Buscar

PSICOLOGIA SOCIAL Atividade

Prévia do material em texto

09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_1… 1/28
PSICOLOGIA SOCIAL
CAPÍTULO 2 - COMO O SER HUMANO SE
INSERE E VIVE EM SOCIEDADE?
Tais Regina Ferraz da Silva
INICIAR
Introdução
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_1… 2/28
Neste segundo capítulo, vamos explorar as temáticas que se referem à inserção do
indivíduo na sociedade, buscando a compreensão das instituições sociais que
colaboram na construção da sua subjetividade, na formação da identidade, nos
processos de comunicação e na dinâmica dos grupos, dos quais participará ao longo
de sua história.
Para nos guiar nos estudos, vamos refletir sobre algumas questões: quais são e como
se desenvolvem as instituições responsáveis pela construção social da subjetividade
dos indivíduos? Como se dá o processo de socialização e formação da identidade?
Quais são os fenômenos de interação existentes? Como se dá a dinâmica das relações
grupais e que efeitos elas têm sobre os indivíduos?
Tendo este percurso em mente, iniciaremos pela descrição das agências
socializadoras, responsáveis pela construção social da subjetividade, passando, a
seguir, pelo detalhamento dos processos de socialização e formação da identidade.
Na sequência, estudaremos o fenômeno, pelo qual, o sujeito se insere em
instituições, organizações e grupos sociais, focalizando a comunicação em todos os
seus níveis. Para finalizar, analisaremos a dinâmica das relações grupais e seus
efeitos no indivíduo.
Acompanhe com dedicação e bons estudos! 
2.1 Instituições, organizações e grupos
sociais
Quando nascemos, somos inseridos em uma história que já está em andamento e
será necessário aprender a viver nela. Em algum momento, podemos nos questionar:
como faremos para nos adequar à realidade existente e dar a nossa contribuição
ativa para a construção dos grupos com os quais vivemos? Para encontrar essa
resposta, vamos nos envolvendo em processos mais ou menos complexos, que nos
ajudam a nos desenvolver e a participar produtivamente da sociedade. Nesse
desenvolvimento, estabelecemos contato com as instituições sociais, que
normatizam a sociedade e frequentamos organizações com diferentes objetivos.
Dentro dessas organizações, existem grupos com modos explícitos e implícitos de
funcionamento e deles, participaremos com os vários possíveis papéis que nos
couberem.
Estes são os fenômenos que ocorrem na construção da subjetividade dos indivíduos
e nós vamos estudá-los, a partir de agora.
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_1… 3/28
2.1.1 Instituições sociais
É comum utilizarmos o termo “instituições” para nos referirmos a uma entidade
concreta, via de regra, que presta algum serviço público como, por exemplo, um
hospital, uma repartição pública, ou uma escola. No entanto, o termo instituição que
queremos utilizar aqui, tem o significado de conjunto de valores e regras que regulam
o comportamento coletivo.
Os pesquisadores Bock, Furtado e Teixeira (2001, p. 216) definem que “a instituição é
um valor ou regra social reproduzida no cotidiano, com estatuto de verdade, que
serve como guia básico de comportamento e de padrão ético para as pessoas, em
geral”. As instituições se constroem no decorrer da história por meio do que
chamamos “processo de institucionalização”.
Os processos de institucionalização se dão a partir da tipificação recíproca de hábitos
partilhados historicamente, que adquirem poder coercitivo, quando se cristalizam
por serem mantidos, repetidos e legitimados. Ou seja, uma ação é realizada com
sucesso, vai sendo repetida, vira hábito e passa a ser copiado pelo grupo e ensinado
como regra a ser cumprida. As gerações sucessivas as mantêm, sem questioná-las,
até que ninguém mais saiba o motivo de se agir assim e não de outro modo. Quando
se tornam instituições, as regras servem como padrões de conduta, sendo assim
ensinadas e cobradas, pois “é assim que as coisas são feitas”. As instituições, então,
definem e constroem papéis, predizem condutas e eventuais desvios da ordem
institucional, tem caráter de afastamento da realidade, sendo interpretados como
depravação moral, doença mental ou ignorância (BERGER; LUCKMANN, 1985).
Nos tempos atuais, o questionamento de regras institucionalizadas é bem mais frequente que no passado,
porém, ainda presenciamos a força do controle que a instituição instaurada continua a exercer. Podemos
tomar como exemplo, uma instituição que insiste em regular o comportamento dos indivíduos ao
entender a homossexualidade como doença. Você pode conhecer mais sobre este tema com a leitura do
artigo disponível em: <https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/juiz-federal-do-df-libera-tratamento-
de-homossexualidade-como-doenca.ghtml (https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/juiz-federal-do-
df-libera-tratamento-de-homossexualidade-como-doenca.ghtml)>  (MORAIS, 2017). Leia também a
resolução do Conselho Federal de Psicologia (1999), que proíbe aos psicólogos de patologizarem esta
orientação sexual em: <https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/1999/03/resolucao1999_1.pdf
(https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/1999/03/resolucao1999_1.pdf)>.
VOCÊ QUER LER?
https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/juiz-federal-do-df-libera-tratamento-de-homossexualidade-como-doenca.ghtml
https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/1999/03/resolucao1999_1.pdf
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_1… 4/28
O modelo de família paterlinear, que se baseia na predominância da linhagem
masculina nas famílias, é um exemplo de processo de institucionalização que,
mesmo na atualidade, persiste sendo pouco questionado. É desse modelo que se
firmou a monogamia como instituição. Vamos entender por quê: a monogamia tem
origem no estabelecimento, como regra, de que a mulher só podia ter relações
sexuais com seu marido, garantindo, assim, que os herdeiros dele são, realmente,
filhos consanguíneos, para não deixar seus bens para alguém que não tenha seu
sangue. Este comportamento funcionou, foi copiado e repassado historicamente
como um padrão e, ainda hoje, influencia as decisões e opiniões relacionadas ao
casamento (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001).
2.1.2 Organizações
Organizações são sistemas sociais que concretizam os valores e normas
institucionalizados. Nelas, são mantidas e reproduzidas as instituições sociais (BOCK;
FURTADO; TEIXEIRA, 2001). Existem organizações com as mais diversas finalidades,
econômicas, comerciais, religiosas, militares, educacionais. A influência delas sobre a
construção da subjetividade dos indivíduos é fundamental para propiciar a entrada e
evolução deles no meio social.
A organização “é um dispositivo social para cumprir eficientemente, por intermédio
do grupo, alguma finalidade declarada” (KATZ; KAHN, 1970, p. 31), ou seja, toda
organização tem uma missão, objetivos, pessoas, procedimentos adequados e nem
sempre tem um regulamento objetivo a ser seguido. 
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_1… 5/28
Algumas organizações, a fim de serem mais incisivas no uso da instituição para o
controle dos seus membros, redigem documentos oficiais para normatizar o
comportamento do grupo. Um exemplo são os valores que regem a vida militar. No
site da Secretaria Geral do Exército Brasileiro (2002, s/p), encontramos a formalização
dos valores militares: 
Figura 1 - A instituição Justiça frequentemente evoca tribunais e fóruns, porém ela também é praticada
em outras organizações, como aquelas de saúde e assistência social. Fonte: Patrick Poendl, Shutterstock,
2018.
Deslizesobre a imagem para Zoom
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_1… 6/28
as Instituições Militares possuem referenciais fixos, fundamentos imutáveis e universais.
São os valores militares. As manifestações essenciais dos valores militares são:
Patriotismo, Civismo, Fé na missão do Exército, amor à profissão, Espírito de corpo,
Aprimoramento técnico-profissional. Estes valores influenciam, de forma consciente ou
inconsciente, o comportamento e, em particular, a conduta pessoal de cada integrante da
Instituição. A eficiência, a eficácia e mesmo a sobrevivência  das Forças Armadas
decorrem de um fervoroso culto a tais valores (Grifos da autora).
As expressões grifadas mostram a ênfase dada às normas ali proferidas, elas
apontam para atitudes baseadas na afetividade do indivíduo e são colocadas de
maneira assertiva, como a desaconselhar o não cumprimento, defendendo a
instituição.
Outra instituição com valores fortes é a Igreja Católica. Ao pesquisar sobre os dez
mandamentos, no site do Vaticano (s/d, s/p), encontramos:
2097.  Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o «nada da
criatura», que só por Deus existe. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-Lo,
exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que o
seu Nome é santo (10). A adoração do Deus único liberta o homem de se fechar sobre si
próprio, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo.
Este é um trecho que explica o primeiro mandamento e podemos observar, aqui,
também uma ênfase no conteúdo emocional: quem lê e crê se sente obrigado a
cumprir, mesmo que não tenha certeza do que, efetivamente, deve ser feito. Para este
fim, existem organizações, como paróquias e dioceses. Nelas, os diferentes grupos se
encarregam de promover práticas coerentes com os valores defendidos.
2.1.3 Grupos sociais
O grupo seria o elemento que completa a construção social da realidade, ou seja, o
lugar onde a instituição é colocada em prática. O grupo, então, reproduz, ou
reformula tais regras, sendo, por vezes, submetido e, por outras, agente de
transformação (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001).
As características fundamentais que configuram um grupo são: um conjunto de dois
ou mais indivíduos, que estejam em inter-relação, a fim de atingir objetivos
concordados. 
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_1… 7/28
VOCÊ SABIA?
O povo indígena brasileiro, desde o descobrimento, sofreu a influência da cultura dos
colonizadores. Atualmente, os indígenas do Maranhão têm uma ação política muito
importante para a defesa da etnia e, recentemente, conseguiram o reconhecimento do
magistério indígena. Eles terão um plano de cargos e carreiras para os professores da
categoria. O objetivo é defender a cultura indígena da contaminação que a instituição
escolar brasileira exerce sobre aquele povo (GOVERNO DO MARANHÃO, 2018). Você
pode encontrar mais informações no site do estado do Maranhão:
<http://www.ma.gov.br/vai-ficar-na-historia-diz-professora-indigena-sobre-conquista-
de-direitos-ineditos-no-maranhao/ (http://www.ma.gov.br/vai-ficar-na-historia-diz-
professora-indigena-sobre-conquista-de-direitos-ineditos-no-maranhao/)>.
Os estudos sobre pequenos grupos tiveram início entre os anos 1930 e 1940, com
Kurt Lewin, alemão, que se refugiou do nazismo nos Estados Unidos (BOCK;
FURTADO; TEIXEIRA, 2001). Ele cunhou a expressão “dinâmica de grupo”, mas sua
aplicação, naquele momento, tinha objetivos de melhoramento de produtividade e a
constituição do grupo estava a serviço da organização, podendo ser uma indústria ou
uma escola, sendo utilizada como instrumento de controle (CARLOS, 2013).
Para Lewin, a característica mais importante de um grupo seria a coesão, a
interdependência, pois a mudança em uma das partes, poderia ter reflexo no todo.
Esta ficou sendo uma posição idealizada, visto que, na prática, estas relações
equilibradas, nas quais, as pessoas colaboram e se respeitam, não estão garantidas.
Para Carlos (2013), o grupo pode ser visto como um lugar onde as diferenças
aparecem, existem relações de poder, conflitos. O confronto entre as diferenças serve
apenas para conciliar o que for possível, respeitando as individualidades.
Lane (2006) afirma que os grupos não são mais vistos como dicotômicos, com relação
aos indivíduos (sozinho versus  em grupo), mas sim como modo de conhecer as
determinações sociais que agem sobre eles, como sujeitos históricos, pois as
transformações sociais só ocorrem quando os indivíduos estão em grupos.
Toda esta dinâmica social, de instituições, organizações e grupos, construída pelos
indivíduos nas suas inter-relações, contribui, por sua vez, na construção social da
subjetividade deles, pois, desde o seu nascimento, a participação social forma a
identidade do sujeito.
http://www.ma.gov.br/vai-ficar-na-historia-diz-professora-indigena-sobre-conquista-de-direitos-ineditos-no-maranhao/
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_1… 8/28
2.2 Socialização e identidade
Vimos que, quando o indivíduo nasce, ele encontra um mundo já construído e em
evolução. Para fazer parte dele, serão necessários mecanismos de inserção social.
Estes são os processos de socialização. A primária é referente à instituição familiar e a
secundária se refere a todas as outras instituições, com as quais o indivíduo trava
contato ao longo da sua história, em especial, a escola e o trabalho (SIKORSKY;
RAMPAZZO, 2009). Em contato com estas instituições, ele construirá sua identidade,
ou seja, aquelas características mais perenes que o definem, porém, o processo de
socialização secundária não tem um fim previsto. Ele se renovará cada vez que o
indivíduo entrar em contato com uma nova instituição social, ou com eventuais
mudanças, mesmo lentas, que as instituições podem sofrer ao longo do tempo.
Vamos entender isso agora.
2.2.1 Socialização primária
A socialização pode ser definida como “a ampla e consistente introdução de um
indivíduo no mundo objetivo de uma sociedade ou de um setor dela” (BERGER;
LUCKMANN, 1985, p. 175). A primeira fase se dá no contato com a família, entendida
como aquele grupo de pessoas significativas que o recepcionam no mundo
preexistente. A socialização primária é aquela que o indivíduo vivencia na infância e
que o transforma em membro da sociedade. O ponto inicial é a interiorização de
acontecimentos objetivos dotados de sentido. Nela, o indivíduo “compreende” os
processos subjetivos do outro e se apropria deles, assim o mundo dos outros passa a
ser o seu mundo. Os outros significativos mediam e nisto, modificam o mundo, pois
apresentarão o mundo que conhecem, ligado à estrutura social na qual eles mesmos
estão inseridos. Berger e Luckmann (1985) esclarecem com um exemplo: uma criança
de classe baixa absorverá a percepção dos pais (ou outros no lugar destes), que é
particular deles e podem passar um estado de espírito de contentamento,
resignação, ressentimento ou rebeldia. Assim esta materialidade construirá a
subjetividade desta criança diferentemente de qualquer outra, de classe alta. Mesmo
se habitassem lado a lado, viveriam em mundos diferentes, pelo menos, pelo que diz
respeito a valores e crenças internalizados na socialização primária.
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_1… 9/28
Este é um processo dialético de identificação com o outro e de auto identificação,
entre a identidade que os outros atribuem a ele e a identidade da qual o indivíduo
está se apropriando. Faz parte deste mesmo processo, a apropriação subjetiva do
mundo social, sempre mediado por aqueles outros significativos, sendo de grande
importânciaa aquisição da linguagem que se dá nestes primeiros anos (BERGER;
LUCKMANN, 1985).
A socialização primária termina quando o conceito de “outro generalizado” foi
estabelecido na consciência do indivíduo. Ele se torna efetivamente um membro da
sociedade, com uma personalidade e um mundo subjetivo. A socialização, no
entanto, não terminou, pois estará sendo influenciada por outras instituições sociais
(BERGER; LUCKMANN, 1985).
2.2.2 Socialização secundária
A socialização secundária se dá a partir dos processos subsequentes àqueles
vivenciados na infância, que introduzem o indivíduo socializado em outros setores da
sociedade. Ela se dá  pela ressignificação do internalizado na socialização primária,
no contato com outras instituições. São internalizados, então, submundos baseados
Figura 2 - A socialização primária desenvolve os alicerces para a construção da identidade e é a base da
socialização secundária. Fonte: Pressmaster, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 10/28
em instituições, como a divisão do trabalho e a distribuição social do conhecimento,
exigindo a aquisição de vocabulário pertinente e o exercício de diferentes papéis
(BERGER; LUCKMANN, 1985).
A socialização secundária, diferentemente da primária, não subentende uma
identificação carregada de afetividade e o conhecimento adquirido é mais facilmente
deixado de lado. Quando no contato com outras instituições, surgem conteúdos
incompatíveis, a mudança se torna difícil. “São necessários graves choques no curso
da vida para desintegrar a maciça realidade interiorizada na primeira infância. É
preciso muito menos para destruir as realizações interiorizadas mais tarde” (BERGER;
LUCKMANN, 1987, p. 190). Os valores e crenças desenvolvidos na socialização
primária ficam fortemente integrados à identidade dos indivíduos.
O que fazer se uma família está em situação degradada, e educa seus filhos com
crenças e valores baseados na instituição pobreza? O que é possível fazer para
desfazer a realidade internalizada na primeira infância? O indivíduo precisa ser
empoderado, a fim de buscar outras alternativas de construção da sua história,
Figura 3 - A socialização secundária se dará sobre as crenças e valores construídos na primeira infância,
sendo necessário intervir na desconstrução deles, quando são negativos. Fonte: De Visu, Shutterstock,
2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 11/28
porém é difícil fazer isto sozinho. É necessário apoiar-se em outras instituições. Neste
sentido, devem ser promovidas políticas de inclusão e melhoramento da educação,
da renda e da qualidade de vida das pessoas em situação de pobreza e
marginalidade, pois o estabelecimento de novos vínculos pode trazer mudanças em
crenças e valores apreendidos precedentemente.
2.2.3 Identidade
“Quem é você?” Identidade é aquilo que dizemos quando respondemos a esta
pergunta, mas quando dizemos quem somos, acabamos por incluir outras pessoas
de referência da nossa vida, pois somos filhos de alguém, pais ou mãe de alguém,
por exemplo. Nós também fazemos parte da história de outras pessoas, então,
influenciamos a construção das histórias uns dos outros. Estas relações dialéticas nos
mostram que a identidade de um indivíduo não é algo estanque, mas mesmo que
qualquer coisa mude, ele permanecerá sendo sempre si mesmo e diferente dos
demais. A identidade é uma totalidade mutável (CIAMPA, 2006).
O livro “A estória do Severino e a história da Severina” (CIAMPA, 1994) é uma referência no estudo da
identidade no Brasil. O autor utiliza a teoria sobre identidade para analisar o personagem do poema de
João Cabral de Melo Neto, “Morte e Vida Severina”, e o caso real de Severina, baiana que vive em São Paulo
e se tornou budista. Na narrativa, é possível notar que a identidade é dinâmica.
Jacques (2013) indica diversas expressões que os autores utilizam para definir
identidade, tais como imagem, representação ou conceito de si, ou self, dependendo
da abordagem teórica, mas sintetiza: podemos afirmar referir-se a um conjunto de
representações que responde à pergunta ‘quem és’.
E como se forma a identidade? É aqui que este tema se encontra com os precedentes
deste capítulo: ela se constrói socialmente, a partir das relações com as outras
pessoas, inicialmente nossos pais, formando os nossos outros significativos. Digamos
que, neste ponto, temos o alicerce. Depois, em socialização secundária,
participaremos de grupos guiados por instituições de diversos tipos, e pertencentes a
VOCÊ QUER LER?
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 12/28
organizações que materializam instituições, as mais variadas. As possibilidades para
a construção de cada identidade será função do contexto sócio-histórico da vida de
cada indivíduo (JACQUES, 2013).
Yvonne Bezerra de Mello, desde os anos 1980, se dedica à alfabetização de crianças em situação de risco e,
em 1998, fundou a escola Uerê, no complexo da Maré. Ela criou um método de ensino focado na situação
daquelas crianças, pois o modelo institucionalizado não dava conta de mantê-las interessadas. Por
desenvolver esse papel, ganhou a confiança da comunidade. Por este motivo, foi chamada para ajudar,
quando aconteceu o massacre do Carandiru, no sequestro do ônibus 174, e também interveio quando um
homem foi amarrado cruelmente a um poste em Copacabana (MARTIN, 2017).
Saiba mais em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/10/politica/1502381690_502888.html
(https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/10/politica/1502381690_502888.html)>.
E você, como responde à pergunta “quem és?” É comum, dizer sua profissão, sua
formação, sua religião, o esporte que pratica, utilizando os diferentes substantivos ou
adjetivos relacionados aos papéis que exerce nos diversos grupos que frequenta. São
papéis vividos por você nas suas relações com os demais, que são reconhecidos por
eles. Ou seja, aquilo que nos identifica, a nossa identidade, é o conjunto de
características que nos define e que, ao mesmo tempo, nos diferencia dos demais.
Neste sentido, pela comunicação, cada participante de um grupo mantém sua
unicidade e percebe suas diferenças em relação aos demais (CIAMPA, 2006; BOCK;
FURTADO; TEIXEIRA, 2001; LANE, 2006; JACQUES, 2013; SIKORSKY; RAMPAZZO, 2009).
VOCÊ O CONHECE?
2.3 Comunicação
Para a Psicologia Social, o tema “comunicação” é particularmente importante,
porque é com ela que se formam instituições, grupos, se desenvolvem processos de
socialização e se constroem identidades. Então, abordaremos, a seguir, o processo de
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/10/politica/1502381690_502888.html
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 13/28
comunicação, suas barreiras, os axiomas da comunicação interpessoal, o feedback e
a comunicação de massa, compreendendo assim, a função básica da inserção social
do ser humano.
2.3.1 O processo de comunicação
O termo “comunicação” deriva do latim “communicare”, que significa “tornar
comum”.
O esquema básico do funcionamento da comunicação é: um emissor envia uma
mensagem, utilizando um código, por intermédio de um canal, em um determinado
contexto. A mensagem é recebida pelo receptor, que a decodifica, compreende seu
significado e responde, em consequência. 
Para definir comunicação, Anolli (2006) a descreve como um intercâmbio observável,
entre dois ou mais participantes, com intencionalidade mútua e um adequado nível
de consciência, capaz de compartilhar um determinado significado, com base em
sistemas simbólicos e convencionais de significaçãoe sinalização, de acordo com a
cultura de referência. Quer dizer que ela é dialética, ou seja, só existe quando os
interlocutores participam ativamente na construção de significado, a fim de atingir os
objetivos da comunicação. É necessária uma linguagem comum, possibilitando a
codificação e a decodificação adequadas, incluindo os conteúdos adquiridos
culturalmente.
Figura 4 - O esquema sintetiza o processo básico de comunicação: a falta de um dos elementos do
esquema abre espaço para as “barreiras da comunicação”. Fonte: Elaborada pela autora, adaptado de
D’Ambra (2000).
Deslize sobre a imagem para Zoom
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 14/28
Verificamos que a comunicação é influenciada por muitos fatores. Para funcionar,
todos os elementos devem estar sob controle, do contrário, enfrentamos barreiras à
comunicação.
De acordo com Ferreira (2004), as barreiras da comunicação podem ser: 
falsidades ou equívocos nas informações;
insuficiência no conteúdo das informações: abre espaço para interpretações
errôneas;
complexidade das informações;
subjetividade: a abstração pode transformar ideias imaginárias em reais;
imprecisão no vocabulário: uso de termos estranhos ao receptor;
vulgaridade: não confundir o coloquial com o vulgar;
excesso de informações: pode desviar a atenção do núcleo da mensagem;
ambiente hostil à comunicação: por exemplo, sons ou limitações visuais;
condicionamento pessoal e profissional: mediante um contexto ou linguagem
técnica os significados podem sofrer distorções;
duplicidade de sentido: abre espaço a variadas interpretações;
informação desestruturada: deve-se seguir critérios para ordenar os dados,
utilizando-se uma sequência lógica e coerente;
despreparo para ouvir. 
  
A comunicação é muito estudada, mas, várias vezes, o que é aprendido sobre ela não
é praticado e, por isso, surgem muitos equívocos nas relações sociais. Para melhorar
a comunicação, mais do que teorizar, o certo é compreender seus efeitos para utilizá-
la com melhores resultados.
2.3.2 Os axiomas da comunicação
Axioma é uma afirmação evidente por isso, não necessita de comprovação. Os
pesquisadores Watzlawick, Beavin e Jackson (1985) afirmam que a comunicação tem
cinco axiomas e demonstram que, junto com os conteúdos formalizados com uma
comunicação objetiva, enviamos uma série de complementos não verbais. Esses
complementos, como a nossa postura física, os gestos, o tom da voz, contribuem ou
deturpam o entendimento da mensagem.
Primeiro axioma: não se pode não comunicar.
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 15/28
O comportamento não tem um oposto, não existe o “não comportar-se”. Se, por
definição, todo o comportamento, em uma situação de interação, tem valor de
mensagem, estamos de acordo quanto à impossibilidade de não comunicar. Não
podemos escapar da comunicação.
Segundo axioma: toda comunicação tem um aspecto de conteúdo e um aspecto de
relação. O de relação define o primeiro e sua relação é uma metacomunicação.
Acompanha o conteúdo da mensagem a informação sobre como ela deve ser
entendida, definindo a relação entre os interlocutores. “Ali tem um chuveiro, você
pode usar para um belo banho”; ou: “você fede! Ali tem um chuveiro para tomar um
banho urgente”. O conteúdo da mensagem é o mesmo, porém a relação entre os
primeiros interlocutores é bem diferente da dos segundos.
Terceiro axioma:  a natureza de uma relação depende da pontuação, uma
segmentação, das sequências comunicacionais entre os comunicantes.
A pontuação organiza os eventos comportamentais, qualificando as relações em
curso. Eventualmente, os interlocutores não têm a mesma percepção sobre a
sequência comunicacional e a pontuam de maneira diferente. Ela: por que você se
retrai? Ele: porque você implica comigo. Ela: Eu implico porque você se retrai. Ele: eu
me retraio porque você implica e foi você quem começou. Ela: foi você...
VOCÊ SABIA?
Antes de surgirem todas essas alternativas de meios de comunicação, que temos à
disposição hoje, foram feitos experimentos com telefone de lata? Eles eram ligados por
um fio que deveria estar bem esticado para poder propagar o som através dele. Ainda
hoje, ele serve para o ensino da física e para brincar, claro (PIMENTEL, 2007). Veja na
revista Ciência Hoje das Crianças: <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/como-funciona-
o-telefone-de-copos/ (http://chc.cienciahoje.uol.com.br/como-funciona-o-telefone-
de-copos/)>. 
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/como-funciona-o-telefone-de-copos/
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 16/28
Quarto axioma:  os seres humanos se comunicam de forma digital e analógica. “A
linguagem digital possui uma sintaxe muito complexa e extremamente eficaz, mas
falta uma semântica adequada no campo das relações, enquanto a linguagem
analógica tem semântica, mas não tem sintaxe adequada para a definição não-
ambígua da natureza das relações” (WATZLAWICK; BEAVIN; JACKSON, 1985, p. 65).
A comunicação não verbal pode ser interpretada erroneamente, ou pode colaborar
com o entendimento da comunicação verbal.
Quinto axioma: qualquer permuta comunicacional pode ser simétrica, ou
complementar, de acordo com sua base que deve ser na igualdade ou na diferença.
Na interação simétrica, os parceiros refletem o comportamento um do outro. Ela se
caracteriza pela igualdade e a minimização da diferença. Na interação complementar,
um parceiro complementa o comportamento do outro (WATZLAWICK; BEAVIN;
JACKSON, 1985). Ela é baseada na maximização da diferença. Nas relações
complementares um dos parceiros busca se sobrepor ou se coloca em posição
inferior deixando o lugar complementar ao outro. Isto pode ocorrer consciente ou
inconscientemente.
Figura 5 - O telefone de lata, que serviu para estudos sobre a propagação do som no passado, ainda é
usado em experimentos de física e também como um brinquedo. Fonte: caimacanul, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 17/28
Os axiomas mostram que a comunicação eficaz não é responsabilidade somente de
um dos interlocutores, uma maior atenção na interpretação do seu lado subjetivo,
pode trazer benefícios para as relações interpessoais.
2.3.3 Feedback
As barreiras da comunicação e os axiomas nos mostram como estamos sujeitos a
equívocos que podem causar sérios danos ao processo de comunicação. Esses
equívocos se devem às nossas características subjetivas, por isso, precisamos saber
reconhecê-las para ter certeza de que estamos sendo compreendidos por nossos
interlocutores.
Vejamos um exemplo de barreira “complexidade das informações”. Os colaboradores
de um centro de assistência chamam a comunidade para uma palestra sobre drogas.
O palestrante chega na hora e faz a palestra, apresentando slides cheios de conceitos
complexos. Ao final, se dirige para a plateia: alguma pergunta? Não. O palestrante vai
embora satisfeito. Os colaboradores também. A plateia vai embora confusa, mas
entenderam tão pouco que ficou difícil elaborar perguntas. O palestrante não
solicitou feedback,  nem para a plateia, nem para os colaboradores do centro. Os
colaboradores e a plateia também não deram feedback.
Figura 6 - O feedback é mais do que uma avaliação. É um modo de proporcionar ao indivíduo uma ideia
Deslize sobre a imagem para Zoom
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 18/28
Vamos considerar um exemplo do quinto axioma. Em uma situação de assédio
moral, o assediador se coloca em posição superiore submete a vítima a humilhações
e comentários maldosos sobre seu fraco desempenho. O assediador busca uma
relação complementar que maximize a diferença. O assediado entra no papel da
vítima, pois não sente que haja outra alternativa. Porém, existe a possibilidade das
relações serem simétricas, mas, para isso, o assediado precisa não aceitar a posição
da vítima, dando feedback ao assediador sobre o comportamento dele.
O antídoto mais eficaz para as distorções na comunicação é a prática do feedback.
Mas, muitas vezes, ele é visto como uma crítica ou julgamento, mas não é. O
feedback, traduzido do inglês, como retroalimentação, é um mecanismo de revisão,
uma observação interpretativa. Receber feedback ajuda a pessoa a manter seu
comportamento em foco. Podemos entender isso, ao analisar a origem eletrônica do
termo: “procedimento em que parte do sinal de saída de um circuito é injetado no
sinal de entrada para ampliá-lo, diminuí-lo, modificá-lo ou controlá-lo” (MOSCOVICI,
2005, p. 53).   Isso quer dizer que  a pessoa pode revisar e controlar melhor seu
comportamento e sua comunicação. Mas é necessário saber dar e receber
informações, entendendo que o feedback é sobre o comportamento e não sobre a
pessoa.
Os colaboradores do centro de assistência podem dar um feedback ao palestrante,
sem que ele ache que o estão chamando de arrogante e insensível. As informações
podem ser   sobre o evento, retomar os objetivos e os resultados alcançados, para
mostrar os pontos de força e os espaços de melhoramento. O assediado precisa dar
um bom feedback ao assediador. Pode preparar-se com antecedência para apontar as
diversas vezes que foi tratado mal, ir ao escritório do assediador acompanhado por
uma testemunha e explicar por que este comportamento do assediador não é um
comportamento adequado. Já o saber receber feedback é não responder de
imediato, nem se justificar. É necessário refletir sobre o que o outro disse e o que
pode ser feito para melhorar a comunicação, o comportamento e a relação (KOLB;
RUBIN; MCINTYRE, 1978; D’AMBRA, 2000; ANOLLI, 2006).
2.3.4 Comunicação de massa
Publicidade, propaganda e marketing são os promotores da comunicação de massa,
ou seja, veiculam suas ideias buscando influenciar os comportamentos das pessoas.
De fato, “massa”, se refere a um enorme agrupamento virtual e indiferenciado de
sobre como está sendo visto e entendido por seus interlocutores. Fonte: Alexander Limbach,
Shutterstock, 2018.
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 19/28
pessoas, no qual os emissores da comunicação não estão interessados nos
indivíduos singularmente.
A comunicação de massa interessa à Psicologia Social, pois muitas ações humanas
são influenciadas pelos meios de comunicação na nossa sociedade, afetando
comportamentos e relacionamentos. Diariamente, somos bombardeados por
informações, sons, imagens que tentam mudar ou cristalizar nossas opiniões e
atitudes, o que pode ser preocupante, dependendo de onde vêm as ideias difundidas
(ROSO, 2013).
A psicologia é utilizada por publicitários e jornalistas com o objetivo de atingir seu
público alvo, oferecendo produtos e ideias. Os meios de comunicação de massa são
muito utilizados pelo poder econômico e pelo poder político e contam com o próprio
público na difusão das ideias. Mesmo tendo bastante senso crítico para não se deixar
levar, não temos conhecimento suficiente sobre todos os assuntos para nos
defendermos de eventuais manipulações.
Figura 7 - Na atualidade, temos ampla variedade de meios de comunicação para escolher, porém é
comum ficarmos passivos e expostos à manipulação. Fonte: Shutter_M, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 20/28
Segundo Bock, Furtado e Teixeira (2001), a publicidade mostra um mundo perfeito e
sem contradições associado ao produto que se quer vender, ao mesmo tempo
colocando algo com que o expectador se identifique, como um elemento de ligação,
para atrair o desejo dele. O principal recurso utilizado é o da persuasão, que busca
ultrapassar as bases racionais na difusão da mensagem. O conteúdo racional é uma
característica objetiva do produto, como a durabilidade da bateria de um telefone
celular, mas ela pode ser associada a algo afetivo, a algum valor subjetivo e, assim,
atingir o espectador. Por exemplo, o celular com a bateria que dura 24 horas, será
utilizado pelo profissional bem vestido, em um escritório bem arrumado, fazendo
com que o valor da posição de se almejar um bom emprego e uma posição de
sucesso esteja embutido no conteúdo da publicidade. Normalmente, as pessoas não
percebem claramente, mas é comum o produto anunciado estar associado a poder,
riqueza, aventura, sexo, algo desejado pelos consumidores, que não existe nas suas
vidas cotidianas, por limites morais ou econômicos. No entanto, o consumidor
pensará que fez sua escolha baseado nas características objetivas do produto (BOCK;
FURTADO; TEIXEIRA, 2001).
Para Roso (2013), o sistema capitalista, proprietário dos meios de comunicação, criou
a indústria cultural e dela se utiliza para a difusão da ideologia dominante, a fim de
sustentar relações de dominação. A dominação ocorre pelos mecanismos de
legitimação, universalização, dissimulação, unificação (você e o sistema têm o
mesmo interesse no melhoramento da sociedade) e fragmentação (quem devia
defender seus direitos faz balbúrdia nos movimentos sociais). Para evitar a
manipulação, a população precisaria discutir a comunicação veiculada, não
submetendo-se passivamente a ela.
2.4 Processos grupais
Sabemos da importância do grupo na socialização do indivíduo e na reprodução ou
mudança das instituições. Tudo na nossa vida acontece em grupo. Temos diferentes
grupos, como o familiar, o da escola, do trabalho, e de amigos, mas eles não
funcionam sempre do mesmo jeito, têm objetivo e dinâmica diferentes, em cada um,
exercemos papéis distintos. Estes grupos têm uma construção histórica, iniciam com
um objetivo a realizar e, para tanto, reúnem pessoas, mas, quando o objetivo for
alcançado, o grupo se desfaz. Ou seja, um grupo nunca é imóvel, por isso, falamos
em processos grupais. Vamos entender isso melhor? Acompanhe. 
2.4.1 O indivíduo e o grupo
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 21/28
Todo grupo se forma em uma instituição social. Ele pode ser criado pela instituição
para realizar seus objetivos, ou pode ser criado espontaneamente em afinidade com
aqueles objetivos ou, ainda, em contestação aos mesmos. Os indivíduos estarão
desenvolvendo atividades nestes grupos, então devemos observar esta realização em
dois níveis: o da vivência subjetiva e o das determinações concretas do processo
grupal. A subjetividade dos indivíduos se faz presente nas formas concretas, por meio
das quais eles agem, ou seja, é pelo desempenho que o indivíduo coloca em prática o
seu ser e assume papéis para realizar a produção do grupo (LANE, 2006).
Essa é a visão da Psicologia Sócio-Histórica sobre o funcionamento dos grupos. Ela
apresentou críticas ao iniciador dos estudos de dinâmica de grupo. Para Lewin
(BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2001), quando um grupo se forma, a coesão é o principal
fenômeno a se observar, pois, para realizar os objetivos, os participantes devem estar
unidos, fiéis aos propósitos do grupo e dispostos a abrir mão de seus interesses
pessoais em prol daqueles grupais. Assim, portanto é possível notar uma pressão
interna pela conformidade e equilíbrio do grupo. Lane (2006) e Carlos (2013)
contestam esta dinâmica, pois ela defende os donos do poder, deixando espaço para
a manutenção de relações de dominação.
Além da coesão, um grupo funciona bem quando é bem conduzido pelo seu líder.
Lewin defendiaque a manutenção de um bom clima no grupo dependeria do tipo de
liderança exercida. Para ele, a liderança mais adequada é a democrática, sendo que a
autoritária e a laissez-faire  teriam aplicações bem definidas, segundo o nível de
preparação dos participantes para agir em autonomia (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA,
2001). Lane (2006) e Carlos (2013) também criticam esta visão de liderança, pois ela
ignora os jogos de poder existentes nas relações grupais.
A Sociedade dos Poetas Mortos  (SCHULMAN, 1990) conta a história de uma instituição de ensino muito
tradicional e severa que contrata um novo professor de literatura. Ele incentiva os alunos a descobrirem a
literatura, mas como seus métodos são pouco ortodoxos, surgem resistências. O pequeno grupo formado
pelos alunos desestabiliza a segurança sobre os métodos da instituição, plantando a semente da
mudança. 
VOCÊ QUER VER?
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 22/28
As relações que se estabelecem em um grupo podem ser de reprodução das relações
de dominação presentes no mundo capitalista, mas também podem proporcionar
um momento em que se explicitam situações que prejudicam seu funcionamento,
nas quais as pessoas pensam e trabalham suas relações e se sentem sujeitos.
Enquanto realizam as atividades em grupo, as pessoas também constroem o próprio
grupo, aprendendo a compartilhar, a lidar com as diferenças, a redefinir
procedimentos, fazendo o grupo se tornar sujeito do próprio processo (CARLOS,
2013). 
Entendendo que o processo grupal se reconfigura a cada momento, Lane (2006)
propõe três categorias fundamentais para a análise do processo grupal: 
categoria de Produção: durante o processo de produção, o grupo está
também produzindo as relações grupais, a história do grupo;
categoria de Dominação: quando o grupo propõe igualdade entre os
membros, mas o que se percebe é a submissão a uma outra pessoa,
reproduzindo relações de dominação;
categoria Grupo-Sujeito: as pessoas estão em processo de conscientização,
menos resistentes à autocrítica e com possibilidade de crescimento para a
mudança. 
 
O grupo social é condição para conscientização dos indivíduos, portanto é necessário
superar as contradições existentes e analisar o grupo como, efetivamente, é. 
Podemos concluir que, como os grupos têm muita influência na formação do
indivíduo, é fundamental estarmos atentos às relações que neles se estabelecem,
participando ativamente e criticamente, pois se nossas instituições sociais podem
estar reproduzindo relações de dominação, será dentro dos grupos que poderemos
iniciar um processo de mudança, por meio da atuação dos indivíduos, construtores
da história do grupo. 
2.4.2 Grupos operativos
O estudioso Pichon-Rivière desenvolveu uma abordagem de trabalho de grupo que
denominou “grupos operativos”. Bock, Furtado e Teixeira (2001, p. 222), citando
Saidon, apresentam uma clara definição:
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 23/28
o grupo operativo se caracteriza por estar centrado, de forma explícita, em uma tarefa
que pode ser o aprendizado, a cura (no caso da psicoterapia), o diagnóstico de
dificuldades etc. Sob essa tarefa, existe outra implícita subjacente à primeira, que
aponta para a ruptura das estereotipias que dificultam o aprendizado e a comunicação.
Um dos conceitos fundamentais na teoria de Pichon-Rivière é o “esquema
referencial”. Todos os indivíduos possuem um esquema individual, formado pelos
valores, crenças, fantasias, medos. Nas atividades em grupo, cada um vem com seu
esquema e, com ele, dialoga com os demais. O diálogo pode ser dificultado, pois nem
sempre o esquema vem explicitado. Mas na interação é construído um esquema
grupal, respaldando o agir coletivo, clareando as posições individuais e coletivas que
contribuem para a realização da tarefa (CARLOS, 2013).
CASO
Vamos analisar um estudo de caso (MAIA, 2017) que ilustra o que estamos
estudando sobre grupos operativos. A experiência se deu em um CRAS, na
região metropolitana de São Paulo, com o objetivo de atendimento preventivo
a famílias. A equipe havia feito algumas tentativas de organizar grupos
temáticos para discutir os problemas de vulnerabilidade social que as famílias
vivenciam, como direitos sociais, relações familiares, violência doméstica,
porém a adesão era pequena. Discutir os problemas não motivava
suficientemente a participação. Sendo assim, iniciou-se, em 2016, a realização
de um grupo de artesanato. A realização das atividades abriu espaço para a
discussão sobre diversas dificuldades das mulheres participantes, desde a
utilização de um instrumento, até questões de relacionamento familiar, sobre
sentir insegurança em cuidar de assuntos bancários, ou de sair sozinha. As
trocas entre as participantes promoveram a reflexão sobre as dificuldades,
trazendo conscientização e interesse em fazer tentativas de mudança. Você
pode ler o artigo completo no endereço:
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/vinculo/v14n1/v14n1a07.pdf
(http://pepsic.bvsalud.org/pdf/vinculo/v14n1/v14n1a07.pdf)>.
As dificuldades nos grupos operativos surgem quando a relação do indivíduo com o
mundo externo é rígida e estereotipada e reproduz padrões de relacionamento dos
vínculos primários. A experiência em grupo promove novas vivências e uma possível
ruptura dos estereótipos alienantes. Esta ruptura causa angústia e resistências, sendo
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/vinculo/v14n1/v14n1a07.pdf
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 24/28
importante a sensibilidade do coordenador, para abrir espaço à revisão dos
comportamentos ligados ao esquema individual, dando maiores possibilidades de
atuação e aprendizagem (MAIA, 2017).
O ponto de força do trabalho com grupos operativos é a possibilidade de discutir
alguns padrões de comportamento, abrindo para a formação de novos vínculos pela
vivência e aprendizagem em grupo. O indivíduo fortalece o grupo e sua produção, ao
mesmo tempo em que toma consciência de si naquela atividade, levando o
aprendizado para outras experiências de vida.
Síntese
Concluímos o segundo capítulo sobre Psicologia Social. Nele você estudou como o
ser humano se insere e vive em sociedade, e pôde refletir sobre o entendimento do
homem como ser social, agente e sujeito na construção da sua história.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
conhecer instituições, organizações e grupos como agências socializadoras
responsáveis pela construção social da subjetividade dos indivíduos;
entender a formação da identidade por meio dos processos de socialização
primária e secundária;
compreender os conceitos relacionados com o tema comunicação, como
fenômeno de interação social;
examinar a dinâmica das interações grupais e seus efeitos na formação do
indivíduo.
Bibliografia
ANOLLI, L. Fondamenti di psicologia della comunicazione. Il Mulino: Bologna, 2006.
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. Psicologias – uma introdução ao
estudo da psicologia. São Paulo: Saraiva, 2001. 
BERGER, P. L. LUCKMANN, T. A construção social da realidade. Petrópolis: Vozes,
1985.
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 25/28
CARLOS, S. O processo grupal. In: JACQUES, M. G. C. et al. Psicologia Social
Contemporânea – Livro Texto. Petrópolis/RJ: Vozes, 2013. Disponível em:
<http://pablo.deassis.net.br/wp-content/uploads/Psicologia-social-contemporanea-
Maria-da-Graca-Correa-Jacques.pdf (http://pablo.deassis.net.br/wp-
content/uploads/Psicologia-social-contemporanea-Maria-da-Graca-Correa-
Jacques.pdf)>. Acesso em: 24/03/2018.
CIAMPA, A.C. A estória do Severino e a história da Severina. São Paulo: Brasiliense,
1994.
CIAMPA,A.C. Identidade. In: LANE, S. T. M.; CODO, W. (org.). Psicologia social: o
homem em movimento. 13. ed. São Paulo: Brasiliense, 2006.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA (CRP – Brasil). Resolução CFP n. 001/99 de
22/03/1999. Brasília, 22 de março de 1999. Disponível em:
<https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/1999/03/resolucao1999_1.pdf.
(https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/1999/03/resolucao1999_1.pdf.)> Acesso
em: 28/03/2018.
D’AMBRA, M. Le nuove tecniche di comunicazione. Milano: De Vecchi, 2000.
Dicionário on line de Português. Disponível em: <
(https://www.dicio.com.br/)https://www.dicio.com.br/ (https://www.dicio.com.br/)>.
Acesso em: 28/03/2018.
FERREIRA, A.A. Comunicação para a qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
GOVERNO DO MARANHÃO. “Vai ficar na história”, diz professora indígena sobre
conquista de direitos inéditos no Maranhão. Portal Governo do Maranhão,
publicado em 2 de Março de 2018. Disponível em: <http://www.ma.gov.br/vai-ficar-
na-historia-diz-professora-indigena-sobre-conquista-de-direitos-ineditos-no-
maranhao/ (http://www.ma.gov.br/vai-ficar-na-historia-diz-professora-indigena-
sobre-conquista-de-direitos-ineditos-no-maranhao/)>. Acesso em: 28/03/2018.
JACQUES, M.G.C. Identidade. In: JACQUES, M. G. C. et al. Psicologia Social
Contemporânea – Livro Texto. Petrópolis/RJ: Vozes, 2013. Disponível em:
<http://pablo.deassis.net.br/wp-content/uploads/Psicologia-social-contemporanea-
Maria-da-Graca-Correa-Jacques.pdf (http://pablo.deassis.net.br/wp-
content/uploads/Psicologia-social-contemporanea-Maria-da-Graca-Correa-
Jacques.pdf)>. Acesso em: 28/03/2018.
KATZ, D.; KAHN, R.L. Psicologia social das organizações. São Paulo: Atlas, 1970.
http://pablo.deassis.net.br/wp-content/uploads/Psicologia-social-contemporanea-Maria-da-Graca-Correa-Jacques.pdf
https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/1999/03/resolucao1999_1.pdf.
https://www.dicio.com.br/
https://www.dicio.com.br/
http://www.ma.gov.br/vai-ficar-na-historia-diz-professora-indigena-sobre-conquista-de-direitos-ineditos-no-maranhao/
http://pablo.deassis.net.br/wp-content/uploads/Psicologia-social-contemporanea-Maria-da-Graca-Correa-Jacques.pdf
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 26/28
KOLB, D.A.; RUBIN, I.M.; MCINTYRE, J.M. Psicologia organizacional – uma
abordagem vivencial. São Paulo: Atlas, 1978.
LANE, S. Processo grupal. In:  LANE, S. T. M.; CODO, W. (org.). Psicologia social: o
homem em movimento. 13. ed. São Paulo: Brasiliense, 2006.
MAIA, A.M. O atendimento em grupo operativo no CRAS: relato de uma experiência.
Vínculo – Revista do NESME, V. 14. N. 1, 2017. Disponível em: <
(http://pepsic.bvsalud.org/pdf/vinculo/v14n1/v14n1a07.pdf)http://pepsic.bvsalud.or
g/pdf/vinculo/v14n1/v14n1a07.pdf
(http://pepsic.bvsalud.org/pdf/vinculo/v14n1/v14n1a07.pdf)>. Acesso em:
26/03/2018.
MARTIN, M. A professora das crianças perdidas.  El País. Rio de Janeiro, 11/08/17.
Disponível em: <
(https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/10/politica/1502381690_502888.html)https:
//brasil.elpais.com/brasil/2017/08/10/politica/1502381690_502888.html
(https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/10/politica/1502381690_502888.html)>.
Acesso em: 28/03/2018.
MINISTÉRIO DA DEFESA, EXÉRCITO BRASILEIRO, SECRETARIA - GERAL DO EXÉRCITO,
COMISSÃO DE CERIMONIAL MILITAR DO EXÉRCITO. Vade-Mécum de Cerimonial
Militar do Exército -  Valores, Deveres e Ética Militares (VM 10). 1ª Edição, 2002.
Disponível em: <http://www.sgex.eb.mil.br/index.php/cerimonial/vade-mecum/106-
valores-deveres-e-etica-militares
(http://www.sgex.eb.mil.br/index.php/cerimonial/vade-mecum/106-valores-deveres-
e-etica-militares)>. Acesso em: 28/03/2018.
MORAIS, R. Juiz Federal do DF libera tratamento para “cura gay” e diz que
homossexualidade é doença. Portal G1 Distrito Federal, publicado em 18 de
setembro de 2017. Disponível em: < (https://g1.globo.com/distrito-
federal/noticia/juiz-federal-do-df-libera-tratamento-de-homossexualidade-como-
doenca.ghtml)https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/juiz-federal-do-df-libera-
tratamento-de-homossexualidade-como-doenca.ghtml
(https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/juiz-federal-do-df-libera-tratamento-
de-homossexualidade-como-doenca.ghtml)>. Acesso em: 28/03/2018.
MOSCOVICI, F. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. Rio de
Janeiro: José Olympio, 2005. 
PIMENTEL JR, R. A. Como funciona o telefone de copos? Ciência Hoje das Crianças,
2007. Disponível em: < (http://chc.cienciahoje.uol.com.br/como-funciona-o-telefone-
de-copos/)http://chc.cienciahoje.uol.com.br/como-funciona-o-telefone-de-copos/
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/vinculo/v14n1/v14n1a07.pdf
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/vinculo/v14n1/v14n1a07.pdf
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/10/politica/1502381690_502888.html
https://brasil.elpais.com/brasil/2017/08/10/politica/1502381690_502888.html
http://www.sgex.eb.mil.br/index.php/cerimonial/vade-mecum/106-valores-deveres-e-etica-militares
https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/juiz-federal-do-df-libera-tratamento-de-homossexualidade-como-doenca.ghtml
https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/juiz-federal-do-df-libera-tratamento-de-homossexualidade-como-doenca.ghtml
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/como-funciona-o-telefone-de-copos/
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/como-funciona-o-telefone-de-copos/
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 27/28
(http://chc.cienciahoje.uol.com.br/como-funciona-o-telefone-de-copos/)>.  Acesso
em: 28/03/2018.
ROSO, A. Comunicação. In: JACQUES, M. G. C. et al. Psicologia Social
Contemporânea – Livro Texto. Petrópolis/RJ: Vozes, 2013. Disponível em: <
(http://pablo.deassis.net.br/wp-content/uploads/Psicologia-social-contemporanea-
Maria-da-Graca-Correa-Jacques.pdf)http://pablo.deassis.net.br/wp-
content/uploads/Psicologia-social-contemporanea-Maria-da-Graca-Correa-
Jacques.pdf (http://pablo.deassis.net.br/wp-content/uploads/Psicologia-social-
contemporanea-Maria-da-Graca-Correa-Jacques.pdf)>. Acesso em: 04/02/2018.
SCHULMAN, T. Sociedade dos poetas mortos. Direção: Peter Weir. Produção: Paul
Junger Witt, Steven Ha�; Tony Thomas. Estados Unidos, 1989.
SIKORSKY, D.; RAMPAZZO, L. A. Psicologia Social. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2009. Disponível em: < (https://laureatebrasil.blackboard.com/webapps/ga-
bibliotecaSSO-
BBLEARN/homePearson)https://laureatebrasil.blackboard.com/webapps/ga-
bibliotecaSSO-BBLEARN/homePearson
(https://laureatebrasil.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-
BBLEARN/homePearson)>. Acesso em: 28/03/2018.
VATICANO. Catecismo. Terceira parte - a vida em Cristo - segunda secção - Os Dez
Mandamentos. Capítulo primeiro: amarás o Senhor teu Deus com todo o teu
coração, com toda a tua alma  e com todas as tuas forças.  Disponível em:    <
(http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s2cap1_2083-
2195_po.html)http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s2cap1_
2083-2195_po.html
(http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s2cap1_2083-
2195_po.html)>. Acesso em: 28/03/2018.
WATZLAWICK, P.; BEAVIN, J. H.; JACKSON, D. Pragmática da comunicação humana.
São Paulo: Cultrix, 1985. <
(https://ayrtonbecalle.files.wordpress.com/2015/07/watzlawick-helmick-jackson-
pragmc3a1tica-da-comunicac3a7c3a3o-
humana.pdf)https://ayrtonbecalle.files.wordpress.com/2015/07/watzlawick-helmick-
jackson-pragmc3a1tica-da-comunicac3a7c3a3o-humana.pdf
(https://ayrtonbecalle.files.wordpress.com/2015/07/watzlawick-helmick-jackson-
pragmc3a1tica-da-comunicac3a7c3a3o-humana.pdf)>. Acesso em: 28/03/2018.
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/como-funciona-o-telefone-de-copos/
http://pablo.deassis.net.br/wp-content/uploads/Psicologia-social-contemporanea-Maria-da-Graca-Correa-Jacques.pdf
http://pablo.deassis.net.br/wp-content/uploads/Psicologia-social-contemporanea-Maria-da-Graca-Correa-Jacques.pdfhttps://laureatebrasil.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homePearson
https://laureatebrasil.blackboard.com/webapps/ga-bibliotecaSSO-BBLEARN/homePearson
http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s2cap1_2083-2195_po.html
http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s2cap1_2083-2195_po.html
https://ayrtonbecalle.files.wordpress.com/2015/07/watzlawick-helmick-jackson-pragmc3a1tica-da-comunicac3a7c3a3o-humana.pdf
https://ayrtonbecalle.files.wordpress.com/2015/07/watzlawick-helmick-jackson-pragmc3a1tica-da-comunicac3a7c3a3o-humana.pdf
09/09/2021 21:54 Psicologia Social
https://fadergs.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_746312_… 28/28

Continue navegando