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Contato do Prof. Ivan Marques: Instagram – prof.ivanmarques Contato do Prof. Ivan Marques: Instagram – prof.ivanmarques CRIME (FATO) TÍPICO + ILÍCITO + CULPÁVEL Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: FCC - 2017 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal A coação moral irresistível A)torna o fato atípico. B)é causa excludente de ilicitude. C)é circunstância que sempre atenua a pena. D)tem o mesmo tratamento legal da coação física irresistível. E)é causa de isenção da pena. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: FCC - 2017 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal A coação moral irresistível A)torna o fato atípico. B)é causa excludente de ilicitude. C)é circunstância que sempre atenua a pena. D)tem o mesmo tratamento legal da coação física irresistível. E)é causa de isenção da pena. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: FCC - 2017 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal Considere: I. Não provocação voluntária do perigo. II. Exigibilidade de sacrifício do bem salvo. III. Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo. IV. Conhecimento da situação justificante. V. Agressão atual ou pretérita. São requisitos do estado de necessidade o que se afirma APENAS em A)I, III e IV. B)II, III e IV. C)I, II e V. D)II, IV e V. E)I, III e V. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal Acerca da antijuridicidade e das causas de exclusão no direito penal, julgue o item subsequente. O oficial de justiça encontra-se em exercício regular de direito ao cumprir mandado de reintegração de posse de bem imóvel de propriedade de banco público, com ordem de arrombamento, desocupação e imissão de posse. Certo Errado Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal Acerca da antijuridicidade e das causas de exclusão no direito penal, julgue o item subsequente. O oficial de justiça encontra-se em exercício regular de direito ao cumprir mandado de reintegração de posse de bem imóvel de propriedade de banco público, com ordem de arrombamento, desocupação e imissão de posse. Certo Errado PERSECUÇÃO PENAL INQUÉRITO POLICIAL Arts. 4.º a 23 do CPP PRETENSÃO PUNITIVA DO ESTADO vingança privada e da autotutela como forma de justiça. vingança divina - ira dos Deuses. vingança pública - o Estado passou a ser o detentor exclusivo do direito de punir (ius puniendi e devido processo legal). II – CARACTERÍSTICAS DO IP: 1 – Realizado pela Polícia Judiciária 2 – Caráter inquisitivo 3 – Caráter sigiloso 4 – Forma escrita 5 - Dispensável 1 – Realizado pela Polícia Judiciária Polícia Civil ou Federal MP pode acompanhar (art. 26, IV, da Lei 8.625/93) sem tornar-se suspeito. Súmula 234 STJ: A Participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. PIC – MP investiga diretamente. 2 – Caráter inquisitivo Não vigora o contraditório (apenas na ação penal). Isso não impede requerer diligências Art. 7º (... ) XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital. 4 – Forma escrita Redução obrigatória a termo Não serão suficientes vídeos gravados com os depoimentos. POR QUE Para que haja segurança em relação ao seu conteúdo. (art. 9.º CPP). 5 – Dispensável A existência do IP não é obrigatória. A denúncia ou queixa podem ser oferecidas com base nas “peças de informação”. 39, § 4º CPP - MP dispensa IP se representação vier com as peças de informação. 40 CPP – MP recebe cópias e documentos do Poder Judiciário. Só requisita IP se faltou materialidade e autoria. III – LOCAL ONDE DEVE TRAMITAR mesmo local da futura ação penal (regras de competência). P: O que acontece se o IP for instaurado em outra circunscrição? – remessa. Circunscrição – é o território dentro do qual as autoridades policiais e seus agentes desempenham suas atividades. Obs: se uma diligência tiver de ser realizada em outro município, será necessário carta precatória. IV – SUSPEIÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL Art. 107, CPP - Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal. P: E se o delegado não se declarar suspeito em caso claro de suspeição? – pedido ao superior hierárquico. DG ou SSP CITAÇÕES E INTIMAÇÕES Arts. 351 a 372 É o ato oficial pelo qual, ao início da ação, dá-se ciência ao acusado de que, contra ele, se movimenta esta ação, chamando-o a vir a juízo, para se ver processar e fazer a sua defesa. Compõe-se a citação de dois elementos básicos: a cientificação do inteiro teor da acusação e o chamamento do acusado para vir apresentar a sua defesa. QUEM DETERMINA A CITAÇÃO Somente cabe ao juiz determiná-la e, normalmente, a oficial de justiça cumpri-la. Tratando-se de infrações da alçada do Juizado Especial, a citação pode ser feita de viva voz, na própria Secretaria, por qualquer dos funcionários com atribuições para tanto, nos termos do art. 66 da Lei n. 9.099/95. FALTA DE CITAÇÃO A citação do acusado no processo penal é indispensável, mesmo que tenha ele conhecimento do processo por outro motivo (interpelação, defesa preliminar etc.) e sua falta é causa de nulidade absoluta do processo (CPP, art. 564, III, e), porque afronta os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. O acusado ver-se-ia processado sem ao menos ter a possibilidade de contrariar as imputações que lhe foram lançadas. Diz a lei (CPP, art. 570) que a falta ou nulidade da citação “estará sanada, desde que o interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de argui-la”. Com base nisso, o Supremo Tribunal Federal já decidiu que fica afastada a falta ou defeito da citação, quando o réu comparece em juízo e é interrogado. CLASSIFICAÇÃO DAS CITAÇÕES: 1) real, pessoal ou in faciem: é a feita efetivamente na própria pessoa do acusado, gerando a certeza de sua realização. Procede-se mediante mandado (CPP, art. 351), carta precatória (CPP, art. 353) ou de ordem (determinada por órgão de jurisdição superior), requisição (CPP, art. 358) e carta rogatória (CPP, arts. 368 e 369); CLASSIFICAÇÃO DAS CITAÇÕES: 2) ficta ou presumida: é a realizada por meio da publicação ou afixação em local determinado, de editais contendo a ordem de citação (CPP, arts. 361 e s.). Não existia no processo penal a chamada “citação por hora certa”, tão comum no âmbito do processo civil. No entanto, passou a ser expressamente admitida, consoante o teor do art. 362 do CPP: “Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 do Código de Processo Civil”. Citação por carta precatória Destina-se à citação do acusado que estiver no território nacional, em lugar certo e sabido, porém fora da comarca do juízo processante (CPP, art. 353). Constitui na realidade um pedido formulado pelo juízo processante ao juízo da localidade em que se encontra o réu, no sentido de que este último proceda ao ato citatório. Pressupõe que os juízos sejam da mesma instância (grau de jurisdição), pois se trata de mera solicitação, e não de determinação. Tal pedido é remetido por meio de uma carta, daí o nome de “carta precatória” (de precatoriu, isto é, uma carta na qual se pede algo): carta, porque tem forma de carta;precatória, porque contém um pedido. O juiz solicitante (onde corre o processo) denomina-se deprecante, enquanto o solicitado, deprecado (onde está o citando). O primeiro pede que o segundo mande citar o acusado, não importando se o juízo deprecado encontra-se sediado na mesma ou em outra unidade da Federação. Caráter itinerante da carta precatória: Na hipótese de o citando se encontrar em outra comarca, distinta da do juízo deprecado, este encaminhará a carta precatória diretamente ao novo local (CPP, art. 355, § 1º). É a chamada “precatória itinerante”. Citação do militar Faz-se mediante a expedição de ofício pelo juízo processante, de nominado ofício requisitório, o qual será remetido ao chefe do serviço onde se encontra o militar, cabendo a este, e não ao oficial de justiça, a citação do acusado (CPP, art. 358). A requisição deverá obedecer aos mesmos requisitos intrínsecos (CPP, art. 352) e extrínsecos do mandado (CPP, art. 357), não se admitindo tenha o militar menos garantias de defesa do que o civil. Se por acaso o militar residir ou estiver prestando serviço em outra comarca, cumpre ao juiz processante expedir precatória, cabendo ao juiz deprecado a expedição do ofício requisitório. Entendemos que não deve haver expedição de mandado para cumprimento pelo oficial de justiça, pois a lei criou uma regra especial, que derroga a geral, prevista no art. 351 do Código de Processo Penal. Citação do preso Todos os réus, não importando a sua condição, deverão ser pessoalmente citados por mandado. A redação do art. 360 do CPP não deixa dúvidas quanto a isso: “Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado”. Assim, o oficial de justiça deverá se dirigir ao estabelecimento carcerário em que o réu se encontrar e citá-lo pessoalmente, devendo atender às seguintes exigências, sob pena de nulidade: a) leitura do mandado ao citando (preso ou não) pelo oficial; b) entrega da contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação; c) declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé e sua aceitação ou recusa (cf. CPP, art. 357). Citação do funcionário público Se o acusado for funcionário público da ativa será citado por mandado. Mas exige a lei que o chefe da repartição onde o citando exerce suas funções seja devidamente notificado de que, em tal dia, hora e lugar, aquele funcionário deverá comparecer para ser interrogado. Essa exigência é necessária e se justifica a fim de que o chefe da repartição disponha de tempo para substituir, naquele dia, àquela hora, o funcionário cuja presença é reclamada pelo juiz. Não há necessidade, portanto, dessa comunicação se o funcionário estiver afastado do serviço (licença, férias etc.). Tratando-se de magistrado, a comunicação deve ser feita ao presidente do tribunal, que deverá autorizar a licença para que possa afastar-se dos serviços e de sua comarca. Quanto ao membro do Ministério Público, a comunicação deve ser feita ao procurador-geral. Se o funcionário exercer suas funções fora da comarca do juiz processante, expedir-se-á precatória, cabendo ao juiz deprecado tomar as providências apontadas neste artigo. Réu no estrangeiro Encontrando-se o acusado no estrangeiro, em local certo e sabido, será sempre citado por carta rogatória, mesmo que a infração seja afiançável. Por outro lado, a fim de se evitar a prescrição, a Lei determina a suspensão do prazo prescricional até o cumprimento da carta rogatória. Entendemos que a prescrição ficará suspensa até que a carta seja juntada aos autos, devidamente cumprida. art. 222-A: “As cartas rogatórias só serão expedidas se demonstrada previamente a sua imprescindibilidade, arcando a parte requerente com os custos de envio”. Quando o acusado estiver em local incerto e não sabido, aplica-se a regra geral e a citação será por edital com prazo de quinze dias (CPP, art. 361). No caso de citação em legações estrangeiras (sede das embaixadas ou consulados), será expedida a carta rogatória e remetida ao Ministério da Justiça, conforme os arts. 783 e seguintes, para o seu cumprimento via Ministério das Relações Exteriores (CPP, art. 369). Esta regra somente se aplica aos funcionários da embaixada ou consulado. No caso dos empregados particulares dos representantes diplomáticos, a citação será por mandado ou precatória, conforme o caso. Citação por carta de ordem São as citações determinadas pelos tribunais nos processos de sua competência originária, vale dizer, o tribunal determina ao magistrado de primeira instância que cite o acusado residente em sua comarca e que goze de prerrogativa de foro. São também as determinações de tribunais superiores para tribunais de segundo grau. Citação por edital Consiste na citação por meio da publicação ou afixação na entrada do fórum da ordem judicial de citação. Pressuposto da citação por edital: só podendo ser adotada depois de esgotados todos os meios para localizar o acusado. a) réu em local incerto e não sabido: de acordo com o art. 363, § 1º, não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por edital. Neste caso, não se sabe o país, estado ou cidade (incerto), tampouco o endereço (não sabido) onde se encontra o acusado. A prova de que o réu não foi encontrado é a certidão lavrada pelo oficial de justiça encarregado da execução do mandado de citação pessoal que o considera “em lugar incerto e não sabido”. É nula, pois, a citação quando não for exarada tal certidão. Conforme dito acima, o citando deve ser procurado em todos os endereços constantes dos autos, sob pena de nulidade. O prazo do edital será de quinze dias (CPP, art. 361) b) citação por hora certa no processo penal consoante a redação do art. 362 do CPP: “Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil”. O procedimento será o seguinte: (a) Tendo, por três vezes, o oficial de justiça procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar (CPC, art. 227). (b) No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência (CPC, art. 228, caput). (c) Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca (CPC, art. 228, § 1º). (d) Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com pessoa da família ou com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome (CPC, art. 228, § 2º). (e) Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência Cumpre consignar que, como o réu era citado por edital, incidiam todos os efeitos do art. 366 do CPP (suspensão do prazo do processo e do curso do prazo prescricional, antecipação das provas urgentes e decretação da prisão preventiva). A partir de agora, com a citação por hora certa e o não comparecimento do réu ao processo, este correrá à sua revelia, sendo-lhe nomeado defensor dativo, restando, portanto, inaplicáveis os efeitos do art. 366 do CPP; art. 366 do CPP Mas o prazo prescricional ficará suspenso por tempo indeterminado? A Lei nada diz a respeito. Súmula 415 do STJ: O período de suspensão do prazo prescricional regulado pelo máximo da pena cominada. EXEMPLO: José está sendo processado pela prática do crime de estelionato, cuja pena máxima é de cinco anos, logo, o prazo prescricional é de 12 anos. Neste caso, o prazo prescricional só poderia ficar suspenso por 12 anos. Após este lapsotemporal, o prazo prescricional voltaria a correr normalmente. Quando da aplicação do art. 366, o Juiz poderá: §! Determinar a produção antecipada de provas – Com relação a este ponto, é importante ressaltar que prevalece o entendimento de que a decisão que determina a produção antecipada de provas deve ser devida e concretamente fundamentada, não podendo se basear apenas na alegação de que o decurso do tempo é prejudicial (súmula 455 do STJ38). Quando da aplicação do art. 366, o Juiz poderá: §! Determinar a produção antecipada de provas – Com relação a este ponto, é importante ressaltar que prevalece o entendimento de que a decisão que determina a produção antecipada de provas deve ser devida e concretamente fundamentada, não podendo se basear apenas na alegação de que o decurso do tempo é prejudicial (súmula 455 do STJ). Quando da aplicação do art. 366, o Juiz poderá: Decretar a prisão preventiva – Isso não significa que teremos, aqui, uma hipótese de decretação automática da prisão preventiva. Devem estar presentes os pressupostos do art. 312 e as regras do art. 313 do CPP. Na hipótese de crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, previsto no art. 1º (redação dada pela Lei n. 12.683/2012) da Lei n. 9.613, de 3 de março de 1998 – Lei de La vagem de Dinheiro –, não se aplica o disposto no art. 366 do Código de Processo Penal, não incidindo nenhuma das inovações introduzidas pela Lei n. 9.271/96 (Lei n. 9.613/98, art. 2º, § 2º). Sendo o réu citado por edital, o pro cesso seguirá à sua revelia, não havendo que se falar também em suspensão da prescrição. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: FCC - 2017 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal Em relação às citações e intimações disciplinadas no Código de Processo Penal, e, ainda, considerando o que dispõem as Súmulas do Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça acerca do tema, é correto afirmar: A. Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se desnecessária intimação da data da audiência no juízo deprecado. B. Se o réu estiver preso, desnecessária sua citação, bastando a requisição ao diretor do estabelecimento prisional para sua apresentação em juízo, em dia e hora previamente marcados. C. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com prazo de 10 dias. D. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, sendo vedado ao juiz determinar a produção antecipada de provas, ainda que urgentes, em razão do princípio do contraditório. E. É absoluta a nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição de precatória para inquirição de testemunha. RESPOSTA: A. Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se desnecessária intimação da data da audiência no juízo deprecado. Súmula 273 do STJ. PRISÃO CAUTELAR Arts. 282 a 313 do CPP 1. prisão em flagrante (modalidades) 2. prisão temporária - Lei 7.960/89 3. prisão preventiva (282, 312 e 313 CPP) 4. prisão preventiva - por descumprimento de cautelar 5. prisão preventiva - prisão domiciliar 6. prisão preventiva - prisão para averiguação Flagrante PRÓPRIO O agente é surpreendido praticando a infração penal e preso nesse momento. Flagrante IMPRÓPRIO O agente é PERSEGUIDO logo após a prática da infração penal. ATENÇÃO A situação de flagrância dura enquanto a perseguição continuar. Flagrante PRESUMIDO / FICTO O agente é encontrado com o produto da infração logo após o crime – dessa forma, PRESUME-SE ter sido ele o autor da infração penal. a presunção é RELATIVA. Flagrante ESPERADO a autoridade policial toma conhecimento através de outrem de que irá ocorrer um crime. Os policiais ficam de prontidão, esperando a ocorrência do crime para prender o agente no ato da consumação, não havendo interferência externa de ninguém. Esta forma de flagrante é válida, pois é autorizada pela lei. Flagrante FORJADO as provas são criadas por outrem para incriminar o agente, como um policial que coloca drogas ilícitas na bagagem de seu desafeto para prendê-lo em flagrante, a título de exemplo. Este tipo de flagrante é claramente ilegal. Aquele que forjou as provas pode responder criminalmente. Flagrante provocado/preparado ocorre quando alguém, de forma insidiosa, provoca o autor a praticar o crime, ao mesmo tempo em que toma providências para a sua não consumação. Súmula 145 do STF: não há crime quando a preparação do flagrante pela autoridade policial torna impossível a sua consumação. Trata- se de crime impossível - art. 17 do CP. Flagrante postergado/retardado/diferido/ação controlada consiste no retardamento da prisão em flagrante nos crimes praticados por organizações criminosas ou tráfico de drogas, sob a condição de as ações destes agentes serem constantemente monitoradas, com o fim de que a prisão se efetue no momento mais oportuno e conveniente para a polícia. Lei 11.343/2006 – art. 53, II Lei 12.850/2013 – art. 3, III PRISÃO TEMPORÁRIA LEI Nº 7.960/1989 Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. § 7° Decorrido o prazo de cinco dias de detenção, o preso deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se já tiver sido decretada sua prisão preventiva. ATENÇÃO: Pratica abuso de autoridade quem: prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade; Lei 4.898/65 – art. 4.º, i PRAZO DA TEMPORÁRIA NA LEI DOS CRIMES HEDIONDOS Lei 8.072/90, art. 2.º, § 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960/89, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. OBS. Os presos temporários deverão permanecer, obrigatoriamente, separados dos demais detentos. Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código. - LIBERDADE PROVISÓRIA VINCULADA: I - comparecimento periódico em juízo II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares III - proibição de manter contato com pessoa determinada IV - proibição de ausentar-se da Comarca V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga - LIBERDADE PROVISÓRIA VINCULADA: VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira VII - internação provisória do acusado VIII – fiança IX - monitoração eletrônica 320. intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. quadro geral da prisão preventiva CAPÍTULO IV DA PRISÃO DOMICILIAR ARTS. 317 a 318-B Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial. Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: I - maior de 80 (oitenta) anos; II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; IV – gestante; V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisãodomiciliar, desde que: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018). I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente. Procedimentos Arts. 396 e segts CPP Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. § 1o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. § 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. § 1o Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas. § 2o A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Código. Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. § 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. § 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da parte, a audiência será concluída sem as alegações finais. Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferirá a sentença. NULIDADES Arts. 563 a 573 do CPP Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa. Pas de nulité sans grief Nulidades relativas – atos nulos sendo convalidados pela falta de alegação na primeira oportunidade Ex: incompetência territorial NULIDADE: é a consequência jurídica para a inobservância das formalidades legais do processo. Cuidado: o ato nulo produz efeitos concretos até ser declarado nulo por decisão judicial. Atenção: a nulidade de ato praticado durante a investigação policial não torna nulo o processo. A prova será desentranhada. Recursos Arts. 574 a 646 do CPP Efeitos dos recursos §! Efeito obstativo – O recurso, quando interposto, impede a ocorrência da preclusão temporal. §! Efeito devolutivo – É o efeito mediante o qual o recorrente devolve ao Tribunal a competência para conhecer a matéria impugnada e apreciar o recurso. §! Efeito suspensivo – O efeito suspensivo não está presente em todos os recursos, e diz respeito à impossibilidade de a decisão impugnada produzir efeitos enquanto não for julgado o recurso. §! Efeito Translativo – Refere-se à possibilidade de o Tribunal conhecer, de ofício, determinadas matérias que não foram impugnadas pelo recorrente. §! Efeito substitutivo – É o efeito que implica na substituição da decisão recorrida pela decisão do juízo ad quem, seja mantendo ou reformando a decisão atacada. §! Efeito regressivo (ou iterativo ou diferido) – O efeito regressivo também não está presente em todos os recursos, e é o efeito que permite ao prolator da decisão se retratar da decisão proferida, evitando a remessa ao órgão ad quem (órgão recursal). §! Efeito Extensivo – Decorre da necessidade de que haja isonomia no julgamento de todos aqueles que respondem pelo mesmo fato. Assim, se um dos corréus interpõe recurso, a decisão desse recurso se estende aos demais, SALVO SE FUNDADA EM RAZÕES DE CARÁTER ESTRITAMENTE PESSOAL. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRF - 1ª REGIÃO Prova: CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal Com relação a nulidades no processo penal, a recursos em geral e a execução penal, julgue o item a seguir. Na hipótese de divergência entre o acusado e o seu advogado a respeito de interesse recursal manifestado, deve prevalecer o entendimento da defesa técnica, seja no sentido da desistência, seja no sentido da interposição do recurso. Certo Errado Certo Errado Súmula 705 do STF A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta. Ano: 2017 Banca: CONSULPLAN Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: CONSULPLAN - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal “Fulano de tal” foi impronunciado pelo juiz sumariante. Insatisfeito com a decisão, o Ministério Público poderá interpor: A)Agravo. B)Apelação. C)Embargos infrigentes. D)Recurso em sentido estrito. Ano: 2017 Banca: CONSULPLAN Órgão: TRF - 2ª REGIÃO Prova: CONSULPLAN - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal “Fulano de tal” foi impronunciado pelo juiz sumariante. Insatisfeito com a decisão, o Ministério Público poderá interpor: C) A)Agravo. B)Apelação. Embargos infrigentes. D)Recurso em sentido estrito. Habeas corpus Arts. 647 e 667 do CPP HABEAS CORPUS Natureza - Trata-se de um sucedâneo recursal externo. Um instrumento similar a um recurso, mas não é recurso, pois é uma ação autônoma (um novo processo). Espécies: §! Preventivo - Finalidade é preservar a liberdade de qualquer pessoa, quando há risco de violação a este direito. §! Repressivo – Fazer cessar violação à liberdade. OBS.: Doutrina e Jurisprudência admitem, ainda, uma terceira modalidade de HC, cuja finalidade é suspender atos processuais ou impugnar procedimentos que possam importar em prisão futura da pessoa. É o chamado HC TRANCATIVO. OBS.: Não se admite HC para determinar o trancamento de ação penal ou IP quando se trata de infração penal em que não há possibilidade de aplicação de pena privativa de liberdade (súmula 693 do STF). Execução Penal - LEP Lei 7.210 de 1984 CRIMES HEDIONDOS - SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA. Possível é a suspensão condicional da pena mesmo em se tratando de crime hediondo (HC 86698, Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, STF, julgado em 19/06/2007). Questão: Quem está em gozo de sursis tem os direitos políticos suspensos? A resposta é positiva, ou seja, durante o período de prova, os direitos políticos do beneficiário do sursis são suspensos, nos exatos termos do art. 15, III, da Constituição Federal. Art. 15 da CF: É vedada a cassação dos direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; TEMPO MÁXIMO DE INTERNAÇÃO Qual é o prazo máximo em que alguém pode ficar internado? Para o Supremo Tribunal Federal, o prazo máximo é de 30 anos de internação, ou seja, o limite de unificação das penas privativas de liberdade (HC 107432, Min. Relator: Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, julgado em 24/05/2011). Para o Superior Tribunal de Justiça, o prazo máximo de internação corresponde ao limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado. Esse é teor da súmula 527 do STJ: Súmula 527 do STJ: O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente cominada ao delito praticado. As medidas de segurança de internação e de tratamento ambulatorial serão cumpridas em Hospitalde Custódia e Tratamento Psiquiátrico (art. 99 da LEP). Diante disso, indaga-se: E se não existir vagas em Hospital de custódia e Tratamento Psiquiátrico, o inimputável pode ficar em presídio? A resposta é negativa. Consoante entendimento deste Superior Tribunal, é indevida a segregação, em estabelecimento prisional comum, de inimputável submetido a medida de segurança de internação em hospital de custódia e tratamento, mesmo na hipótese de ausência de vaga nas instituições adequadas. (RHC 73.677/MG, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 16/05/2017, DJe 19/05/2017) FIQUE LIGADO! A decisão concessiva da desinternação ou da liberação condicional somente será cumprida depois de transitar em julgado. Em outros termos, o Juízo da Execução somente expedirá a ordem para a desinternação/liberação condicional após o trânsito em julgado da decisão, conforme determina o art. 179 da LEP. Com isso, chamo atenção de vocês para descrever que essa é a única hipótese em que o agravo em execução (recurso cabível em sede de execução penal) terá efeito suspensivo. Vale dizer, enquanto não transitar em julgado para as partes a decisão concessiva de desinternação/liberação condicional, a medida de segurança permanece sendo executada. Contato do Prof. Ivan Marques: Instagram – prof.ivanmarques SUCESSO NA PROVA! OBRIGADO E BONS ESTUDOS!
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