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Equino manejo alimentar

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
CAMPUS POÇOS DE CALDAS 
Departamento de Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equinocultura: Manejo nutricional 
 
 
 
 
 
 
 
Elisângela Aparecida Barbosa- 579373 
 
 Professor: Adauto de Carvalho Rosas Filho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poços de Caldas 
Março-2020 
 
 
Sumário 
 
 
1. Manejo alimentar de equinos na fazenda de criação………………………….. 3 
1.1 Confinados ..…………………………………………………………………………. 4 
1.2 A pasto………………………………………………………………………………… 4 
2. Principais cuidados e limitações dos nutrientes nas categorias……………. 5 
2.1 Potros ...……………………………………………………………………………... 6 
2.2 Éguas em terço inicial de lactação……………………………………………… 8 
2.3 Éguas em terço final de gestação …………………………………………….... 9 
3. Bibliografia …………………………………………………………………………. 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. Manejo alimentar de equinos na fazenda de criação 
 
 
o cavalo é um animal herbívoro, que se alimenta de vegetais, chamados de 
volumosos e isso é o que garante o funcionamento do trato digestivo.Sendo que em 
algumas categorias é essencial fornecer concentrado que possui maior 
digestibilidade que as forragens. 
As exigências nutricionais dos equinos são baseados principalmente em 
fatores genéticos,clima e estado fisiológicos. E é fundamental que a dieta seja 
adaptada de forma gradual. 
Sendo o ​manejo alimentar um dos itens mais importante na criação de 
equinos, independente da finalidade do animal. Alimentar os animais é fundamental 
para qualidade de vida e até mesmo desempenho do animal. 
Basicamente a dieta do equino se resume em ofertar volumoso, concentrado 
e sal mineral para equinos,adequando a quantidade para diferentes categorias em 
diferentes fases da vida do animal e que atenda as exigências de 
proteínas,energia,vitaminas e fibras. 
O sal mineral proporciona alguns benefícios como, aumenta 
rendimento,fortalece tendões,ligamento e ossos. 
Vale ressaltar que faz parte do manejo alimentar a ingestão adequada de 
água que é em torno de 27 a 70 ml/kg/dia, podendo variar com o clima,quantidade 
de exercícios,alimentação e idade. 
 
 
 
 
 
 
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https://www.cptcursospresenciais.com.br/curso/curso-de-formulacao-de-dietas-e-racoes-para-equinos/
1.1 Equinos confinados 
 
 
Os animais criados em boa parte do dia em regime confinado, por exemplo, 
necessitam de uma ​nutrição balanceada​ e que não comprometa a sua fisiologia. 
O animal estabulado,precisa receber o concentrado e volumoso intercalado e 
dividir em várias porções ao dia. De maneira mais simples deve receber 3 refeições 
e ofertados em maior intervalos de tempo. Sempre levando em consideração que o 
animal não pode receber volumoso e concentrado junto na dieta,deve-se separar a 
oferta para que não tenha passagem rápida do concentrado pelo trato gastrintestinal 
sem que haja sua digestão apropriada, levando ao não aproveitamento. 
O esquema mais simples é ofertar parte do concentrado pela manhã e no 
início da tarde que é quando o animal vai desempenhar as atividades físicas e 
depois ofertar o volumoso. Sendo que, feno pode ser oferecido em redes com 
aberturas pequenas. 
O fornecimento de volumoso deve ser com folhagem inteira ou maior o 4 cm 
que permita a seleção das melhores partes da planta antes da ingestão, estimula a 
mastigação e maior produção de saliva. 
A administração da suplementação do sal mineral é essencial para corrigir 
possíveis deficiência no volumoso ou ração ofertada. 
 
1.2 A pasto 
 
 
Os equinos necessitam de pastagem baixa para ser pastejada e passa em 
torno de 16 horas por dia pastejando, até mesmo em função do seu volume 
estomacal pequeno esses animais são altamente seletivo.Os animais criados a 
pasto recebe uma porção de seus nutrientes provindos do pasto,rica em fibra,mas 
pobre em energia, devendo ser suplementado com concentrado na medida 
correta,principalmente para expressar o máximo potencial genético. 
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https://www.cptcursospresenciais.com.br/curso/curso-de-formulacao-de-dietas-e-racoes-para-equinos/
Como apresentam intensa sudorese, e em geral as pastagens do Brasil 
geralmente ineficientes em minerais,necessitam de uma atenção maior a 
suplementação de sal mineral no cocho que pode ser menor que o de ração e pode 
ser de alvenaria, de plástico ou fibra. 
Uma boa forrageira deve apresentar maior quantidade de folhas, capacidade 
suporte de pisoteio e capacidade de rebrota alta e ser aceito pelo animal. Deve-se 
atentar para o ideal preparo da terra, com cuidados como análise da terra, 
adubação e calagem adequadas e escolha de um capim de ótimo nível nutricional. 
A rotação das pastagens é interessante para preservar melhor a área e 
diminuir a contaminação por parasitas gastrintestinais 
 
2. Principais cuidados,importância e limitações dos nutrientes nas 
categorias: 
 
 
2.1 Potros 
O cavalo é considerado como potro até 48 meses, e nesta fase os animais 
requerem manejo nutricional adequado. 
A partir do 3 mês de lactação, o animal começa a se alimentar de volumoso e 
ração, aliado ao leite.A instalação creep-​feeding pode ser usada, em que o potro 
terá acesso a uma alimentação concentrada diferenciada,onde somente ele terá 
acesso a égua impedida. O creep-​feeding é que um cercado dentro do 
piquete onde estão as éguas com potro ao pé, com uma régua de madeira 
ou vara que impede o acesso da mãe ao cocho central, no qual se coloca a ração 
específica para potros lactentes.Pode-se ainda fazer o creep​-feeding junto das 
baias individuais onde as éguas irão se alimentar, de maneira que os potros 
recebam ração diferenciada da mãe enquanto esta é alimentada no cocho. A 
alimentação se dará pela administração de volumosos, concentrados e 
suplementos de vitaminas e minerais. O acesso ao volumosos e concentrados 
independe de o animal ser criado a campo ou confinado. 
Os animais desta categoria necessitam em torno de 669 gramas de proteína 
diária com bom perfil de aminoácidos,principalmente lisina e treonina aminoácido 
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limitantes. Neste período a estrutura óssea está em formação então fontes de 
proteína e cálcio são de grande importância. 
O desmame do potro deve ser sempre gradativo para evitar causar traumas 
físicos e psíquicos ao animal,podendo variar entre o 4 ao 9 mês de vida do animal. 
Após o desmame, o fornecimento de ração pode ser feito no pasto mesmo, 
em unidades de serviço com baias individuais que servem exclusivamente para o 
fornecimento de ração a pasto. No período que vai de 12 a 30​-36 meses, o 
manejo do potro deve ser diário, com a administração de um volumoso de 
qualidade, abundante, uma complementação de suas necessidades com 
fornecimento de concentrados adequados à categoria e o acesso livre a água 
fresca e limpa e sal mineral. 
Segundo o NRC 2007, segue abaixo uma tabela das necessidades 
nutricionais do potro dos 6 aos 12 meses de idade. 
 
 
 
 
 A partir do desmame, fornecer uma alimentação diferenciada exclusiva 
para ele, pois a velocidade de crescimento do potro, inicialmente, é muito 
elevada. Sendo que é recomendado que os potros tenham acesso à pastos de 
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qualidade, que recebam diariamente de 1 a 1,5 kg de concentrado a cada 100 kg 
de peso vivo para suprir as exigências nutricionais diárias recomendadas nessa fase 
do desenvolvimento. 
Lembrando que um ganho de peso excessivo ou mesmo uma taxa de 
crescimento além do normal,trazem mais prejuízos,podendo desenvolver doenças 
ortopédicas desenvolvimentares. 
 
A baixo a tabela mostra com clareza as necessidade diárias de matéria seca para 
potros. 
 
 
 
Já os​ ​potros que perdem sua mãe ainda na fasede amamentação, 
devem ter alguns cuidados especiais e garantir que o potro beba o colostro. 
Caso isso não tenha ocorrido,deve-se recorrer a um banco de colostro, pois, do 
contrário, o potro não terá imunidade às infecções ou até mesmo utilizar amas de 
leite ou sucedâneos. 
 O não fornecimento de alimentação adequada ao potro órfão em 
qualquer momento dos 12 primeiros meses de vida compromete, geralmente em 
definitivo, seu crescimento e seu desenvolvimento. 
Desmame até os 18 meses de idade: Deve-se utilizar uma ração apropriada 
para potros, com 17 a 19% de proteína bruta e 3 a 5% de extrato etéreo, na 
proporção de 1% do peso vivo em ração, dividido em 2 refeições. 
Dos 18 aos 36 meses, deve-se oferecer uma ração com 15% de proteína 
bruta e 3 a 5% de extrato etéreo, mantendo-se a mesma proporção de 1% do peso 
vivo em ração, dividido em 2 refeições. 
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2.2 Éguas lactante 
 
 
Essa categoria é sempre mantê-la em boas condições nutricionais,pois parte 
da sua ingestão será destinada a produção do leite e isso pode variar para maior ou 
menor exigência energética, variando de acordo com a fase da lactação do animal. 
 
 
2.3 Éguas em terço inicial de lactação: 1º ao 3º mês 
 
Essa é a categoria que mais exige consumo de alimentos. Início da lactação 
os aportes alimentares para a égua em início de lactação são muito mais elevados 
que no período de gestação,pois uma égua produz em média 15 a 17 litros de leite 
por dia. Com relação a seu peso, essa categoria tem uma necessidade de 2,3 
a 3% de MS. Nessa fase, são utilizadas as reservas corpóreas da gestação, 
porém estas são pequenas, suficientes apenas para que o animal não emagreça 
acentuadamente, desde que receba nutrientes em quantidade e qualidade 
adequadas; caso contrário, o aparecimento de carências certamente ocorrerá, com 
consequências nefastas para o potro e para o futuro reprodutivo da égua. 
A suplementação com concentrados se faz necessária, pois, além de 
tudo, a égua pode estar prenhe nessa fase. Portanto, a égua tem tripla função: 
manutenção, lactação e nova gestação. A quantidade de proteína do 
concentrado pode ser de 15 a 16% de PB, e a energia deve ser de 
mediana a alta, com extrato etéreo de 3 a 5%; lembrando sempre que, 
quanto maior a proteína e a energia do concentrado, menor poderá ser a 
inclusão de concentrado na dieta. 
Nessa fase, o potro é nutrido basicamente pelo leite, apesar de ingerir 
volumoso e até ração.Por tanto, é recomendado que as éguas lactantes, recebam 
boas fontes de alimentos e suplementação de minerais, de forma que o leite 
produzido seja capaz de suprir as necessidades nutricionais do potro. 
 
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2.4 Éguas em terço final de gestação 
 
 
 Nesse período, a produção leiteira reduz quase à metade do início da 
lactação e o potro já está recebendo suplementação de concentrado e volumoso 
adequado, que suprem parte de suas necessidades.Sendo assim,as necessidades 
da égua caem drasticamente, pouco acima das necessidades de manutenção. 
 E é nesta fase normalmente que ela está se preparando para a próxima 
gestação que está em torno dos 5 meses, e esse desmame gradual favorece o 
desenvolvimento gestacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Bibliografia 
 
 
CINTRA, G.A. ​Alimentação equina: ​Nutrição,saúde e bem estar. 1 . ed. Rio de 
Janeiro: ROCA, 2016. 354p. Livro disponível em pdf. 
 
CAMPOS, S.M.B.​ Nutrição e manejo alimentar de potros de zero a doze meses. 
Universidade de brasília faculdade de agronomia e medicina veterinária. 
Brasília/DF,junho de 2018. 
 
PINTO, S.A.P.​ Trabalho de conclusão: de curso criação e manejo de potros​. 
Goiânia, 2013. 
 
 LEME,P.D; SILVA,L.E; VIERA,C.M;BUSS,P.L. ​Manual de boas práticas de 
manejo em equideocultura​.1ª edição. Ano 2017 
10

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