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AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROCESSO Nº: XXXXXXXX
REQUERENTE: Ministério Público do Estado de São Paulo 
REQUERIDO: Prefeito Municipal de Rosana/SP
Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do
seu promotor designado, vem respeitosamente a presença de Vossa
Excelência, com acatamento devido e merecido, com fulcro no parágrafo único
do artigo 1.015 do Código de Processo Civil, INTERPOR, tempestivamente: 
AGRAVO DE INTRUMENTO
Em face da decisão interlocutória proferida nos autos da
Ação Civil Pública, registrada sob o nº XXXXXX, que tramita na ____ vara
Cível da comarca de Rosana/SP, tendo como Requerida a Prefeitura do
município de Rosana/SP, em endereço XXXXXXXX. 
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Com base no artigo 1.017 do CPC, anexas vem, as razoes
recursais, com todos os documentos obrigatórios e facultativos, porém
imprescindíveis para devido julgamento do presente recurso.
Assim, requer que seja recebido o presente agravo de
instrumento em seus efeitos legais, levando-se em conta, que todos os
requisitos legais estabelecidos no artigo 1.016 do CPC.
Termos em que, pede e aguarda deferimento, por ser sinal
da mais lídima justiça.
Rosana/SP, em 06 de setembro de 2017.
Promotor de Justiça do Estado de São Paulo
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COLENDA CÂMARA JULGADORA
EMINENTES DESEMBARGADORES
ÍNCLITO RELATOR
PROCESSO Nº: XXXXXX - ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE
ROSANA/SP
Requerente: Ministério Público do Estado de São Paulo
Requerida: Prefeito Municipal de Rosana/SP
RAZÕES DO AGRAVO 
Perplexos com a decisão interlocutória proferida pelo Juiz
de Primeiro Grau, que indeferiu a concessão da tutela de urgência de natureza
antecipada de criação de vagas nas escolas para as crianças do município, por
entender que o direito a educação é um direito social, possuindo assim,
natureza de norma programática, não cabendo então ao poder judiciário intervir
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na Administração Pública para concretizar tais direitos, propõe-se o presente
recurso de agravo de instrumento pelos motivos que a seguir passo a aduzir. 
1- DOS FATOS 
Inicialmente, trata-se de decisão interlocutória proferida nos
autos da ação civil pública, com pedido de tutela antecipada de urgência, com
objetivo imediato de obter decisão favorável quanto a criação de vagas para as
crianças do município para voltar para escola, e evitar que elas percam o ano
letivo, e mediato, a condenação do prefeito/prefeitura do município de Rosana/
SP pelo não oferecimento de vagas na educação pública fundamental para as
crianças, pelo fundamento de não haver dinheiro em caixa na prefeitura para
solucionar essa questão devido à crise econômica enfrentada, entretanto, o
dinheiro que a prefeitura tem disponível está sendo destinado para a
construção de um grandioso estádio de futebol.
Dito isso, a fim de facilitar a compreensão da pretensão em
questão as Vossas Excelências, é de grande relevância destacar todo o
contexto fático que originou a ação civil pública em primeiro grau, e
posteriormente este agravo de instrumento. 
O prefeito do município de Rosana/SP reduziu o número de
vagas ofertadas para a educação infantil fundamental nas escolas públicas,
gerando assim enorme descontentamento nas mães, haja vista, que essa
redução deixou muitas crianças sem vagas, por conseguinte, não ter onde
estudar. 
Com isso, buscaram ter o seu direito respeitado, então, as
mães foram até o Ministério Público a fim de que fosse adotada alguma
medida, explicando todos os fatos que ocorreram, e ainda, sob o motivo do
corte de vagas, que teve como fundamento a falta de recursos para
Administração Pública devido à crise econômica enfrentada, o que fez com que
o município fechasse as escolas e não providenciasse novas vagas para
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atender a demanda de estudantes, e além do mais, foram orientadas pelo
prefeito a deixar seus filhos em casa até o próximo ano letivo.
Sendo assim, o prefeito do município foi procurado pelo
Ministério Público (MP) com o intuito de lhe apresentar medidas para a solução
desse problema, para que não se fizesse necessário ingressar ao judiciário
contra a prefeitura. 
Outrossim, este negou-se pratica de qualquer negociação,
bem como adoção de medidas que se fizessem necessárias para sanar essa
falta de vaga nas escolas restantes do município, alegando de forma
descabida, que os cortes realizados foram para que se pudessem ser dado
prosseguimento na construção de um grandioso estádio de futebol.
Então, após essa tentativa, necessário se fez ingressar
com ação civil pública na justiça comum, buscando a resolução desta lide, em
caráter de urgência a concessão da tutela antecipada, que devido a sua
negativa originou-se o presente agravo de instrumento. 
Assim, a referida decisão interlocutória negativa foi
fundamentada sob a égide de o direito a educação ser um direito social,
possuindo desta forma, natureza de norma programática, não cabendo assim
ao judiciáriointerferir na Administração Pública. E este Ministério Público foi
intimado em 4 de setembro de 2017, propondo tempestivamente este agravo
de instrumento. 
Entretanto, postergar ainda mais lesão a este direito
fundamental inerente as crianças, poderá gerar danos irreparáveis, buscando
com este presente agravo de instrumento que a decisão interlocutória seja
reformada por Vossas Excelências, revogando-se a decisão inicialmente
proferida, e concedendo a tutela antecipada de urgência, determinando ainda,
que sejam criadas vagas para as crianças, de maneira a minimizar os danos
que já estão sendo causados.
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2- DA PRELIMINAR DE MÉRITO
2.1- DO CABIMENTO DO RECURSO DE AGRAVO DE
INTRUMENTO 
Consoante o artigo 1015 do Código de Processo Civil,
estabelece um rol taxativo quanto as possibilidades cabíveis para o recurso de
agravo de instrumento, vejamos: 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões
interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento
do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo
aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, §
1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento
contra decisões interlocutórias proferidas na fase de
liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença,
no processo de execução e no processo de inventário.
(grifos nossos)
Assim, tem-se que o presente caso refere-se a agravo de
instrumento que busca reformar a decisão proferida em primeiro grau, nos
autos da ação civil pública que busca a condenação da prefeitura de
Rosana/SP, juntamente com pedido de concessão de tutela antecipada de
urgência, o que, com base no artigo acima transcrito é plenamente cabível.
Portanto, com fulcro no inciso I do artigo 1.015 do CPC,
pugna as Vossas Excelências que seja reconhecida desde já a admissibilidade
do presente recurso de agravo de instrumento, afim de que seja conhecido e
provido, conforme a fundamentação que segue.
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3- DOS FUNDAMENTOS DE REFORMA DA DECISÃO
AGRAVADA
3.1- DA NECESSIDADE/POSSIBILIDADE DA
CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA ANTECIPADA
Incialmente, com fulcro no inciso XXXV do artigo 5º da
Carta Magna e também no artigo 300 do CPC, vejamos:
Constituição Federal 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes:
[...]
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito;
Código de Processo Civil
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode,
conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para
ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer,
podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou
após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será
concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos
efeitos da decisão. 
Nesse sentido, ao comentar sobre o artigo 300 do CPC
supratranscrito, a ilustre doutrinadora Teresa Arruda Alvim Wambier assevera
que: 
Esse art. 300 inaugura as disposições específicas da tutela de
urgência. Nesse passo, antes de comentar o artigo, impõe-se
uma breve explicação a respeito da tutela de urgência. 1.1.
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Variadas são as fórmulas encontradas na doutrina para a
classificação das tutelas de urgência, porém um ponto de
encontro pode ser vislumbrado em todas elas: a necessidade
de uma tutela que viabilize uma atuação pronta e eficaz para
evitar um dano irreparável ou de difícil reparação. 1.2. Por
qualquer ângulo que se olhe a questão, independentemente da
classificação que se adote, a tutela de urgência, como é curial,
não pode prescindir de seu núcleo, seu elemento vital: a
urgência em si mesma considerada. 1.3. Avulta dessa
constatação a noção de que a tutela de urgência é
caracterizada por uma situação de perigo, a qual, no mais das
vezes, reside no direito material e não no plano do direito
processual. Nesse sentido, trata-se de uma definição de tutela
jurisdicional aderente à situação do direito material que ela visa
a proteger. 1.4. Em palavras simples, pode-se afirmar, como
ponto de partida, que só é possível cogitar de tutela de
urgência se houver uma situação crítica, de emergência. Dessa
forma, a técnica processual empregada para impedir a
consumação ou o agravamento do dano – que pode consistir
no agravamento do prejuízo ou no risco de que a decisão final
seja ineficaz no plano dos fatos, que geram a necessidade de
uma solução imediata – é que pode ser classificada como a
tutela de urgência. É, pois, a resposta do processo a uma
situação de emergência, de perigo, de urgência. 1.5. Como se
vê, o NCPC foi além do Poder Geral de Cautela previsto no
CPC/73. Previu, em verdade, um poder geral de tutela de
urgência, que contempla tanto a cautelar quanto da tutela
antecipada. 1.6. O Enunciado 31 do Fórum Permanente de
Processualistas dispõe que: O poder geral de cautela está
mantido no CPC [2015].
Nessa toada, ainda Teresa Wambier preleciona acerca dos
requisitos da concessão da tutela de urgência: 
O caput do art. 300 traz os requisitos para a concessão da
tutela de urgência (cautelar ou satisfativa), quais sejam,
evidência da probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo. Noutras palavras, para a
concessão da tutela de urgência cautelar e da tutela de
urgência satisfativa (antecipação de tutela) exigem-se os
mesmos e idênticos requisitos: fumus boni iuris e periculum in
mora. Como preceitua o Enunciado 143 do Fórum Permanente
de Processualistas: “A redação do art. 300, caput, superou a
distinção entre os requisitos da concessão para a tutela
cautelar e para a tutela satisfativa de urgência, erigindo a
probabilidade e o perigo na demora a requisitos comuns para a
prestação de ambas as tutelas de forma antecipada. Segundo
um dos coautores desses comentários, a diferenciação de
requisitos para a cautelar e a tutela antecipada, mesmo sob a
égide do CPC/73, nunca fez sentido. A questão dos requisitos
autorizadores para a concessão da tutela de urgência –
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compreendendo-se a tutela cautelare a antecipação de tutela
satisfativa – resolve-se pela aplicação do que chamamos de
“regra da gangorra”. O que queremos dizer, com “regra de
gangorra”, é que quanto maior o “periculum in mora”, menos
fumus se exige para a concessão da tutela pretendida, pois a
menos que se anteveja a completa inconsistência do direito
alegado, o que importa para a sua concessão é a própria
urgência, ou seja, a necessidade considerada em confronto
com o perigo da demora na prestação jurisdicional. O Juízo de
plausibilidade ou de probabilidade – que envolvem dose
significativa de subjetividade – ficam, a nosso ver, num
segundo plano, dependendo do periculum evidenciado. Mesmo
em situações que o magistrado não vislumbre uma maior
probabilidade do direito invocado, dependendo do bem em jogo
e da urgência, mesmo que satisfativa.
Desta maneira, tem-se que o periculum in mora e fumus
boni iuris são requisitos essências para a concessão da tutela de urgência que
se pretende inaldita altera pars.
Deste modo, a concessão da medida de urgência em
debate é efetivação lídima da justiça, já que estará cumprido o principio
constitucional do devido processo legal. Desta forma, restará cumprido o inciso
XXXV, do artigo 5° da CF/88, haja vista, que traz a inafastabilidade da
jurisdição como um elemento hábil para evitar lesões a direito ou revertê-las,
corrigindo as injustiças fáticas. 
Assim sendo, é plenamente cabível, a concessão da
medida buscada, sendo deferida a ordem de abertura de criação de vagas
suficientes para atender toda a demanda das crianças do município que foram
lesadas pelo corte de gastos e também pelo fechamento das escolas por parte
do prefeito. 
Para a concessão da tutela ora buscada, é extremamente
importante evidenciar o periculum in mora, que é a preservação do direito a
educação, além disso, o fumus bonis iuris, enquanto ocorre o prosseguimento
do feito.
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Desta forma, a fundamentação utilizada pelo juízo a quo é
totalmente descabida para o indeferimento da medida liminar vindicada, pois
mesmo que a natureza desse direito seja de norma de eficácia limitada
pragmática, ou seja, que depende da emissão de outra norma pra que ganhe a
eficácia necessária, a própria carta Magna prevê dos artigo 205 e 208, inciso I
e § 1° e 2°, como sendo esta universal, gratuito e obrigatório, vejamos:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da
família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado
mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17
(dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta
gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade
própria;
[...]
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público
subjetivo.
§ 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder
Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da
autoridade competente.
Desta feita, o legislador estabeleceu, de modo que ao
entrar em vigor a CF/88, não fosse necessária a promulgação de outra lei,
conforme prescrito no artigo 212 da CF/88:
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de
dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e
cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos,
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção
e desenvolvimento do ensino. 
Tão logo, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA,
disciplina nos artigos 53 e 54, que a criança e o adolescente têm direito a
educação, para que possam se desenvolver, se qualificar para o mercado de
trabalho e exercer com consciência sua cidadania. Devendo para isso, lhes
serem conferidos o direito ao acesso e condições de permanência na escola
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Assim, o Estado e a sociedade deverão assegurar o
acesso a esse direito, devendo este ocorrer na idade certa, ou seja, não há
nenhuma possibilidade de fazer com que essas crianças fiquem em casa
durante todo o ano letivo.
Por fim, toda a fundamentação utilizada pelo juízo a quo
não é correta, não sendo também suficiente para o indeferimento da concessão
da tutela antecipada de urgência, visto que, a própria constituição contempla a
edição da norma necessária para eficácia da norma que regulamenta o direito
a educação.
3.2- DA CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA
RECURSAL
 
Inicialmente, tem-se que a decisão de primeiro grau que
indeferiu o pedido de tutela provisória antecipada de urgência, não obrigou o
prefeito que sanasse a questão da falta de vagas na rede pública de educação.
Nesse sentido, dispõe o comando do artigo 1.019 do
Código de Processo Civil:
Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e
distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do
art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em
antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta
com aviso de recebimento, quando não tiver procurador
constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de
recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no
prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a
documentação que entender necessária ao julgamento do
recurso;
III - determinará a intimação do Ministério Público,
preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de
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sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15
(quinze) dias.
Desta feita, Excelências têm-se que a decisão proferida
fere o direito, haja vista, que o periculum in mora e o fumus bonis iuris para a
concessão da antecipação da tutela recursal estão presentes.
Assim, em se tratando de recurso que visa desconstituir a
decisão negativa, o efeito suspensivo atribuído a tal recurso não teria o condão
de dar efetividade ao pleito do recorrente, como é o caso de recurso em face
de decisão positiva, cujo o efeito suspensivo garante ao recorrente a eficácia,
ainda que provisória, do presente recurso.
Dito isso, afim de garantir a parte autora do recurso conta
decisão negativa a efetividade recursal, possibilita-se a concessão antecipada,
total ou parcialmente, a pretensão recursal.
Assim, aplicação do efeito suspensivo estabelecida no
artigo 1.019 do CPC, não geraria/implicaria efeito capaz de surtir efeitos úteis
frente ao presente caso.
Portanto, diante dos fatos e de toda fundamentação quanto
ao direito e a admissibilidade de concessão da tutela, bem como o presente
risco de danos irreparáveis, periculum in mora, com previsibilidade de resultar
grave lesão e de serem de difícil reparação frente ao direito que está sendo
lesado, havendo correspondência com os requisitos estabelecidos no artigo
1.019 do CPC. Assim, requer a concessão da tutela antecipada recursal.
5-DOS PEDIDOS
a) Receber e conhecer o presente recurso de agravo
de instrumento na forma do artigo 1.016 e seguintes do CPC;
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b) Liminarmente, na forma do inciso I do artigo 1019 do
CPC, requer a concessão da tutela recursal antecipada, inaldita altera pars,
afim de obrigar que o prefeito gere as vagas necessárias para todos os
estudantes;
c) Caso Vossas Excelências, entendam necessário,
que seja notificado o douto Juízo a quo, afim de prestar informações, de acordo
com o inciso I do artigo 1.019 do CPC;
d) Determinar a intimação da parte agravada, para que
responda o presente agravo de instrumento, na forma do inciso II do artigo
1.019 do CPC;
e) Após recebido e processado o presente recurso, que
seja TOTALMENTE PROVIDO para reformar a decisão do Juízo,
reconhecendo o desrespeito ao direito a educação e obrigando o prefeito do
município de Rosana/SP, de modo a suprir a falta de vagas na rede pública de
ensino;
f) Caso o nobre relator ao receber o presente
instrumento entender necessário sanar qualquer vicio ou completar a
documentação, requer nos termos do parágrafo único do artigo 932 do CPC, a
intimação deste agravante para sanar qualquer vicio, antes de considerar
inadmissível por esta razão o presente recurso;
g) Requer nos termos do artigo 1.017 do CPC a juntada
da copias da petição inicial, da petição que ensejou a decisão agravada, da
própria decisão, da certidão de intimação;
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