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NOME DA INSTITUIÇÃO
MIKAELLY FONSECA RODRIGUES DA SILVA
DESAFIO PROFISIONAL
DISCIPLINAS NORTEADORAS: FUNDAMENTOS HISTORIO
SANTANA DO MATOS, 2017
MIKAELLY FONSECA RODRIGUES DA SILVA
PROJETO DE PESQUISA
Trabalho elaborado na disciplina (..) a cargo do/da prof./prof.ª , como parte da avaliação/ como toda a avalição do semestre.
SANTANA DO MATOS, 2017
1. INTRODUÇÃO
A adolescência para ser mais bem compreendida é preciso ser analisada sob um tríplice aspecto, a saber: biológico, social e psicológico. Este é um período de intensas transformações experienciadas pelo ser humano neste processo de desenvolvimento, de amadurecimento. E cada indivíduo vive esta fase de uma forma que lhe é própria, embora algumas mudanças sejam universais como a menarca, nas meninas e a ejaculação, nos meninos. Como se não bastassem às mudanças inevitáveis no campo fisiológico, mudanças igualmente sérias ocorrem em outros setores de sua vida e a forma como vivencia cada experiência define determinados comportamentos que vão do que se é esperado dentro do padrão de normalidade, até os inadequados que revelam transtornos de conduta, provocando desconforto geral no trato familiar e com a sociedade.
Muitas características e desafios surgem no percurso desta fase, exigindo do adolescente algumas decisões que refletirão no seu estilo de vida, na relação sociocultural. Um difícil processo que objetiva fazer com que o jovem saiba quem é na verdade, qual seu papel no meio social em que se encontra inserido; é rever todo aprendizado para formular sua identidade, sua personalidade.
1. CONCEITUANDO A ADOLESCÊNCIA 
De acordo com o Dicionário Houaiss (2001), a palavra adolescência tem origem no verbo latim adolescere, que significa crescer, ou crescer até a maturidade, resultando em transformações de ordem social, psicológica e fisiológica.
A OMS – Organização Mundial da Saúde, define a adolescência como período que vai, precisamente dos 10 anos aos 19 anos, 11 meses e 29 dias (FRIEDMAN, 1985).
Adolescência é enfim, uma fase de preparação para a vida adulta, envolta por períodos alternados de certezas e incertezas, de turbulências, prazer e dor, conflitos e construções, formulação e reformulação de conceitos até que se conquiste a própria identidade.
O psicanalista Erik Erikson acreditava que a maior tarefa da adolescência seria o desenvolvimento da identidade e denominou a maior crise da adolescência como sendo a crise da identidade, ocorrendo nesta fase da vida para que o jovem pudesse estabelecer a diretriz que nortearia seus passos na vida adulta. (ATKINSON, 2002)
A palavra crise vem do grego krisis que significa decidir, escolher; é então uma fase de muitas escolhas e definições provocando grandes confusões e perca de referências em algumas situações.
A formação da identidade do adolescente engloba uma série de fatores como a imagem que ele próprio faz de si, a escolha da profissão, a orientação sexual, valores morais e os compromissos sociais.
2. POR QUE OS ADOLESCENTES USAM DROGAS?
Várias são as hipóteses para este questionamento, não há um motivo isolado, determinante. Alguns estudos apontam que esse período em que o jovem começa a definir amizades acaba tornando-se mais facilmente manipulável, pelos grupos ou pela mídia e então, há forte risco de contato com substâncias químicas, drogas lícitas ou ilícitas; os grupos costumam pressionar o jovem para aceitar iniciar o consumo no intuito de que “seja um dos seus”. Muitos creem erroneamente que seu uso oferecerá algum tipo de status no meio de convivência.
A mídia fortalece bem esta ideia ao apresentar de forma glamorosa as campanhas publicitárias explícitas ou subliminares sobre o consumo destas substâncias. O acesso fácil, aliado à curiosidade são algumas das explicações para esse fato.
Contudo o ponto mais importante seria a ausência da estrutura familiar. Se a criança cresce num ambiente emocionalmente estruturado, mesmo que ocorram os conflitos característicos da fase de transição, as amizades não oferecerão tantos riscos. Ao contrário, na inexistência de vínculo afetivo, ambiente familiar problemático onde a falta de interesse por parte dos pais é explicitamente sentida pelo jovem, aí então, fragilizado, este corre grande risco de se envolver com drogas para aplacar o sentimento de inferioridade, de desamor, de descuido.
O uso de drogas é para muitos, uma forma de denunciar o abandono, a necessidade de mudanças. É a válvula de escape para suas frustrações.
Atualmente torna-se cada vez mais fácil a obtenção de drogas em qualquer idade. Maconha, cocaína, cigarro e álcool são as mais utilizadas, embora o crack esteja agora também fazendo parte deste contexto, sendo inclusive, misturado à maconha para que a dependência ocorra mais rapidamente.
As drogas modificam as funções cerebrais, atenuando o sofrimento psíquico e proporcionando certo prazer e são essas sensações que os usuários buscam a cada novo contato. Mas os resultados destas “viagens” vão mais além do perceptível; o consumo constante prejudica o funcionamento neuronal, modificando o desempenho das funções cerebrais e aos poucos os sinais do desgaste provocado deliberadamente passam a ser percebidos de forma mais evidentes.
Portanto, no intuito de atenuar problemas específicos como insegurança, stress, baixa autoestima, sentimento de rejeição e outras dificuldades, o jovem percorre este difícil caminho para o vício.
3. METODOLOGIA
A adolescência é um período muito complexo pelo qual cada indivíduo passa de forma diferenciada, embora algumas mudanças sejam universais. O período de transição pode ser sentido de forma educativa promovendo o fortalecimento dos laços afetivos quando a família possui certa estrutura emocional a ser oferecida ao seu jovem; porém quando a família apresenta-se desestruturada, os vínculos, já fragilizados, rompem-se facilmente proporcionando possibilidades de internalização de traumas que poderão servir como desculpas para ligação com grupos de conduta questionável, inadequada e a entrada no mundo das drogas ganha maior campo.
Vive-se hoje numa sociedade onde o ter é extremamente valorizado, impelindo consumismo exagerado. O grupo não deixa de exercer influência no comportamento do jovem, sendo esta pressão maior ou menor, conforme valores internalizados por ele. Muitos sucumbem à pressão recebida e por influência destes, abaixa a guarda e se permite viverem perigosas experiências, como por exemplo, conhecer o mundo das substâncias químicas que alteram o funcionamento neuronal, tudo isso em busca do preenchimento do vácuo existente em si mesmo.
O consumo de drogas é um dos maiores problemas sociais e culturais do nosso tempo, não se pode olvidar desta verdade. E dentre os fatores que facilitam sua ligação estão às questões genéticas, familiar, de valores e crenças sociais. Lidar com conflitos e frustrações num período tão delicado como a adolescência é uma difícil tarefa a ser desempenhada.
Atualmente vários programas preventivo-educativos e comportamentais, surgem para ajudar a sociedade a compreender como lidar com esta problemática. Auxiliam também a família que já conhece esta dura realidade que é ter um ente em contato com o vício.
Conclui-se, portanto, que a família desempenha papel crucial como base do macro sociedade e dessa responsabilidade não pode se esquivar, para que não veja comprometido o seu próprio núcleo familiar. Influenciamos e somos influenciados a todo instante por nossas atitudes, ações ou omissões. Nossas ações precisam refletir maior equilíbrio, valorizando a ética e a moral no seio familiar para que seus membros vivenciem tais valores porta à fora do lar que os acolhe.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ATKINSON, Rita L.; trad. Daniel Bueno. – 13 ed. – Porto Alegre: Artmed, 2002.
OUTEIRAL, José Ottoni. Adolescer: estudos sobre adolescência. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994.
HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Vol. 1. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2000.
KNOBEL, M. & ABERASTURY,A. A Adolescência Normal. 10ª Edição. Porto Alegre. Artes Médicas, 1991

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