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Prévia do material em texto

INTENSIVO 
PGDF 
 
 
 
 
MATERIAL DE AMOSTRA 
 
coordenadores: 
Caio Souza 
Pablo Romão 
 
 
 
Sumário 
PLANO DE METAS ............................................................................................................................... 3 
MATERIAL DE APOIO ........................................................................................................................ 44 
SIMULADO .......................................................................................................................................... 57 
 
 
 
 
 
PLANO DE METAS 
Semana 1 
Disciplina Conteúdo Controle1 
Fazenda Pública 
Conceitos, prazos, prerrogativas, 
prescrição e decadência 
D L J Q R 
Direito Ambiental Meio ambiente na CF/88 D L J Q R 
Direito Constitucional 
Constitucionalismo e 
neoconstitucionalismo 
D L J Q R 
Direito Tributário Tributos: conceitos e espécies D L J Q R 
Direito Administrativo Atos administrativos D L J Q R 
Direito do Trabalho Fontes e princípios D L J Q R 
Legislação Local Lei Orgânica do DF (esquematizada) D L J Q R 
 
PRIORIDADES2 
1 2 3 4 5 
Direito 
Administrativo 
Fazenda Pública 
 
Direito 
Tributário 
 
Legislação local Direito do 
Trabalho 
Direito 
Ambiental 
 
 
1 Marcar a ferramenta estudada. D: Doutrina; L: Lei; J: Jurisprudência; Q: Questões; R: Revisão. 
2 Caso você esteja em um contexto de atraso semanal inevitável, prefira cumprir as metas na sequência de prioridades 
estabelecida. 
 1/7 
 
 
 
FAZENDA PÚBLICA 
Conceitos, prerrogativas, prazos, 
prescrição e decadência 
✓ DOUTRINA 
✓ LEI 
✓ JURISPRUDÊNCIA 
✓ QUESTÕES 
 COMO ESTUDAR? 
 
• Estudar o material respectivo postado na área do aluno (versão full ou express). 
• Estudar (grifar, marcar, anotar): 
o Decreto-Lei n.º 20.910/32; 
o Decreto-Lei n.º 4.597/1942. 
• Estudar a jurisprudência colacionada abaixo. 
 
• Resolver, pelo menos, 15 questões3 sobre o assunto 
 
 O QUE É IMPORTANTE? 
 
 
3 Tão importante quanto responder as questões é corrigi-las. Por isso, não guarde dúvidas. Se errar, saiba o porquê de ter 
errado, para não cometer o mesmo deslize novamente. Se necessário, entre em contato conosco. Será um prazer ajudá-lo 
a avançar nos estudos com segurança. Após responder as questões da obra, caso o aluno precise resolver mais e não 
possua livros específicos de questões, recomenda-se a utilização da plataforma Questões de Concursos 
(www.qconcursos.com.br), ativando o filtro por carreira (Advocacia Pública). 
file:///C:/Users/CaioVinícius/Desktop/VORNE/MPE/EXTENSIVO/PLANOS%20-%20REVISADOS/www.qconcursos.com.br
 
 
 
• Abrangência do conceito de Fazenda Pública. 
• Situação peculiar da ETC. 
• Atribuições da Advocacia Pública. 
• Responsabilidade do advogado público. 
• Atentar para a responsabilidade do procurador na emissão de parecer. 
• Foro por prerrogativa de função. 
• O tratamento dispensado à Fazenda Pública pelo CPC (atenção aos arts. 183 e 219). 
• Contagem em dias úteis, inaplicabilidade do art. 229, do CPC e suspensão dos prazos no 
recesso (caiu na peça processual da PGE/SP/2018). 
• Hipóteses de não aplicação do prazo em dobro: 
o Prazo próprio para o ente público; 
o Prazos judiciais; 
o Prazo em ADC e ADI; 
▪ Cuidado com o julgado noticiado no informativo 745 do STF, que contrariou 
jurisprudência pacificada, no sentido da inaplicabilidade do prazo em dobro da 
Fazenda para recorrer de decisões proferidas em controle concentrado de 
constitucionalidade. 
o Prazo para Estado estrangeiro; 
o Prazo em ação rescisória; 
o Prazo em mandado de segurança; 
o Prazo de contestação em ação popular (caiu na peça processual da 
PGE/PI/2014/CESPE). 
• Prazo do agravo interno em pedido de suspensão: divergência em relação à dobra de prazo: 
 
 
 
o STF: NÃO dobra o prazo (Tribunal Pleno, SS 4390 AgR-quinto, Rel. Min. Cármen 
Lúcia, j. 05/02/2018, DJe 27/02/2018) 
o STJ: divergência interna (vide abaixo). 
• Prescrição em ação de reparação de danos. 
• Prescrição de fundo de direito X prescrição de trato sucessivo. 
• Atenção para o recente julgado do STF (RE 669069/MG), que destacou a prescritibilidade das 
ações de ressarcimento do poder público contra particulares decorrentes de ilícito civil. 
• Imprescritibilidade das ações ressarcitórias fundadas em tortura militar praticada durante a 
ditadura. 
• Prescrição da multa por infração ambiental. 
• Prescrição intercorrente. 
 
 SÚMULAS SOBRE O ASSUNTO 
 
Súmula n. 150 do STF: Prescreve a execução no mesmo prazo de prescrição da ação. 
Súmula n. 383 do STF: A prescrição em favor da Fazenda Pública recomeça a correr, por 
dois anos e meio, a partir do ato interruptivo, mas não fica reduzida aquém de cinco anos, 
embora o titular do direito a interrompa durante a primeira metade do prazo. 
Súmula n. 443 do STF: A prescrição das prestações anteriores ao período previsto em lei 
não ocorre, quando não tiver sido negado, antes daquele prazo, o próprio direito 
reclamado, ou a situação jurídica de que ele resulta. 
Súmula n. 85 do STJ: Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda Pública 
figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio direito reclamado, a 
prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes do quinquênio anterior à 
propositura da ação. 
 
 
 
Súmula n. 106 do STJ: Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na 
citação, por motivos inerentes ao mecanismo da justiça, não justifica o acolhimento da 
arguição de prescrição ou decadência. 
Súmula n. 467 do STJ: Prescreve em cinco anos, contados do término do processo 
administrativo, a pretensão da Administração Pública de promover a execução da multa por 
infração ambiental. 
Súmula n. 547 do STJ: Nas ações em que se pleiteia o ressarcimento dos valores pagos a 
título de participação financeira do consumidor no custeio de construção de rede elétrica, o 
prazo prescricional é de vinte anos na vigência do Código Civil de1g16. Na vigência do 
Código Civil de 2002,0 prazo é de cinco anos se houver previsão contratual. de 
ressarcimento e de três anos na ausência de cláusula nesse sentido, observada a regra de 
transição disciplinada em seu art. 2.028. 
 
 JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA 
 
Inconstitucionalidade de cargo em comissão de assessor jurídico no poder executivo 
Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE – LEI ESTADUAL Nº 8.186/2007 
(ALTERADA PELAS LEIS nºs 9.332/2011 e 9.350/2011) DO ESTADO DA PARAÍBA: ART. 
3º, INCISO I, ALÍNEA “A” (“na elaboração de documentos jurídicos”) E ANEXO IV, ITENS 
NS. 2 A 21 (NAS PARTES QUE CONCERNEM A CARGOS E A FUNÇÕES DE 
CONSULTORIA E DE ASSESSORAMENTO JURÍDICOS) – CARGO DE PROVIMENTO EM 
COMISSÃO – FUNÇÕES INERENTES AO CARGO DE PROCURADOR DO ESTADO – 
APARENTE USURPAÇÃO DE ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS RESERVADAS A 
PROCURADORES DO ESTADO E DO DISTRITO FEDERAL PELA PRÓPRIA 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA (ART. 132) – PLAUSIBILIDADE JURÍDICA DA 
PRETENSÃO CAUTELAR – MANIFESTAÇÕES FAVORÁVEIS DO ADVOGADO-GERAL 
DA UNIÃO E DO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA – DECISÃO CONCESSIVA DE 
SUSPENSÃO CAUTELAR DE EFICÁCIA DAS NORMAS IMPUGNADAS INTEIRAMENTE 
REFERENDADA, NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR, PREJUDICADO O RECURSO 
INTERPOSTO. O SIGNIFICADO E O ALCANCE DA REGRA INSCRITA NO ART. 132 DA 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: EXCLUSIVIDADE E INTRANSFERIBILIDADE, A 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/b1a59b315fc9a3002ce38bbe070ec3f5?categoria=1&subcategoria=12
 
 
 
PESSOAS ESTRANHAS AO QUADRO DA ADVOCACIA DE ESTADO, DAS FUNÇÕES 
CONSTITUCIONAIS DE PROCURADOR DO ESTADO E DO DISTRITO FEDERAL. 
– É inconstitucional o diploma normativo editado pelo Estado-membro, ainda que se 
trate de emenda à Constituição estadual, que outorgue a exercente de cargo em 
comissão ou de função de confiança, estranho aos quadros da Advocacia de Estado, o 
exercício, no âmbito do Poder Executivo local, de atribuições inerentes à 
representaçãojudicial e ao desempenho da atividade de consultoria e de 
assessoramento jurídicos, pois tais encargos traduzem prerrogativa institucional 
outorgada, em caráter de exclusividade, aos Procuradores do Estado pela própria 
Constituição da República. Precedentes do Supremo Tribunal Federal. Magistério da 
doutrina. 
– A extrema relevância das funções constitucionalmente reservadas ao Procurador do 
Estado (e do Distrito Federal, também), notadamente no plano das atividades de consultoria 
jurídica e de exame e fiscalização da legalidade interna dos atos da Administração Estadual, 
impõe que tais atribuições sejam exercidas por agente público investido, em caráter 
efetivo, na forma estabelecida pelo art. 132 da Lei Fundamental da República, em 
ordem a que possa agir com independência e sem temor de ser exonerado “ad 
libitum” pelo Chefe do Poder Executivo local pelo fato de haver exercido, 
legitimamente e com inteira correção, os encargos irrenunciáveis inerentes às suas 
altas funções institucionais. CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO: A QUESTÃO DO 
VALOR JURÍDICO DO ATO INCONSTITUCIONAL (ADI 2.215-MC/PE, REL. MIN. CELSO 
DE MELLO). O “STATUS QUAESTIONIS” NA JURISPRUDÊNCIA E NA DOUTRINA 
CONSTITUCIONAIS: PLURALIDADE DE OPINIÕES DOUTRINÁRIAS EM TORNO DOS 
GRAUS DIFERENCIADOS DE INVALIDADE DO ATO INCONSTITUCIONAL. A POSIÇÃO 
PREVALECENTE NA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. A 
MODULAÇÃO TEMPORAL COMO TÉCNICA DECISÓRIA DE ABRANDAMENTO, 
MEDIANTE JUÍZO DE CONCRETA PONDERAÇÃO, DO DOGMA DA NULIDADE DO ATO 
INCONSTITUCIONAL. DOUTRINA. PRECEDENTES. – Concessão, “ad referendum” do 
Plenário, por decisão monocrática do Relator, de medida cautelar em sede de fiscalização 
abstrata. Possibilidade excepcional. A questão do início da eficácia desse provimento 
cautelar. Execução imediata, com todas as consequências jurídicas a ela inerentes, dessa 
decisão, independentemente de ainda não haver sido referendada pelo Plenário do Supremo 
Tribunal Federal. Precedentes. 
– O tríplice conteúdo eficacial das decisões (tanto as declaratórias de inconstitucionalidade 
quanto as concessivas de medida cautelar) nos processos objetivos de controle abstrato de 
 
 
 
constitucionalidade: (a) eficácia vinculante, (b) eficácia geral (“erga omnes”) e (c) eficácia 
repristinatória. Magistério doutrinário. Precedentes. 
(ADI 4843 MC-ED-Ref, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 
11/12/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-032 DIVULG 18-02-2015 PUBLIC 19-02-2015) 
 
Procurador-geral do estado e foro por prerrogativa de função 
Ementa: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. FORO POR PRERROGATIVA DE 
FUNÇÃO. PROCURADOR-GERAL DE ESTADO DE RORAIMA. CARGO EQUIPARADO A 
SECRETÁRIO DE ESTADO POR FORÇA DE LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL. 
VEDAÇÃO DO ART. 125, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INAPLICABILIDADE DE 
SIMETRIA COM O CARGO DE ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO. SITUAÇÕES JURÍDICAS 
DISTINTAS. 
1. Segundo a jurisprudência do STF, “compete à Constituição do Estado definir as 
atribuições do Tribunal de Justiça, não podendo este desempenho ser transferido – 
menos ainda por competência aberta – ao legislador infraconstitucional (art. 125, § 1º, 
da CRFB/88)” (ADI 3140, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Pleno, DJ 29.06.2007). 
2. É inconstitucional, por isso, a norma da Constituição do Estado de Roraima que 
atribui foro por prerrogativa de função a agentes públicos equiparados a Secretários 
de Estado (alínea “a”, inciso “X”, do art. 77), equiparação a ser promovida pelo 
legislador infraconstitucional. 
3. Conforme dispõe o parágrafo único do art. 4º da Lei Complementar 71/2003, do Estado de 
Roraima, “O Procurador-Geral do Estado terá (…) as mesmas prerrogativas, subsídio e 
obrigações de Secretário de Estado”. Não sendo Secretário de Estado, mas apenas 
equiparado a ele, não tem o Procurador-Geral foro por prerrogativa no Tribunal de Justiça. 
Não o favorece o decidido pelo STF em relação ao cargo de Advogado-Geral da União (PET 
1.199 AgR/SP, Relator: Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Pleno, DJ 25-06-1999). Ao 
reconhecer, nesse julgamento, a prerrogativa de foro, o STF o fez na expressa consideração 
de que, por força do § 1º do art. 13 da Lei 9.649/1998, o Advogado-Geral da União tornou-se 
Ministro de Estado (deixando, portanto, de ser meramente equiparado). Reafirmou-se, 
todavia, na mesma oportunidade, o entendimento (aplicável, mutatis mutandis, a Secretários 
de Estado), de que “para efeito de definição da competência penal originária do Supremo 
Tribunal Federal, não se consideram Ministros de Estado os titulares de cargos de natureza 
especial da estrutura orgânica da Presidência da República, malgrado lhes confira a lei 
prerrogativas, garantias, vantagens e direitos equivalentes aos dos titulares dos Ministérios”. 
No mesmo sentido: Inq 2044 QO, Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Tribunal Pleno, DJ 08-04-
 
 
 
2005; Rcl 2.417/SC, Min. CARLOS BRITTO, Tribunal Pleno, DJ 25-2-2005; Rcl 2.356/SC, 
Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Tribunal Pleno, DJ 14-2-2005; Pet 2084 MC, Min. 
SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ 16/08/2000; ADI 3289; Min. GILMAR MENDES, Tribunal 
Pleno, DJ de 24-02-2006. 
4. Ordem denegada. Agravo regimental prejudicado. 
(HC 103803, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 01/07/2014, 
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-194 DIVULG 03-10-2014 PUBLIC 06-10-2014) 
 
Prerrogativas de procuradores do estado e análise de sua constitucionalidade 
Ementa: GARANTIAS E PRERROGATIVAS DE PROCURADORES DO ESTADO. LEI 
COMPLEMENTAR ESTADUAL. Ação direta de inconstitucionalidade. 2. Impugnados 
dispositivos da Lei Complementar n. 240, de 27 de junho de 2002, do Estado do Rio Grande 
do Norte. 3. Ação julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade do inciso I e §§ 1º 
e 2º do artigo 86 e incisos V, VI, VIII e IX do artigo 87. 3. Reconhecida a 
inconstitucionalidade da expressão "com porte de arma, independente de qualquer ato 
formal de licença ou autorização", contida no art. 88 da lei impugnada. 
(ADI 2729, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, 
Tribunal Pleno, julgado em 19/06/2013, DJe-029 DIVULG 11-02-2014 PUBLIC 12-02-2014 
EMENT VOL-02720-01 PP-00001) 
 
 
Responsabilidade do parecerista 
Ementa: Agravo regimental em mandado de segurança. Tribunal de Contas da União. 
Violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Não ocorrência. Independência 
entre a atuação do TCU e a apuração em processo administrativo disciplinar. 
Responsabilização do advogado público por parecer opinativo. Presença de culpa ou 
erro grosseiro. Matéria controvertida. Necessidade de dilação probatória. Agravo 
regimental não provido. 
1. Ausência de violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa. A Corte de Contas 
providenciou a notificação do impetrante assim que tomou conhecimento de seu 
envolvimento nas irregularidades apontadas, concedendo-lhe tempo hábil para defesa e 
deferindo-lhe, inclusive, o pedido de dilação de prazo. O TCU, no acórdão impugnado, 
analisou os fundamentos apresentados pela defesa, não restando demonstrada a falta de 
fundamentação. 
 
 
 
2. O Tribunal de Contas da União, em sede de tomada de contas especial, não se vincula ao 
resultado de processo administrativo disciplinar. Independência entre as instâncias e os 
objetos sobre os quais se debruçam as respectivas acusações nos âmbitos disciplinar e de 
apuração de responsabilidade por dano ao erário. Precedente. Apenas um detalhado exame 
dos dois processos poderia confirmar a similitude entre os fatos que são imputados ao 
impetrante. 
3. Esta Suprema Corte firmou o entendimento de que “salvo demonstração de culpa 
ou erro grosseiro, submetida às instâncias administrativo-disciplinares ou 
jurisdicionais próprias, não cabe a responsabilização do advogado público pelo 
conteúdo de seu parecer de natureza meramente opinativa” (MS 24.631/DF, Rel. Min. 
Joaquim Barbosa, DJ de 1º/2/08). Divergências entre as alegaçõesdo agravante e as da 
autoridade coatora. Enquanto o impetrante alega que a sua condenação decorreu 
exclusivamente de manifestação como Chefe da Procuradoria Distrital do DNER em 
processo administrativo que veiculava proposta de acordo extrajudicial, a autoridade coatora 
informa que sua condenação não se fundou apenas na emissão do dito parecer, mas em 
diversas condutas, comissivas e omissivas, que contribuíram para o pagamento de acordos 
extrajudiciais prejudiciais à União e sem respaldo legal. Divergências que demandariam 
profunda análise fático-probatória. 
4. Agravo regimental não provido. 
(MS 27867 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 18/09/2012, 
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-195 DIVULG 03-10-2012 PUBLIC 04-10-2012) 
 
Ementa: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONTROLE EXTERNO. AUDITORIA 
PELO TCU. RESPONSABILIDADE DE PROCURADOR DE AUTARQUIA POR EMISSÃO DE 
PARECER TÉCNICO-JURÍDICO DE NATUREZA OPINATIVA. SEGURANÇA DEFERIDA. 
I. Repercussões da natureza jurídico-administrativa do parecer jurídico: (i) quando a 
consulta é facultativa, a autoridade não se vincula ao parecer proferido, sendo que seu 
poder de decisão não se altera pela manifestação do órgão consultivo; (ii) quando a 
consulta é obrigatória, a autoridade administrativa se vincula a emitir o ato tal como 
submetido à consultoria, com parecer favorável ou contrário, e se pretender praticar 
ato de forma diversa da apresentada à consultoria, deverá submetê-lo a novo parecer; 
(iii) quando a lei estabelece a obrigação de decidir à luz de parecer vinculante, essa 
manifestação de teor jurídica deixa de ser meramente opinativa e o administrador não 
poderá decidir senão nos termos da conclusão do parecer ou, então, não decidir. 
 
 
 
II. No caso de que cuidam os autos, o parecer emitido pelo impetrante não tinha caráter 
vinculante. Sua aprovação pelo superior hierárquico não desvirtua sua natureza opinativa, 
nem o torna parte de ato administrativo posterior do qual possa eventualmente decorrer dano 
ao erário, mas apenas incorpora sua fundamentação ao ato. 
III. Controle externo: É lícito concluir que é abusiva a responsabilização do parecerista 
à luz de uma alargada relação de causalidade entre seu parecer e o ato administrativo 
do qual tenha resultado dano ao erário. Salvo demonstração de culpa ou erro 
grosseiro, submetida às instâncias administrativo-disciplinares ou jurisdicionais 
próprias, não cabe a responsabilização do advogado público pelo conteúdo de seu 
parecer de natureza meramente opinativa. Mandado de segurança deferido. 
(MS 24631, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 09/08/2007, 
DJe-018 DIVULG 31-01-2008 PUBLIC 01-02-2008 EMENT VOL-02305-02 PP-00276 RTJ 
VOL-00204-01 PP-00250) 
 
Prazo em ações de controle concentrado de constitucionalidade. Aplica-se o prazo em 
dobro? 
1.1) Não. 
Ementa: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE AJUIZADA PERANTE TRIBUNAL 
DE JUSTIÇA ESTADUAL (CF, art. 125, § 2º) – RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS 
INTERPOSTOS, EM REFERIDO PROCESSO DE CONTROLE ABSTRATO, PELO ESTADO 
DO AMAZONAS, POR SUA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA E PELO PROCURADOR-GERAL 
DO ESTADO – DECISÃO DO RELATOR QUE NÃO CONHECEU DOS MENCIONADOS 
APELOS EXTREMOS, POR INTEMPESTIVOS – INAPLICABILIDADE, AO PROCESSO 
OBJETIVO DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE, DA 
NORMA EXCEPCIONAL INSCRITA NO ART. 188 DO CPC, MESMO PARA EFEITO DE 
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO DIRIGIDO AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – A QUESTÃO DA 
LEGITIMIDADE ATIVA (E RECURSAL) DO PRÓPRIO ESTADO-MEMBRO E DE SEU 
PROCURADOR-GERAL, EM SEDE DE FISCALIZAÇÃO CONCENTRADA DE 
CONSTITUCIONALIDADE – RECURSOS DE AGRAVO IMPROVIDOS. NÃO HÁ PRAZO 
RECURSAL EM DOBRO NO PROCESSO DE CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE. 
 
 
 
- Não se aplica, ao processo objetivo de controle abstrato de constitucionalidade, a 
norma inscrita no art. 188 do CPC, cuja incidência restringe-se, unicamente, ao 
domínio dos processos subjetivos, que se caracterizam pelo fato de admitirem, em 
seu âmbito, a discussão de situações concretas e individuais. Precedentes. Inexiste, 
desse modo, em sede de controle normativo abstrato, a possibilidade de o prazo 
recursal ser computado em dobro, ainda que a parte recorrente disponha dessa 
prerrogativa especial nos processos de índole subjetiva. 
O ESTADO-MEMBRO NÃO POSSUI LEGITIMIDADE PARA RECORRER EM SEDE DE 
CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO. 
- O Estado-membro não dispõe de legitimidade para interpor recurso em sede de controle 
normativo abstrato, ainda que a ação direta de inconstitucionalidade tenha sido ajuizada pelo 
respectivo Governador, a quem assiste a prerrogativa legal de recorrer, nessa específica 
condição institucional, contra as decisões proferidas pelo Relator da causa (Lei nº 9.868/99, 
art. 4º, parágrafo único) ou, excepcionalmente, contra aquelas emanadas do próprio Plenário 
do Supremo Tribunal Federal (Lei nº 9.868/99, art. 26). Precedentes. AUSÊNCIA DE 
LEGITIMIDADE RECURSAL DO PROCURADOR-GERAL DO ESTADO EM SEDE DE 
CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO. 
- É do Governador do Estado, e não do próprio Estado-membro ou de seu Procurador-Geral, 
a legitimidade para fazer instaurar, mesmo em âmbito local (CF, art. 125, § 2º), o processo de 
fiscalização abstrata de constitucionalidade e, neste, interpor os recursos pertinentes, 
inclusive o próprio recurso extraordinário. Precedentes. 
(RE 658375 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 
25/03/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-077 DIVULG 23-04-2014 PUBLIC 24-04-2014) 
 
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO 
AGRAVO REGIMENTAL. INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO 
DE CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE. NÃO INCIDÊNCIA DO 
ART. 188 DO CPC. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA 
PROVIMENTO. 
(ARE 753432 ED, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, julgado em 
06/05/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-096 DIVULG 20-05-2014 PUBLIC 21-05-2014) 
 
1.2) Sim 
Ementa: Aplica-se o prazo em dobro previsto no art. 188 do CPC aos recursos 
extraordinários interpostos em ações diretas de inconstitucionalidade no âmbito dos 
 
 
 
Tribunais de Justiça. […] (ARE 661288, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, 
julgado em 06/05/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-185 DIVULG 23-09-2014 PUBLIC 
24-09-2014) 
 
 
2) Contagem do prazo em recurso em pedido de suspensão de liminar 
 
NÃO CABIMENTO DO PRAZO EM DOBRO 
 
Ementa: RECURSO. Agravo regimental. Inadmissibilidade. Intempestividade reconhecida. 
Pedido de suspensão de tutela antecipada pela Fazenda Pública. Contagem em dobro. 
Inadmissibilidade. Recurso não conhecido. Precedentes. Não se conhece de agravo 
regimental interposto a desoras em incidente de suspensão de tutela antecipada, que 
não admite contagem em dobro do prazo recursal. 
(STA 71 AgR-AgR, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO (Presidente), Tribunal Pleno, julgado 
em 29/03/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-083 DIVULG 27-04-2012 PUBLIC 30-04-
2012) 
 
Ementa: ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO 
EM RECURSO ESPECIAL. SUSPENSÃO DE SEGURANÇA. ALEGAÇÃO DE NEGATIVA 
DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. INEXISTÊNCIA. PRAZO EM DOBRO. ART. 188 DO 
CPC/73. INAPLICABILIDADE. PRECEDENTES DO STF E DO STJ. AGRAVO INTERNO 
IMPROVIDO. 
I. Agravo interno aviado contra decisão monocrática publicada em 24/04/2017, que, por sua 
vez, julgara recurso interposto contra decisum publicado na vigência do CPC/73. 
II. No acórdão objeto do Recurso Especial, o Tribunal de origem, afastando a incidência do 
art. 188 do CPC/73, reconheceu a intempestividade de Agravo Regimental, interposto pelo 
ora agravante, de decisão do Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça do Estado 
da Bahia, que, por sua vez, deferira a suspensão dos efeitos de antecipação da tutela 
concedida em Ação Civil Pública. [...] 
IV. Nos termos da jurisprudência do SupremoTribunal Federal, "não se aplica o 
disposto no art. 188 do CPC, que determina prazo em dobro para recorrer quando a 
parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público, aos pedidos de suspensão de 
segurança" (STF, ED na SL 296/GO, Rel. Ministro CEZAR PELUSO, PLENO, DJe de 
24/10/2011). Igual posicionamento é adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, que 
 
 
 
possui precedentes no sentido de que "não se reconhece à Fazenda Pública nem ao 
Ministério Público a prerrogativa da contagem de prazo em dobro para recorrer (art. 
188 - CPC) na hipótese prevista no § 3º do art. 4º da Lei 8.437/1992" (STJ, REsp 
1.317.163/SC, Rel. Ministro OLINDO MENEZES (Desembargador Federal convocado do 
TRF 1ª Região), PRIMEIRA TURMA, DJe de 13/10/2015). Em igual sentido: STJ, AgInt no 
AREsp 280.749/RN, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, DJe de 
06/02/2017; AgRg no REsp 1.408.864/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA 
TURMA, DJe de 22/04/2014. 
V. Agravo interno improvido. 
(AgInt no AREsp 906.752/BA, Rel. Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, SEGUNDA TURMA, 
julgado em 03/08/2017, DJe 16/08/2017) 
 
PROCESSUAL CIVIL. SUSPENSÃO DE SEGURANÇA. PRAZO EM DOBRO CONFERIDO 
AO ENTE PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE. 
1. A jurisprudência das Turmas que compõem a Primeira Seção, em consonância 
com entendimento da Suprema Corte, vem afastando o prazo em dobro para o agravo 
no âmbito do pedido de suspensão (art. 4º, § 3º, da Lei n. 8.437/1992). 
2. Agravo interno desprovido. 
(AgInt no AREsp 280.749/RN, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, 
julgado em 06/12/2016, DJe 06/02/2017) 
 
CABIMENTO DO PRAZO EM DOBRO 
 
AGRAVO INTERNO. PRELIMINAR DE INTEMPESTIVIDADE NÃO CONFIGURADA. 
SUSPENSÃO DE JULGADO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO. DECISÃO DE 
QUE SE BUSCA SUSPENDER OS EFEITOS, QUE APENAS DETERMINA A OBEDIÊNCIA 
AOS EXATOS TERMOS DA LIMINAR DEFERIDA EM PRIMEIRO GRAU. AUSÊNCIA DE 
COMPROVAÇÃO DE GRAVE LESÃO À ORDEM E À ECONOMIA PÚBLICAS. 
ARGUMENTAÇÃO DO AGRAVANTE VINCULADA EXCLUSIVAMENTE AO MÉRITO DA 
DECISÃO IMPUGNADA. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1. Preliminarmente, afasta-
se a alegação de intempestividade do recurso, tendo em vista que a questão do prazo 
em dobro para recorrer, inclusive no âmbito da suspensão de liminar e sentença ou 
segurança, encontra respaldo na jurisprudência da própria Corte Especial, bem como 
nos demais órgãos julgadores do Superior Tribunal de Justiça. Ademais, a 
controvérsia foi dirimida com a redação do novo Código de Processo Civil, em seu art. 183, 
 
 
 
quando diz que "A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas 
autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas 
manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal ". A 
exceção à regra do caput também foi prevista no § 2.º do referido artigo, que exige 
para a não aplicação do benefício de contagem em dobro a menção expressa feita 
pela lei de regência, o que não se verifica no caso da suspensão de segurança. (...) 
(AgInt na SS 2.902/RS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, CORTE ESPECIAL, julgado em 
01/02/2018, DJe 20/02/2018) 
 
 
Ilegitimidade ativa do MP para impetrar MS questionando decisão administrativa que 
reconheceu a prescrição em processo administrativo 
O Procurador-Geral da República não possui legitimidade ativa para impetrar mandado de 
segurança com o objetivo de questionar decisão que reconheça a prescrição da pretensão 
punitiva em processo administrativo disciplinar. A legitimidade para impetrar mandado de 
segurança pressupõe a titularidade do direito pretensamente lesado ou ameaçado de lesão 
por ato de autoridade pública. O Procurador-Geral da República não tem legitimidade para a 
impetração, pois não é o titular do direito líquido e certo que afirmara ultrajado. Para a 
impetração do MS não basta a demonstração do simples interesse ou atuação como custos 
legis, uma vez que os direitos à ordem democrática e à ordem jurídica não são de 
titularidade do Ministério Público, mas de toda a sociedade. STF. 2ª Turma. MS 33736/DF, 
Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 21/6/2016 (Info 831). 
 
Prazo prescricional da ação de ressarcimento ao erário 
É prescritível a ação de reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil. Dito 
de outro modo, se o Poder Público sofreu um dano ao erário decorrente de um ilícito civil e 
deseja ser ressarcido, ele deverá ajuizar a ação no prazo prescricional previsto em lei. Vale 
ressaltar, entretanto, que essa tese não alcança prejuízos que decorram de ato de 
improbidade administrativa que, até o momento, continuam sendo considerados 
imprescritíveis (art. 37, § 5º). STF. Plenário. RE 669069/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado 
em 3/2/2016 (repercussão geral) (Info 813). Em embargos de declaração opostos contra esta 
decisão, o STF afirmou que: a) O conceito de ilícito civil deve ser buscado pelo método de 
exclusão: não se consideram ilícitos civis aqueles que decorram de infrações ao direito 
público, como os de natureza penal, os decorrentes de atos de improbidade e assim por 
diante. b) As questões relacionadas com o início do prazo prescricional não foram 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/bca82e41ee7b0833588399b1fcd177c7?categoria=2&palavra-chave=prescrição&criterio-pesquisa=e
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examinadas no recurso extraordinário porque estão relacionadas com matéria 
infraconstitucional, que devem ser decididas segundo a interpretação da legislação ordinária. 
c) Não deveria haver modulação dos efeitos, considerando que na jurisprudência do STF não 
havia julgados afirmando que as pretensões de ilícito civil seriam imprescritíveis. Logo, o 
acórdão do STF não frustrou a expectativa legítima da Administração Pública. STF. Plenário. 
RE 669069 ED/MG, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 16/6/2016 (Info 830). 
 
O art. 170 da Lei 8.112/1990 é inconstitucional 
O art. 170 da Lei nº 8.112/90 prevê que, mesmo estando prescrita a infração disciplinar, é 
possível que a prática dessa conduta fique registrada nos assentos funcionais do servidor. O 
STF e STJ entendem que esse art. 170 é INCONSTITUCIONAL por violar os princípios da 
presunção de inocência e da razoabilidade. STF. Plenário. MS 23262/DF, Rel. Min. Dias 
Toffoli, julgado em 23/4/2014 (Info 743). STJ. 1ª Seção. MS 21598-DF, Rel. Min. Og 
Fernandes, julgado em 10/6/2015 (Info 564). 
 
FGTS e prazo prescricional para cobrança em juízo 
O prazo prescricional para a cobrança judicial dos valores devidos relativos ao FGTS é de 5 
anos. Isso porque a verba de FGTS tem natureza trabalhista, devendo ser aplicado o art. 7º, 
XXIX, da CF/88. Antes, entendia-se, de forma consolidada, que esse prazo era de 30 anos. 
Como houve uma mudança brusca da jurisprudência, o STF, por razões de segurança 
jurídica, modulou os efeitos desta decisão. Assim, esse novo prazo prescricional de 5 anos 
somente vale a partir deste julgado do Supremo. O art. 23, § 5º, da Lei 8.036/90 e o art. 55 
do Decreto 99.684/90, que previam o prazo prescricional de 30 anos, foram julgados 
inconstitucionais. STF. Plenário. ARE 709212/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 
13/11/2014 (repercussão geral) (Info 767). 
 
Prazo prescricional para aplicação de multa pelo TCU 
O prazo prescricional para que o TCU aplique multas é de 5 anos, aplicando-se a previsão 
do art. 1º da Lei nº 9.873/99. Caso esteja sendo imputada ao agente público a conduta 
omissiva de ter deixado de tomar providências que eram de sua responsabilidade, tem-se 
que, enquanto ele permaneceu no cargo, perdurou a omissão. No momento em que o agente 
deixou o cargo, iniciou-se o fluxo do prazo prescricional. STF. 1ª Turma. MS 32201/DF, rel. 
Min. Roberto Barroso, julgado em 21/3/2017 (Info 858).Não se admite a prescrição punitiva em perspectiva de infrações disciplinares 
 
 
 
Não se aplica a prescrição punitiva em perspectiva, sendo imprescindível a instauração do 
competente processo administrativo disciplinar, no qual serão apurados os fatos e indicada a 
infração para a qual teria concorrido o magistrado para, só então, verificar se houve 
a prescrição. STF. 1ª Turma. MS 28918 AgR/DF, Rel. Min. Dias Tofoli, julgado em 4/11/2014 
(Info 766). 
 
Ações contra pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público 
É de 5 anos o prazo prescricional para que a vítima de um acidente de trânsito proponha 
ação de indenização contra concessionária de serviço público de transporte coletivo 
(empresa de ônibus). O fundamento legal para esse prazo está no art. 1º-C da Lei 9.494/97 e 
também no art. 27 do CDC. STJ. 3ª Turma. REsp 1277724-PR, Rel. Min. João Otávio de 
Noronha, julgado em 26/5/2015 (Info 563). 
 
Termo inicial do prazo prescricional para punição de profissional liberal por infração 
disciplinar 
Qual é o prazo prescricional que o Conselho profissional possui para punir o profissional 
liberal a ele vinculado e a partir de quando é contado? 5 anos. Esse prazo começa a ser 
contado, não da data em que a infração disciplinar ocorrer, mas sim do dia em que o 
Conselho Profissional tiver conhecimento do respectivo fato (art. 1º da Lei 6.838/80). STJ. 1ª 
Turma. REsp 1263157-PE, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 5/3/2015 (Info 557). 
 
Termo inicial da prescrição de pretensão indenizatória decorrente de tortura e morte 
de preso 
Determinada pessoa foi presa e torturada por policiais. Foi instaurado inquérito policial para 
apurar o ocorrido. Qual será o termo de início da prescrição da ação de indenização por 
danos morais? • Se tiver sido ajuizada ação penal contra os autores do crime: o termo inicial 
da prescrição será o trânsito em julgado da sentença penal. • Se o inquérito policial tiver sido 
arquivado (não foi ajuizada ação penal): o termo inicial da prescrição da ação de indenização 
é a data do arquivamento do IP. STJ. 2ª Turma. REsp 1443038-MS, Rel. Ministro Humberto 
Martins, julgado em 12/2/2015 (Info 556). 
 
Interrupção do prazo prescricional na ação de improbidade 
Nas ações civis por ato de improbidade administrativa, o prazo prescricional é interrompido 
com o mero ajuizamento da ação de improbidade dentro do prazo de 5 anos contado a partir 
do término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança, 
 
 
 
ainda que a citação do réu seja efetivada após esse prazo. Assim, se a ação de improbidade 
foi ajuizada dentro do prazo prescricional, eventual demora na citação do réu não prejudica a 
pretensão condenatória da parte autora. STJ. 2ª Turma. REsp 1391212-PE, Rel. Min. 
Humberto Martins, julgado em 2/9/2014 (Info 546). 
 
Prazo da ação de revisão de aposentadoria no serviço público 
O prazo para que o servidor público proponha ação contra a Administração Pública pedindo 
a revisão do ato de sua aposentadoria é de 5 anos, com base no art. 1º do Decreto 
20.910/1932. Após esse período ocorre a prescrição do próprio fundo de direito. STJ. 1ª 
Seção. Pet 9156-RJ, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 28/5/2014 (Info 542). 
 
Termo inicial do prazo prescricional do PAD 
O art. 142, § 2º da Lei nº 8.112/90 prevê que o prazo prescricional da ação disciplinar 
“começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido”. Para que o prazo prescricional 
tenha início, é necessário que a irregularidade praticada pelo servidor chegue ao 
conhecimento da autoridade competente para instaurar o PAD ou o prazo já se inicia caso 
outras autoridades do serviço público saibam do fato? O termo inicial da prescrição é a data 
do conhecimento do fato pela autoridade competente para instaurar o Processo 
Administrativo Disciplinar (PAD) e não a ciência de qualquer autoridade da Administração 
Pública. STJ. 1ª Seção. MS 20.615/DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 
08/03/2017. 
 
Existe prescrição intercorrente nas ações de improbidade administrativa? 
Existe prescrição intercorrente nas ações de improbidade administrativa? Ex.: se, depois de 
ajuizada a ação, a sentença demorar mais que 5 anos para ser prolatada, poderemos 
considerar que houve prescrição? NÃO. O art. 23 da Lei nº 8.429/92 regula o prazo 
prescricional para a propositura da ação de improbidade administrativa. Logo, não 
haverá prescrição se a ação foi ajuizada no prazo, tendo demorado, contudo, mais que 5 
anos do ajuizamento para ser julgada. STJ. 2ª Turma. REsp 1289993/RO, Rel. Min. Eliana 
Calmon, julgado em 19/09/2013. 
 
Regra geral da prescrição em ações contra a Fazenda Pública 
O prazo prescricional aplicável às ações de indenização contra a Fazenda Pública é de 5 
(CINCO) anos, conforme previsto no Decreto 20.910/32, e não de três anos (regra do Código 
Civil), por se tratar de norma especial, que prevalece sobre a geral. STJ. 1ª Seção. REsp 
 
 
 
1251993-PR, Rel. Min. Mauro Campbell, julgado em 12/12/2012 (recurso repetitivo) (Info 
512). 
 
Prescrição da infração administrativa 
Para infrações disciplinares praticadas por servidores públicos: A regra geral do prazo 
prescricional para a punição administrativa de demissão é de 5 anos, nos termos do art. 142, 
I da Lei nº 8.112/90, entre o conhecimento do fato e a instauração do processo administrativo 
disciplinar. Quando o servidor público comete infração disciplinar também tipificada como 
crime, somente se aplicará o prazo prescricional da legislação penal se os fatos também 
forem apurados em ação penal. Se não há notícia de apuração criminal, deve ser aplicado o 
prazo prescricional de 5 (cinco) anos, previsto no art. 142, I da Lei nº 8.112/90. Para outras 
infrações administrativas apuradas pela Administração Pública: Aplica-se o mesmo raciocínio 
acima exposto. Desse modo, a pretensão punitiva da Administração Pública em relação à 
infração administrativa que também configura crime em tese, somente se sujeita ao prazo 
prescricional criminal quando instaurada a respectiva ação penal. STJ. 1ª Turma. REsp 
1116477-DF, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 16/8/2012 (Info 502). 
 
Termo inicial da ação civil para a perda do cargo de membro do MP 
Na hipótese de membro de Ministério Público Estadual praticar falta administrativa também 
prevista na lei penal como crime, o prazo prescricional da ação civil para a aplicação da pena 
administrativa de perda do cargo somente tem início com o trânsito em julgado da sentença 
condenatória na órbita penal. STJ. 2ª Turma. REsp 1535222-MA, Rel. Min. Og Fernandes, 
julgado em 28/3/2017 (Info 601). 
 
 
 ENUNCIADOS DOUTRINÁRIOS 
 
Enunciado n. 400 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: O art. 183 se aplica 
aos processos que tramitam em autos eletrônicos. 
 
Enunciado n. 401 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: Para fins de 
contagem de prazo da Fazenda Pública nos processos que tramitam em autos eletrônicos, 
não se considera como intimação pessoal a publicação pelo Diário da Justiça Eletrônicos. 
 
 
 
 
Enunciado n. 416 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: A contagem do prazo 
processual em dias úteis prevista no art. 219 aplica-se aos Juizados Especiais Cíveis, 
Federais e da Fazenda Pública. 
Enunciado n. 19, da I Jornada de Direito Processual Civil: O prazo em dias úteis previsto 
no art. 219 do CPC aplica-se também aos procedimentos regidos pelas Leis n. 9.099/1995, 
10.259/2001 e 12.153/2009. 
 
Enunciado n. 20, da I Jornada de Direito Processual Civil: Aplica-se o art. 219 do CPC na 
contagem do prazo para oposição de embargos à execução fiscal previsto no art. 16 da Lei 
n. 6.830/1980. 
 
Enunciado n. 21, da I Jornada de Direito Processual Civil: A suspensão dos prazos 
processuais prevista no caput do art. 220 do CPC estende-se ao Ministério Público, à 
Defensoria Públicae à Advocacia Pública. 
 
Enunciado n. 5 do Fórum Nacional do Poder Público: A dilação de prazos processuais 
prevista no art. 139, VI do CPC é compatível com o mandado de segurança. 
 
Enunciado n. 11 do Fórum Nacional do Poder Público: Os prazos processuais no 
mandado de segurança são contados em dias úteis, inclusive para as informações da 
autoridade coatora. 
 
Enunciado n. 12 do Fórum Nacional do Poder Público: Quando a intimação, no processo 
eletrônico, frustrar-se ou não for possível, deve realizar-se por oficial de justiça mediante 
mandado que preencha os requisitos do art. 250, entre os quais se insere a cópia do 
despacho, da decisão ou da sentença (arts. 250, V e 269, § 2º, CPC), aplicando-se o 
disposto no inciso II do art. 231, CPC, quanto à contagem do prazo. 
 
Enunciado n. 31 do Fórum Nacional do Poder Público: A contagem dos prazos 
processuais em dias úteis se aplica aos processos judiciais regulados em legislação 
extravagante, inclusive juizados especiais, salvo disposição legal em sentido contrário. 
 
Enunciado n. 32 do Fórum Nacional do Poder Público: A suspensão dos prazos 
processuais do período de 20 de dezembro a 20 de janeiro aplica-se à advocacia pública, 
sem prejuízo das demais atribuições administrativas do órgão. 
 
 
 
 
Enunciado n. 49 do Fórum Nacional do Poder Público: Os prazos nos processos de 
execução fiscal serão contados em dias úteis 
 
Enunciado n. 136 do FPPC: A citação válida no processo judicial interrompe a prescrição, 
ainda que o processo seja extinto em decorrência do acolhimento da alegação de convenção 
de arbitragem. 
 
Enunciado n. 161 do FPPC: É de mérito a decisão que rejeita a alegação de prescrição ou 
de decadência. 
 
Enunciado n. 194 do FPPC: A prescrição intercorrente pode ser reconhecida no 
procedimento de cumprimento de sentença. 
 
Enunciado n. 195 do FPPC: O prazo de prescrição intercorrente previsto no art. 921, § 4º, 
tem início automaticamente um ano após a intimação da decisão de suspensão de que trata 
o seu § 1º. 
 
Enunciado n. 196 do FPPC: O prazo da prescrição intercorrente é o mesmo da ação. 
 
Enunciado n. 452 do FPPC: Durante a suspensão do processo prevista no art. 982 não 
corre o prazo de prescrição intercorrente. 
 
Enunciado n. 548 do FPPC: O simples desarquivamento dos autos é insuficiente para 
interromper a prescrição. 
 COMO O TEMA FOI COBRADO EM PROVAS? 
 
Questões objetivas4 
1. Dentre outras atribuições, é correto afirmar que à Procuradoria do Estado compete: 
a) promover a execução judicial, das multas aplicadas pelo Tribunal de Contas do Estado do Acre 
aos responsáveis em casos de ilegalidade de despesas ou irregularidades de contas. 
 
4 As questões do material oficial serão no estilo “certo” ou “errado”. 
 
 
 
b) promover a ação judicial de responsabilização dos agentes públicos responsáveis pelo 
incumprimento das metas previstas no plano plurianual, da execução dos programas de governo e 
dos orçamentos do Estado. 
c) promover a ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental da Constituição do 
Estado do Acre, junto ao Tribunal de Justiça estadual. 
d) propor a ação penal privada nos casos de crimes contra a honra do Procurador Geral do Estado. 
e) propor a ação penal privada nos casos contra a honra do Governador do Estado, dos Secretários 
estaduais de governo e dos Deputados estaduais. 
 
2. Acerca da advocacia pública, tendo em vista a respectiva conformação constitucional e ordinária 
a partir das normas vigentes, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A advocacia pública, tanto quanto a advocacia privada, espelham o atributo de serem 
consideradas um serviço público, indispensável à administração da justiça, levando-se em 
consideração a sua missão primária de postularem pretensões, fundamentadas juridicamente, 
perante o juízo. 
b) A advocacia pública se vincula a duplo regime estatutário com caráter institucional: a Ordem dos 
Advogados do Brasil e a instituição a que pertence o advogado público. 
c) O advogado público, ao defender o interesse público que ao Estado cabe proteger, vincula-se à 
tutela em juízo coincidente com o interesse da autoridade pública por ele representado. 
d) Ao advogado público, no exercício de suas atribuições delineadas pela Constituição, compete 
defender o Estado, titular do interesse público primário. 
e) Afigura-se explícito, do ponto de vista constitucional, o papel suplementar de controle interno da 
Administração Pública desempenhado pela advocacia pública. 
 
3. Lei estadual criou cargos em comissão de assessor jurídico junto aos Gabinetes de Secretários 
de Estado, de livre provimento por estes, dentre bacharéis em direito com inscrição na Ordem dos 
Advogados do Brasil. De acordo com a lei, aos titulares dos cargos cabe exercer a consultoria 
jurídica a respeito da legalidade dos atos administrativos, normativos e contratos de interesse da 
Secretaria, bem como atuar em juízo em defesa dos atos praticados pelo Secretário. A referida lei é 
a) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que a consultoria jurídica aos Gabinetes de 
Secretários é atribuição dos Procuradores do Estado, podendo os assessores jurídicos exercer, 
exclusivamente, a representação judicial do Estado. 
b) compatível com a Constituição Federal, uma vez que os Estados têm autonomia para criar cargos 
em comissão junto aos Gabinetes dos Secretários de Estado, ainda que para o exercício da 
consultoria jurídica e da representação judicial de que trata a Lei. 
 
 
 
c) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que a consultoria jurídica aos Gabinetes de 
Secretários e a representação do Estado em juízo são atribuições dos Procuradores do Estado. 
d) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que o cargo de assessor jurídico é cargo 
técnico, devendo ser preenchido mediante concurso público, ainda que não seja exigível seu 
preenchimento por Procuradores do Estado para o exercício das atribuições previstas na Lei. 
e) incompatível com a Constituição Federal, uma vez que apenas a Constituição Estadual poderia 
excluir das atribuições da Procuradoria Geral do Estado a assessoria jurídica aos Gabinetes de 
Secretários. 
 
4. No que diz respeito ao regime jurídico dos sujeitos do processo tratado no Código de Processo 
Civil (Lei nº 13.105/15), analise as assertivas abaixo: 
I. Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato 
processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado 
pelas respectivas procuradorias. 
II. Para a representação em juízo do Município, pelo prefeito, é indispensável a sua regular inscrição 
na Ordem dos Advogados do Brasil. 
III. Os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em 
quádruplo para contestar e em dobro para recorrer, cuja contagem terá início a partir da intimação 
pessoal. 
IV. O membro da Advocacia Pública será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo 
ou fraude no exercício de suas funções. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I e II. 
b) Apenas I e IV. 
c) Apenas II e III. 
d) Apenas III e IV. 
e) I, II, III e IV. 
 
5. Considere as seguintes afirmativas sobre o tema dos prazos no âmbito do Código do Processo 
Civil. Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a 
prática de ato processual a cargo da parte. 
b) Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os 
prazos por até 3 (três) meses. 
 
 
 
c) O prazo para a parte, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Ministério 
Público será contado da citação, da intimação ou da notificação. 
d) Em qualquer grau de jurisdição, havendo motivo justificado, pode o juiz exceder, por igual tempo, 
os prazos a que está submetido.e) É lícito a qualquer interessado exigir os autos do advogado que exceder o prazo legal. 
 
6. Acerca dos prazos no processo civil, assinale a alternativa correta. 
a) Se os autos do processo forem eletrônicos, havendo pluralidade de réus assistidos por 
advogados diferentes, mesmo que pertençam a sociedade de advogados em comum, estes terão o 
benefício da contagem de prazo dobrado para se defender. 
b) A suspensão dos processos, que ocorre entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, em virtude do 
recesso forense, suspenderá tanto os prazos processuais quanto os relativos a direito material. 
c) A contagem de prazos deverá ser feita em dias úteis, incluindo-se o dia em que foi praticado o ato 
e excluindo-se o dia do vencimento. Nos processos digitais, tais prazos, para serem considerados 
tempestivos, deverão ser cumpridos das 6 às 22 horas do último dia do interregno. 
d) Em se tratando da hipótese de contagem de prazos em dobro, a parte beneficiária, para usufruir 
deste direito, deverá requerer ao juiz, que não poderá conceder tal benesse de ofício. 
e) A Fazenda Pública, o Ministério Público, e a Defensoria Pública, para contestar, recorrer e falar 
nos autos quando intimados gozam, em regra, de prazo em dobro. 
 
Gabarito: 1. A/ 2. C/ 3. C/ 4. B/ 5. B/ 6. E 
 
 ANOTAÇÕES5 
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5 Após a exposição de cada ponto do edital, foi reservado um espaço para anotação de informações importantes, que 
precisam ser memorizadas pouco antes da prova. Portanto, recomenda-se, fortemente, que o aluno imprima os 
calendários de metas, organizando-os como “cadernos de revisão”. 
 
 
 
 
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DIREITO AMBIENTAL 
Meio ambiente na CF/88 
✓ DOUTRINA 
✓ LEI 
✓ JURISPRUDÊNCIA 
✓ QUESTÕES 
 COMO ESTUDAR? 
• Estudar o material respectivo postado na área do aluno (versão full ou express). 
• Estudar (grifar, marcar, anotar) os arts. 23, 24 e 225 da Constituição Federal; 
• Estudar a jurisprudência colacionada abaixo; 
• Resolver, pelo menos, 30 questões. 
 
 O QUE É IMPORTANTE? 
 
• Definição e espécies de meio ambiente: natural, artificial, cultural e do trabalho; 
o Federalismo cooperativo e a repartição de competências ambientais; 
o Competências constitucionais em matéria ambiental: atenção para a distinção 
existente entre a competência legislativa e a material; 
• Consagração original da proteção ao meio ambiente na CF/88; 
• STF e doutrina majoritária: direito fundamental de terceira geração. 
• Instrumentos de proteção ambiental previstos na CF/88: 
 
 
 
Instrumento de Proteção 
Constitucionalmente Previsto 
Finalidade 
Processos ecológicos essenciais 
Proteção e preservação das interações ambientais 
fundamentais para o homem e a vida no planeta. 
Manejo ecológico Gerir as espécies e ecossistemas de forma a preservá-las. 
Proteção do patrimônio genético 
Preservar a biodiversidade e a sua integridade, além de 
fiscalizar as entidades que atuam com pesquisas 
genéticas. 
Espaços territoriais especialmente 
protegidos 
Definir unidades de conservação, com a proteção integral 
de seus atributos, somente se permitindo a supressão ou 
alteração por lei. 
Estudos prévios de impacto ambiental 
Estudos prévios a serem exigidos para obras ou atividades 
potencialmente poluidoras, aos quais se dará publicidade. 
Controle de técnicas arriscadas para 
a vida e para o meio ambiente 
Controle da produção, preservação e emprego de técnicas 
em si perigosas, tais como uso de agrotóxicos, descarte de 
OGM no ambiente etc. 
Educação e conscientização 
ambiental 
Em todos os níveis de ensino. 
Proteção da fauna e flora 
Preservar função ecológica, diversidade e evitar extinção 
de espécies animais e vegetais. 
Recuperação do meio ambiente por 
quem explorar recursos minerais 
Especial imposição feita pela Constituição a esse ramo 
conhecidamente degradador. 
Sanções às condutas lesivas ao 
ambiente 
Sanções penais e administrativas, às pessoas físicas e 
jurídicas, independentes da obrigação de reparar o dano. 
Proteção às reservas da biosfera 
Floresta Amazônica, Serra do Mar, Mata atlântica, Pantanal 
Matogrossense e Zona Costeira 
Tutela federal das usinas nucleares 
Somente lei federal poderá dispor sobre a localização de 
usinas nucleares. 
 
 
 
 
• Repartição de competências ambientais: aplicação do princípio da predominância do 
interesse. 
o União: competente para cuidar de matérias de predominante interesse geral, 
nacional ou regional (quando interessarem a mais de um Estado); 
o Estados: competente para cuidar de matérias de predominante interesse 
estadual (quando interessarem a mais de um município); 
o Municípios: competente para cuidar de matérias de predominante interesse 
local. 
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL EM MATÉRIA AMBIENTAL 
Competência material 
Competência 
Comum 
União, Estados, DF 
e Municípios 
Proteger o meio ambiente e combater a poluição em 
qualquer de suas formas (art. 23, VI) 
Competência 
Exclusiva 
União 
Aproveitamento energético dos cursos de água; instituir 
sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos; 
Estabelecer as áreas e as condições para o exercício da 
atividade de garimpagem; organizar, manter e executar a 
inspeção do trabalho. 
Competência legislativa 
Competência 
Concorrente 
União, Estados e 
DF (Municípios, 
residual) 
Legislar sobre florestas, caça, pesca, fauna, conservação 
da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, 
proteção do meio ambiente e controle da poluição (art. 24, 
VI) 
Competência 
Privativa 
União 
Legislar sobre “águas e energia” (art. 22, IV), “jazidas, 
minas e outros recursos minerais” (art. 22, XII). 
 
 
 
 
 
• LC 140/11: 
o Competência para licenciar x competência para fiscalizar; 
o Critérios para definição da competência para licenciamento ambiental. 
 SÚMULASOBRE O ASSUNTO 
 
Súmula 613 do STJ: Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de 
Direito Ambiental. STJ. 1ª Seção. 
 JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA 
 
A legislação municipal não pode reduzir a proteção conferida às áreas de 
preservação permanente previstas pelo Código Florestal 
A legislação municipal não pode reduzir o patamar mínimo de proteção marginal dos cursos 
d'água, em toda sua extensão, fixado pelo Código Florestal. A norma federal conferiu uma 
proteção mínima, cabendo à legislação municipal apenas intensificar o grau de proteção às 
margens dos cursos d'água, ou quando muito, manter o patamar de proteção (jamais 
reduzir a proteção ambiental). STJ. 2ª Turma. AREsp 1312435-RJ, Rel. Min. Og Fernandes, 
julgado em 07/02/2019 (Info 643). 
 
Viola a CF/88 lei municipal que proíbe o transporte de animais vivos no Município 
Viola a Constituição Federal lei municipal que proíbe o trânsito de veículos, sejam eles 
motorizados ou não, transportando cargas vivas nas áreas urbanas e de expansão urbana 
do Município. Essa lei municipal invade a competência da União. O Município, ao 
inviabilizar o transporte de gado vivo na área urbana e de expansão urbana de seu 
território, transgrediu a competência da União, que já estabeleceu, à exaustão, diretrizes 
para a política agropecuária, o que inclui o transporte de animais vivos e sua fiscalização. 
Além disso, sob a justificativa de criar mecanismo legislativo de proteção aos animais, o 
legislador municipal impôs restrição desproporcional. Esta desproporcionalidade fica 
evidente quando se verifica que a legislação federal já prevê uma série de instrumentos 
para garantir, de um lado, a qualidade dos produtos destinados ao consumo pela 
população e, de outro, a existência digna e a ausência de sofrimento dos animais, tanto no 
 
 
 
transporte quanto no seu abate. STF. Plenário. ADPF 514 e ADPF 516 MC-REF/SP, Rel. 
Min. Edson Fachin, julgados em 11/10/2018 (Info 919). 
 
Normas municipais podem prever multas para os proprietários de veículos que 
emitem fumaça acima dos padrões aceitáveis 
É constitucional lei municipal, regulamentada por decreto, que preveja a aplicação de 
multas para os proprietários de veículos automotores que emitem fumaça acima de 
padrões considerados aceitáveis. O Município tem competência para legislar sobre meio 
ambiente e controle da poluição, quando se tratar de interesse local. STF. Plenário. RE 
194704/MG, rel. orig. Min. Carlos Velloso, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 
29/6/2017 (Info 870). 
 
Inconstitucionalidade de lei municipal que proíbe a queima da cana 
O Município é competente para legislar sobre o meio ambiente, juntamente com a União e 
o Estado-membro/DF, no limite do seu interesse local e desde que esse regramento seja 
harmônico com a disciplina estabelecida pelos demais entes federados (art. 24, VI, c/c o 
art. 30, I e II, da CF/88). O STF julgou inconstitucional lei municipal que proíbe, sob 
qualquer forma, o emprego de fogo para fins de limpeza e preparo do solo no referido 
município, inclusive para o preparo do plantio e para a colheita de cana-de-açúcar e de 
outras culturas. Entendeu-se que seria necessário ponderar, de um lado, a proteção do 
meio ambiente obtida com a proibição imediata da queima da cana e, de outro, a 
preservação dos empregos dos trabalhadores que atuem neste setor. No caso, o STF 
entendeu que deveria prevalecer a garantia dos empregos dos trabalhadores canavieiros, 
que merecem proteção diante do chamado progresso tecnológico e da respectiva 
mecanização, ambos trazidos pela pretensão de proibição imediata da colheita da cana 
mediante uso de fogo. Além disso, as normas federais que tratam sobre o assunto apontam 
para a necessidade de se traçar um planejamento com o intuito de se extinguir 
gradativamente o uso do fogo como método despalhador e facilitador para o corte da cana. 
Nesse sentido: Lei 12.651/2012 (art. 40) e Decreto 2.661/98. STF. Plenário. RE 586224/SP, 
Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 5/3/2015 (repercussão geral) (Info 776). 
 
É inconstitucional lei estadual que exige prévia autorização da ALE para que os 
órgãos do SISNAMA possam celebrar instrumentos de cooperação no Estado 
É inconstitucional, por violar o princípio da separação dos poderes, lei estadual que exige 
autorização prévia do Poder Legislativo estadual (Assembleia Legislativa) para que sejam 
 
 
 
firmados instrumentos de cooperação pelos órgãos componentes do Sistema Nacional do 
Meio Ambiente – SISNAMA. Também é inconstitucional lei estadual que afirme que 
Fundação estadual de proteção do meio ambiente só poderá transferir responsabilidades 
ou atribuições para outros órgãos componentes do SISNAMA se houver aprovação prévia 
da Assembleia Legislativa. STF. Plenário. ADI 4348/RR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 
julgado em 10/10/2018 (Info 919). 
 
É inconstitucional lei estadual que prevê a supressão de vegetal em APP para a 
realização de atividades exclusivamente de lazer 
É inconstitucional lei estadual prevendo que é possível a supressão de vegetal em Área de 
Preservação Permanente (APP) para a realização de “pequenas construções com área 
máxima de 190 metros quadrados, utilizadas exclusivamente para lazer”. Essa lei possui 
vícios de inconstitucionalidade formal e material. Há inconstitucionalidade formal porque o 
Código Florestal (lei federal que prevê as normas gerais sobre o tema, nos termos do art. 
24, § 1º, da CF/88) não permite a instalação em APP de qualquer tipo de edificação com 
finalidade meramente recreativa. Existe também inconstitucionalidade material porque 
houve um excesso e abuso da lei estadual ao relativizar a proteção constitucional ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, cujo titular é a coletividade, em face do direito de 
lazer individual. STF. Plenário. ADI 4988/TO, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 
19/9/2018 (Info 916). 
 
É inconstitucional a redução de unidade de conservação por meio de MP 
É inconstitucional a redução ou a supressão de espaços territoriais especialmente 
protegidos, como é o caso das unidades de conservação, por meio de medida provisória. 
Isso viola o art. 225, § 1º, III, da CF/88. Assim, a redução ou supressão de unidade de 
conservação somente é permitida mediante lei em sentido formal. A medida provisória 
possui força de lei, mas o art. 225, § 1º, III, da CF/88 exige lei em sentido estrito. A 
proteção ao meio ambiente é um limite material implícito à edição de medida provisória, 
ainda que não conste expressamente do elenco das limitações previstas no art. 62, § 1º, da 
CF/88. STF. Plenário. ADI 4717/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 5/4/2018 (Info 
896). 
 
É proibida, em todo o Brasil, a utilização de qualquer forma de amianto 
As leis estaduais que proíbem o uso do amianto são constitucionais. O art. 2º da Lei federal 
nº 9.055/95, que autorizava a utilização da crisotila (espécie de amianto), é inconstitucional. 
 
 
 
Houve a inconstitucionalidade superveniente (sob a óptica material) da Lei nº 9.055/95, por 
ofensa ao direito à saúde (art. 6º e 196, CF/88); ao dever estatal de redução dos riscos 
inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança (art. 7º, inciso 
XXII, CF/88); e à proteção do meio ambiente (art. 225, CF/88). Com isso, é proibida a 
utilização de qualquer forma de amianto. STF. Plenário.ADI 3937/SP, rel. orig. Min. Marco 
Aurélio, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, julgado em 24/8/2017 (Info 874). STF. Plenário. ADI 
3406/RJ e ADI 3470/RJ, Rel. Min. Rosa Weber, julgados em 29/11/2017 (Info 886). 
 
É inconstitucional a prática da vaquejada 
É inconstitucional lei estadual que regulamenta a atividade da “vaquejada”. Segundo 
decidiu o STF, os animais envolvidos nesta prática sofrem tratamento cruel, razão pela qual 
esta atividade contraria o art. 225, § 1º, VII, da CF/88. A crueldade provocada pela 
“vaquejada” faz comque, mesmo sendo esta uma atividade cultural, não possa ser 
permitida. A obrigação de o Estado garantir a todos o pleno exercício de direitos culturais, 
incentivando a valorização e a difusão das manifestações, não prescinde da observância 
do disposto no inciso VII do § 1º do art. 225 da CF/88, que veda práticas que submetam os 
animais à crueldade. STF. Plenário. ADI 4983/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 
06/10/2016 (Info 842). 
 
É inconstitucional lei estadual que remete o regramento do cultivo comercial e das 
atividades com organismos geneticamente modificados à regência da legislação 
federal 
A competência para legislar sobre as atividades que envolvam organismos geneticamente 
modificados (OGM) é concorrente (art. 24, V, VIII e XII, da CF/88). No âmbito das 
competências concorrentes, cabe à União estabelecer normas gerais e aos Estados-
membros editar leis para suplementar essas normas gerais (art. 24, §§ 1º e 2º). 
Determinado Estado-membro editou lei estabelecendo que toda e qualquer atividade 
relacionada com os OGMs naquele Estado deveria observar “estritamente à legislação 
federal específica”. O STF entendeu que essa lei estadual é inconstitucional porque 
significou uma verdadeira “renúncia” ao exercício da competência legislativa concorrente 
prevista no art. 24, V, VIII e XII, da CF/88. Em outras palavras, o Estado abriu mão de sua 
competência suplementar prevista no art. 24, § 2º da CF/88. Essa norma estadual 
remissiva fragiliza a estrutura federativa descentralizada, e consagra o monopólio da União, 
sem atentar para nuances locais. STF. Plenário. ADI 2303/RS, Rel. Min. Marco Aurélio, 
julgado em 5/9/2018 (Info 914). 
 
 
 
 
Estado-membro pode legislar sobre controle de resíduos de embarcações, oleodutos 
e instalações costeiras 
Em tese, o Estado-membro detém competência para legislar sobre controle de resíduos de 
embarcações, oleodutos e instalações costeiras. Isso porque o objeto dessa lei é a tutela 
ao meio ambiente, sendo essa matéria de competência concorrente, nos termos do art. 24, 
VI e VIII, da CF/88. STF. Plenário. ADI 2030/SC, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 
9/8/2017 (Info 872). 
 
Princípio da precaução, campo eletromagnético e legitimidade dos limites fixados 
pela Lei 11.934/2009 
No atual estágio do conhecimento científico, que indica ser incerta a existência de efeitos 
nocivos da exposição ocupacional e da população em geral a campos elétricos, magnéticos 
e eletromagnéticos gerados por sistemas de energia elétrica, não existem impedimentos, 
por ora, a que sejam adotados os parâmetros propostos pela Organização Mundial de 
Saúde (OMS), conforme estabelece a Lei nº 11.934/2009. STF. Plenário. RE 627189/SP, 
Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 8/6/2016 (repercussão geral) (Info 829). 
 
Possibilidade de os estados-membros disporem sobre fontes de abastecimento de 
água 
É possível que o Estado-membro, por meio de decreto e portaria, determine que os 
usuários dos serviços de água tenham em suas casas, obrigatoriamente, uma conexão 
com a rede pública de água. O decreto e a portaria estaduais também poderão proibir o 
abastecimento de água para as casas por meio de poço artesiano, ressalvada a hipótese 
de inexistência de rede pública de saneamento básico. STJ. 2ª Turma. REsp 1306093-RJ, 
Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 28/5/2013 (Info 524). 
 
A hermenêutica jurídico-ambiental rege-se pelo princípio in dubio pro-natura 
Diante de qualquer anomalia técnico-redacional, a legislação ambiental deverá ser 
interpretada e integrada de acordo com o princípio hermenêutico do in dubio pro-natura. 
Assim, nos casos de dúvida, deve-se estar interpretar a norma em favor da proteção do 
meio ambiente. STF. 2ª Turma. REsp 1145083/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado 
em 27/09/2011. 
 
 
 
 
 
A Mata Atlântica não é bem da União 
A Mata Atlântica integra o patrimônio nacional nos termos do art. 225, § 4º, da CF/88. Isso 
não significa, contudo, que ela seja considerada como bem da União. STF. 1ª Turma. RE 
300244, Rel. Min. Moreira Alves, julgado em 20/11/2001. 
 
 COMO O TEMA FOI COBRADO EM PROVAS? 
 
Questões objetivas 
01. De acordo com a jurisprudência do STF, o conceito de meio ambiente inclui as noções de meio 
ambiente 
A) artificial, histórico, natural e do trabalho. 
B) cultural, artificial, natural e do trabalho. 
C) natural, histórico e biológico. 
D) natural, histórico, artificial e do trabalho. 
E) cultural, natural e biológico. 
 
 
02. A Emenda Constitucional nº 96/2017 estabeleceu que não se consideram cruéis as práticas 
desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, registradas como bem 
de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro. Acerca da vedação constitucional 
ao tratamento cruel e à orientação do Supremo Tribunal Federal na matéria, é correto afirmar: 
A) A vedação constitucional de práticas que submetam animais à crueldade, segundo o STF, não 
impede a realização de briga de galos. 
B) O STF não considerava tratamento cruel o dano praticado contra animais em competições 
desportivas, como no caso da vaquejada, mesmo antes da emenda. 
C) Antes da promulgação da emenda, o STF já havia considerado a prática da vaquejada 
intrinsecamente cruel, declarando a inconstitucionalidade de lei regulamentadora. 
D) Antes da promulgação da emenda, o STF já havia considerado cruéis práticas como “farra do 
boi”, excluindo, no entanto, sua ilicitude em face do seu caráter de manifestação cultural. 
E) A orientação do STF, nos casos já julgados, é no sentido de prevalecer o exercício de direitos 
culturais, incentivando a valorização e a difusão das manifestações em detrimento da proteção da 
fauna brasileira. 
 
 
 
Gabarito: 1. B/ 2. C/ 
 
 ANOTAÇÕES 
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
Constitucionalismo e neoconstitucionalismo 
✓ DOUTRINA 
LEI 
JURISPRUDÊNCIA 
✓ QUESTÕES 
 
 COMO ESTUDAR? 
• Estudar o material respectivo postado na área do aluno. 
• Resolver, pelo menos, 10 questões sobre o tema. 
 
 O QUE É IMPORTANTE? 
• Conceito e evolução do constitucionalismo, com destaque especial para o 
constitucionalismo durante a idade moderna; 
• A constituição como garantia da limitação ao poder autoritário e da 
prevalência dos direitos fundamentais; 
• Constitucionalismo antigo: pólis grega, democracia constitucional ligada ao 
homem político; 
• A Magna Carta de 1215 como símbolo do constitucionalismo medieval: 
proteção de direitos individuais; 
• Constituições dos EUA (1787) e da França (1791): cunho liberal, organização e 
limitação do poder, garantia de direitos e liberdades. 
• Constituição do México (1917) e da Alemanha – Weimar (1919): cunho social, 
 
 
 
surgimento dos direitos de segunda geração, Estado Social de Direito. 
• O neoconstitucionalismo: também chamado de constitucionalismo pós-
moderno ou pós-positivismo. Sua concepção vai além da ideia de limitação do 
poder político, para buscar a eficácia da Constituição, especialmente dos 
direitos fundamentais; 
• Características do neoconstitucionalismo e suas diferenças do 
constitucionalismo clássico: 
 
CARACTERÍSTICAS DO NEOCONSTITUCIONALISMO 
a) reaproximação do Direito com a Moral; 
a) positivação e concretização de um catálogo de direitos fundamentais; 
b) onipresença dos princípios e das regras; 
c) inovações hermenêuticas; 
d) densificação da força normativa da Constituição; 
e) desenvolvimento da justiça distributiva. 
f) Tensão entre constitucionalismo e democracia. 
 
CONSTITUCIONALISMO MODERNO NEOCONSTITUCIONALISMO 
- Hierarquia entre as normas. - Hierarquia entre as normas ultrapassa o simples 
aspecto formal, sendo também axiológica (valorativa). 
- Limitação do poder e garantia de liberdades 
individuais. 
- Concretização dos Direitos Fundamentais de todas 
as dimensões. 
• Marcos do neoconstitucionalismo (Barroso): histórico, filosófico e teórico: 
 
 
 
 
 
NEOCONSTITUCIONALISMO 
MARCO HISTÓRICO MARCO FILOSÓFICO MARCO TEÓRICO 
1. No mundo: 
O constitucionalismo do pós-
guerra, especialmente na 
Alemanha e Itália; 
 
2. No Brasil: 
A CF/88 e a redemocratização 
do país. 
1. O pós-positivismo: 
Reaproximação do Direito à 
ética e aos valores de Justiça. 
1. Força normativa da CF: 
Normas constitucionais como 
normas jurídicas e não como 
simples convite à atuação dos 
poderes majoritários; 
 
2. Jurisdição constitucional: 
Habilitação do Poder Judiciário 
como coparticipante da criação 
do Direito Constitucional; 
3. Nova hermenêutica 
constitucional: 
Interpretação com novas 
categorias, como as cláusulas 
gerais, os princípios, as 
colisões de normas 
constitucionais, a ponderação e 
a argumentação. 
 
• Ativismo judicial e controle de políticas públicas: 
o Reserva do possível: respeitado o mínimo existencial, a efetivação de direitos 
fundamentais positivos depende da: 1) possibilidade fática: existência de recursos 
financeiros; 2) possibilidade jurídica: existência de previsão orçamentária; 3) 
razoabilidade da pretensão reclamada. 
o Teoria dos custos dos direitos: análise econômica do Direito: os direitos 
condicionam-se à previsão orçamentária de seus custos. Em outras palavras, apenas 
há direito, se houver orçamento. Propõe a adequação da atividade jurisdicional aos 
 
 
 
parâmetros orçamentários: fora deles, não pode o Judiciário atuar na implementação 
de políticas públicas. 
o Escolhas trágicas: apresenta o estado de escassez de recursos, para satisfação de 
todas as demandas sociais. Nesse contexto, analisa quem deve decidir sobre 
macrojustiça, devendo-se apontar, para tanto, os Poderes Executivo e Legislativo, 
pois o Poder Judiciário é vocacionado para resolver casos concretos (microjustiça). 
• Neoconstitucionalismo: tensão entre constitucionalismo e democracia: 
o Constitucionalismo: caracteriza-se pela prevalência de liberdades 
individuais e direitos fundamentais; 
o Democracia: finca-se sobre os pilares da soberania popular e da vontade 
majoritária; 
o Tensão: os aspectos democráticos são restringidos pelos aspectos do 
constitucionalismo, na medida em que o povo não pode tudo. No Brasil, por 
exemplo, a CF/88 elenca cláusulas pétreas. 
 
 COMO O TEMA PODE SER COBRADO EM PROVAS? 
 
Questões objetivas 
01. Na atualidade, discute-se muito a questão do neoconstitucionalismo, que é tema polêmico e 
controvertido, não somente no Brasil, mas em outros países. Sobre o assunto, assinale a alternativa 
correta. 
a) O neoconstitucionalismo é uma teoria francesa, importada pelo STF com o objetivo de flexibilizar 
o princípio da legalidade. 
b) Um dos temas recorrentes para o entendimento do neoconstitucionalismo é a tensão entre o 
constitucionalismo e a democracia. 
c) Um dos pontos-chave para a compreensão do neoconstitucionalismo é a superação do dogma da 
supremacia da Constituição. 
d) Em julgamento recente, com repercussão geral, o Supremo Tribunal Federal entendeu inaplicável 
no Brasil a teoria neoconstitucional. 
 
 
 
02. Assinale a alternativa correta a respeito do Constitucionalismo. 
a) Na Antiguidade Clássica há registros de importantes traços do surgimento do constitucionalismo, 
todavia, na Idade Média, denominada Idade das Trevas, houve uma regressão histórica do 
constitucionalismo. 
b) Os pactos forais ou cartas de franquia, destinados a garantir determinados direitos individuais da 
população, ainda que timidamente, foram documentos importantes e reconhecidamente os primeiros 
do constitucionalismo a ter o caráter da universalidade. 
c) As Constituições Norte-Americana de 1789 e a Francesa de 1801 são os marcos históricos e 
formais do constitucionalismo moderno, resultados da influência do socialismo e da contraposição 
ao iluminismo, deflagrados pelo liberalismo clássico. 
d) O totalitarismo constitucional, com forte conteúdo social, e o dirigismo comunitário, que busca 
expandir e propagar a proteção aos direitos humanos, são expressões ligadas à concepção 
doutrinária do constitucionalismo contemporâneo. 
 
03. Sobre o constitucionalismo, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) Não obstante seu uso recente, as ideias centrais abrigadas em seu conteúdo remontam à 
Antiguidade Clássica, mais notadamente ao ambiente da polis grega, por volta do século V a.C. 
b) A efetiva utilização do termo no vocabulário político e jurídico do mundo ocidental data de pouco 
mais de duzentos anos, associando-se aos processos revolucionários francês e soviético do século 
XVIII. 
c) Constitucionalismo e democracia

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