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FACULDADES OSWALDO CRUZ 
 
ESPECIALIZAÇÃO EM ANÁLISE INSTRUMENTAL AVANÇADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUZETE APARECIDA DE BRITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE COBALTO PROVENIENTE DE RESÍDUO DE 
MINERAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2015 
 
 
SUZETE APARECIDA DE BRITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECUPERAÇÃO DE COBALTO PROVENIENTE DE RESÍDUO DE MINERAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado às Faculdades Oswaldo 
Cruz como parte dos requisitos para 
a obtenção do título de Especialista 
em Análise Instrumental Avançada. 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Prof. Paulo Nascimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Brito, Suzete Aparecida de. 
B877r Recuperação de cobalto proveniente de resíduo de mineração. / Suzete Aparecida 
de Brito. – São Paulo, 2015. 
 41f. 
 
 Monografia apresentada às Faculdades Oswaldo Cruz como parte dos requisitos 
exigidos para a Conclusão do Curso de Pós – Graduação em Análise Instrumental 
Avançada. 
 Orientador: Prof. Dr. Paulo Nascimento. 
 
 1. Cobalto 2. Espectrofotômetro de absorção 3. Precipitação seletiva 4. 
Resíduos de mineração I. Nascimento, Paulo (Orientador) II. Título. 
 
 543.07 CDD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ao querido Gustavo 
Bertaglia com carinho 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus, pela presença constante em minha vida, pela fidelidade da sua palavra e pela 
oportunidade que me concedeu de fazer a diferença. 
 
A minha mãe, Cida, por me ensinar o valor do conhecimento por me dar forças e não me 
deixar desistir nunca, mesmo quando as circunstâncias não foram favoráveis. 
 
Ao meu pai, Valdir, pelo exemplo de trabalho duro, integridade e honestidade. Mesmo 
distante você se fez presente em minha vida. 
 
Aos meus queridos irmãos Silvinho, Sidnei e Suellen pela descontração, amor e confiança de 
sempre. Vocês tornam minha vida mais leve e divertida. 
 
Ao meu eterno “coaching” Danilo, pelo apoio, conversas, compreensão e carinho. Sua 
confiança foi fundamental neste processo. 
 
A minha querida amiga Keslei que não mediu esforços em me ajudar, sua eficiência, 
dedicação e carinho são inspiradores. 
 
À Essencis Soluções Ambientais S.A pela concessão da bolsa de estudos. 
 
A técnica Flávia que tão gentilmente me recebeu no laboratório e me auxiliou nos ensaios 
práticos. 
 
Ao Prof. Paulo Nascimento pela ajuda e orientação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O saber a gente aprende com os mestres e livros. A 
sabedoria se aprende é com a vida e com o 
humildes. 
Cora Coralina 
 
 
RESUMO 
 
 
 
O Resíduo de mineração não é apenas um resíduo perigoso, mas também uma matéria prima que 
apresenta potencial econômico, pois sua elevada concentração de metais é muitas vezes superior 
ao encontrado em jazidas. Dessa forma o processo de tratamento de resíduos supera a esfera 
ambiental e alcança o interesse econômico. Este trabalho visa determinar as possibilidades de 
tratamento e a melhor rota química para recuperação do cobalto oriundo de resíduo de mineração. 
Este processo ocorre levando em consideração a precipitação seletiva, este método permite 
separar o cobalto do resíduo com base no controle do pH. Entretanto, o processo só é viável 
quando utilizado os reagentes adequados, acarretando em benefícios econômicos para a produção 
e otimização na aplicação final dos metais. Procurou-se neste experimento caracterizar a 
concentração do metal de interesse utilizando o equipamento Espectrofotômetro de absorção 
atômica, que dispõe de um sistema de detecção de radiação que permite determinar seguramente a 
concentração dos metais. Os resultados obtidos para as diferentes soluções foram comparados 
entre si, o que permitiu avaliar a eficiência de recuperação do cobalto quando variamos as 
soluções de extração e precipitação. Conclui-se que o processo físico-químico é eficiente para 
indústria, permitindo aplicações diversas, juntamente com a simplicidade do processo e a 
facilidade com a qual é feita a recuperação. 
 
 
Palavras-chave: Precipitação Seletiva, Resíduo de mineração, Espectrofotômetro de absorção 
atômica, Cobalto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
The mining waste is not just hazardous waste, but a raw material that has economic potential 
as well, and especially for its show high concentration of metals is often higher than that 
found in fields. Thus the waste treatment process for mining waste overcomes the 
environmental sphere and achieves economic scenario. This study aims to determine the 
possibilities for treatment and the best chemical route process for cobalt recovery from mining 
waste. This process takes place taking into account the selective precipitation, method in 
which allows the separation of cobalt from the waste based on pH control. However, the 
process is only possible when using the appropriate chemicals, resulting in economic benefits 
for the production and optimization for the final application of the metal. We sought to 
characterize on this experiment how much of each metal is present in the sample using the 
atomic absorption spectrophotometer equipment, which has a radiation detection system 
allowing surely determine the concentration of metals. The results for the different solutions 
were compared among them, which allowed evaluate the cobalt recovery efficiency when we 
varied the extraction and precipitation solutions. It concludes that the physical-chemical 
process is efficient for industry, enabling various applications for the metal recovered, along 
with the attractive price and the ease process the recovery is made. 
 
 
Keywords: Selective Precipitation, Mining waste, Atomic absorption spectrometer, Cobalt 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................10 
 
2 MINERAÇÃO............................................................................................................12 
2.1 PROCESSO HIDROMETALURGICO......................................................................13 
 
3 VOLUME DE RESÍDUOS.......................................................................................16 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS........................................................................16 
3.2 IMPACTOS AMBIENTAIS.......................................................................................17 
3.3 POLITICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS................................................19 
3.3.1 Redução......................................................................................................................19 
3.3.2 Reutilização................................................................................................................19 
3.3.3 Reciclagem..................................................................................................................19 
 
4 COBALTO.................................................................................................................21 
4.1 APLICAÇÃO..............................................................................................................21 
4.2 DISPONIBILIDADE E IMPORTÂNCIA ECONÔMICA.........................................225 MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................................................23 
5.1 MATERIAIS...............................................................................................................23 
5.2 METODOLOGIA.......................................................................................................23 
5.2.1 Controle analítico......................................................................................................24 
5.2.1.1 Titulação......................................................................................................................24 
5.2.1.2 Espectrometria de absorção atômica...........................................................................25 
5.2.1.3 Preparo das amostras para quantificação.....................................................................27 
5.3 RECUPERAÇÃO DE COBALTO.............................................................................28 
5.3.1 Solubilização do cobalto e extração dos insolúveis em ácido sulfúrico.................28 
5.3.2 Solubilização do cobalto e extração dos insolúveis em água régia........................32 
5.3.3 Precipitação do cobalto extraído em ácido sulfúrico..............................................33 
5.3.4 Precipitação do cobalto extraído em água régia.....................................................33 
 
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO..............................................................................34 
6.1 PRECIPITAÇÃO DO COBALTO.............................................................................34 
6.2 ESPECTROFOTÔMETRO DE ABSORÇÃO ATÔMICA........................................36 
 
7 CONCLUSÃO............................................................................................................39 
 
REFERÊNCIAS......................................................................................................................40 
 
 
 
 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O consumo desenfreado dos recursos naturais tem sido alvo constante de discussões. 
Se outrora o assunto era tratado como um problema local, agora o tema é visto com atenção 
mundial. Isso se deve ao fato de que os impactos ambientais diretos e indiretos, muitas vezes 
extrapolam fronteiras e afetam a humanidade como um todo. 
 
 Essa consciência ambiental é fruto do avanço tecnológico e dos constantes relatórios 
que apontam para o desenvolvimento sustentável como uma forma eficiente de preservação 
dos recursos naturais para as gerações futuras. 
 
 Não obstante a tudo isso, o Brasil tem se empenhado em acompanhar esta tendência 
mundial destacando-se a publicação da Lei 12305 de 2010, que institui a Politica Nacional de 
Resíduos Sólidos (PNRS). Dentre diversos pontos abordados o gerenciamento para a 
destinação adequada dos resíduos sólidos chama a atenção. De acordo com a política, os 
rejeitos só poderão ser destinados após a comprovação de que todas as possibilidades técnicas 
de tratamento e recuperação foram esgotadas (Brasil, 2010). 
 
 Embora a PNRS tenha sido instituída no ano de 2010, em 1988 quando foi 
promulgada a Constituição Federal já se percebia uma pressão pelo desenvolvimento 
sustentável, prova disso é o disposto no Artigo 225, que assegura a todos o direito ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e 
preservá-lo para as presentes e futuras gerações (Brasil, 1988). 
 
 Levando em consideração que o Brasil ainda luta para extinguir os lixões e a sua 
principal forma de destinação de resíduos sólidos é o aterramento, é possível afirmar que 
existe um longo caminho a se percorrer no sentido de se utilizar de tecnologias de tratamento 
e recuperação que sejam ambientalmente adequadas e economicamente viáveis em diversos 
segmentos industriais. Dentre eles destacamos a indústria de mineração que causa diversos 
impactos ambientais e gera grande quantidade de resíduos. 
 
 Para efeito deste trabalho iremos adotar o resíduo gerado no processo de mineração e 
extração de carvão contendo zinco e cobalto residual. Após a extração do minério a indústria 
11 
 
separa o elemento de interesse, normalmente aquele que se apresentou em maior concentração 
na etapa de pesquisa, e para o qual foi concedido a outorga para lavra, o que sobra é 
considerada contaminante e, portanto tratado como rejeito. Este rejeito pode se constituir em 
um problema sério, se não houver o adequado tratamento e destinação. 
 
 A indústria de mineração utiliza-se largamente do processo hidrometalúrgico por se 
tratar de um método seletivo, com menor potencial poluidor e menor gasto energético quando 
comparado ao processo pirometalúrgico, no entanto na hidrometalurgia o resíduo carrega 
consigo a característica de corrosão e muitas vezes metais em alta concentração (Rossini, 
2006) 
 
 Embora o método hidrometalurgico seja adequado, em algumas situações a 
separação do metal de interesse pode ser desafiadora, como é o caso do cobalto associado ao 
zinco, por possuir certa semelhança no comportamento à separação destes metais requer 
certos cuidados. 
 
 Logo o estudo de métodos e técnicas eficientes na separação e recuperação do 
cobalto associado ao zinco se constitui de grande importância para a indústria de mineração, 
que detém a lavra destes metais, tanto sob o aspecto econômico como ambiental. 
 
 Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar a possibilidade de recuperação e 
consequentemente a redução do cobalto no rejeito. 
 
 Para alcançar o objetivo geral deste trabalho, foi estabelecida como base a 
caracterização química do resíduo, a eficiência dos reagentes de extração e precipitação, e 
finalmente a caracterização dos produtos (carbonatos e hidróxidos) obtidos nos ensaios 
realizados em laboratório. 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2 MINERAÇÃO 
 
 Mineração é a atividade de extrair minerais existentes nas rochas e no solo. Trata-se 
de uma atividade econômica que também é referida como indústria extrativa mineral ou 
indústria de produtos minerais (Brasil-DNPM, 2013). 
 O termo mineração também pode ser utilizado para definir um setor da economia, 
onde é utilizado um conjunto de atividades industriais e processos, com o objetivo de extrair, 
separar e manufaturar minerais a partir de depósitos de massas naturais. A exploração pode 
ser muito ampla desde água, petróleo até minérios metálicos diversos (Brasil-DNPM, 2013). 
A figura 1 demonstra algumas etapas de um processo físico de mineração. 
 
 Figura 01 Fluxograma das etapas do processo de mineração 
 
Fonte: Ciminelli, Virginia S. T. 
13 
 
 Após a conclusão do processo físico, o minério é transportado até as plantas 
químicas, onde se inicia a separação dos metais de interesse por processos mais complexos, 
normalmente estas plantas ficam nas imediações das jazidas por uma questão econômica. 
 Nos últimos anos a indústria brasileira tem investido cada vez mais em tecnologia e 
capital intelectual para deixar de ser um mero explorador e passar a ser um transformador, já 
que o produto acabado possui um valor agregado superior em relação à matéria–prima, porém 
este posicionamento pode implicar em avanços em etapas do processo, que ainda não estão 
totalmente dominadas, bem como a geração de subprodutos. 
 Segundo IPEA-Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, a atividade de 
mineração em 2012 foi responsável por 4,2% do PIB e 20% das exportações brasileiras 
(BRASIL-IPEA, 2012). 
 A Votorantim é a principal indústria de exploração mineral em atividade no Brasil, 
segundo dados do Departamento Nacional de Produção Mineral esta empresa possui a 
concessão de exploração e é a principal fornecedora de cobalto para diversos segmentos no 
mercado interno. O Brasil conta com três jazidas de cobalto localizadas em Niquelândia - GO, 
Americano do Brasil– GO e Fortaleza de Minas - MG sendo que a principal detentora da 
concessão de exploração é a Votorantim Metais (Brasil-DNPM, 2013). 
 A Votorantim Metais é uma empresa nacional que foi criada em 1996, a partir da 
reorganização do modelo de gestão do grupo Votorantim. Segundo dados do relatório de 
sustentabilidade, a empresa gera aproximadamente 5,7 milhões de toneladas de resíduos, 
porém está prevista uma redução de 33%. É importante ressaltar que para a concretização 
desta previsão é necessário um alto investimento em pesquisa de tecnologia adequada, para o 
devido tratamento, recuperação e reutilização dos subprodutos que hoje são tratados como 
resíduos dos processos (VOTORANTIM, 2015). 
2.1 PROCESSO HIDROMETALURGICO 
 Levando em consideração os resíduos gerados no processo de mineração, a 
hidrometalurgia é uma técnica que pode ser adequada no tratamento, embora as empresas de 
mineração já se utilizem desta rota química para obtenção do produto final, muitas vezes a 
recuperação dos metais considerados contaminantes se torna inviável por conta da 
concentração do material e a dimensão dos equipamentos que estão preparados para receber 
um volume grande de minério com alta concentração do elemento de interesse. 
14 
 
 Hidrometalurgia é o processo no qual o líquido solvente é usado para lixiviar o metal 
dos seus minérios (Mesquita, 2010 p.5). A fórmula a seguir descreve a lixiviação do cobalto 
associado ao zinco em uma solução de ácido sulfúrico. 
 Co(Zn)O(s) + H2SO4(aq) → Co(ZnSO4)(aq) + H2O(aq) (1) 
 Após a lixívia obtém-se uma solução rica em metal dissolvido e impurezas, neste 
caso carvão mineral. A solução de extração pode variar de acordo com a natureza do minério 
e a rota de purificação que será adotada, o mais usual é o ácido sulfúrico por uma questão 
econômica, em alguns casos aplica-se a utilização da água régia, o ácido clorídrico, o ácido 
nítrico e até mesmo o ácido fosfórico tudo vai depender da qualidade exigida no produto final 
e da composição do minério. 
 
 Após a etapa de dissolução o licor obtido pode ser submetido ao tratamento por meio 
de troca iônica, adsorção, extração por solvente, eletrolise ou precipitação química. Processo 
onde o metal é precipitado seletivamente através do controle do pH (Gouveia, 2008 p.2). 
 
 É importante ressaltar que em todos os processos, em alguma etapa vai haver geração 
de resíduos. Na figura 2 é possível observar o fluxo de dois métodos diferentes, a precipitação 
química e o tratamento por eletrólise, onde destacamos a geração de resíduos diretamente 
ligados ao processo químico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 Figura 02 Fluxograma dos processos de separação química, por eletrólise e precipitação 
química. 
 
Fonte: Ciminelli, Virginia S. T. 
 A combinação de técnicas em processos sequenciais ou paralelos pode ser uma boa 
alternativa quando existe a necessidade de obtenção de um produto com alto grau de pureza 
ou mesmo a redução de resíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
3 VOLUME DE RESÍDUOS 
 De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos 
(ABETRE) são gerados 2,9 milhões de toneladas de resíduos industriais perigosos, porém 
apenas 22% recebe o tratamento adequado (Wermuth; Silva, 2013 p.7). 
 Na atividade de mineração grandes depósitos de massas são movimentados e 
extraídos, o volume de resíduo gerado vai depender do processo utilizado na extração e da 
concentração da substância mineral estocado na rocha (BRASIL-IPEA, 2012). 
 No processo serão gerados dois tipos de resíduos prioritariamente: os estéreis que são 
os materiais escavados gerados pela atividade de extração, normalmente ficam dispostos em 
pilhas; já os rejeitos são oriundos do processo de beneficiamento do mineral, estes podem ser 
armazenados para o reprocesso ou seguir para destinação (BRASIL-IPEA, 2012). 
 Além dos resíduos característicos do processo existem outros como pneus utilizados 
pelas frotas de veículos, efluentes das plantas de processo, lâmpadas, carcaças de baterias etc. 
A quantificação destes resíduos tem se tornado um desafio pela complexidade dos processos e 
pela falta de centralização das informações. Por iniciativa própria o governo de Minas Gerais 
realizou um levantamento onde aponta que o volume de estéreis gerados é cerca de 70 a 80% 
dos resíduos sólidos gerados na atividade de mineração (BRASIL-IPEA, 2012). 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS 
 A classificação dos resíduos sólidos tem o objetivo de identificar riscos potenciais ao 
meio ambiente e à saúde pública, para que esses possam ser gerenciados adequadamente 
(SIMAS, 2007). 
 As normas que regem a correta disposição, classificação e caracterização destes 
resíduos são: NBR 10004, NBR 10005, NBR 10006 e NBR 10007 (NBR10004, 2004). 
 A ABNT através da NBR10004: 2004 estabelece dois grupos de resíduos: os 
perigosos que compõe a Classe I e os não perigosos que compõe a Classe II, esta ultima ainda 
se divide em duas categorias os inertes que são identificados como Classe IIA e os não inertes 
que são identificados como Classe IIB (NBR10004, 2004). 
 Para a correta classificação dos resíduos, a NBR 10004:2004 orienta o gerador a 
elaborar um laudo de classificação do resíduo por laboratório competente, indicar a origem do 
17 
 
resíduo e a descrição do critério adotado na escolha dos parâmetros quando se fizer necessário 
(NBR10004, 2004). 
 Segundo a NBR 10004:2004, os resíduos deverão ser considerados como perigosos 
em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas, ou uma das 
seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade ou toxidade. 
 A Votorantim Metais é uma das principais indústrias de mineração em operação no 
Brasil, o volume de resíduos gerados em suas operações é muito expressivo, de acordo com a 
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) a Votorantim Metais, localizada 
em São Miguel Paulista, possui autorização para movimentar 13.900 toneladas de resíduo por 
ano, alguns deles perigosos. 
 Resíduos gerados na purificação como lama anódica de cobalto e solução de nitrato 
de cobalto são exemplos destes resíduos (CETESB, 2014). 
3.2 IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
 Segundo Mechi e Sanches (2010), a ocorrência ou escassez dos depósitos minerais 
em determinados locais da crosta, são oriundas da formação geológica e a restrição locacional 
de determinados minérios torna muitas vezes a atividade de mineração responsável por 
grandes impactos já que os depósitos podem estar localizados em ambientes muitos sensíveis 
e importantes para a manutenção da biodiversidade. A figura 03 demonstra uma grande área 
de mineração impactada. 
 
 De acordo com o Conselho Nacional de Meio Ambiente (1986), considera-se 
impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio 
ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades 
econômicas que afetem a saúde, segurança, bem-estar da população e o meio ambiente. 
 
 Os recursos hídricos também podem sofrer grande impacto a jusante dos 
empreendimentos minerários já que a movimentação de solo muitas vezes é responsável pelo 
aumento das partículas suspensas e consequentemente da turbidez. A ausência de incidência 
de luz e o aumento do material particulado pode afetar a disponibilidade de oxigênio 
dissolvido no corpo hídrico (MECHI; SANCHES, 2010). 
18 
 
 Os efluentes gerados nas plantas químicas podem conter metais pesados, óleos e 
graxas entre outras substâncias nocivas a fauna e flora local (MECHI; SANCHES, 2010). 
 
 O tratamento e recuperação dos resíduos gerados na indústria de mineração se faz 
necessário por reduzir o volume do passivo ambiental diminuindo a possibilidade de impactos 
ambientais causados pelos compostos presentes no resíduo, além disso, a utilização de 
técnicashidrometalurgicas adequadas torna possível a reinserção deste material na cadeia 
produtiva promovendo a valorização ambiental (GOUVEIA, 2008) 
 
 A valorização ambiental implica na precificação dos ativos ambientais, 
considerando-se as mudanças aos quais os ativos foram submetidos e seus efeitos sobre o 
bem-estar humano; assim, quanto menor impacto, maior será o valor agregado do produto 
final. (EMBRAPA, 2015) 
 
 Figura 03 Área de mineração impactada 
 
Fonte: Mechi e Sanches, 2010 
19 
 
3.3 POLITICA NACIONAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
 A Politica Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) nasceu da necessidade de possuir 
um instrumento legal para estabelecer regras e gerir de forma consistente e sustentável os 
resíduos sólidos. 
 
 Entre os conceitos introduzidos pela PNRS está à logística reversa, que consiste em 
viabilizar o retorno dos resíduos sólidos ao setor empresarial, tanto para reaproveitamento 
quanto para uma destinação final ambientalmente adequada (BRASIL, 2010). 
 
 Dentre diversos objetivos estabelecidos para a PNRS destaca-se o compromisso em 
reduzir o volume e a periculosidade dos resíduos sólidos (BRASIL, 2010). 
 
 Essa lei também visa à conscientização e obrigatoriedade da sociedade em adotar a 
política 3R’s (redução, reutilização e reciclagem), que são ações práticas que tem como 
objetivo estabelecer uma relação mais harmônica entre consumidor e o meio ambiente. 
 
3.3.1 Redução 
 
 A redução é a primeira etapa dos 3R’s e significa consumir menos produtos e preferir 
aqueles que ofereçam menor potencial de geração de resíduos e tenham maior durabilidade 
(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2015) 
 
3.3.2 Reutilização 
 
 A reutilização é a segunda etapa e baseia-se em ações direcionadas com a finalidade, 
de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-
química, observando as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes 
(BRASIL, 2010). 
 
3.3.3 Reciclagem 
 
 A reciclagem é a última etapa e baseia-se em um conjunto de técnicas que visam à 
transformação dos resíduos sólidos alterando suas propriedades físicas, físico-químicas ou 
20 
 
biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observando as 
condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes (BRASIL, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
4 COBALTO 
 
 O cobalto é um metal de cor acinzentado, dúctil e brilhante foi descoberto por volta 
de 1735 por George Brandt, é um metal de transição situado no grupo 9 da classificação 
periódica dos elementos (Mesquita, 2010) A tabela 01 apresenta suas principais características 
físico químico. 
 
Tabela 01 Propriedades físicas e químicas do cobalto. 
Símbolo químico 
Número atômico 
Massa atômica 
Ponto de fusão 
Ponto de ebulição 
Densidade 
Estados de oxidação 
Configuração eletrônica 
Faixa de pH Precipitação Co
2+
 
Co 
27 
58,9332 
1768,0 K 
3200,0 K 
8,9 g∕cm³ 
2
+
, 3
+
 
3d7, 4s2 
8 
 
 As equações 2 e 3 demonstram o potencial padrão do eletrodo de cobalto (SKOOG et 
al., 2006. p 1070). 
 
 Co
2+
 + 2e
-
 ⇌ Co(s) Ɛ0 = - 0,280 volts (2) 
 
 Co
3+
 + e
-
 ⇌ Co2+ Ɛ0 = 1,808 volts (3) 
 
 O cobalto é um metal facilmente dissolvido em ácidos minerais, conforme descreve a 
equação 4 (VOGEL, 2002. p 127). 
Co + 2H
+
 → Co
2+
 + H2 ↑ (4) 
 
4.1 APLICAÇÃO 
 
 O cobalto associado ao níquel, alumínio, manganês e silício, forma uma liga de nome 
comercial Alnico, que é usada em ímãs permanentes de elevado fluxo magnético quando a 
associação é com o cromo e tungstênio, forma uma liga comercialmente chamada Stellite, 
usada em ferramentas de corte para altas velocidades (Brasil-DNPM, 2013). 
22 
 
 É utilizado em ligas para produção de peças aeronáuticas e tubulações de gás, esse 
metal também se faz presente na indústria galvânica por conta de sua característica de dureza, 
aparência e resistência à oxidação. Os sais são usados para dar cor azul a porcelanas, vidros, 
esmaltes, o sal de cloreto é utilizado como tinta (Brasil-DNPM, 2013). 
 
 Sulfatos, cloretos, acetatos e nitratos podem ser úteis para corrigir algumas 
deficiências minerais em animais (Brasil-DNPM, 2013). 
 
4.2 DISPONIBILIDADE E IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 
 
 O elemento cobalto é um recurso com baixa disponibilidade às reservas minerais 
somadas constituem apenas 0,001% da crosta terrestre, as fontes naturais principais são 
basicamente a cobalita (CoAsS), esmaelita (CoAs2), eritrita (Co3(AsO4)2.8(H2O)) e a lineíta 
(Co3S4) os quais sempre aparecem associados a outros metais (Mesquita, 2010 p.7). 
 
 Segundo o departamento nacional de produção mineral em 2013 foram extraídas 
aproximadamente 120.000 toneladas de cobalto. O Brasil contou com uma participação de 
2,9% sendo que os três maiores produtores mundiais respectivamente foram República 
Democrática do Congo, Canadá e China. 
 
 Em 2013 o Brasil foi responsável pela produção de 3.500 toneladas de concentrado 
de cobalto um aumento considerável quando comparado a 2012 cuja produção foi de 2900 
toneladas (Brasil-DNPM, 2013). 
 
 Os principais itens de importação da pauta de cobalto em 2013 foram 225 toneladas 
de cobalto nas formas brutas com um dispêndio de US$ 5 milhões e 2.413 toneladas de 
óxidos e hidróxidos de cobalto com um dispêndio de US$ 16 milhões (Brasil-DNPM, 2013). 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
5 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 Para a realização do experimento foi necessário à utilização de equipamentos, 
vidrarias e reagentes adequados, para a solubilização do carvão, precipitação do cobalto e 
quantificação. 
 
5.1 MATERIAIS 
 A tabela 02 apresenta os equipamentos e reagentes utilizados no experimento 
Tabela 02 Equipamentos e reagentes utilizados no experimento 
Equipamentos Reagentes 
Balança semi-analítica, Shimadzu, modelo 
UX4200H; 
Balão volumétrico 100 ml; 
Béquer; 
Capela; 
Agitador magnético Quimis; 
Espátula 
Funil de bunchner 
Espectrofotômetro de absorção atômica, 
Varian, modelo FS 240; 
Kitassato; 
Papel filtro; 
PHmetro, Tecnopon, modelo MPA210; 
Pipeta graduada 10 ml. 
Ácido clorídrico, Lafan; 
Ácido nítrico, Lafan; 
Ácido sulfúrico, Lafan; 
Água reagente; 
Hidróxido de sódio, Lafan; 
Solução padrão de Cobalto 1000 mg/L; 
Solução padrão pH 4,0; Dinâmica; 
Solução padrão pH 7,0; Dinâmica; 
Resíduo de mineração. 
 
5.2 METODOLOGIA 
 
 O método utilizado para a recuperação do cobalto foi baseado nas características 
físico-químicas do metal como: a solubilização em meio ácido e a precipitação seletiva, para 
verificar a eficiência no teste foi necessário à realização de ensaios de controle analítico. 
24 
 
5.2.1 Controle analítico 
 
 A determinação do volume de reagente necessária para a precipitação do cobalto foi 
realizada através de uma titulação ácido-base, a determinação da concentração do cobalto no 
produto final foi realizada através da técnica de análise instrumental, espectrometria de 
absorção atômica. 
 
5.2.1.1 Titulação 
 
 As titulações são amplamente utilizadas em química analítica para determinar ácidos, 
bases, oxidantes, redutores, íons metálicos, proteínas e muitas outras espécies. As titulações 
são baseadas em uma reação entre o analito e um reagente padrão conhecido como titulante 
(SKOOG et al., 2006). 
 
 Neste método o ponto de equivalência química, experimentalmente chamado ponto 
final, é assinalado pela variação da cor de um indicador ou da resposta de um instrumento 
(SKOOG et al., 2006). 
 
 Na análise volumétrica, a concentração do analito de interesse é determinada através 
da reação desta espécie química com umasubstância em solução padrão, cuja concentração é 
conhecida. 
 
 Sabendo-se a quantidade de solução padrão necessária pra reagir totalmente com o 
analito e a reação química que ocorre entre as duas espécies químicas, têm-se condições de 
determinar a concentração da substância problema (MENDHAM et al.,2002). 
 
 Na titulação potenciometrica, também chamada de potenciometria, mede-se a força 
eletromotriz da célula no curso da titulação. As titulações, como sabemos, são acompanhadas 
de variações bruscas de concentração nas imediações do ponto de equivalência, o que provoca 
uma variação brusca no potencial do eletrodo indicador e, portanto, também na força 
eletromotriz da célula (MENDHAM et al.,2002). 
 
 Na figura 04, é possível observar a curva de uma titulação ácido-base; quando 
adicionado 50 ml de solução básica o salto potenciométrico acontece. 
25 
 
 A titulação potenciométrica é uma técnica de localização do ponto final na análise 
volumétrica, aplicável sempre que se dispuser de um aparato indicador para a espécie 
desejada (MENDHAM et al.,2002). 
 
 Figura 04 Curva potenciometrica de uma titulação ácido-base 
 
Fonte: Google 
 
 Segundo OSAWA e GONÇALVES (2005), o uso da titulação potenciometrica 
apresenta uma série de vantagens em relação aos métodos de titulação com o uso de 
indicadores como: soluções muito diluídas; não é limitada pela cor ou turbidez de soluções 
que mascaram o ponto final e permite aproveitar certas reações para as quais a técnica 
convencional é impraticável em virtude da falta de indicadores apropriados. 
 
5.2.1.2 Espectrometria de absorção atômica 
 
 Na espectrometria de absorção atômica, uma fonte externa de radiação incide sobre o 
vapor do analito. Se a fonte de radiação externa for de frequência (comprimento de onda) 
apropriada, poderá ser absorvida pelos átomos do analito e promovê-los a estados excitados 
conforme demonstra a figura 05 (SKOOG et al., 2006). 
 
 
 
26 
 
 Figura 05 Absorção e emissão de energia para o átomo 
 
Fonte: Google 
 
 A concentração de um elemento em uma amostra é determinada medindo-se a 
quantidade de radiação, de comprimento de onda característico do elemento, absorvida pelos 
átomos vaporizados deste elemento na amostra. Esta quantidade de radiação absorvida é 
proporcional à concentração do elemento na amostra (RICE et al., 2012). 
 A amostra é aspirada numa chama de temperatura adequada para vaporizá-la e 
atomizá-la. A chama é atravessada por uma radiação característica do elemento, a qual em 
seguida passa por um monocromador e atinge um detector, que mede a quantidade de 
radiação absorvida pelo elemento atomizado na chama. Na figura 06 é possível observar este 
esquema simplificado. Esta quantidade é referida a uma curva de calibração (RICE et al., 
2012). 
 O Espectrofotômetro de absorção atômica é constituído basicamente de uma fonte de 
energia radiante, que emite o espectro discreto; sistema atomizador-queimador, para produzir 
vapor atômico de solução de amostra, em chama de Ar-Acetileno, 2.200º C ou chama Óxido 
Nitroso – Acetileno, 3000º C; monocromador ou filtro com fenda, para isolar a linha de 
absorção; detector para medir a absorção ocorrida na chama, associado ao amplificador de 
sinal (SKOOG et al., 2006). 
 Para execução da determinação é necessário avaliar o tipo de elemento e qual o tipo 
de chama é o recomendado, exemplo, pobre em combustível oxidante a mais quente; rica em 
27 
 
combustível redutora a mais fria; estequiométrica ou quimicamente balanceada, sua 
temperatura situa-se entre a chama oxidante e a redutora (RICE et al., 2012). 
 Figura 06 Esquema de funcionamento de um espectrofotômetro de absorção atômica 
 
Fonte: IPEN 
 
 Para realizar a quantificação do elemento de interesse é necessário que o 
equipamento esteja ajustado com a lâmpada correta, cumprimento de onda, abertura da janela 
adequada, entrada dos gases, volume de sucção da amostra, enfim todos os parâmetros do 
instrumento precisam ser verificados. 
 Após o ajuste do equipamento é necessário inserir uma curva de calibração do 
elemento de interesse para que as leituras das amostras sejam comparadas com esta curva, 
para isso são usados padrões de concentração e pureza conhecida. 
 
5.2.1.3 Preparo das amostras para quantificação 
 
 Para determinar a concentração do cobalto na amostra sólida é necessário que a 
amostra seja submetida ao processo de digestão ou abertura. Este processo consiste em 
solubilizar a amostra completamente. Para isso uma alíquota da amostra é pesada ou medida 
28 
 
e transferida para um béquer devidamente identificado, em seguida adiciona-se um 
incremento de 30 ml de água régia (ácido clorídrico: 3 + ácido nítrico: 1) então se deve cobrir 
o béquer com um vidro de relógio, a lixiviação ocorre a quente em chapa de aquecimento por 
30 minutos aproximadamente. 
 Após a etapa de digestão as amostras devem esfriar a temperatura ambiente, o extrato 
obtido é filtrado em papel filtro qualitativo e avolumado com água reagente em balão 
volumétrico adequado para análise em espectrofotômetro de absorção atômica. 
 
5.3 RECUPERAÇÃO DO COBALTO 
 
 O método proposto para a recuperação do cobalto neste trabalho consiste em ajustar 
o pH da solução extratora onde se encontram os íons metálicos dissolvidos, até alcançar a 
faixa do pH de precipitação do cobalto, é importante observar que cada metal possui uma 
faixa de pH específica, conforme demonstra a figura 07. Em certos casos existe a necessidade 
de se trabalhar com diversas faixas de pH para precipitar os metais separadamente. 
 
FIGURA 07 Faixa de pH de precipitação dos metais 
 
 
Fonte: Skoog 
 
 
5.3.1 Solubilização do cobalto e extração dos insolúveis em ácido sulfúrico 
 
 
 Em um béquer foi pesado uma alíquota de 100 g da amostra previamente 
homogeneizada adicionou-se 300 ml de água deionizada e a solução foi levada a agitação por 
aproximadamente 10 minutos, em seguida foi adicionado lentamente 100 ml de ácido 
sulfúrico. 
29 
 
 A amostra permaneceu sob agitação por 10 minutos, e o pH foi verificado para 
assegurar que o mesmo encontrava-se abaixo de 1,0, para que a solubilização fosse adequada. 
 
 Depois de confirmado o pH a agitação foi cessada e a amostra permaneceu em 
descanso por 10 minutos, em seguida deu-se inicio ao processo de filtração para separação 
dos insolúveis da solução. O líquido obtido foi tratado por duas rotas diferentes (hidróxido e 
carbonato) para a precipitação do cobalto. As figuras 08, 09, 10, 11, 12 e 13 ilustram esta 
prática. 
 Massa de insolúveis deve ser descartada adequadamente. 
 
 Líquido: retirar uma amostra para executar o ensaio do cobalto. 
 
FIGURA 08 Amostra quantificada para extração 
 
 
 
 
 
 
30 
 
FIGURA 09 Solução de ácido sulfúrico + amostra 
 
 
FIGURA 10 Amostra em processo de filtragem 
 
 
31 
 
FIGURA 11 Insolúveis para descarte 
 
 
FIGURA 12 Solução de sulfato de cobalto para precipitação 
 
32 
 
 
FIGURA 13 Amostras tratadas e separadas para análise 
 
 
5.3.2 Solubilização do cobalto e extração dos insolúveis em água régia 
 
 
 Em um béquer foi pesado uma alíquota de 100 g da amostra previamente 
homogeneizada adicionou-se 300 ml de água deionizada e a solução foi levada a agitação por 
aproximadamente 10 minutos, em seguida foi adicionado lentamente 100 ml de água régia. 
 
 A amostra permaneceu sob agitação por 10 minutos, e o pH foi verificado para 
assegurar que o mesmo encontrava-se abaixo de 1,0, para que a solubilização fosse adequada. 
 
 Depois de confirmado o pH a agitação foi cessada e a amostra permaneceu em 
descanso por 10 minutos, em seguida deu-se inicio ao processo de filtração para separação 
dos insolúveis da solução. O líquido obtido foi tratado por duas rotas diferentes (hidróxido e 
carbonato) para a precipitação do cobalto. As figuras 08, 09, 10, 11, 12 e 13 tambémilustram esta prática, com a diferença que a solução de extração neste caso foi a água régia 
 
 Massa de insolúveis deve ser descartada adequadamente. 
 
 Líquido: retirar uma amostra para executar o ensaio do cobalto. 
 
 
 
33 
 
5.3.3 Precipitação do cobalto extraído em ácido sulfúrico 
 
 
 Após o processo de solubilização foram retiradas duas amostras de 100 ml, uma para 
ser tratada hidróxido de sódio 50% e a outra com carbonato de sódio%. 
 
 A primeira amostra foi colocada sob agitação, o phmetro foi ajustado para realizar as 
leituras em milivolts, em seguida foi adicionado um incremento de 10 ml de hidróxido de 
sódio 50% realizou-se a leitura e então foram adicionados incrementos de 1 ml de cada vez, as 
leituras foram registradas em planilha Excel sendo que o ponto final da titulação se deu 
quando o salto potenciométrico foi verificado, o mesmo procedimento foi executado com a 
outra amostra utilizando uma solução de carbonato de sódio a 50%. 
 
 Após finalização das titulações a amostra foi filtrada e a massa foi encaminhada para 
determinação de cobalto. 
 
5.3.4 Precipitação do cobalto extraído em água régia 
 
 
 Após o processo de solubilização foram retiradas duas amostras de 100 ml, uma para 
ser tratada hidróxido de sódio 50% e a outra com carbonato de sódio%. 
 
 A primeira amostra foi colocada sob agitação, o phmetro foi ajustado para realizar as 
leituras em milivolts, em seguida foi adicionado um incremento de 10 ml de hidróxido de 
sódio 50% realizou-se a leitura e então foram adicionados incrementos de 1 ml de cada vez, as 
leituras foram registradas em planilha Excel sendo que o ponto final da titulação se deu 
quando o salto potenciométrico foi verificado, o mesmo procedimento foi executado com a 
amostra utilizando uma solução de carbonato de sódio a 50%. Após finalização das titulações 
a amostra foi filtrada e a massa foi encaminhada para determinação de cobalto. 
 
 As equações 5 e 6 descrevem as reações do metal com o hidróxido de sódio e com o 
carbonato de sódio respectivamente. 
 
M
+
(aq) + NaOH(l) →MOH(s) + Na
+
(aq) (5) 
 
M
+
(aq) + Na2CO3(l) →MCO3 (s) +2 Na
+
(aq) (6) 
 
34 
 
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 Inicialmente foi realizado um ensaio de caracterização na amostra para determinar os 
possíveis metais constituintes do resíduo, esse ensaio se fez necessário para avaliar os 
possíveis interferentes na etapa de extração. Após a etapa de extração, a precipitação foi 
realizada através de uma titulação potenciométrica ácido-base. Então foram retiradas amostras 
para posterior análises das substâncias de interesse. 
 
 As amostras foram analisadas em espectrofotômetro de absorção atômica. 
 
6.1 PRECIPITAÇÃO DO COBALTO 
 
 Conforme apresentado anteriormente as amostras passaram por um processo de extração 
utilizando duas soluções distintas, ácido sulfúrico e água régia, em seguida foram filtradas 
para eliminar as impurezas insolúveis e tratadas com soluções básicas de hidróxido de sódio e 
carbonato de sódio para promover a precipitação do cobalto, nesta etapa será determinado o 
volume de reagente necessário para precipitar o cobalto presente nas amostras. 
 
 A titulação dos reagentes foi acompanhada por medição potenciometrica conforme 
ilustrado nas figuras 14, 15, 16 e 17. Sendo que o menor volume encontrado foi para a mistura 
água régia x hidróxido de sódio e o maior volume encontrado foi para a mistura ácido 
sulfúrico x carbonato de sódio. 
 
FIGURA 14 Curva potenciometrica água régia x hidróxido de sódio 
 
Fonte: Dados do autor 
-600
-400
-200
0
200
400
600
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Le
it
u
ra
 m
V
 
Volume em mL 
Curva potenciométrica água régia x hidróxido de sódio 
35 
 
FIGURA 15 Curva potenciometrica água régia x carbonato de sódio 
 
Fonte: Dados do autor 
 
FIGURA 16 Curva potenciometrica ácido sulfúrico x hidróxido de sódio 
 
Fonte: Dados do autor 
 
FIGURA 17 Curva potenciometrica ácido sulfúrico x carbonato de sódio 
 
Fonte: Dados do autor 
0
100
200
300
400
500
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Le
it
u
ra
 e
m
 m
V
 
Volume em mL 
Curva potenciométrica água régia x carbonato de sódio 
-400
-200
0
200
400
600
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36Le
it
u
ra
 (
m
V
) 
Volume (mL) 
Curva potenciométrica ácido sulfúrico x hidróxido de sódio 
-200
0
200
400
600
0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45 48 51 54 57 60 63 66 69
Le
it
u
ra
 (
m
V
) 
Volume (mL) 
Curva potenciométrica ácido sulfúrico x carbonato de sódio 
36 
 
6.2 ESPECTROFOTÔMETRO DE ABSORÇÃO ATÔMICA 
 
 O equipamento utilizado neste trabalho foi o espectrofotômetro de absorção atômica 
(figura 18) munido de lâmpada de cátodo oco de cobalto. As leituras foram realizadas em 
chama estequiométrica de ar-acetileno. 
 
 FIGURA 18 Espectrofotômetro de absorção atômica Varian Fast Sequency -240 
 
Fonte: Varian Inc 
Tabela 03 Parâmetros de ajuste do equipamento 
Parâmetro Valor 
Método 
Unidade de leituta 
Fluxo de Ar 
Fluxo de Acetileno 
Comprimento de onda 
Slit 
Tempo de integração 
Número de leituras 
Chama 
mg∕L 
3,50 l∕min 
1,50 l∕min 
230,78 
1,0 nm 
3s 
3 
 
 As soluções de calibração foram preparadas a partir de uma solução padrão de 
cobalto de 1000 mg∕l conforme detalhado na tabela 4, a figura 19 apresenta à curva de 
calibração de cobalto. 
 
37 
 
FIGURA 19 Curva de calibração do cobalto 
 
Fonte: Dados do autor 
 A curva de calibração foi avaliada e considerada como válida, visto que o coeficiente 
de correlação apresentado foi de 0,9987, sendo que o critério adotado pelo laboratório para 
utilização das curvas de calibração é de R² ≥ 0,995. 
 As concentrações das soluções padrões da curva de calibração foram calculadas 
conforme descreve a fórmula 7, a tabela 4 detalha os pontos da curvas e os volumes 
necessários para preparar as soluções. 
 
Concentração inicial x Volume inicial=Concentração final x Volume final (7) 
 
 Tabela 04 Concentrações das soluções de calibração 
Pontos da 
curva de 
calibração 
Concentração 
final ( mg∕L) 
Volume final 
(ml) 
Concentração 
inicial do 
padrão ( mg∕L) 
Volume inicial 
(ml) 
Branco 
1º Ponto 
2º Ponto 
3º Ponto 
4º Ponto 
5º Ponto 
- 
0,10 
0,25 
0,50 
1,00 
2,00 
- 
100 
100 
100 
100 
100 
- 
1000 
1000 
1000 
1000 
1000 
- 
0,010 
0,025 
0,050 
0,100 
0,200 
 Após a construção da curva de calibração as amostras foram lidas contra esta curva, 
segue abaixo os resultados encontrados. 
 
 
R² = 0,9987 
0,0000
0,0500
0,1000
0,1500
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50
A
b
so
rb
â
n
ci
a 
Concentração (mg/L) 
Curva de calibração do cobalto 
38 
 
Tabela 05 Concentração de cobalto encontrado nas amostras 
Amostra 
Resultados 
em mg∕L 
Resultados 
em % 
Eficiência 
% 
Solução de ácido sulfúrico 
Solução de ácido sulfúrico + hidróxido de sódio 
Solução de ácido sulfúrico + Carbonato de sódio 
Solução de água régia 
Solução de água régia + hidróxido de sódio 
Solução de água régia + carbonato de sódio 
4943,271 
2862,500 
2420,00 
6089,809 
3425,00 
2060,00 
0,49 
0,28 
0,24 
0,60 
0,34 
0,20 
- 
57,14 
48,97 
- 
56,66 
33,33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
7 CONCLUSÃO 
 
 Três fatores importantes justificam a recuperação do cobalto, o seu elevado valor 
comercial, o fato de ser potencialmente poluidor quando disposto de maneira inadequada e a 
escassez das jazidas de minério. 
 
 A técnica de recuperação de metais utilizando o processo físico-químico de separação 
de metais baseado na titulação potenciometrica se mostrou tecnicamente viável e apresentou 
resultados favoráveisquanto a eficácia, mas que podem ser melhorados variando a 
concentração dos reagentes afim de alcançar resultados mais refinados e com uma margem 
econômica melhor. 
 
 Levando em consideração a matriz trabalhada podemos afirmar que o processo de 
extração via água régia demonstrou superioridade em relação ao ácido sulfúrico, visto que a 
diferença de extração entre as duas soluções foi de aproximadamente 10%, estes valores 
quando comparados a toneladas de resíduos a serem tratados torna-se expressivo. 
 
 A combinação entre o ácido sulfúrico e hidróxido de sódio foi o que apresentou maior 
eficiência na recuperação 57,14%, essa combinação torna-se mais atrativa quando levamos 
em consideração as dificuldades que o trabalho com carbonato de sódio apresenta como a 
formação de espuma quando adicionado ao ácido sulfúrico. 
 
 Do ponto de vista econômico de acordo dados da London Metal Exchange - LME o 
cobalto é um dos metais não ferrosos com maior valor agregado, sendo negociado em média 
por aproximadamente U$ 23.500,00 a tonelada. (SHOCK METAIS,2015) 
 
 Diante do exposto pode-se concluir que embora o comércio de metais no Brasil seja 
regulado por grandes empresas, os resíduos descartados, sobretudo os de mineração, possuem 
alta concentração de metais contidos, em muitas das vezes maior do que o minério que se 
encontra na jazida. Portanto além de fortes argumentos em favor da preocupação ambiental, 
podemos ressaltar a importância econômica, que recomenda a reinserção de coprodutos na 
cadeia produtiva. 
 
 
40 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR10004: Resíduos sólidos - 
Classificação. Rio de janeiro: ABNT, 2004. 
Brasil. Constituição da Republica Federativa do Brasil. 1988. Constituição Federal. Diário 
Oficial da União, Brasília, DF, 05 out. 1988 
Brasil. Lei nº 12305 de 02 de agosto de 2010. Institui a politica nacional de resíduos sólidos, 
altera a lei nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998 e dá outras e dá outras providências. Diário 
Oficial da União, Brasília, DF, 03 ago. 2010 
Brasil. Resolução CONAMA Nº 001 de 23 de Janeiro de 1986. Estabelece as definições, as 
responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da 
avaliação de impacto ambiental como um dos instrumentos da política nacional do meio 
ambiente. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 fev. 1986 
CETESB. Cadri – São Paulo. 2014. Disponível em: <autenticidade.cetesb.sp.gov.br>. Acesso 
em: 20 jun. 2015. 
DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL. Mineração. Recife, PE. 
2006. Disponível em: <www.dnpm-pe.gov.br >. Acesso em: 20 jun. 2015. 
DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL. Cobalto – Sumário Mineral. 
2014. Brasília, DF. Disponível em: < www.dnpm.gov.br/dnpm/sumarios/cobalto-sumario-
mineral-2014>. Acesso em: 20 jun. 2015. 
GOUVEIA, L.R. Recuperação de zinco, cádmio e cobre de licores sulfúricos provenientes de 
resíduos industriais da metalurgia extrativa do zinco. 2008. 126 p. Tese (Mestrado em 
Ciência e Tecnologia das Radiações, Minerais e Materiais) – Centro de Desenvolvimento da 
Tecnologia Nuclear, Minas Gerais. 
IPEA-INSTITUTO DE PESQUISAS ECONOMICAS APLICADAS. Diagnóstico dos 
resíduos sólidos da atividade de mineração de substâncias não energéticas. 2012. Disponível 
em: < http://www.ipea.gov.br>. Acesso em: 20 jun. 2015. 
MECHI,A.; SANCHES, D.L. Impactos Ambientais da Mineração no Estado de São Paulo. 
ESTUDOS AVANÇADOS: Gestão e Estudos Ambientais, São Paulo, v.24, n 68, março, 
2010. P. 209 – 220. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
40142010000100016&script=sci_arttext>. Acesso em 24 set. 2015. 
MENDHAM, J.; DENNEY, R. C.; BARNES, J. D.; THOMAS, M. J. K. Vogel análise 
química quantitativa; 6. ed., Rio de Janeiro: LTC, 2002. 
MESQUITA, M.C. Estudo do comportamento eletroquímico do cobre em soluções alcalinas 
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