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A StuDocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Peça 2 const nova - Atividade referente a disciplina disposta no portal do aluno Estágio Supervisionado I (Universidade de Cuiabá) A StuDocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade Peça 2 const nova - Atividade referente a disciplina disposta no portal do aluno Estágio Supervisionado I (Universidade de Cuiabá) Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-de-cuiaba/estagio-supervisionado-i/tarefas-obrigatorias/peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno/4509648/view?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-de-cuiaba/estagio-supervisionado-i/3614832?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-de-cuiaba/estagio-supervisionado-i/tarefas-obrigatorias/peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno/4509648/view?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno https://www.studocu.com/pt-br/course/universidade-de-cuiaba/estagio-supervisionado-i/3614832?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCESSO Nº: XXXXXXXX REQUERENTE: Ministério Público do Estado de São Paulo REQUERIDO: Prefeito Municipal de Rosana/SP Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do seu promotor designado, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com acatamento devido e merecido, com fulcro no parágrafo único do artigo 1.015 do Código de Processo Civil, INTERPOR, tempestivamente: AGRAVO DE INTRUMENTO Em face da decisão interlocutória proferida nos autos da Ação Civil Pública, registrada sob o nº XXXXXX, que tramita na ____ vara Cível da comarca de Rosana/SP, tendo como Requerida a Prefeitura do município de Rosana/SP, em endereço XXXXXXXX. Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno Com base no artigo 1.017 do CPC, anexas vem, as razoes recursais, com todos os documentos obrigatórios e facultativos, porém imprescindíveis para devido julgamento do presente recurso. Assim, requer que seja recebido o presente agravo de instrumento em seus efeitos legais, levando-se em conta, que todos os requisitos legais estabelecidos no artigo 1.016 do CPC. Termos em que, pede e aguarda deferimento, por ser sinal da mais lídima justiça. Rosana/SP, em 06 de setembro de 2017. Promotor de Justiça do Estado de São Paulo Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 COLENDA CÂMARA JULGADORA EMINENTES DESEMBARGADORES ÍNCLITO RELATOR PROCESSO Nº: XXXXXX - ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ROSANA/SP Requerente: Ministério Público do Estado de São Paulo Requerida: Prefeito Municipal de Rosana/SP RAZÕES DO AGRAVO Perplexos com a decisão interlocutória proferida pelo Juiz de Primeiro Grau, que indeferiu a concessão da tutela de urgência de natureza antecipada de criação de vagas nas escolas para as crianças do município, por entender que o direito a educação é um direito social, possuindo assim, natureza de norma programática, não cabendo então ao poder judiciário intervir Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno na Administração Pública para concretizar tais direitos, propõe-se o presente recurso de agravo de instrumento pelos motivos que a seguir passo a aduzir. 1- DOS FATOS Inicialmente, trata-se de decisão interlocutória proferida nos autos da ação civil pública, com pedido de tutela antecipada de urgência, com objetivo imediato de obter decisão favorável quanto a criação de vagas para as crianças do município para voltar para escola, e evitar que elas percam o ano letivo, e mediato, a condenação do prefeito/prefeitura do município de Rosana/ SP pelo não oferecimento de vagas na educação pública fundamental para as crianças, pelo fundamento de não haver dinheiro em caixa na prefeitura para solucionar essa questão devido à crise econômica enfrentada, entretanto, o dinheiro que a prefeitura tem disponível está sendo destinado para a construção de um grandioso estádio de futebol. Dito isso, a fim de facilitar a compreensão da pretensão em questão as Vossas Excelências, é de grande relevância destacar todo o contexto fático que originou a ação civil pública em primeiro grau, e posteriormente este agravo de instrumento. O prefeito do município de Rosana/SP reduziu o número de vagas ofertadas para a educação infantil fundamental nas escolas públicas, gerando assim enorme descontentamento nas mães, haja vista, que essa redução deixou muitas crianças sem vagas, por conseguinte, não ter onde estudar. Com isso, buscaram ter o seu direito respeitado, então, as mães foram até o Ministério Público a fim de que fosse adotada alguma medida, explicando todos os fatos que ocorreram, e ainda, sob o motivo do corte de vagas, que teve como fundamento a falta de recursos para Administração Pública devido à crise econômica enfrentada, o que fez com que o município fechasse as escolas e não providenciasse novas vagas para Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 atender a demanda de estudantes, e além do mais, foram orientadas pelo prefeito a deixar seus filhos em casa até o próximo ano letivo. Sendo assim, o prefeito do município foi procurado pelo Ministério Público (MP) com o intuito de lhe apresentar medidas para a solução desse problema, para que não se fizesse necessário ingressar ao judiciário contra a prefeitura. Outrossim, este negou-se pratica de qualquer negociação, bem como adoção de medidas que se fizessem necessárias para sanar essa falta de vaga nas escolas restantes do município, alegando de forma descabida, que os cortes realizados foram para que se pudessem ser dado prosseguimento na construção de um grandioso estádio de futebol. Então, após essa tentativa, necessário se fez ingressar com ação civil pública na justiça comum, buscando a resolução desta lide, em caráter de urgência a concessão da tutela antecipada, que devido a sua negativa originou-se o presente agravo de instrumento. Assim, a referida decisão interlocutória negativa foi fundamentada sob a égide de o direito a educação ser um direito social, possuindo desta forma, natureza de norma programática, não cabendo assim ao judiciáriointerferir na Administração Pública. E este Ministério Público foi intimado em 4 de setembro de 2017, propondo tempestivamente este agravo de instrumento. Entretanto, postergar ainda mais lesão a este direito fundamental inerente as crianças, poderá gerar danos irreparáveis, buscando com este presente agravo de instrumento que a decisão interlocutória seja reformada por Vossas Excelências, revogando-se a decisão inicialmente proferida, e concedendo a tutela antecipada de urgência, determinando ainda, que sejam criadas vagas para as crianças, de maneira a minimizar os danos que já estão sendo causados. Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno 2- DA PRELIMINAR DE MÉRITO 2.1- DO CABIMENTO DO RECURSO DE AGRAVO DE INTRUMENTO Consoante o artigo 1015 do Código de Processo Civil, estabelece um rol taxativo quanto as possibilidades cabíveis para o recurso de agravo de instrumento, vejamos: Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias; II - mérito do processo; III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI - exibição ou posse de documento ou coisa; VII - exclusão de litisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o; XII - (VETADO); XIII - outros casos expressamente referidos em lei. Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. (grifos nossos) Assim, tem-se que o presente caso refere-se a agravo de instrumento que busca reformar a decisão proferida em primeiro grau, nos autos da ação civil pública que busca a condenação da prefeitura de Rosana/SP, juntamente com pedido de concessão de tutela antecipada de urgência, o que, com base no artigo acima transcrito é plenamente cabível. Portanto, com fulcro no inciso I do artigo 1.015 do CPC, pugna as Vossas Excelências que seja reconhecida desde já a admissibilidade do presente recurso de agravo de instrumento, afim de que seja conhecido e provido, conforme a fundamentação que segue. Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 3- DOS FUNDAMENTOS DE REFORMA DA DECISÃO AGRAVADA 3.1- DA NECESSIDADE/POSSIBILIDADE DA CONCESSÃO DA TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA ANTECIPADA Incialmente, com fulcro no inciso XXXV do artigo 5º da Carta Magna e também no artigo 300 do CPC, vejamos: Constituição Federal Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Código de Processo Civil Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. § 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. § 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Nesse sentido, ao comentar sobre o artigo 300 do CPC supratranscrito, a ilustre doutrinadora Teresa Arruda Alvim Wambier assevera que: Esse art. 300 inaugura as disposições específicas da tutela de urgência. Nesse passo, antes de comentar o artigo, impõe-se uma breve explicação a respeito da tutela de urgência. 1.1. Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno Variadas são as fórmulas encontradas na doutrina para a classificação das tutelas de urgência, porém um ponto de encontro pode ser vislumbrado em todas elas: a necessidade de uma tutela que viabilize uma atuação pronta e eficaz para evitar um dano irreparável ou de difícil reparação. 1.2. Por qualquer ângulo que se olhe a questão, independentemente da classificação que se adote, a tutela de urgência, como é curial, não pode prescindir de seu núcleo, seu elemento vital: a urgência em si mesma considerada. 1.3. Avulta dessa constatação a noção de que a tutela de urgência é caracterizada por uma situação de perigo, a qual, no mais das vezes, reside no direito material e não no plano do direito processual. Nesse sentido, trata-se de uma definição de tutela jurisdicional aderente à situação do direito material que ela visa a proteger. 1.4. Em palavras simples, pode-se afirmar, como ponto de partida, que só é possível cogitar de tutela de urgência se houver uma situação crítica, de emergência. Dessa forma, a técnica processual empregada para impedir a consumação ou o agravamento do dano – que pode consistir no agravamento do prejuízo ou no risco de que a decisão final seja ineficaz no plano dos fatos, que geram a necessidade de uma solução imediata – é que pode ser classificada como a tutela de urgência. É, pois, a resposta do processo a uma situação de emergência, de perigo, de urgência. 1.5. Como se vê, o NCPC foi além do Poder Geral de Cautela previsto no CPC/73. Previu, em verdade, um poder geral de tutela de urgência, que contempla tanto a cautelar quanto da tutela antecipada. 1.6. O Enunciado 31 do Fórum Permanente de Processualistas dispõe que: O poder geral de cautela está mantido no CPC [2015]. Nessa toada, ainda Teresa Wambier preleciona acerca dos requisitos da concessão da tutela de urgência: O caput do art. 300 traz os requisitos para a concessão da tutela de urgência (cautelar ou satisfativa), quais sejam, evidência da probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Noutras palavras, para a concessão da tutela de urgência cautelar e da tutela de urgência satisfativa (antecipação de tutela) exigem-se os mesmos e idênticos requisitos: fumus boni iuris e periculum in mora. Como preceitua o Enunciado 143 do Fórum Permanente de Processualistas: “A redação do art. 300, caput, superou a distinção entre os requisitos da concessão para a tutela cautelar e para a tutela satisfativa de urgência, erigindo a probabilidade e o perigo na demora a requisitos comuns para a prestação de ambas as tutelas de forma antecipada. Segundo um dos coautores desses comentários, a diferenciação de requisitos para a cautelar e a tutela antecipada, mesmo sob a égide do CPC/73, nunca fez sentido. A questão dos requisitos autorizadores para a concessão da tutela de urgência – Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 compreendendo-se a tutela cautelare a antecipação de tutela satisfativa – resolve-se pela aplicação do que chamamos de “regra da gangorra”. O que queremos dizer, com “regra de gangorra”, é que quanto maior o “periculum in mora”, menos fumus se exige para a concessão da tutela pretendida, pois a menos que se anteveja a completa inconsistência do direito alegado, o que importa para a sua concessão é a própria urgência, ou seja, a necessidade considerada em confronto com o perigo da demora na prestação jurisdicional. O Juízo de plausibilidade ou de probabilidade – que envolvem dose significativa de subjetividade – ficam, a nosso ver, num segundo plano, dependendo do periculum evidenciado. Mesmo em situações que o magistrado não vislumbre uma maior probabilidade do direito invocado, dependendo do bem em jogo e da urgência, mesmo que satisfativa. Desta maneira, tem-se que o periculum in mora e fumus boni iuris são requisitos essências para a concessão da tutela de urgência que se pretende inaldita altera pars. Deste modo, a concessão da medida de urgência em debate é efetivação lídima da justiça, já que estará cumprido o principio constitucional do devido processo legal. Desta forma, restará cumprido o inciso XXXV, do artigo 5° da CF/88, haja vista, que traz a inafastabilidade da jurisdição como um elemento hábil para evitar lesões a direito ou revertê-las, corrigindo as injustiças fáticas. Assim sendo, é plenamente cabível, a concessão da medida buscada, sendo deferida a ordem de abertura de criação de vagas suficientes para atender toda a demanda das crianças do município que foram lesadas pelo corte de gastos e também pelo fechamento das escolas por parte do prefeito. Para a concessão da tutela ora buscada, é extremamente importante evidenciar o periculum in mora, que é a preservação do direito a educação, além disso, o fumus bonis iuris, enquanto ocorre o prosseguimento do feito. Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno Desta forma, a fundamentação utilizada pelo juízo a quo é totalmente descabida para o indeferimento da medida liminar vindicada, pois mesmo que a natureza desse direito seja de norma de eficácia limitada pragmática, ou seja, que depende da emissão de outra norma pra que ganhe a eficácia necessária, a própria carta Magna prevê dos artigo 205 e 208, inciso I e § 1° e 2°, como sendo esta universal, gratuito e obrigatório, vejamos: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; [...] § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. Desta feita, o legislador estabeleceu, de modo que ao entrar em vigor a CF/88, não fosse necessária a promulgação de outra lei, conforme prescrito no artigo 212 da CF/88: Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. Tão logo, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, disciplina nos artigos 53 e 54, que a criança e o adolescente têm direito a educação, para que possam se desenvolver, se qualificar para o mercado de trabalho e exercer com consciência sua cidadania. Devendo para isso, lhes serem conferidos o direito ao acesso e condições de permanência na escola Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 Assim, o Estado e a sociedade deverão assegurar o acesso a esse direito, devendo este ocorrer na idade certa, ou seja, não há nenhuma possibilidade de fazer com que essas crianças fiquem em casa durante todo o ano letivo. Por fim, toda a fundamentação utilizada pelo juízo a quo não é correta, não sendo também suficiente para o indeferimento da concessão da tutela antecipada de urgência, visto que, a própria constituição contempla a edição da norma necessária para eficácia da norma que regulamenta o direito a educação. 3.2- DA CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA RECURSAL Inicialmente, tem-se que a decisão de primeiro grau que indeferiu o pedido de tutela provisória antecipada de urgência, não obrigou o prefeito que sanasse a questão da falta de vagas na rede pública de educação. Nesse sentido, dispõe o comando do artigo 1.019 do Código de Processo Civil: Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias: I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão; II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso; III - determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias. Desta feita, Excelências têm-se que a decisão proferida fere o direito, haja vista, que o periculum in mora e o fumus bonis iuris para a concessão da antecipação da tutela recursal estão presentes. Assim, em se tratando de recurso que visa desconstituir a decisão negativa, o efeito suspensivo atribuído a tal recurso não teria o condão de dar efetividade ao pleito do recorrente, como é o caso de recurso em face de decisão positiva, cujo o efeito suspensivo garante ao recorrente a eficácia, ainda que provisória, do presente recurso. Dito isso, afim de garantir a parte autora do recurso conta decisão negativa a efetividade recursal, possibilita-se a concessão antecipada, total ou parcialmente, a pretensão recursal. Assim, aplicação do efeito suspensivo estabelecida no artigo 1.019 do CPC, não geraria/implicaria efeito capaz de surtir efeitos úteis frente ao presente caso. Portanto, diante dos fatos e de toda fundamentação quanto ao direito e a admissibilidade de concessão da tutela, bem como o presente risco de danos irreparáveis, periculum in mora, com previsibilidade de resultar grave lesão e de serem de difícil reparação frente ao direito que está sendo lesado, havendo correspondência com os requisitos estabelecidos no artigo 1.019 do CPC. Assim, requer a concessão da tutela antecipada recursal. 5-DOS PEDIDOS a) Receber e conhecer o presente recurso de agravo de instrumento na forma do artigo 1.016 e seguintes do CPC; Baixado por Carlos Aquino(imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 b) Liminarmente, na forma do inciso I do artigo 1019 do CPC, requer a concessão da tutela recursal antecipada, inaldita altera pars, afim de obrigar que o prefeito gere as vagas necessárias para todos os estudantes; c) Caso Vossas Excelências, entendam necessário, que seja notificado o douto Juízo a quo, afim de prestar informações, de acordo com o inciso I do artigo 1.019 do CPC; d) Determinar a intimação da parte agravada, para que responda o presente agravo de instrumento, na forma do inciso II do artigo 1.019 do CPC; e) Após recebido e processado o presente recurso, que seja TOTALMENTE PROVIDO para reformar a decisão do Juízo, reconhecendo o desrespeito ao direito a educação e obrigando o prefeito do município de Rosana/SP, de modo a suprir a falta de vagas na rede pública de ensino; f) Caso o nobre relator ao receber o presente instrumento entender necessário sanar qualquer vicio ou completar a documentação, requer nos termos do parágrafo único do artigo 932 do CPC, a intimação deste agravante para sanar qualquer vicio, antes de considerar inadmissível por esta razão o presente recurso; g) Requer nos termos do artigo 1.017 do CPC a juntada da copias da petição inicial, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão, da certidão de intimação; Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno Termos em que, pede e aguarda deferimento, por ser sinal da mais lídima justiça. Cidade, dia, mês e ano. Promotor de justiça do Estado de São Paulo Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com) lOMoARcPSD|4799383 https://www.studocu.com/pt-br?utm_campaign=shared-document&utm_source=studocu-document&utm_medium=social_sharing&utm_content=peca-2-const-nova-atividade-referente-a-disciplina-disposta-no-portal-do-aluno
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