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DHYENIFER STHEFANY SOUZA SILVA QUÍMICA FARMACÊUTICA- ESTUDO DE CASO COVID-19 FACULDADE SÃO PAULO ROLIM DE MOURA-RO 2020 1. INTRODUÇÃO Segundo a Nature , a disseminação da doença por coronavírus 2019 (COVID-19) está se tornando imparável e já alcançou os critérios epidemiológicos necessários para ser declarada pandemia, até 12 de março de 2020, a doença de coronavírus 2019 (COVID- 19) foi confirmada em 125.048 pessoas em todo o mundo, com uma mortalidade de aproximadamente 3,7%,em comparação com uma taxa de mortalidade inferior a 1% por influenza. Existe uma necessidade urgente de tratamento eficaz. O foco atual tem sido o desenvolvimento de novas terapêuticas, incluindo antivirais e vacinas. Evidências acumuladas sugerem que um sub grupo de pacientes com COVID-19 grave pode ter uma síndrome de tempestade de citocinas. Recomenda-se a identificação e o tratamento da hiperinflação usando terapias aprovadas existentes, com perfis de segurança comprovados, para atender à necessidade imediata de reduzir o aumento da mortalidade. O tratamento atual do COVID-19 é favorável e a insuficiência respiratória causada pela síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) é a principal causa de mortalidade. A OMS afirma que não há qualquer tratamento aprovado para a COVID-19, mas não aponta perspectivas, apesar de que, vários estudos estão em andamento em todo o mundo, e mostram amplas perspectivas de sucesso. A possibilidade de vacina contra o novo corona vírus deve demorar cerca de 18 meses. 2. MEDICAMENTOS Foram identificados 24 estudos clínicos, envolvendo mais de 20 medicamentos, como imunoglobulina humana, interferons, cloroquina, hidroxicloroquina, arbidol, remdesivir, favipiravir, lopinavir, ritonavir, oseltamivir, metilprednisolona, bevacizumabe e medicamentos tradicionais chineses (TCM). Embora o redirecionamento de medicamentos tenha algumas limitações, o reposicionamento de ensaios clínicos pode representar uma estratégia atraente, pois facilita a descoberta de novas classes de medicamentos; eles têm custos mais baixos e levam menos tempo para chegar ao mercado; e existem cadeias de suprimentos farmacêuticos para formulação e distribuição de medicamentos tradicionais chineses (MTC). Até o presente momento, não há medicamento comprovadamente seguro e eficaz para ser usado contra a infecção pelo novo coronavírus (covid-19). A Sociedade Brasileira de Infectologia considera o uso da hidroxicloroquina para tratamento da COVID-19 como uma “terapia de salvamento experimental”. Seu uso deve ser individualizado e avaliado pelo médico prescritor, preferencialmente com a participação de um infectologista, avaliando seus possíveis efeitos colaterais e eventuais benefícios. Entre os principais efeitos adversos, destacam-se: discrasia sanguínea, distúrbios gastrintestinais (náuseas, vômitos, diarreia), fraqueza muscular, labilidade emocional, erupções cutâneas, cefaleia, turvação visual, descoloração do cabelo ou alopecia e tontura. Recomenda-se que, se usado, idealmente o seja na forma de estudo clínico aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) ou, para resguardar o médico prescritor, que pelo menos seu uso seja aprovado pelo Comitê de Ética do hospital, com termo de consentimento do paciente ou da família (paciente intubado). Como é uma medicação experimental para esta indicação (COVID-19), é importante que seu eventual uso seja dentro de um protocolo da instituição e que os resultados, tanto se forem positivos, como negativos, sejam relatados. A SBI acha compreensível seu uso no paciente crítico, já que não há tratamento aprovado para COVID- 19, mas manifesta sua preocupação que um tratamento experimental possa trazer mais danos do que benefícios para o paciente. Estudos do grupo de pesquisa do médico Pro-fessor Didier Raoult, ex integrante do Alto Conselho Científico francês, mostraram que pacientes confirmados com Covid-19 incluídos num protocolo de braço único, entre o início de março e 16 de março, para receber hidroxicloroquina diariamente tiveram a carga viral significativamente reduzida até o sexto dia de tratamento. Dependendo da condição clínica, azitromicina foi adicionada ao tratamento. De acordo com o pesquisador, o efeito da hidroxiquina foi reforçado pela associação do antibiótico, eliminando toda a carga viral até o quinto dia após o início do tratamento. Até o momento, o tratamento de pacientes críticos tem sido fundamentalmente pautado em medidas de suporte às disfunções orgânicas. Desde o início da pandemia, tem-se buscado um tratamento eficaz antiviral para o novo coronavírus 3. CONCLUSÃO Deve ser ressaltado, sempre, que o caráter emergencial de tais medidas, e considerada a falta de alternativas para o tratamento de casos graves e que pesquisas devem continuar sendo realizadas para garantir/confirmar que os benefícios desses fármacos sejam maiores que os diversos e sérios efeitos colaterais que apresentam. A indicação desses fármacos só é considerada por não existir outro tratamento específico e eficaz disponível até o presente momento e que essa recomendação pode ser modificada a qualquer momento. Mais do que nunca fica evidente a importância da valorização da ciência, a necessidade do estímulo à pesquisa científica e o papel do pesquisador na sobrevivência da humanidade. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: E CallawayTime to use the p-word? Coronavirus enter dangerous new phase Nature, 579 (2020), p. 12 WHO-Coronavirus disease 2019 (COVID-19)situation report – 52. Disponível em :https://www.who.int/docs/default-source/coronaviruse/20200312-sitrep-52-covid- 19.pdf?sfvrsn=e2bfc9c0_2 [ Acesso em 17/04/2020] Clinical predictors of mortality due to COVID-19 based on an analysis of data of 150 patients from Wuhan, China. Intensive Care Med. 2020; (published online March 3.) Disponível em : DOI:10.1007/s00134-020-05991-x [ Acesso em 17/04/2020] VALOR. OMS pede que países parem de usar remédios não testados contra o corona virus. 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Hydroxychloroquine and azithromycin as a treatment of COVID- 19: results of an open-label non-randomized clinical trial. International Journal of Antimicrobial Agents (2020), Disponivel em: https. //doi.org/10.1016/j.ijantimicag.2020.105949 [Acesso em 19/04/2020].
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