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(RESENHA)IDENTIDADE E TRABALHO NA CONTEMPORANEIDADE: REPENSANDO ARTICULAÇÕES POSSÍVEIS; Identidade Profissional do Psicólogo: Uma Revisão da Produção Científica no Brasil.

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Centro Universitário Estácio Juiz de Fora
Disciplina Seminários Integrados – turma 1001
Folha de Fichamento – textos : IDENTIDADE E TRABALHO NA CONTEMPORANEIDADE: REPENSANDO ARTICULAÇÕES POSSÍVEIS; Identidade Profissional do Psicólogo: Uma Revisão da Produção Científica no Brasil.
 
 Matrícula: 201501253417
TEXTO1
Identidade tem sido apresentada como um conceito dinâmico, adotado freqüentemente para compreender a inserção do sujeito no mundo e sua relação com o outro. Para Berger e Luckmann (1966/2002, p. 177), “... ela é objetivamente definida como localização em um certo mundo e só pode ser subjetivamente apropriada juntamente com este mundo.” Enquanto membro da sociedade, o sujeito, ao mesmo tempo, exterioriza seu modo de ser no mundo e o interioriza, por meio dos processos de socialização primária e secundária.
As transformações sociais provocam mudanças também nas identidades pessoais, ao desestabilizar a idéia de si próprio como sujeito integrado, fazendo-o perder a estabilidade do sentido de si mesmo.A identidade é oque localiza o individuo que em teoria esta "neutro" iserindo ou acrescentando-o a um lugar no mundo, dando a ele particularidades suas e caracteriscas que o assemelham a um outro. A sociedade é como se fosse uma " bengala" ou " muleta" parac o processo de identificação, as transformações que a sociedade passa faz com que os incluidos nela mudem também, visto que sao dependentes de viver em sociedade são forçados a mudança.
 Segundo esta perspectiva, a cultura é pensada no domínio simbólico, na produção de significações, constituindo visões de mundo que, neste processo, constituem também posições-de-sujeito (Bernardes & Hoenisch, 2003).
A subjetividade é o nome pós-moderno da identidade, uma vez que é por meio da primeira que a última se manifesta. Em suas palavras, “cada um de nós é uma rede de sujeitos em que se combinam várias subjetividades... Somos um arquipélago de subjetividades que se combinam diferentemente sob múltiplas circunstâncias pessoais e coletivas” (p. 107). Essa compreensão remete a uma pluralidade de modos de ser sujeito, a partir da combinação e/ou integração de diferentes subjetividades. Nós como individos temos cada um a nossa subjetividade que forma a nossa identidade, mas ao interagirmos com o outro em sociedade a nossa identidade influencia a de outros menbros do grupo em questão ( a sociedade) visto que sofremos certa influência do primeiro grupo a qual temos acesso " a familia	", essa versatilidade de informações ajudam a formar nossa identidade. Porém o fato de estarmos contruindo isso em grupo nao tira nossa originalidade de ser individuo, mas nos faz um elo de uma corrente em geral.
Consideramos, no entanto, que estas rupturas nas trajetórias identitárias, ao longo da vida, são resignificadas através de novos processos de identificação, mais bem compreendidos na perspectiva da Psicanálise. 
Assim, em vez de falar em identidade como uma coisa acabada, deveríamos falar em identificação, e vê-la como um processo em andamento. A identidade surge não tanto da plenitude da identidade que já está dentro de nós como indivíduos, mas de uma falta de inteireza que é ‘preenchida’ a partir de nosso exterior, pelas formas através das quais nós imaginamos ser vistos por outros [grifos do autor]. Psicanaliticamente, nós continuamos buscando a ‘identidade’ e construindo biografias que tecem as diferentes partes de nossos eus divididos numa unidade porque procuramos recapturar esse prazer fantasiado de plenitude .Freud diz que a ideia de que a identidade seja algo pleno, fixo, imutavel é uma fantasia, um desejo que nos temos mas que nao é real e nele buscamos os prazer no que é confortavel e pleno como por exemplo o cuidado da mãe com o filho na posição de receber somente.Então podemos deixar de lado a IDENTIDADE pela IDENTIFICAÇÃO pois podemos intender que é um processo, que a IDENTIDADE não é IMUTAVEL, apesar de estar dentro de uma unidade ( um EU em geral) contemos alguns EU's dentro de nós.
... o que marca a diferença no modo de funcionar contemporâneo é a existência de uma lógica que implica incessantemente o questionamento e a reflexividade sobre as ações e direcionamentos que devemos perseguir para estabelecer nossas estratégias de ação, em face da diversidade e da multiplicidade de opções que temos oriundas de conhecimentos e informações que, cada vez mais, é possível acessar (Tonelli, 2001, p. 244).
 gradualmente, ser criador de riquezas e totalmente investido de conotação econômica. “Então, o homem passou a ser visto como um componente de uma força de trabalho e se viu transformado de indivíduo em trabalhador: o trabalho passou a significar um instrumento do valor e da dignidade humana...” (Krawulski, 1998, p. 12). É muito comum hoje ver um individuo da sociedade, usar a classificação de TRABALHADOR para se situar em um ambiente, classe ou grupo, podemos perceber que o trabalho além de gerar renda financeira também ajuda na formação da identificação deste membro da sociedade, o ser trabalhador o exclui do grupo de: ladrões, desocupados entre outros a margem da sociedade.
De modo semelhante, nas situações de demissão, o trabalhador deixa de pertencer a um grupo determinado de profissionais, uma vez que se desvincula da rotina diária do seu trabalho e perde seu ‘lugar’ e sua condição de ‘trabalhador daquela empresa específica’. Neste sentido, diante do questionamento “Como a identidade está sendo reconstruída nesta situação ou em outras de total precarização do trabalho?”
Chamamos a atenção para a dimensão psicológica da identidade, através do conceito de identificação desenvolvido pela psicanálise. Tomando como referência a concepção de Freud, segundo a qual a identificação é processo psicológico resultante do enlace afetivo com o outro, tomado como modelo, entendemos a identidade como um momento deste processo, sempre instável e transitório, um “retrato”, aquilo que emerge e se mantém do processo de identificação, e se expressa nas interações, não obstante as mudanças em curso. Portanto, os dois conceitos não podem ser compreendidos separadamente.Segundo a psicanalise o conceito de identidade se da com a relação do individuo com o outro por isso também é que esta em possibilidade de mudança.
 Diante de um contexto marcado por características como transitoriedade, efemeridade, descontinuidade e caos, é possível pensar, tal como Santos (2001), em identidades como identificações em curso, ou seja, em novos processos identificatórios se desenvolvendo, acompanhando as distintas e sucessivas experiências de trabalho. Dito de outro modo, o sujeito continua procurando organizar suas experiências cotidianas em um conjunto relativamente estável, que pode ser percebido como o seu eu. É a continuidade da busca pela construção de uma biografia que tenha e faça sentido, para o próprio sujeito e para o mundo em seu entorno. Podemos entender a partir disso que: identidade é um processo continuo, não é estável apesar de poder ser continua, a mudança no "MUNDO DO TRABALHO" faz com que também mudemos o processo de identificação surgindo novos EU's.
De um lado, os trabalhadores ainda precisam vender sua força de trabalho sob condições que lhes são determinadas pelo capital. De outro, as mudanças nas formas de emprego e o desemprego estrutural, entre outras, trazem exigências de novas competências, habilidades e talentos para se manter empregado. Todas estas situações levam o sujeito a ter que enfrentar cotidianamente o novo e reescrever sua trajetória de vida e sua identidade.Os trabalhadores se desenvolvem a medida que se interagem com o Universo do Trabalho e muda sua identidade de acordo com ele, mas também os indivíduos que são vitimas do desemprego seja ele causado pelo mercado de trabalho ou não também desenvolvem identificações fora da vida laboral, são forçados a se identificar com novas coisas desenvolver novos talentos e reescrever sua trajetória no cotidiano.
TEXTO 2
A carreira é definida, neste estudo, como a combinação e a sequência dos papéis desempenhadospor uma pessoa durante o curso de sua vida. Esses papéis incluem os de criança, estudante, cidadão, trabalhador, esposo(a), familiar e aposentado, entre outras posições associadas a expectativas de papéis que são ocupados pela maioria, Identidade Profissional do Psicólogo: Uma Revisão da Produção Científica no Brasil das pessoas e de outros menos comuns, tais como o de criminoso e o de doente mental, entre outros. (Super, 1980)
A identidade deve ser vista sempre como “metamorfose e como movimento permanente de transformação” (Bock, 1999, p. 315), consolidando a definição de um conceito de identidade sempre em construção, considerando-se os múltiplos fatores que intervêm nesse processo, que deve ser levado em conta na história de vida do indivíduo.Portanto, a identidade pode ser definida como um processo de identificações, em um interjogo entre o autoconceito do indivíduo e de suas representações sociais, isto é, a percepção que tem ele de si mesmo inserido em uma dada sociedade.A identidade deve ser vista sempre como “metamorfose e como movimento permanente de transformação” (Bock, 1999, p. 315),considerando-se os múltiplos fatores que intervêm nesse processo, que deve ser levado em conta na história de vida do indivíduo.
Portanto, a identidade pode ser definida como um processo de identificações, em um interjogo entre o autoconceito do indivíduo e de suas representações sociais, isto é, a percepção que tem ele de si mesmo inserido em uma dada sociedade.A identidade deve ser vista sempre como “metamorfose e como movimento permanente de transformação” (Bock, 1999, p. 315),sociedade lhe atribui enquanto característica (Ciampa, 1999; Luna, 2003). A partir disso entendemos que na teoria de Erikson, a identidade é fixada no final da adolescência e oque temos depois de isso é uma serie de identificações que atribuem características a uma identidade inicialmente formada que não se altera.Já para Bock a identidade uma metamorfose, um processo de identificações do individuo que tem uma relação entre seu autoconceito como individuo (singular), e suas representações sociais (coletivo, plural), pode se dizer então que para Bock a identidade é a representação do singular no coletivo, a partir do momento em que esse individuo se viu incluído em uma parte de da sociedade .
O processo de construção da identidade profissional começa a ser gestado quando tomam forma o interesse e o desejo de ter a Psicologia como profissão, a partir das primeiras identificações e de algumas representações sobre o exercício da atividade do psicólogo, presentes na situação de escolha profissional, que constituem uma base importante para os primeiros significados atribuídos ao serpsicólogo (Krawulski & Patrício, 2005). Esse processo será continuado na graduação.
Na trajetória profissional, novos desafios estão colocados, havendo a necessidade de uma busca por aprimoramento, já que a exigência de novos campos e áreas de atuação requer a superação dos papéis tradicionais e a revisão dos referenciais da Psicologia e da formação acadêmica.
A formação do psicólogo está calcada em um modelo clínico, sustentado por teorias que têm seu foco voltado para a descrição e o tratamento de comportamentos patológicos, como apontou Contini (2000). Essa situação tem contribuindo para a consolidação da identidade do psicólogo marcada por um caráter exclusivamente terapêutico, o que dificulta a construção de um outro profissional que possa atender diferentes situações, como as institucionais e as comunitárias.Por influencia da Psicanalise no século XX criou-se uma ideia de psicólogos clínicos a partir daí as instituições de ensino em geral voltaram-se para um modelo mais terapêutico, influenciando assim na identificação do estudante de Psicologia para tal área, excluindo assim as áreas comunitárias e institucionais criando assim um paradigma no psicólogo quando se forma e cai no mercado de trabalho podendo talvez não se identificar tanto com a pratica clinica mesmo tento feito o período de estagio.
Do ponto de vista do processo de trabalho, entendemos que os psicólogos precisam incorporar uma nova concepção de prática profissional, associada ao processo de cidadanização, de construção de sujeitos com capacidade de ação e de proposição. Isso implica romper o corporativismo, as práticas isoladas e a identidade profissional hegemônica vinculada à do psicoterapeuta. Notamos que o modelo clínico da psicoterapia individual ainda é a forma de trabalho predominante entre os profissionais no setor público, predominância muitas vezes atribuída ao desejo da clientela ou da instituição. (p. 62)Oque também esta associado ao modelo e estilo de vida observado de alguns psicoterapeutas de sucesso, isso reforça o corporativismo e visão focada na clientela, podemos tomar como exemplo a "troca" da palavra "paciente" para "cliente" colocando o individuo como consumidor da terapia remonta a ideia de lucro como finalidade, apesar de "cliente" trazer uma ideia de participação ativa no processo de autoconhecimento deixando o psicólogo apenas com facilitador do mesmo. 
Bock (1999) afirma que é importante considerar que a identidade se encontra em constante movimento e metamorfose, acompanhando as transformações da realidade. No entanto, a identidade profissional do psicólogo reflete, ainda hoje, a prática que a Psicologia tem construído ao longo de sua história – elitista e restrita a demandas específicas da sociedade. Para a autora, construir uma profissão identificada com as necessidades da maioria da população brasileira, dadas as condições de vida que possui, constitui um desafio para o psicólogo no século XXI. Cabe destacar que, para que ocorram mudanças efetivas na profissão do psicólogo com vistas a um maior compromisso social, é necessário haver, também, políticas públicas de oferta de serviços psicológicos públicos e/ou privados, porém qualificados; assim, indubitavelmente, haverá mudança na carreira para atender as necessidades da maioria da população, pois também existirão espaços de trabalho em diferentes cenários e contextos para os psicólogos atuarem. É nessa direção que o Fórum de Entidades Nacionais da Área da Psicologia tem trabalhado, porém os resultados dessas ações dependem da efetiva participação do coletivo e de cada um dos psicólogos junto às instituições e aos que decidem as políticas públicas.O cenceito de identidade no trabalho vai alem de somente refletir parte da nossa identificação subjetva, também perpassa sobre as influencias sociais do meio, neste caso o mercado de trabalho de psicologia no brasil, também entedemos a identificação como uma metamorfose, que está em constante mudança, por isso a forma com que se tem ofertado a psicologia para o mundo do trabalho tem que ser reorganizada, voltada para oque realmente é o coxteto do brasil, sairmos da elite e forcarmos no povo que é oque movimenta o mercado, que por sua vez em suas oscilções moldam a nossa identidade.

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