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A Linguística Pré Saussure
A essa altura de nossas pesquisas já sabemos que a Linguística foi reconhecida como ciência em 1916, depois da edição do livro Curso de Linguística Geral, editado por Charles Bally, Albert Sechehaye e Albert Riedlinger. Se basearam em anotações das aulas de cursos ministrados por Ferdinand de Saussure, considerando o fato de Saussure ser o mestre no assunto, essa obra foi atribuída inteiramente a ele, mesmo sendo editada postumamente, o que lhe atribuiu denominação de “pai da Linguística”.
Para que os estudos fossem considerados propriamente uma ciência, era necessário que houvesse uma teoria, metodologia em torno deles. Apesar de ser considerada ciência apenas em 1916, a Linguística teve início de sua história muito antes disso, são duas fases bem distintas que são chamadas de Pré Saussure e a Saussuriana.
A necessidade de analisar e a preocupação com linguagem é muito antiga, e começaram com uma espécie de descrição da língua, porém limitada à compilação de regras (gramática), onde na verdade era “ensinada” a arte de ler e escrever. Embora procurassem descrevê-la através de uma normatização, era necessário aplicar aos estudos uma visão científica sobre o assunto. Falaremos agora sobre a lingüística Pré Saussure, que basicamente foi dividida em 3 fases principais que são; Filosófica, Filológica e Histórico-comparatista. Como cada fase tem suas particularidades, para que fique claro cada uma delas, faremos um breve resumo de cada uma para que haja a devida compreensão sobre o assunto.
- Filosófica: não há dúvidas que essa fase da Linguística pertenceu aos gregos. São os precursores aos estudos em torno da origem da linguagem. Com suas reflexões adentraram a área da Etimologia, Semântica, Retórica, Morfologia, Fonologia, Filologia e da Sintaxe. 
Para os gregos o importante na análise da língua era observar ação, o fazer. Sendo assim, começaram como uma espécie de descrição da língua, era limitada ás regras indo para o caminho da gramática. Essa influência perdurou por vários séculos, e teve uma duração bastante extensa, até a Idade Média. 
-Filológica: surgiu na Alexandria, em torno do século IV a.C. Os estudos alexandrinos seguiam uma descrição mais filológica e menos filosófica da língua. A Filologia buscou centrar seus estudos na morfologia, na sintaxe e consequentemente na elucidação dos textos em geral. Seus estudos influenciaram toda a Idade Média e seu principal divulgador foi Friedrich August Wolf.
A partir de meados do século XVIII, a escola alemã de Wolf alargou seu campo de abrangência da Filologia, defendendo a importância do conhecimento dos costumes, das instituições e da história literária dos povos. O que está totalmente relacionado ao surgimento e criação da lingüística histórico-comparativista.
Histórico-comparativista: teve inicio no fim do século XVIII e XIX, procurava-se identificar relações entre o latim, o grego e a línguas germânicas, entre outras, a partir da descoberta do sânscrito. Esse período é predominantemente marcado pela preocupação dos teóricos em saberem como as línguas evoluem, e não somente como funcionam, como era o objetivo até então.
Franz Bopp fundador da lingüística-comparativista, foi impulsionado através da descoberta dessa nova língua, o sânscrito (antiga língua da Índia), procurou descrever a fonte comum das flexões verbais de várias línguas, através da análise dos textos em sânscrito, comparando-os com outros idiomas. A fase histórico-comparativista teve o mérito de lançar as bases científicas para a lingüística do século XX, inclusive para os ensinamentos de Saussure e de Bloomfield.

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