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AULA HORA DA VERDADE TRF4 Penal e Processual Penal

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Contato do Prof. Ivan Marques:
Instagram – prof.ivanmarques
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CRIME (FATO)
TÍPICO + ILÍCITO + CULPÁVEL
Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: FCC - 2017 - 
TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador 
Federal
A coação moral irresistível
A)torna o fato atípico.
B)é causa excludente de ilicitude.
C)é circunstância que sempre atenua a pena.
D)tem o mesmo tratamento legal da coação física irresistível.
E)é causa de isenção da pena.
Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: FCC - 2017 - 
TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador 
Federal
A coação moral irresistível
A)torna o fato atípico.
B)é causa excludente de ilicitude.
C)é circunstância que sempre atenua a pena.
D)tem o mesmo tratamento legal da coação física irresistível.
E)é causa de isenção da pena.
Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: FCC - 2017 - 
TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador 
Federal
Considere:
I. Não provocação voluntária do perigo.
II. Exigibilidade de sacrifício do bem salvo.
III. Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo.
IV. Conhecimento da situação justificante.
V. Agressão atual ou pretérita.
São requisitos do estado de necessidade o que se afirma APENAS 
em 
A)I, III e IV.
B)II, III e IV.
C)I, II e V.
D)II, IV e V.
E)I, III e V.
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 
- TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador 
Federal
Acerca da antijuridicidade e das causas de exclusão no direito penal, 
julgue o item subsequente.
O oficial de justiça encontra-se em exercício regular de direito ao 
cumprir mandado de reintegração de posse de bem imóvel de 
propriedade de banco público, com ordem de arrombamento, 
desocupação e imissão de posse.
Certo
Errado
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 
- TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador 
Federal
Acerca da antijuridicidade e das causas de exclusão no direito penal, 
julgue o item subsequente.
O oficial de justiça encontra-se em exercício regular de direito ao 
cumprir mandado de reintegração de posse de bem imóvel de 
propriedade de banco público, com ordem de arrombamento, 
desocupação e imissão de posse.
Certo
Errado
PERSECUÇÃO PENAL
INQUÉRITO POLICIAL
Arts. 4.º a 23 do CPP
PRETENSÃO PUNITIVA DO ESTADO
vingança privada e da autotutela como forma de justiça.
vingança divina - ira dos Deuses.
vingança pública - o Estado passou a ser o detentor exclusivo 
do direito de punir (ius puniendi e devido processo legal).
II – CARACTERÍSTICAS DO IP:
1 – Realizado pela Polícia Judiciária
2 – Caráter inquisitivo
3 – Caráter sigiloso
4 – Forma escrita
5 - Dispensável
1 – Realizado pela Polícia Judiciária
Polícia Civil ou Federal
MP pode acompanhar (art. 26, IV, da Lei 8.625/93) 
sem tornar-se suspeito. 
Súmula 234 STJ: A Participação de membro do 
Ministério Público na fase investigatória criminal não 
acarreta o seu impedimento ou suspeição para o 
oferecimento da denúncia.
PIC – MP investiga diretamente.
2 – Caráter inquisitivo
Não vigora o contraditório (apenas na ação penal).
Isso não impede requerer diligências
Art. 7º (... ) XIV - examinar, em qualquer instituição 
responsável por conduzir investigação, mesmo sem 
procuração, autos de flagrante e de investigações de 
qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda 
que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e 
tomar apontamentos, em meio físico ou digital.
4 – Forma escrita
Redução obrigatória a termo
Não serão suficientes vídeos gravados com os 
depoimentos. POR QUE
Para que haja segurança em relação ao seu conteúdo. 
(art. 9.º CPP).
5 – Dispensável
A existência do IP não é obrigatória.
A denúncia ou queixa podem ser oferecidas com base 
nas “peças de informação”.
39, § 4º CPP - MP dispensa IP se representação vier 
com as peças de informação.
40 CPP – MP recebe cópias e documentos do Poder 
Judiciário. Só requisita IP se faltou materialidade e 
autoria.
III – LOCAL ONDE DEVE TRAMITAR
 mesmo local da futura ação penal (regras de 
competência).
P: O que acontece se o IP for instaurado em outra 
circunscrição? – remessa.
 
Circunscrição – é o território dentro do qual as 
autoridades policiais e seus agentes desempenham 
suas atividades.
Obs: se uma diligência tiver de ser realizada em outro 
município, será necessário carta precatória.
 
IV – SUSPEIÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL
Art. 107, CPP - Não se poderá opor suspeição às 
autoridades policiais nos atos do inquérito, mas 
deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer 
motivo legal.
P: E se o delegado não se declarar suspeito em caso 
claro de suspeição? – pedido ao superior hierárquico.
DG ou SSP
CITAÇÕES E 
INTIMAÇÕES
Arts. 351 a 372
É o ato oficial pelo qual, ao início da ação, dá-se ciência ao acusado 
de que, contra ele, se movimenta esta ação, chamando-o a vir a 
juízo, para se ver processar e fazer a sua defesa. 
Compõe-se a citação de dois elementos básicos: a cientificação do 
inteiro teor da acusação e o chamamento do acusado para vir 
apresentar a sua defesa. 
QUEM DETERMINA A CITAÇÃO
Somente cabe ao juiz determiná-la e, normalmente, a oficial de 
justiça cumpri-la. Tratando-se de infrações da alçada do Juizado 
Especial, a citação pode ser feita de viva voz, na própria 
Secretaria, por qualquer dos funcionários com atribuições para 
tanto, nos termos do art. 66 da Lei n. 9.099/95.
FALTA DE CITAÇÃO
A citação do acusado no processo penal é indispensável, mesmo 
que tenha ele conhecimento do processo por outro motivo 
(interpelação, defesa preliminar etc.) e sua falta é causa de 
nulidade absoluta do processo (CPP, art. 564, III, e), porque 
afronta os princípios constitucionais do contraditório e da ampla 
defesa. O acusado ver-se-ia processado sem ao menos ter a 
possibilidade de contrariar as imputações que lhe foram 
lançadas. 
Diz a lei (CPP, art. 570) que a falta ou nulidade da citação “estará 
sanada, desde que o interessado compareça, antes de o ato 
consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de 
argui-la”. Com base nisso, o Supremo Tribunal Federal já decidiu 
que fica afastada a falta ou defeito da citação, quando o réu 
comparece em juízo e é interrogado.
CLASSIFICAÇÃO DAS CITAÇÕES:
1) real, pessoal ou in faciem: é a feita efetivamente na própria 
pessoa do acusado, gerando a certeza de sua realização. 
Procede-se mediante mandado (CPP, art. 351), carta precatória 
(CPP, art. 353) ou de ordem (determinada por órgão de 
jurisdição superior), requisição (CPP, art. 358) e carta rogatória 
(CPP, arts. 368 e 369);
CLASSIFICAÇÃO DAS CITAÇÕES:
2) ficta ou presumida: é a realizada por meio da publicação ou 
afixação em local determinado, de editais contendo a ordem de 
citação (CPP, arts. 361 e s.). Não existia no processo penal a 
chamada “citação por hora certa”, tão comum no âmbito do 
processo civil. No entanto, passou a ser expressamente 
admitida, consoante o teor do art. 362 do CPP: “Verificando que 
o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará 
a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma 
estabelecida nos arts. 227 a 229 do Código de Processo Civil”.
Citação por carta precatória
Destina-se à citação do acusado que estiver no território 
nacional, em lugar certo e sabido, porém fora da comarca do 
juízo processante (CPP, art. 353). Constitui na realidade um 
pedido formulado pelo juízo processante ao juízo da localidade 
em que se encontra o réu, no sentido de que este último 
proceda ao ato citatório. 
Pressupõe que os juízos sejam da mesma instância (grau de 
jurisdição), pois se trata de mera solicitação, e não de 
determinação. Tal pedido é remetido por meio de uma carta, 
daí o nome de “carta precatória” (de precatoriu, isto é, uma 
carta na qual se pede algo): carta, porque tem forma de carta;precatória, porque contém um pedido. 
O juiz solicitante (onde corre o processo) denomina-se 
deprecante, enquanto o solicitado, deprecado (onde está o 
citando). O primeiro pede que o segundo mande citar o 
acusado, não importando se o juízo deprecado encontra-se 
sediado na mesma ou em outra unidade da Federação.
Caráter itinerante da carta precatória: Na hipótese de o citando 
se encontrar em outra comarca, distinta da do juízo deprecado, 
este encaminhará a carta precatória diretamente ao novo local 
(CPP, art. 355, § 1º). É a chamada “precatória itinerante”.
Citação do militar
Faz-se mediante a expedição de ofício pelo juízo processante, 
de nominado ofício requisitório, o qual será remetido ao chefe 
do serviço onde se encontra o militar, cabendo a este, e não ao 
oficial de justiça, a citação do acusado (CPP, art. 358). A 
requisição deverá obedecer aos mesmos requisitos intrínsecos 
(CPP, art. 352) e extrínsecos do mandado (CPP, art. 357), não se 
admitindo tenha o militar menos garantias de defesa do que o 
civil. 
Se por acaso o militar residir ou estiver prestando serviço em 
outra comarca, cumpre ao juiz processante expedir precatória, 
cabendo ao juiz deprecado a expedição do ofício requisitório. 
Entendemos que não deve haver expedição de mandado para 
cumprimento pelo oficial de justiça, pois a lei criou uma regra 
especial, que derroga a geral, prevista no art. 351 do Código de 
Processo Penal.
Citação do preso
Todos os réus, não importando a sua condição, deverão ser 
pessoalmente citados por mandado. A redação do art. 360 do CPP 
não deixa dúvidas quanto a isso: “Se o réu estiver preso, será 
pessoalmente citado”. 
Assim, o oficial de justiça deverá se dirigir ao estabelecimento 
carcerário em que o réu se encontrar e citá-lo pessoalmente, 
devendo atender às seguintes exigências, sob pena de nulidade: 
a) leitura do mandado ao citando (preso ou não) pelo oficial; b) 
entrega da contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da 
citação; c) declaração do oficial, na certidão, da entrega da 
contrafé e sua aceitação ou recusa (cf. CPP, art. 357). 
Citação do funcionário público
Se o acusado for funcionário público da ativa será citado por 
mandado. Mas exige a lei que o chefe da repartição onde o 
citando exerce suas funções seja devidamente notificado de que, 
em tal dia, hora e lugar, aquele funcionário deverá comparecer 
para ser interrogado. Essa exigência é necessária e se justifica a 
fim de que o chefe da repartição disponha de tempo para 
substituir, naquele dia, àquela hora, o funcionário cuja presença é 
reclamada pelo juiz. 
Não há necessidade, portanto, dessa comunicação se o 
funcionário estiver afastado do serviço (licença, férias etc.). 
Tratando-se de magistrado, a comunicação deve ser feita ao 
presidente do tribunal, que deverá autorizar a licença para que 
possa afastar-se dos serviços e de sua comarca. Quanto ao 
membro do Ministério Público, a comunicação deve ser feita ao 
procurador-geral. Se o funcionário exercer suas funções fora da 
comarca do juiz processante, expedir-se-á precatória, cabendo ao 
juiz deprecado tomar as providências apontadas neste artigo.
Réu no estrangeiro
Encontrando-se o acusado no estrangeiro, em local certo e 
sabido, será sempre citado por carta rogatória, mesmo que a 
infração seja afiançável. Por outro lado, a fim de se evitar a 
prescrição, a Lei determina a suspensão do prazo prescricional 
até o cumprimento da carta rogatória. Entendemos que a 
prescrição ficará suspensa até que a carta seja juntada aos autos, 
devidamente cumprida. 
art. 222-A: “As cartas rogatórias só serão expedidas se 
demonstrada previamente a sua imprescindibilidade, arcando a 
parte requerente com os custos de envio”.
Quando o acusado estiver em local incerto e não sabido, aplica-se 
a regra geral e a citação será por edital com prazo de quinze dias 
(CPP, art. 361). 
No caso de citação em legações estrangeiras (sede das 
embaixadas ou consulados), será expedida a carta rogatória e 
remetida ao Ministério da Justiça, conforme os arts. 783 e 
seguintes, para o seu cumprimento via Ministério das Relações 
Exteriores (CPP, art. 369). Esta regra somente se aplica aos 
funcionários da embaixada ou consulado. No caso dos 
empregados particulares dos representantes diplomáticos, a 
citação será por mandado ou precatória, conforme o caso. 
Citação por carta de ordem
São as citações determinadas pelos tribunais nos processos de 
sua competência originária, vale dizer, o tribunal determina ao 
magistrado de primeira instância que cite o acusado residente em 
sua comarca e que goze de prerrogativa de foro. São também as 
determinações de tribunais superiores para tribunais de segundo 
grau.
Citação por edital
Consiste na citação por meio da publicação ou afixação na 
entrada do fórum da ordem judicial de citação. 
Pressuposto da citação por edital: só podendo ser adotada depois 
de esgotados todos os meios para localizar o acusado.
a) réu em local incerto e não sabido: de acordo com o art. 363, § 
1º, não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por 
edital. Neste caso, não se sabe o país, estado ou cidade (incerto), 
tampouco o endereço (não sabido) onde se encontra o acusado. 
A prova de que o réu não foi encontrado é a certidão lavrada pelo 
oficial de justiça encarregado da execução do mandado de citação 
pessoal que o considera “em lugar incerto e não sabido”. 
É nula, pois, a citação quando não for exarada tal certidão. 
Conforme dito acima, o citando deve ser procurado em todos os 
endereços constantes dos autos, sob pena de nulidade. 
O prazo do edital será de quinze dias (CPP, art. 361)
b) citação por hora certa no processo penal
consoante a redação do art. 362 do CPP: “Verificando que o réu 
se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a 
ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma 
estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro 
de 1973 – Código de Processo Civil”. 
O procedimento será o seguinte: (a) Tendo, por três vezes, o 
oficial de justiça procurado o réu em seu domicílio ou 
residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de 
ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta 
a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de 
efetuar a citação, na hora que designar (CPC, art. 227).
(b) No dia e hora designados, o oficial de justiça, 
independentemente de novo despacho, comparecerá ao 
domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência 
(CPC, art. 228, caput).
(c) Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça 
procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a 
citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra 
comarca (CPC, art. 228, § 1º).
(d) Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará 
contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, 
conforme o caso, declarando-lhe o nome (CPC, art. 228, § 2º).
 (e) Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu 
carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência 
Cumpre consignar que, como o réu era citado por edital, 
incidiam todos os efeitos do art. 366 do CPP (suspensão do 
prazo do processo e do curso do prazo prescricional, 
antecipação das provas urgentes e decretação da prisão 
preventiva). A partir de agora, com a citação por hora certa e o 
não comparecimento do réu ao processo, este correrá à sua 
revelia, sendo-lhe nomeado defensor dativo, restando, 
portanto, inaplicáveis os efeitos do art. 366 do CPP;
art. 366 do CPP
Mas o prazo prescricional ficará suspenso por tempo 
indeterminado? A Lei nada diz a respeito. 
Súmula 415 do STJ:
O período de suspensão do prazo prescricional regulado pelo 
máximo da pena cominada.
EXEMPLO: José está sendo processado pela prática do crime de 
estelionato, cuja pena máxima é de cinco anos, logo, o prazo 
prescricional é de 12 anos. Neste caso, o prazo prescricional só 
poderia ficar suspenso por 12 anos. Após este lapsotemporal, o 
prazo prescricional voltaria a correr normalmente.
Quando da aplicação do art. 366, o Juiz poderá:
§! Determinar a produção antecipada de provas – Com relação a 
este ponto, é importante
ressaltar que prevalece o entendimento de que a decisão que 
determina a produção antecipada
de provas deve ser devida e concretamente fundamentada, não 
podendo se basear apenas na
alegação de que o decurso do tempo é prejudicial (súmula 455 
do STJ38).
Quando da aplicação do art. 366, o Juiz poderá:
§! Determinar a produção antecipada de provas – Com relação a 
este ponto, é importante ressaltar que prevalece o 
entendimento de que a decisão que determina a produção 
antecipada de provas deve ser devida e concretamente 
fundamentada, não podendo se basear apenas na alegação de 
que o decurso do tempo é prejudicial (súmula 455 do STJ).
Quando da aplicação do art. 366, o Juiz poderá:
Decretar a prisão preventiva – Isso não significa que teremos, 
aqui, uma hipótese de decretação automática da prisão 
preventiva. Devem estar presentes os pressupostos do art.
312 e as regras do art. 313 do CPP.
Na hipótese de crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos 
e valores, previsto no art. 1º (redação dada pela Lei n. 
12.683/2012) da Lei n. 9.613, de 3 de março de 1998 – Lei de La 
vagem de Dinheiro –, não se aplica o disposto no art. 366 do 
Código de Processo Penal, não incidindo nenhuma das 
inovações introduzidas pela Lei n. 9.271/96 (Lei n. 9.613/98, art. 
2º, § 2º). Sendo o réu citado por edital, o pro cesso seguirá à sua 
revelia, não havendo que se falar também em suspensão da 
prescrição.
Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: FCC - 2017 
- TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça 
Avaliador Federal
Em relação às citações e intimações disciplinadas no Código de 
Processo Penal, e, ainda, considerando o que dispõem as 
Súmulas do Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de 
Justiça acerca do tema, é correto afirmar:
A. Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se 
desnecessária intimação da data da audiência no juízo 
deprecado.
B. Se o réu estiver preso, desnecessária sua citação, bastando a 
requisição ao diretor do estabelecimento prisional para sua 
apresentação em juízo, em dia e hora previamente marcados.
C. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com prazo 
de 10 dias.
D. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem 
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do 
prazo prescricional, sendo vedado ao juiz determinar a 
produção antecipada de provas, ainda que urgentes, em razão 
do princípio do contraditório.
E. É absoluta a nulidade do processo criminal por falta de 
intimação da expedição de precatória para inquirição de 
testemunha.
RESPOSTA:
A. Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se 
desnecessária intimação da data da audiência no juízo 
deprecado.
Súmula 273 do STJ.
PRISÃO CAUTELAR
Arts. 282 a 313 do CPP
1. prisão em flagrante (modalidades)
2. prisão temporária - Lei 7.960/89
3. prisão preventiva (282, 312 e 313 CPP)
4. prisão preventiva - por descumprimento de cautelar
5. prisão preventiva - prisão domiciliar
6. prisão preventiva - prisão para averiguação
Flagrante PRÓPRIO
O agente é surpreendido praticando a infração penal e 
preso nesse momento.
Flagrante IMPRÓPRIO
O agente é PERSEGUIDO logo após a prática da infração 
penal.
ATENÇÃO
A situação de flagrância dura enquanto a perseguição 
continuar.
Flagrante PRESUMIDO / FICTO
O agente é encontrado com o produto da infração logo 
após o crime – dessa forma, PRESUME-SE ter sido ele o 
autor da infração penal.
a presunção é RELATIVA. 
Flagrante ESPERADO 
a autoridade policial toma conhecimento através de 
outrem de que irá ocorrer um crime. Os policiais ficam de 
prontidão, esperando a ocorrência do crime para prender o 
agente no ato da consumação, não havendo interferência 
externa de ninguém. 
Esta forma de flagrante é válida, pois é autorizada pela lei.
Flagrante FORJADO
as provas são criadas por outrem para incriminar o agente, 
como um policial que coloca drogas ilícitas na bagagem de 
seu desafeto para prendê-lo em flagrante, a título de 
exemplo. Este tipo de flagrante é claramente ilegal. 
Aquele que forjou as provas pode responder 
criminalmente.
Flagrante provocado/preparado 
ocorre quando alguém, de forma insidiosa, provoca o autor 
a praticar o crime, ao mesmo tempo em que toma 
providências para a sua não consumação. 
Súmula 145 do STF: não há crime quando a preparação do 
flagrante pela autoridade policial torna impossível a sua 
consumação. Trata- se de crime impossível - art. 17 do CP.
Flagrante postergado/retardado/diferido/ação controlada
consiste no retardamento da prisão em flagrante nos 
crimes praticados por organizações criminosas ou tráfico 
de drogas, sob a condição de as ações destes agentes 
serem constantemente monitoradas, com o fim de que a 
prisão se efetue no momento mais oportuno e 
conveniente para a polícia.
 Lei 11.343/2006 – art. 53, II
Lei 12.850/2013 – art. 3, III
PRISÃO TEMPORÁRIA
LEI Nº 7.960/1989
Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da 
representação da autoridade policial ou de requerimento do 
Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por 
igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
§ 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser 
posto imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada 
sua prisão preventiva.
ATENÇÃO: Pratica abuso de autoridade quem:
prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida 
de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de 
cumprir imediatamente ordem de liberdade;
Lei 4.898/65 – art. 4.º, i
PRAZO DA TEMPORÁRIA NA LEI DOS CRIMES HEDIONDOS
Lei 8.072/90, art. 2.º, § 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe 
a Lei no 7.960/89, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 
30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e 
comprovada necessidade.
OBS. Os presos temporários deverão permanecer, 
obrigatoriamente, separados dos demais detentos.
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a 
decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder 
liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas 
cautelares previstas no art. 319 deste Código e 
observados os critérios constantes do art. 282 deste 
Código. 
- LIBERDADE PROVISÓRIA VINCULADA:
I - comparecimento periódico em juízo
II - proibição de acesso ou frequência a determinados 
lugares
III - proibição de manter contato com pessoa 
determinada
IV - proibição de ausentar-se da Comarca
V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias 
de folga
- LIBERDADE PROVISÓRIA VINCULADA:
VI - suspensão do exercício de função pública ou de 
atividade de natureza econômica ou financeira
VII - internação provisória do acusado
VIII – fiança
IX - monitoração eletrônica
320. intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o 
passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. 
quadro geral da prisão preventiva
CAPÍTULO IV
DA PRISÃO DOMICILIAR
ARTS. 317 a 318-B
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento 
do indiciado ou acusado em sua residência, só 
podendo dela ausentar-se com autorização judicial.
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva 
pela domiciliar quando o agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença 
grave; 
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa 
menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência;
IV – gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade 
incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos 
cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade 
incompletos. 
Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher 
gestante ou que for mãe ou responsável por crianças 
ou pessoas com deficiência será substituída por prisãodomiciliar, desde que: 
(Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
I - não tenha cometido crime com violência ou grave 
ameaça a pessoa; 
II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou 
dependente. 
Procedimentos
Arts. 396 e segts CPP
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada 
no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada 
de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas 
arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o 
disposto no art. 222 deste Código, bem como aos 
esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento 
de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.
§ 1o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz 
indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou 
protelatórias.
§ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio 
requerimento das partes.
Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) 
testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. 
§ 1o Nesse número não se compreendem as que não prestem 
compromisso e as referidas.
§ 2o A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das 
testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste 
Código. 
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo 
indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) 
minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis 
por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença.
§ 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, 
serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período 
o tempo de manifestação da defesa.
§ 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o 
número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias 
sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá 
o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.
Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício 
ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem as 
alegações finais.
Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as 
partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas 
alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz 
proferirá a sentença. 
NULIDADES
Arts. 563 a 573 do CPP
Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar 
prejuízo para a acusação ou para a defesa.
Pas de nulité sans grief
Nulidades relativas – atos nulos sendo convalidados pela 
falta de alegação na primeira oportunidade
Ex: incompetência territorial
NULIDADE: é a consequência jurídica para a inobservância 
das formalidades legais do processo.
Cuidado: o ato nulo produz efeitos concretos até ser 
declarado nulo por decisão judicial.
Atenção: a nulidade de ato praticado durante a investigação 
policial não torna nulo o processo. A prova será 
desentranhada.
Recursos
Arts. 574 a 646 do CPP
Efeitos dos recursos
§! Efeito obstativo – O recurso, quando interposto, 
impede a ocorrência da preclusão temporal.
§! Efeito devolutivo – É o efeito mediante o qual o 
recorrente devolve ao Tribunal a competência
para conhecer a matéria impugnada e apreciar o 
recurso.
§! Efeito suspensivo – O efeito suspensivo não está 
presente em todos os recursos, e diz respeito
à impossibilidade de a decisão impugnada produzir 
efeitos enquanto não for julgado o recurso.
§! Efeito Translativo – Refere-se à possibilidade de o 
Tribunal conhecer, de ofício, determinadas
matérias que não foram impugnadas pelo recorrente.
§! Efeito substitutivo – É o efeito que implica na 
substituição da decisão recorrida pela decisão
do juízo ad quem, seja mantendo ou reformando a 
decisão atacada.
§! Efeito regressivo (ou iterativo ou diferido) – O 
efeito regressivo também não está presente
em todos os recursos, e é o efeito que permite ao 
prolator da decisão se retratar da decisão
proferida, evitando a remessa ao órgão ad quem 
(órgão recursal).
§! Efeito Extensivo – Decorre da necessidade de que 
haja isonomia no julgamento de todos
aqueles que respondem pelo mesmo fato. Assim, se 
um dos corréus interpõe recurso, a decisão
desse recurso se estende aos demais, SALVO SE 
FUNDADA EM RAZÕES DE CARÁTER
ESTRITAMENTE PESSOAL.
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO 
Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista 
Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal
Com relação a nulidades no processo penal, a 
recursos em geral e a execução penal, julgue o item a 
seguir.
Na hipótese de divergência entre o acusado e o seu 
advogado a respeito de interesse recursal 
manifestado, deve prevalecer o entendimento da 
defesa técnica, seja no sentido da desistência, seja no 
sentido da interposição do recurso.
Certo
Errado
Certo
Errado
Súmula 705 do STF
A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada 
sem a assistência do defensor, não impede o 
conhecimento da apelação por este interposta.
Ano: 2017 Banca: CONSULPLAN Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: 
CONSULPLAN - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador Federal
“Fulano de tal” foi impronunciado pelo juiz sumariante. Insatisfeito 
com a decisão, o Ministério Público poderá interpor:
A)Agravo.
B)Apelação.
C)Embargos infrigentes.
D)Recurso em sentido estrito.
Ano: 2017 Banca: CONSULPLAN Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: 
CONSULPLAN - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de 
Justiça Avaliador Federal
“Fulano de tal” foi impronunciado pelo juiz sumariante. Insatisfeito 
com a decisão, o Ministério Público poderá interpor:
C) A)Agravo.
B)Apelação.
Embargos infrigentes.
D)Recurso em sentido estrito.
Habeas corpus
Arts. 647 e 667 do CPP
HABEAS CORPUS
Natureza - Trata-se de um sucedâneo recursal externo. Um 
instrumento similar a um recurso, mas não é recurso, pois é 
uma ação autônoma (um novo processo).
Espécies:
§! Preventivo - Finalidade é preservar a liberdade de 
qualquer pessoa, quando há risco de
violação a este direito.
§! Repressivo – Fazer cessar violação à liberdade.
OBS.: Doutrina e Jurisprudência admitem, ainda, uma 
terceira modalidade de HC, cuja finalidade é
suspender atos processuais ou impugnar procedimentos que 
possam importar em prisão futura da
pessoa. É o chamado HC TRANCATIVO.
OBS.: Não se admite HC para determinar o trancamento de 
ação penal ou IP quando se trata de
infração penal em que não há possibilidade de aplicação de 
pena privativa de liberdade (súmula 693
do STF).
Execução Penal - LEP
Lei 7.210 de 1984
CRIMES HEDIONDOS - SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. 
Possível é a suspensão condicional da pena mesmo em se 
tratando de crime hediondo
(HC 86698, Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, STF, 
julgado em 19/06/2007).
Questão: Quem está em gozo de sursis tem os direitos políticos 
suspensos?
A resposta é positiva, ou seja, durante o período de prova, os 
direitos políticos do beneficiário do sursis são suspensos, nos 
exatos termos do art. 15, III, da Constituição Federal.
Art. 15 da CF: É vedada a cassação dos direitos políticos, cuja 
perda ou suspensão só se dará nos casos de:
III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto 
durarem seus efeitos;
TEMPO MÁXIMO DE INTERNAÇÃO
Qual é o prazo máximo em que alguém pode ficar internado?
Para o Supremo Tribunal Federal, o prazo máximo é de 30 anos de 
internação, ou seja, o limite de unificação das penas privativas de 
liberdade (HC 107432, Min. Relator: Ricardo Lewandowski, 1ª 
Turma, julgado em 24/05/2011).
Para o Superior Tribunal de Justiça, o prazo máximo de 
internação corresponde ao limite máximo da pena abstratamente 
cominada ao delito praticado. Esse é teor da súmula 527 do STJ:
Súmula 527 do STJ: O tempo de duração da medida de segurança 
não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente 
cominada ao delito praticado.
As medidas de segurança de internação e de tratamento 
ambulatorial serão cumpridas em Hospitalde Custódia e 
Tratamento Psiquiátrico (art. 99 da LEP). 
Diante disso, indaga-se: E se não existir vagas em Hospital de 
custódia e Tratamento Psiquiátrico, o inimputável pode ficar em 
presídio?
A resposta é negativa.
Consoante entendimento deste Superior Tribunal, é indevida a 
segregação, em estabelecimento prisional comum, de inimputável 
submetido a medida de segurança de internação em hospital de 
custódia e tratamento, mesmo na hipótese de ausência de vaga 
nas instituições adequadas.
(RHC 73.677/MG, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, 
julgado em 16/05/2017, DJe 19/05/2017)
FIQUE LIGADO!
A decisão concessiva da desinternação ou da liberação 
condicional somente será cumprida depois de transitar em 
julgado. Em outros termos, o Juízo da Execução somente expedirá 
a ordem para a desinternação/liberação condicional após o 
trânsito em julgado da decisão, conforme determina o art. 179 da 
LEP.
Com isso, chamo atenção de vocês para descrever que essa é a 
única hipótese em que o agravo em execução (recurso cabível em 
sede de execução penal) terá efeito suspensivo. Vale dizer, 
enquanto não transitar em julgado para as partes a decisão 
concessiva de desinternação/liberação condicional, a medida de 
segurança permanece sendo executada.
Contato do Prof. Ivan Marques:
Instagram – prof.ivanmarques
SUCESSO NA PROVA!
OBRIGADO E BONS ESTUDOS!

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