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slide lingua Portuguesa Unidade II

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METODOLOGIA E CONTEÚDOS BÁSICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA UNIDADE II
A ORALIDADE: UMA INTERAÇÃO LINGUÍSTICA
COMUNICAÇÃO ORAL
A comunicação oral representa para o indivíduo uma experiência linguística por excelência, em que, pelo menos, dois falantes se exprimem cada qual em seu turno. Esse exercício implica uma troca, cujos participantes exercem uns sobre os outros uma rede de influências mútuas.
 
LINGUAGEM PRODUTO DE INTERAÇÃO
 
O fazer do professor enfatiza mais a escrita e, pouco tempo, dispende para questões relacionadas à fala.
Os eventos da oralidade podem se efetivar em atividades que envolvam palestras, debates, seminários, teatro... Esses, além de ampliar o conhecimento dos alunos sobre como agir nessas práticas, também promovem a discussão acerca dos preconceitos linguísticos. 
 
HABILIDADES DE ESCUTA
 A pretensão de habilitar o aluno para participar plenamente da sociedade na qual vive começa por favorecer e desenvolver formas consideradas adequadas para os espaços sociais públicos. Entre as regras de convivência estão as que se referem à participação nas interações orais – fala e escuta – em sala de aula ou fora do espaço escolar.
Perceberam que a língua é dinâmica? 
Ela sofre transformações com o passar do tempo em virtude de vários fatores advindos da própria sociedade, que também é totalmente mutável.
Existem diferentes variações ocorridas na língua:
• VARIAÇÃO HISTÓRICA: aquela que sofre transformações ao longo do tempo. Como por exemplo, a palavra “Você”, que antes era vosmecê e que agora, diante da linguagem reduzida no meio eletrônico, é apenas VC. O mesmo acontece com as palavras escritas com PH, como era o caso de pharmácia, agora, farmácia. 
• VARIAÇÃO REGIONAL (OS CHAMADOS DIALETOS): são as variações ocorridas de acordo com a cultura de uma determinada região, tomamos como exemplo a palavra mandioca, que em certas regiões é tratada por macaxeira; e abóbora, que é conhecida como jerimum. Destaca-se também o caso do dialeto caipira, o qual pertence àquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de ter uma educação formal, e em função disso, não conhecem a linguagem “culta”. 
• VARIAÇÃO SOCIAL: é aquela pertencente a um grupo específico de pessoas. Neste caso, podemos destacar as gírias, as quais pertencem a grupos de surfistas, tatuadores , médicos...
 
POSSIBILIDADES QUE ENVOLVEM A ORALIDADE E A ESCUTA NA SALA DE AULA
Como trabalhar a oralidade na escola de modo criativo? 
Veja algumas possibilidades:
É de fato necessário que a escola assuma a responsabilidade de desenvolver no aluno, desde os anos iniciais, as habilidades que lhe garantirão fluência em situações que exigem a interação oral, da mesma forma como sempre considerou importante desenvolver as competências relacionadas à comunicação escrita. Assim, se a rotina escolar dedica todo um planejamento de atividades para a prática da escrita, por que não inserir em seu cronograma atividades regulares que possibilitem ao aluno apreender verdadeiramente aquilo que até hoje, muitas vezes, espera-se que seja conduzido por mera intuição?
Para tanto, os estudos dedicados ao tema destacam a importância de:
*Realizar regularmente atividades que propiciem condições espontâneas de prática da oralidade, contações de histórias, recontos, conversas em grupos, entrevistas ...
*Filmar a performance para, junto com os alunos, observar aspectos que precisam ser revisitados;
*Conduzir a reflexão do aluno para que ele perceba o que precisa ser melhorado em sua performance, tanto no que se refere, principalmente, ao material verbal (a fala em si), ao material não verbal (postura, gesticulação, comunicação visual) e ao contexto (adequação à situação de comunicação).
*Utilizar microfone com caixa de som para momentos da oralidade planejada.
*O trabalho com a oralidade e escuta em sala de aula poderá ser através do teatro, enfatizando os efeitos de sentido e as estruturas linguísticas, tais como: aspectos de entonação, dicção, gesto e postura. 
 
Uma ideia simples que estimula a leitura e a oralidade dos estudantes. O SUSSURROFONE, um telefone de brinquedo, feito com tubos de PVC. Com ele, os alunos falam, se ouvem e melhoram a pronúncia das palavras.
 
Sendo uma prática que deve ser incorporada entre as demais tarefas escolares, a ORALIDADE pede não só o planejamento de atividades sistemáticas, mas também um acompanhamento que possibilite verificar o desenvolvimento da competência das habilidades nos alunos. E aí surge a importância da avaliação da oralidade. 
 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais explicam que um ambiente propício para a prática da escuta supõe a mediação do professor. Para tanto, há a necessidade da explicação prévia dos objetivos, da antecipação de certas dificuldades que podem ocorrer e da apresentação de pistas que possam contribuir para a compreensão. 
A atividade que envolve a fala e a escuta prevê a participação em jograis, declamação de poemas, leituras, apresentação de jornal falado, de programa de rádio, criação e apresentação de paródias.
 
Assista este vídeo rápido...
Oralidade em sala de aula
https://www.youtube.com/watch?v=POYkQs-c73Q
Oralidade como objeto de ensino na escola #23/20
https://www.youtube.com/watch?v=l_O9USzB34s
 
A LÍNGUA ESCRITA
Na língua escrita, a produção da mensagem obedece a regras com substantivos, pronomes, advérbios, adjetivos e verbos mais precisos para nomear, identificar e descrever lugares, objetos ou acontecimentos. Essa exige maior esforço de elaboração. A língua escrita vale-se dos sinais de pontuação para sugerir características da língua falada, além, é claro, da função organizadora dos enunciados que a pontuação cumpre.
A ESCRITA COMO PRÁTICA SOCIAL
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi elaborado há 18 anos. O objetivo dessa reforma é unificar as questões sobre a ortografia de todos os países que falam português. Ele já foi sancionado pelo Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. O Novo Acordo Ortográfico foi assinado em setembro de 2008 e obrigatório a partir de janeiro de 2013. 
Esse Acordo Ortográfico, basicamente, alterou a acentuação de algumas palavras e regras do hífen. Tal assunto nos obriga a consultar os vocabulários ortográficos, que já começaram a ser publicados. Restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada.
 
O texto da reforma aborda algumas mudanças: fim do acento circunflexo em palavras,fim do acento agudo nos ditongos abertos “éi” e “ói” das palavras paroxítonas, fim do trema, fim do acento agudo em “pára” (verbo).
 Gostaria de saber qual a vantagem. 
Que ganhos teremos com isso?
Até parece que escrevemos mal por culpa do nosso atual sistema ortográfico, o qual aprendemos por memória visual, pelo bom hábito da leitura. O que nos falta é incentivo à leitura, é melhorar nossas condições de ensino, é remunerar melhor os professores [...].
Falta é vontade política de se fazer uma real reforma na educação. A verdade, porém, é que o novo acordo ortográfico já está em vigor. 
Opinião de Sérgio Nogueira sobre algumas questões que envolvem a reforma ortográfica
 
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
A organização do trabalho de leitura e escrita em classes de crianças de seis anos precisa estar em sintonia com o que é próprio da idade, considerando a experiência prévia das crianças com o mundo da escrita em seus espaços familiares, sociais e escolares e, também, o tempo anterior de frequência à escola. Assim, é preciso criar contextos significativos, trabalhando com temas de interesse e com o amplo mundo da escrita, que desafia as crianças a lidar com a diversidade de textos que elas conhecem e de outros que precisam conhecer, sem perder de vista os conteúdos que se pretende atingir. 
Criação de contextos significativos
*Favorecer o contato com textos, com seu uso efetivo e com a análise de seus aspectos formais; atividades específicas que podem ser desenvolvidas durante todo o período...Atividades sobre as relações entre a língua oral e a língua escrita:
*Explicação de textos; leitura de textos pelo professor; reconstrução oral de contos e narrativas; ditados; memorização de textos (canções, poemas, refrãos); declamação e dramatização; exposições orais; tomar notas (para alunos que já dominam o sistema alfabético); preparar debates...
 
Atividades para o aprendizado do sistema alfabético:
*Diferenciação entre letras, desenhos e números; escrita e reconhecimento do nome próprio; escrita coletiva de palavras e textos; completar palavras escritas; confeccionar palavras com letras móveis, computadores; interpretação da própria escrita; *Interpretação de textos com imagens; leitura de textos memorizados; interpretação de textos a partir de: localizar, completar, escolher...
Atividades de produção de textos:
*Cópia de textos; ditados – o aluno dita ao professor, um aluno dita a outro(s), o professor dita aos alunos; escrita de textos memorizados; reescrita de textos conhecidos (repetir, fazer alterações, escrever diferentes versões do texto); completar textos incompletos, com lacunas etc.; escrever textos originais; atividades de edição...
Atividades de interpretação e compreensão de textos:
*Leitura por parte do professor; leitura em voz alta ou silenciosa; leitura de textos com lacunas, incompletos; reconstrução de textos fragmentados e desordenados; relacionar e classificar textos distintos; resumo e identificação da ideia principal; atividades de biblioteca e de gosto pela leitura...
 
O aluno, quanto mais envolvido no processo de autoria, mais à vontade estará no momento da escrita de seu texto. 
A leitura e a escrita são hoje um dos maiores desafios das escolas, visto que quando estimulada de forma criativa, possibilita a redescoberta do prazer de ler, contribui para a utilização da escrita em contextos sociais e a inserção da criança no mundo letrado. Ler e escrever são atividades que se complementam, uma vez que, os bons leitores têm grandes chances de escrever bem, já que a leitura fornece a matéria-prima para a escrita.
Quanto mais variados, interessantes e divertidos forem os textos apresentados as crianças, maior será a chance de elas se tornarem leitores hábeis.
Assista o vídeo:
11 DICAS PARA MELHORAR A PRODUÇÃO TEXTUAL DOS ALUNOS
https://www.youtube.com/watch?v=evzp5Wr-CQQ
 O ENSINO NA PERSPECTIVA DO TEXTO: ESTRATÉGIAS DE ESCRITA
O uso da reescrita no trabalho com produção de texto nos anos iniciais
Os procedimentos didáticos de reescrita não garantem, por si só, o aprimoramento do conhecimento. O mais importante são as intervenções realizadas pelo professor durante o processo de produção de reescrita. O trabalho não acaba quando os alunos reescrevem, mas quando realizam a leitura e a revisão coletiva, em dupla e individual, retomando a sua escrita, passando a limpo, revisando termos utilizados e reescrevendo trechos, se necessário.  
Novamente, o professor é fundamental durante o procedimento de revisão, pois deverá instigar seus alunos a refletirem sobre os fatos e os aspectos presentes ou não, garantindo uma escrita cada vez mais aprimorada e favorecendo a formação de escritores competentes e autônomos.
 PRODUÇÃO ESCRITA NA ESCOLA: O QUE CONSIDERAR
Devemos ter em mente que produzir textos é um processo que envolve:
ESCREVER REVISAR REESCREVER
Ao revisar o texto, um fator que deve chamar a atenção do professor e do aluno, mais que a CORREÇÃO ORTOGRAMATICAL, é a de que se o texto cumpre a função comunicativa.
É preciso atenção quando da correção e devolução dos trabalhos do aluno. Para tanto Luckesi (2008, p. 179) sugere que, quando da correção, “não fazer um espalhafato, com cores berrantes”, melhor seria adotar o lápis, para não borrar o escrito do aluno, desqualificando-o. 
Além disso, é recomendável devolver pessoalmente e comentar sobre o trabalho, destacando os aspectos positivos e apontando os que necessitam ser mais explorados para um maior desenvolvimento.
 
 FOCO NO OBJETIVO
 
 A ESCRITA NOS ANOS INICIAIS  se justifica na compreensão de que escrever é bom e assim como a linguagem oral, a escrita é também a identidade do sujeito. A importância da escrita é então a de aprender a escrever e fazer-se através da mesma.
Uma das ações importantes quando se refere a escrita é mediar situações que levem à criança a autoconfiança daquilo que ela pode fazer bem. A criança precisa sentir a paixão de conhecer o mundo e isso pode se dar através da escrita no momento em que se perde o medo de escrever errado e portanto, escreve-se.
 
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O LIVRO DIDÁTICO
O uso do livro didático em sala de aula suscita discussões entre as pessoas envolvidas com o ensino. Essas questões fazem referência ao material escrito que se presta a auxiliar o professor com informações teórico-metodológicas. Na adoção de um livro, e nesse caso, o de Língua Portuguesa, existe a necessidade de uma seleção marcada pela diversidade e flexibilidade das formas de organização, com o intuito de atender aos diferentes interesses e expectativas dos alunos.
 
Professores e alunos que manipulam os livros didáticos nem sempre se dão conta de que eles são o resultado de uma longa história da Escola e do Ensino. Embora receba críticas, o livro didático continua sendo um importante instrumento de trabalho, fato comprovado pela sua permanência ao longo do tempo na sala de aula. 
Sobre o livro didático há quem defenda sua rejeição, sua eliminação, como se ele fosse um material didático que tira a autonomia e liberdade do professor para buscar ou criar, ele mesmo, o material e as atividades com os quais desenvolve o processo.
No Brasil, o Programa Nacional de Livro Didático (PNLD) é um órgão responsável pelas políticas públicas que abarcam os investimentos sobre o livro didático. 
 
Não é o livro didático em si o responsável pelo insucesso no processo ensino e aprendizagem. Um dos problemas atravessa outra questão, qual seja, a formação dos professores que, muitas vezes, por falta de opção ou mesmo de visão mais crítica, fazem uso exclusivo do livro como único instrumento válido para o ensino. A precariedade no processo de formação deste sujeito tem feito com que os manuais escolares reinem quase absolutos na sala de aula.
Pode ser considerado material de apoio ao professor, mas é necessário que esse possua capacidade de discernimento, seja crítico em relação ao conteúdo e a forma veiculados nos livros didáticos e assuma o livro não como instrumento único de apoio, mas um dentre vários. 
 
Magda Soares recomenda que o professor observe se o livro contém: 
• Ilustração coloridas. 
• Recortes de revistas e jornais.
• Charges. Textos jornalísticos. 
• Fotografias. 
• Gráficos. 
• Formação de recursos gráficos midiáticos. 
• Envolve textos e atividades atrativas para os estudantes. 
• Linguagem apropriada a faixa etária. 
• Aproximação com a realidade dos estudantes.
 
COMO TRABALHAR AS QUATRO PRÁTICAS DE LINGUAGEM PREVISTAS NA BASE (BNCC)
Na Língua Portuguesa, o documento divide as práticas de linguagem em quatro categorias:
- Leitura/escuta
- Escrita
- Oralidade
- Análise linguística/semiótica
O objetivo é ampliar o letramento já iniciado na Educação Infantil e na família, por meio da progressiva incorporação de estratégias de leitura, compartilhada e autônoma, em diferentes gêneros textuais.
Vale lembrar que o documento considera a leitura para além do texto escrito, incluindo imagens estáticas (foto, pintura, desenho, ilustração etc.) ou em movimento (filmes, vídeos etc.) e som (áudios e música), que circulam em meios impressos/digitais. 
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)
 
Escrita (compartilhada e autônoma)
O documento propõe construir o domínio progressivo da habilidade de produzir textos em diferentes gêneros, sempre tendo em vista a interatividade e a autoria. Nos primeiros anos, isso representa saber para que serve a escrita e como ser capaz de começar a praticá-la.Para construir esse conhecimento, a indicação é levar à sala de aula situações reais de uso da língua, para que as crianças tenham bons motivos para escrever.
Nesse processo, o professor deve mostrar que a produção de um texto envolve pensar nas respostas para quatro perguntas fundamentais: quem escreve, qual é o objetivo, quem vai ler e onde será publicado. 
Para perceber, por exemplo, a importância de, na hora de escrever, pensar no leitor, o professor pode sugerir que as crianças troquem entre si os textos que fizeram para que colegas leiam e falem o que entenderam.
 
Oralidade
O professor deve promover discussões com intencionalidade para além da tradicional roda de conversa. Pode ser uma exposição oral sobre um estudo que estão fazendo ou a argumentação para definir uma regra de convivência. Neste último caso, pode formular questões, tais como: pode trazer espada para a sala de aula no dia do brinquedo? 
Em todas as situações, as interações não precisam ficar apenas entre aluno e professor. Dá para estimular as crianças a escutar, prestar atenção e comentar o que o colega falou.
 
Análise linguística/semiótica (alfabetização)
Essa prática articula-se com as demais e indica explicitamente a sistematização da alfabetização, com a proposta de reflexões sobre o sistema de escrita alfabética e o funcionamento da língua e de outras linguagens.
Há articulações entre elas. Ao trabalhar uma produção de texto, é possível, por exemplo, realizar entrevistas (oral) com registros (escrita), ler textos do mesmo gênero (leitura) e transformar a entrevista em texto escrito (análise linguística).
A BNCC aponta também a necessidade de ensinar as especificidades de cada prática de linguagem também nas mídias digitais. 
A relação da BNCC e cultura digital vem com o cuidado em pensar que a tecnologia possui uma cultura fortemente ligada à internet e às interações em rede sociais. A intenção é, junto com a elaboração das outras competências, desenvolver um senso crítico em cada estudante sobre o uso da tecnologia.
 
Nas redes sociais, as postagens, compartilhamentos e tweets são alguns dos gêneros digitais pautados em adaptações de outras mídias.
O que são gêneros digitais e quais são os citados na BNCC?
Os gêneros digitais e como eles estão
 relacionados ao conteúdo da BNCC
Fanfics, vlogs, wikis…
Você está familiarizado com esses temas? 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz entre os conteúdos a abordagem de gêneros digitais — novas formas de comunicação que surgiram em decorrência de avanços tecnológicos.
 
Frente às diferentes situações comunicacionais, às novas mídias e às inovações na rotina impostas pelo uso da internet, surgiram gêneros textuais adaptados a essa nova realidade: os gêneros digitais.
Algumas de suas principais características são a produção de textos mais curtos e diretos, o diálogo entre elementos verbais e audiovisuais e a presença de hipertextos. As abreviaturas e a linguagem interativa também são características marcantes dos gêneros digitais.
Quais os gêneros digitais citados na BNCC?
Currículo web
Essa é uma variação do currículo impresso. Sendo uma plataforma digital, conta com ferramentas que tornam possível a inclusão de documentos suplementares, fotos é, até mesmo, arquivos de voz e de vídeo.
 
Graphics Interchange Format (GIF)
GIF é uma sigla que já foi eleita “a palavra do ano”.
Trata-se de uma montagem de imagens que se sucedem automaticamente, criando uma espécie de vídeo curto.
Geralmente, os GIFs aliam textos verbais e não verbais e tornam a comunicação rápida, eficiente e dinâmica.
Os arquivos em formato GIF tornaram-se populares porque são aceitos pela maioria dos programas de edição e podem ser facilmente incluídos em redes sociais, blogs, sites, entre outros espaços virtuais.
Fanfiction ou Fanfic
Essa é a comunicação preferida entre fãs e aficionados de literatura e cinema. Fanfiction ou simplesmente fanfic é, na verdade, um novo gênero literário desenvolvido por fãs de personagens de livros, quadrinhos, games, filmes ou séries, que escrevem seus roteiros a partir de narrativas já existentes.
Traduzindo, uma fanfic é uma história de ficção criada por fãs que se tornaram eles mesmo autores de novas tramas e argumentos para seus heróis favoritos.
 
Vlog
Não é por acaso que vlog rima com blog. E sim, você raciocinou corretamente: um gênero deriva do outro!
A grande diferença está no formato da publicação, já que o conteúdo do vlog é geralmente um vídeo publicado sobre um tema e não um texto escrito.
A grande diferença entre um vlog e um blog está mesmo no formato da publicação. Ao invés de publicar textos e imagens, o vlogger ou vlogueiro, faz um vídeo sobre o assunto que deseja.
 
Wiki
A característica mais marcante das wikis é permitir uma escrita colaborativa. Uma página wiki utiliza código aberto, ou seja, um código passível de ser editado.
Normalmente, todas as versões da página ficam gravadas no histórico, fazendo com que quaisquer modificações sejam facilmente revertidas ou recuperáveis.
Ex: Wikipédia
 
Como professores podem incluir o ensino de gêneros digitais nas escolas?
A BNCC destaca que a tecnologia e os seus diferentes usos devem estar contemplados nos currículos escolares, independentemente do nível escolar. Essa ação contribui, entre outras colaborações, para o desenvolvimento de interações multimodais.
Nas redes sociais, as postagens, compartilhamentos e tweets são alguns dos gêneros digitais pautados em adaptações de outras mídias.

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