acima de 7;8% o cara que tinha investido teria tomado prejuízo, o dinheiro não foi corrigido pela inflação. Os investidores percebendo isso ocorre uma forte fuga dos investidores dos ativos financeiros para ativos financeiros domésticos; os investidores vão para ativos mais seguros como o Dólar por exemplo, porem a quantidade de Dólar para satisfazer essa demanda é bem inferior a essa demanda, o que acaba subindo o preço do Dólar, devido ao excesso de demanda e uma oferta curta. Portanto ao correr o risco de uma fuga de sair de um ativo doméstico para o dólar, ocorre mais desvalorizações da moeda nacional, deixando os custo de produção ainda mais caro, e com isso aumento ainda mais o preço dos produtos e fazendo com que a inflação se acelerasse ainda mais.
	Outra fuga foi os imóveis, terrenos, casas: Numa situação dessa o investidor tira o seu investimento dos títulos financeiros e acaba investindo mais em ativos reais o que pressionaria ainda mais os preços dos imóveis por causa disso, em conjuntura de demanda relativamente aquecida o que esse tipo de fuga pode ocasionar? (não estava em momento de recessão) o comercio percebendo que a inflação esta se acelerando num ritmo mais acelerado do que os ativos financeiros tem a opção de especular com estoques, ou seja, o dono de uma loja de elétrico domestico em vez de ter um estoque de 10 TV ele estoca mais TV, devido o ritmo de crescimento de preços permite que o lucro aumente, conseqüente nesse caso vai levar a produção num limite que acaba elevando ainda mais os preços.
	Portanto durante a fase heterodoxa de Delfin tem-se: Um processo de desequilíbrio interno com inflação convivendo desequilíbrio do mercado externo e ao mesmo tempo um endividamento crescente (prazos menores, juros mais alto e com risco eminente de desvalorizações cambial), agora ocorre um MAX desvalorização do cambio de 30% (fazendo com que a divida publica acaba piorando). Portanto isso impacta diretamente no BP,pois não tem entrada de K suficiente, não tem geração de superávit suficiente e ao mesmo tempo tem que pagar essa divida. Mesmo assim em 1980 aponta um crescimento alto de 7% aonde o consumo cresce muito mais que o investimento e ao mesmo tempo vai tendo esse processo inflacionário se instalando no Brasil.
	Quando a gente chega 1981 percebendo a ineficácia dessa política no que diz respeito principalmente a continuidade do pagamento da divida externa, essa política é revertida para moldes mais ortodoxas para poder pagar parte dessa divida externa. Para fazer esse pagamento foi preciso atuar diretamente nos determinantes do BP (política com enfoque monetário do BP, que é um política de corte de credito interno, desaquecendo a demanda, tendo como objetivo a geração de superávit crescente para poder honrar os pagamentos da divida externa), porem essa política não era apenas para o pagamento das dividas, a real intenção era a de poder renegociar as parcelas devido ao pagamento; mas jamais se pensou em liquidar a divida. (A intenção era mostrar para os países que o Brasil tinha capacidade de pagar a divida).
	Esse tipo de enfoque tem que ser entendido como: Se a demanda tivesse aquecida como estava, significa que, você ta tendo uma necessidade de importar maior. Portanto quando você desaquece a economia você importa menos. Por outro lado as exportações grande parte dos produtos que estavam sendo direcionados ao mercado domestico, a parti do momento que você desaquece a economia e promove novas desvalorizações do cambio, torna-se mais vantajosopara o produtor promover vendas pra fora do Brasil do que para vendas internas e assim da um superávit comercial, com a finalidade de mostrar que o Brasil era capaz de pagar as dividas externas. Essa política adotada por Delfim tinha a esperança de não recorrer ao FMI. 
	Em termos de política econômica umas das conseqüências que essa estratégia vai trazer para o Brasil é o agravamento da crise do setor publico, pois o Brasil já estava tendo uma elevada déficit publico e ao mesmo tempo com sua proposta de recessão você vai ter uma queda na arrecadação dos impostos, portanto o déficit tende a aumenta. Porem toda a política da política externa ela tinha uma contrapartida no endividamento interno, ou seja, a empresa tomava lá fora em dólares e convertia aqui em moeda nacional, o BC tinha que esterilizar essa moeda nacional colocando novo títulos públicos e isso exigia um pagamento de contínuos de juros mais elevados aqui do que lá fora. Portanto o pagamento de juros já estava elevado e isso tende a se agravar cada vez mais no momento em que se enfrenta uma recessão, porque ai não se tem uma arrecadação suficiente para bancar o pagamento. 
	Nos anos 80 agravasse essa situação, Pois o governo havia se comprometido com essa regra de prefixação que não da certo, depois abandona essa prefixação e acaba colocando títulos que eram também corrigidos pelo cambio em conjunto o juros (numa tentativa de não deixar o dólar sair) o problema em fazer isso era que o governo estaria aumento sua divida em dólar aqui dentro (alem de ter uma divida lá fora). Nota-se que a moeda nacional acaba perdendo cada vez mais os valores que a moeda possui (reservas de valor e unidade de conta). 
	Uma questão que surge é a seguinte: Por que esse tipo de reajuste? Porque o pais queria continuar com sua política de refinanciamento da política externa. 
	Qual foi a eficácia daquilo que ela se propunha a fazer? Não conseguiu eliminar a crise fiscal e não conseguiu extinguir o processo inflacionário, mesmo tendo aumento de superávit; foi uma política que se gerou recessão para se gerar um superávit. Nem sempre uma política de corte de demanda (corte de credito,aumento da taxa de juros e corte de investimentos públicos) nem sempre tem uma queda de nível de preços. O grande problema é que a moeda nacional estava tendo uma queda de confiança e isso foi se transferindo para os preços internos.
	Ponto Importante: O Brasil tem credito ate 1981. Porém rolava-se os juros cada vez mais curtos e mais caros, e se adota uma política de rolagem da divida externa (pegava-se dinheiro com outros bancos para poder pagar a divida publica) pois ia conseguir gerar superávit sem ter a necessidade de queimar as reservas nacionais (além de um eventual superávit, vinha também da lei 4131 e a resolução 63 que permitia que tanto o banco quanto a empresa ao tomar dólares, permitindo que o governo contabilizava esses dólares como reserva, precavendo-se de uma futura crise cambial).
	A crise do México: 1982 (em 82 o nível de reserva só dava para bancar as exportações por 2 meses) estoura a crise mexicana (moratória) e isso já foi um sinal vermelho para todo o mercado financeiro internacional, e a partir da crise mexicana acaba a política da rolagem da divida externa seja de curto ou de longo prazo, pois os bancos (estavam tendo dificuldades cada vez maior de colocar títulos no mercado e captar recursos, o motivo para ter ocorrido isso foi a saída de investidores desses títulos para os títulos públicos da divida publica norte americana) não permitiram que se faça empréstimos para países do terceiro mundo; portanto ou se paga a divida ou quebra.
	O Brasil acaba recorrendo ao FMI em 1983 , pois chega-se no ponto de que não é possível mais fazer essa política de rolagem de divida.
	OBS: Nos anos 1980 foi quando finaliza o processo industrial iniciado em 1930, mas quando acontece o Brasil fica consideravelmente atrasado em relação ao desenvolvimento industrial dos demais países (que já estavam na eletrônica) e ao mesmo tempo perdemos a liderança do investimento desenvolvimentista do estado (as estatais quebram) e com isso o setor privado não investe. 
	OBS II: Do milagre econômico até o inicio do segundo PND o setor privado é o responsável pelo empréstimos externos, quando chega 76 pra frente essa posição é trocada pelo estado, por meio das estatais vão contraindo credito externo (o Estado pega mais credito externo do que as empresas privadas), causando o passivo em dólar (externo) seja muito mais nas mãos do setor publico do que do setor privado, quando vem a MAX desvalorização a divida aumenta e quem sofre mais é o estado.
	OBS III: O governo trabalhou com vários mecanismos para minimizar os riscos cambial do setor privado; um deles estipulou uma correção cambial menor do que a correção monetária, garantindo que o setor privado pegasse mais credito externo. O segundo mecanismo foi outro dispositivo, mais utilizado nos anos 80, denominado como Depósitos Registrados em Moeda Estrangeira, que funcionava como a empresa privada ou banco estivessem devendo lá fora, caso quisesse pagar essa divida pudesse fazer essa quitação depositando em moeda nacional no BC, ou seja, além de você garantir o risco cambial estaria minimizado, você também permitiu que ele ainda poderia chegar e pagar essa divida em moeda nacional; mas quem assumia essa divida agora era o estado (porque o estado queria reter essas reservas) -> Esse processo ficou conhecido como: Processo de Estatização da Divida Externa.
	OBS IV: O Processo de Estatização da Divida Externa ocorre apenas no Brasil, pois aqui o Estado é que possuía maiores partes da divida.
Aula 9:
	Crise dos anos 80: Ajuste monetário do BP implicou numa forte políticarecessiva no sentido de poder reduzir o nível de absorção interna, tendo como objetivode geração de mais exportações e queda nas importações, portanto, geração proposital de superávits comercial, no sentido de ter divisar para poder pagar o serviço da divida externa. Essa políticamonetária pode ser dividida em 2 momentos: 1º a partir de 1981 quando Delfim prepara o terreno para antes de irmos ao FMI (para haver coerência com a proposta do FMI) e posteriormente o 2º período quando ocorre a crise mexicana quando o Brasil é obrigado a adotar a política do FMI de uma forma mais severa do que vinha fazendo antes, tornando-se uma política mais recessiva para obter superávits para pagar a divida externa. 
	OBS: Essa fase preparatória tinha a possibilidade com trabalhar com o refinanciamento integral das taxas de juros pagos sobre a divida externa (ainda que os credores não emprestassem o mesmo tanto que emprestavam antes, havia a possibilidade de rolar os juros ano a ano e obtendo novos empréstimos. Quando chega 1983 não existe mais essa possibilidade e agora tem que se pagar uma parte desses juros e renegociar o restante, caso contrario o Brasil não poderá fazer parte do processo de renegociação da divida externa. Assim essa parte que seria paga seria paga com o superavit comercial)
	OBS II: Crise mexicana e sua importância para o Brasil - Ela causou a ruptura de um padrão de refinanciamento dês do final dos anos 1960 ate o final dos anos 70, pelo fato de não conseguir mais créditos externos.
	OBS III: Estatização da Divida Externa - Ela envolve algumas fases que marcam características diferentes desse processo. 1ª A partir da década de 70 o estado vai se tornando o maior devedor em relação ao setor privado, com isso, já definia um tipo de estatização da divida. O 2º mecanismo consistiu nos Depósitos Registrados em moedas Estrangeiras, que nada mais é uma forma encontrada pelo governo na década de 70 de amenizar o risco cambial envolvido na tomada de créditos externos (desestimular a entrada de tomada de recursos pelo setor privado e em casos de desvalorização do cambio, o que afugentaria o capital privado para não pegar os empréstimos, o governo permite que os tomadores privados poderia depositar em moeda nacional os valores correspondentes a sua divida externa em dólares (a razão para ocorrer essa política era simplesmente como tentativa que o capital privado fosse estimulado a trazer mais dólares de fora para o Brasil, porém ao abrir essa possibilidade muitas empresas e bancos acabaram aderindo a esse tipo de abertura que o governo deu e uma parte desses recursos que eram depositados no BC acabaram financiando uma serie de programas e com isso o governo acaba repassando para outros áreas do setor privado mesmo sem estar tendo superávit; isso representou nada mais uma transferência da divida do setor privado para o estado, e assim, tratando de outra característica do processo de estatização da divida externa.
	Em 1983 assina-se o acordo com o FMI e acaba causando que o setor privado vá e deposite o valor de suas dividas em moeda nacional e transferindo a divida para o estado e com isso o governo estatiza ainda mais a divida externa.
	Uma questão sobre o processo de renegociação se baseou em 3 pontos estratégicos: 1 ponto - que envolvia a questão dos credores e dos devedores, 2 ponto - o papel que os bancos centrais passam a exigir dos bancos credores e o 3 ponto - o relacionamento que existia entre os próprios credores. (Essa política ficou conhecida como Rédeas Curtas na época que significa basicamente o seguinte: busca-se preservar a estabilidade da instituições financeiras e não capacidade de pagamento dos devedores. Por outro lado essa política não permitiu que houvesse um tratamento individuais para os países). 
	A política de Rédeas Curtas significou que se os países seguissem as regras recomendadas do FMI, seria possível aquele pais voltar a ter aceso aos créditos internacionais, mas na verdade isso acaba não ocorrendo, pois o choque de 79 acaba afetando as instituições e nunca mais o FMI comprar títulos financeiros dos países de terceiro mundo.
	O segundo ponto que revela a redução do grau de suposição para se conduzir os bancos credores em relação aos países devedores era uma exigência muito mais dos bancos centrais desses países credores do que dos próprios bancos credores, pois os BC's começam a estabelecer um determinada volume; um Maximo de credito que cada banco credor poderia fornecer para esses países que estavam fazendo a renegociação. Não era, portanto, um credito disponível aos bancos credores de acordo com sua vontade. Era preciso preservar o risco dos bancos centrais.
	O terceiro ponto é o relacionamento entre os credores que teve a frente de todo esse processo o EUA e não se permitiu que não se houvesse uma renegociação individual.
	Portanto a partir disso a gente conclui que não teve nenhum tipo de resposta positiva por parte das economias que adotaram essas políticas recessivas. No caso do Brasil ocorreu uma mudança positiva, porem não se sabe se foi graças a essas políticas ou se foi graças a características da política brasileira. 
	Uma vez percebendo que não haveria uma recuperação rápida desses créditos que foram concedido aos países devedores, o problema da divida externa foi cada vez mais deixado de lado, pois os países que não conseguiam pagar a divida; não se deu solução alguma para esse tipo de conseqüências política sugeridas pelo FMI. O problema do Brasil foi resolvida apenas na década de 90, mas por outras razoes que não foram as razoes envolvidas nas políticas recomendadas pelo FMI.
	Sinais positivos que aparecem na economia brasileira logo depois de adotar as políticas recessivas do FMI: - Volume Expressivo de superavit.
	A discução tem, como base entender se esse sinais positivos, a geração do superávit comercial, se realmente decorria da política recessiva ou de outras características estruturais da economia brasileira. Outros países não conseguiram ter outros superávits, porem o Brasil consegue e quando ele consegue, parece que a questão da divida externa parecia estar sendo resolvida. 
	Que tipo de problemas a questão de endividamento poderia trazer? Problemas cambiais, ou seja, na medida que você tem que gerar superávit primários na economia brasileira você nunca poderia pensar no crescimento interno. (A idéia era desaquecer internamente e gerar superávit) se realmente seria esse o caminho, só conseguiria pagar a divida externa através da geração de superávit e por sua vez não permitir o crescimento interno, o fato é que não tinha condições suficientes de gerar divisas em conjunto com o crescimento econômico, pois existia o problema da Rescisão externa na economia brasileira. 
	Quando ocorre a política de reajuste monetária, tenta-se a todo custo, cobrir o déficit de transação corrente para que tenha novos financiamentos, e uma das medidas para cobrir esse déficit (a MAX desvalorização que representou para Delfim uma mudança fundamental nos preços relativos das nossas mercadorias exportadas em relação as mercadorias importadas - Delfim argumenta que: os preços dos nossos produtos são mais baratos do que os preços que nos temos que importar; ou seja, o Brasil é sempre um exportador de comodites e sempre um importador de manufaturados e isso é sempre um dos motivos que gera essa a nossa restrição externa. Para Delfim o motivo para que o Brasil estava tendo os superávits era devido a MAX desvalorização que fez com os nossos produtos ficassem com um preços competitivos lá fora - altera os preços relativos das exportações). 
	Por outro lado você tem outra visão (Cássio) que diz que : esses superávit não tem nada a ver com a política recessiva, ele é decorrência da própria maturação dos investimentos do II PND que nos possibilitou enormemente a necessita de importações que o Brasil sempre precisou, principalmente nos itens energéticos; o Brasil se tornou um forte produtor disso, nos acabamos concluindo para o processo de substituição de importações, portanto, o que ocorre é uma redução da necessidade de importações e a entrada na pauta exportadora de itens manufaturados que acabam contribuindo para os superávits.
	As diferenças entre as duas visões: Delfim (visão otimista)- para o Brasil passar a ter esse superávit era necessário que o Brasil tenha passado pela recessão, mas segundo ele foi curto, a recessão foi necessária para reduzir os produtos importados. Já Cássio (visão otimista) diz que - uma vez que o Brasil já tinha concluído o processo de substituição de importações nesses itens mais caros, não justificava ter que entrado em uma recessão, ou seja, o superávit aparece independente da recessão.
	(Visão pessimista - Ricardo Carneiro e Paulo Batista) - Não há como você sustentar ritmos de investimos crescente na economia e ao mesmo tempo promover geração de superávits comerciais. Carneiro diz basicamente que, não há mais a velha dinâmica da economia que, vinha lá dos anos 30, que as estatais puxam o crescimento e trazem o setor privado. O problema é que as estatais tornaram-se cada vez mais endividadas externamente e juntamente com isso a inflação (anos 80) começa a se acelerar; as estatais não corrigem seus preços e isso foi sufocando a capacidade de auto financiamento das estatais foi totalmente deteriorada e, portanto, não havia mais como as estatais sustentar ritmos fortes de investimentos na economia. A idéia do Carneiro é que acaba com a dinâmica de crescimento aonde o desenvolvimento do Brasil dependia dessas empresas e não tem nada no lugar que substituía esse papel.
	A visão do Cássio e do próprio Delfim, em resposta a essa visão do Carneiro:A inda que ate os anos 80 você precisou desses investimentos públicos, agora nos modificamos o padrão, agora nos colocamos setor exportador é como linha (drive exportador), que , na medida em que as exportações vão crescendo, as empresas exportadoras vão demandar mais bens de capital, mais bens intermediários e conseqüente o crescimento dessa produção acaba sendo conduzido pelo próprio setor exportador e não mais pelo setor estatal como tinha sido no modelo desenvolvimentista (porem não é isso que acontece).
	(Visão do Paulo Nogueira Batista - Pessimista): Existe um forte vinculo entre a necessidade de geração desses superávit e a deterioração das contas publicas quenão estão sendo bem compreendidas pelas visões otimistas. Se você quiser gerar superávit comerciais, portanto, maior entrada de dólares no pais; o maior problema é que o pais estava promovendo essa geração com uma recessão que obrigatoriamente destrói a capacidade de ajuste, de financiamento da capacidade do estado, pois, a medida que você teve uma recessão você provocou uma queda na nossa arrecadação tributaria, portanto você acabou aumentando o déficit publico. E quando o setor exportador chega com os dólares, para tirar do mercado e mandar para fora pra pagar a divida externa, o grande problema é que as compras desses dólares com a moeda nacional devera ser feita através de uma maior alocação de títulos da divida publica (cada vez que coloca esses títulos no mercado, você acaba aumentando a taxa de juros para poder fazer a emissão desses titulo, ao aumenta a taxa de juros você estava derrubando cada vez mais a possibilidade de investimento na economia). Portanto esse tipo de política de geração de superávit comerciais num contesto recessivo ele obrigava o governo cada vez mais a trabalhar com juros altos que iria dificultar cada vez mais a retomada de investimentos na economia; portanto não tem como dizer que a partir dessa política de geração superávit você estaria entrando em outro padrão de crescimento econômico no Brasil.
	Resposta do Cássio a essa critica em relação essa impossibilita de houver crescimento com o aumento das exportações: Em meados de 83 ate 84as necessidade de importações não são as mesmas da década de 70, porém em meados de 86 ate 87 ocorre uma queda das exportações e ao mesmo tempo ocorre uma queda do superávit; Cássio diz que isso aconteceu devido ao plano cruzado (que congela os preços), a economia brasileira não tinha a capacidade de atender toda a demanda. Porém o argumento de Cássio perde validade a partir de 87. 
	Conclusão: A visão de Cássio acaba não sendo verdadeira, o Brasil não tinha se tornado mais independente e continuava dependente. A visão pessimista ganha ela é mais coerente com o que acontece com a época.
	
Aula 10: 
	Sobre as Visões do superávit : As expansões do superávits não ocorriam integralmente por causa do II PND. Os resultados da política recessiva ao elevar os juros e promover sucessivas desvalorizações cambias acaba desaquecendo o nível de investimento e nível de consumo interno e ao mesmo tempo promovia um elevado nível de exportações. AS visões não tão otimista contestam a visão de Delfin e do Cássio, pois elas deixavam de identificar alguns pontos cruciais, como: Nos anos 80 ao longo de todo seu percurso eles não tinham demonstrado nenhum processo de crescimento sustentável, que desse ao Cássio razoes que o Brasil estava de ante de um modelo crescimento; Cássio procura fundamentar em uma fase muito curta de prosperidade da economia brasileira foi quando ocorreu o plano cruzado em 86 (que congelam os preços e permite uma recomposição dos salários na economia e houve um forte estimulo que explica o crescimento que o Cássio e o Delfim era um novo modelo. Porem não é um novo modelo, pois em 87 acaba sendo necessário fazer novos processos de recessão, ou seja, não pode dar continuidade no processo de crescimento econômico; portanto não autorizava ninguém a falar que o modelo de crescimento do Brasil tenha mudado saindo do processo de substituição de importação indo para modelo de crescimento fundado no setor exportador)	
	Mas por que a necessidade de mais recessões após 1986? - Pelo simples fato da necessidade do Brasil de efetuar elevados pagamentos do serviço da divida externa em dólares, faziam com que não seja possível associar crescimento econômico com superávits; uma explicação para isso seria o porque; se o Brasil tivesse um crescimento economia apoiado no mercado interno, no investimento interno, no consumo interno, significaria que boa parte da produção seria absorvida internamente e não sobraria excedente para fazer exportações ao mesmo tempo iria gerar maiores necessidades de importações e o superávit iria desaparecer. Ressurgiria o velho problema de Restrição Externa, ao contrario que dizia Cássio; havendo crescimento, não conseguiria deslocar uma parte da produção para o setor exportador, isso fica de forma mais evidente, mesmo no período do Plano Cruzado ainda que tenha conseguido manter superávit elevado, que com o tempo vai diminuindo e acaba deixando o Brasil incapaz de pagar a divida externa.
	Pontos Importantes, ligados a Política Econômica: A política de juros e a política de cambio tem um significa novo em termos de fatores na economia brasileira, pois eles representaram uma mudança no comportamento das empresas privadas e dos bancos, no sentido de que elas foram obrigadas a promover um forte ajuste na suas estratégias no sentido de preservar o mercado interno (que foi bem sucedido).
	Deve se chamar atenção para: Empresas - Não houve um novo padrão de crescimento; a necessidade do governo trabalhar com elevadas taxas de juros fizeram com que jogasse o investimento lá pra baixo e com isso, descarta-se a visão do Cássio. 
	As empresas resistiram e saíram muito mais fortalecidas em comparação a maneira de como elas entraram nos anos 80 antes de iniciar as políticas recessivas, mas como isso foi possível se não teve investimento? 
	A evolução do sistema financeiro também foi semelhante as das empresas, eles saíram melhores do que quando entraram, mas como isso foi possível se não teve investimento? 
	É assim que se abre a discução que explica todo o relativo sucesso tanto das empresas tanto dos bancos.
	Razões para as Empresas e os Bancos terem tido sucesso: Foi fundamentalmente a partir do mecanismo redução das necessidades do capital de giro que as empresas vão provocar sobre o sistema financeiro, ou seja, elas vão deixando de renovar seus créditos e ao mesmo tempo os bancos vão se adequando a essa menor demanda de credito na economia e isso vai permitir que houvesse um aumento seus lucros. As estratégias da grande empresa passaram a ser uma forte fuga dos créditos de curto prazo delas e ao mesmo tempo de preservar a liquides interna; elas deixavam de tomar o capital de giro e aumentar o seu ativo circulante, mas como elas fazem isso? Elas são oligopólios em primeira situação e elas fazem um forte aumento nos seus Mark-ups e foi por isso que sua produção não foi afetada (a produção foi financiada com os lucros internos e com o aumento dos mark-ups, reduzindo progressivamente o passivo). Os aumentos dos Mark-ups representou um forte deslocamento de nível da inflação do Brasil (uma explicação heterodoxa) no inicio da década de 80. 
	Os Bancos não dependiam dos créditos bancários? O aumento dos mark-ups que permitiram um forte acúmulo de lucro das empresas, poderia levar o capital provado depois de passado um momento critico da crise e principalmente o momento em que o Brasil apresentava esses superávit, o mark-up poderia ter levado a uma retomada de novos investimentos na economia, porem não acontece devido a insegurança que ainda existia na economia. O aumento do mark-up favoreceu para as empresas diversificarem seu portfólio, e com isso não representa um aumento produtivo do país e sim um aumento de lucro para a empresa em si; além do que as empresas não avançaram em mercados mais eficientes.
Aula 11:
	As grandes empresas tinham como objetivo de reduzir o seu endividamento de curto prazo (capital de giro) o que foi compensado pelo aumento do mark-up, que favorecia o aumento da inflação. Falta de investimento era causada pelas incertezas – os juros altos estimulavam as aplicações no mercado financeiro. O ajuste das empresas agravou ainda mais as incertezas, pois elas contribuíram para o aumento da inflação devido ao aumento do mark-up. 
	Cambio: setor exportado a atrasando a entrega de dólar e o importador querendo dólares, o banco central tendo que guardar para pagar a dívida externa, isso agravava a desvalorização da moeda interna, o que gerava maior inflação devido as importações.
	Os agentes começam a demandardólares e aplicações seguras, para evitar a compra de dólares (e este ficar ainda mais caro) o governo oferta títulos no mercado com prazos cada vez mais curtos, por causa da inflação que estava crescendo rapidamente. (Em prazos grandes os juros dos títulos ficariam menores do que a inflação e assim não teria porque os agentes investirem)
	1985: desvalorização diária do cambio, pois este tinha que acompanhar a inflação. Governo não poderia deixar todo mundo ir para o dólar, pois gera mais desvalorização, assim diminuiu os prazos dos títulos para que os agentes tenham rendimentos maiores que a inflação
	A instabilidade dos juros e câmbio, faz com que as empresas projetem aumento dos preços por meio das expectativas de juros, câmbio e inflação. Flexibilização dos mark-up: eles aumentavam por meio dos valores futuros. 
	Consumo e investimento pequenos, devido a juros altos (recessão) para combater o excesso de demanda e a inflação, porem isso não ocorria. Câmbio desvalorizado gerava aumento de custo dos importados. Assim a inflação não vinha da demanda ou dos custos e sim da incorporação das expectativas de aumento da inflação e do preço do dólar ( se a produção não der um retorno maior que a inflação não vale a pena produzir)
Situação: empresa tem altos caixas (devido ao aumento dos mark-up) e vão aos bancos aplicar seu dinheiro.
 (
Governo
(Devedor)
)
 (
Emissão de Títulos (Com curto Prazo – para financiar suas dívidas)
)
 (
R$
)
 (
Bancos financiavam a dívida publica
) (
Bancos
)
 (
Moeda Indexada
) (
R$
)
 (
Agentes
)
	Moeda indexada: Tinha correção diária, os agentes colocam o seu dinheiro nessa aplicação para se proteger da inflação. Bancos ficam mais centralizados, vários pequenos bancos quebraram devido à queda de empréstimos. A dívida do governo só aumentava, pois este era refém do sistema financeiro.
	O governo ofertava títulos no curto prazo para que estes sejam atrativos, os bancos compram e injetam moeda no governo, para que este possa se financiar. Os agentes colocam seu dinheiro nos bancos para se protegerem da inflação (moeda indexada).

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