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CRIOCIRURGIA CRIOCIRURGIA Apresenta-se como uma das neoplasias cutâneas mais comuns; É um tumor maligno proveniente dos queratinócitos, que ocorre com maior frequência em áreas com rarefação pilosa e falta de pigmentação da pele, como pálpebras, pênis ou vulva; A exposição ao sol é uma das principais causas para o desenvolvimento do CCE. 2 (SILVA et al., 2015). (FOSTER, 2013). (KUSEWITT, 2013). Carcinoma de células escamosas (CEC) 3 Sinais clínicos Erosões e lesões em placa que não cicatrizam, acompanhadas ou não de tecido de granulação; Formação de massa com aspecto de couve-flor ou ainda úlceras profundas com necrose intensa; Nos estágios mais avançados do CCE, podem ocorrer metástases para linfonodos regionais e acometendo também órgãos internos. (SILVA et al., 2015). 4 Diagnóstico Observação dos sinais clínicos; análise do histórico do animal; Avaliação da lesão; Exame histopatológico. (SOUSA et al., 2019). Pré-cirúrgico MPA - Detomidina a 1% - 0,2 mL/100 kg I.V; Indução - Diazepam - 0,5 mg/kg e Cetamina 10% - 2 mL/100 kg; Antissepsia da pele; Analgesia adicional da superfície ocular - 1 mL de tetracaína (anestésico tópico), não foram utilizados bloqueios de nervos palpebrais. 5 RELATO DE CASO 6 Técnica que consiste basicamente na retirada de uma fina camada parcial da córnea; (BISER et al., 2004). CERATECTOMIA 7 Trans-operatório Blefarostato Incisão próxima à borda lesionada com lâmina uma lâmina de microcirurgia nº. 367 R. Tecido anormal foi removido e enviado para exame histológico. 8 Sonda sólida de ponta fechada; O congelamento interrompido era quando a área congelada excedia 2–3mm; Era aplicado no local, 10–20mL de solução salina à temperatura corporal no olho, afim de evitar a destruição da córnea saudável; Posteriormente, o tumor era descongelado lentamente; Nenhum termopar foi utilizado. 9 Tratamento tópico: pomada de oxitetraciclina/polimixina B, BID, para prevenir infecções bacterianas; Em cavalo com sinais de dor ocular, como blefaroespasmo ou miose - pomada de atropina, aplicado topicamente uma vez ao dia para diminuir o espasmo ciliar; Vedaprofeno, foi administrado sistemicamente - 1 mg/kg/P.V, V.O, BID, enquanto o desconforto ocular estivesse presente. Pós-operatório Uma égua, da raça manga-larga, com 10 anos, com pelagem pampa de 480 kg, deu entrada no Hospital Veterinário Vicente Borelli, da Fundação de Ensino Octavio Bastos (Unifeob); Apresentando lesão de formato circular, ulcerada, na região do músculo semimembranoso direito próximo à vulva; O animal foi encaminhado já com o diagnóstico de carcinoma de células escamosas. 10 RELATO DE CASO Pré-cirúrgico No exame físico, o animal apresentou parâmetros fisiológicos normais e os exames de triagem, hemograma e bioquímica sérica estavam dentro da normalidade para a espécie; Foi realizado o limpeza e desbridamento da ferida com remoção de tecido necrótico e tricotomia ampla. 11 Trans-operatório 12 Foi utilizado aparelho de criocirurgia da marca NITROSPRAY® que produz o congelamento das células tumorais com aplicação de nitrogênio líquido; As sessões foram realizadas com intervalos de, aproximadamente, dez dias de um procedimento para o outro, totalizando sete sessões de congelamento. 13 Piroxicam (7,5mg/ kg-BID); Omeprazol (1g/kg-SID) por de 30 dias; Foram realizados curativos diários, utilizando-se água morna e gaze para o desbridamento de tecidos e uso tópico de pomada à base de Imiquimode. 14 Antes da última sessão foi realizado uma nova coleta de amostra para exame histopatológico em três pontos distintos da região; O laudo do exame confirmou ausência de células neoplásicas, indicando a remissão e o sucesso na terapia adotada. Vantagens Rápido e tecnicamente simples; Curta duração; Cirurgia sem sangue; Cirurgia sem formação de cicatriz; Trauma operatório e anestésico mínimo; Cirurgia sem bisturi; Baixo custo. 15 Complicações Complicações intraoperatórias; Escoamento de criogênio; Sangramento após criocirurgia; Edema local excessivo e dor; Necrose tecidual excessiva; Recorrência tumoral. 16 SILVA, S. C. G. et al. Carcinoma de células escamosas em equino com metástase pulmonar: relato de caso. Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal, Fortaleza, v. 9, n. 4, p. 689-698, 2015. FOSTER, R. A. Sistema reprodutor da fêmea e glândula mamária. In: ZACHARY, J. F.; McGAVIN, M. D. Bases da patologia em veterinária. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. p. 2891-3010. KUSEWITT, D. F. Neoplasia e biologia tumoral. In: ZACHARY, J. F.; McGAVIN, M. D. Bases da patologia em veterinária. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. p. 733-815. SOUSA, K. S. et al. Carcinoma de células escamosas em equino: relato de caso. Pubvet, Maringá, v. 13, n. 3, p. 1-6, 2019. DE BRITO, Gabriel Ribeiro; DE ABREU, Rogério Navarro. Carcinoma de células escamosas em equinos: relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 19, n. 1, 2021. CAPPELLESSO, Luiza et al. Ceratectomia lamelar superficial para retirada de carcinoma de células escamosas da córnea, associado à correção de entrópio em cão-relato de caso. 2022. 17 .MsftOfcResponsive_Fill_ff0000 { fill:#FF0000; } .MsftOfcThm_Accent2_lumMod_75_Stroke_v2 { stroke:#C55A11; }
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