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A StuDocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade
Peça - Contestação e Reconvenção
Estágio Supervisionado I (Universidade de Cuiabá)
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Estágio Supervisionado I (Universidade de Cuiabá)
Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com)
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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA
PRIMEIRA VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA, ESTADO DO
CEARÁ. 
Autos n.º (...).
ÁPICE ENGENHARIA LTDA, pessoa jurídica de direito
privado, inscrita devidamente no CNPJ sob n.º (...), com sede à (...), no
Município de Fortaleza/CE, CEP. (...), com endereço eletrônico: (...), por
intermédio de sua procuradora legalmente constituída (doc. i), que recebe
notificações e intimações no endereço constante no rodapé do presente
petitório, vem, com o costumeiro respeito, à douta presença de Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 335 e seguintes, bem como no artigo
343, todos do Código de Processo Civil, oferecer CONTESTAÇÃO C/C
RECONVENÇÃO na AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DESCUMPRIMENTO
DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C COM PEDIDO DE CUMPRIMENTO DE
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER, em desfavor de JÚNIA SANTOS, casada,
administradora, inscrita regularmente no CPF sob n.º (...), portadora da Cédula
de Identidade (RG) sob n.º (...) SSP/(...), residente e domiciliada na (...), no
Município de Fortaleza/CE, CEP. (...), com endereço eletrônico: (...), pelas
razões fáticas e jurídicas doravante delineadas. 
I – DA TEMPESTIVIDADE 
O art. 335, inciso III, do Código de Processo Civil prevê o
prazo de 15 (quinze) dias para contestar, conforme previsão no artigo 231, de
acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos, senão
vejamos: 
Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com)
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Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-
se dia do começo do prazo: 
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido,
quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;
In casu, a Reconvinte foi citada, por um oficial de justiça,
em 10/09/2018, por um oficial de justiça, tendo sido o mandado cumprido
juntado aos autos em 17/09/2018. 
Tempestiva, pois, a presente Contestação c/c
Reconvenção. 
II – DA SÍNTESE DAS ALEGAÇÕES DA RECONVINDA 
A Reconvinda defende que adquiriu o apartamento 201 e
uma vaga de garagem no Edifício Belo Lar, situado em Fortaleza/CE, com a
Reconvinte, ora vendedora, que também é construtora e incorporadora do
empreendimento, tendo em vista que em 20/12/2013, ambas assinaram uma
escritura pública de compra e venda, determinando que as obras do edifício só
seriam concluídas em maio de 2014. 
Seguindo esteira, a Reconvinda alega que o apartamento
foi entregue em 10/07/2014, na mesma data ajustada na escritura pública
assinada pelas partes. 
Sustenta que, ao receber o apartamento, a Reconvinda
notou que o acabamento interno neste inserido estava diferente do que constou
no panfleto de propaganda divulgado pela construtora à época em que adquiriu
o imóvel. 
Além disso, afirma que a vaga de garagem ao lado da
adquirida pela Reconvinda fora vendida pela Reconvinte a um terceiro estranho
ao condomínio, em desacordo com a convenção. 
Tais pretensões, todavia, não merecem prosperar como
adiante será provado nos autos. 
Baixado por Carlos Aquino (imoveiscarlosmagno@gmail.com)
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III – PRELIMINARMENTE 
III.1 – DA SUSPEIÇÃO DO JUIZ
 Com o devido acatamento ao nobre Magistrado, há
motivos para que a Reconvinte suspeite de sua parcialidade no julgamento da
lide, haja vista que entre a Reconvinda e a companheira do ilustre Julgador
existe um imbróglio capaz de macular sua imparcialidade, fato este que se
refere a uma compra de joias na joalheria da Reconvinda que não fora paga
pela companheira do Douto Magistrado, tendo a Reconvinda ajuizado uma
ação de cobrança em face daquela. 
Ademais, a Reconvinte provará pelo depoimento das
testemunhas arroladas em momento oportuno. 
Nesse sentido, consoante a dicção do art. 145, inciso III,
do Código de Processo Civil, in verbis: 
“Há suspeição do juiz: (...) II - quando qualquer das partes
for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou
companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o
terceiro grau, inclusive;” 
Diante disso, é certo que reputa-se fundada a suspeição
de parcialidade do juiz quando qualquer das partes credora ou devedora de
seu cônjuge, devendo ser reconhecida a suspeição, se ordene a remessa dos
autos ao substituto legal, ou caso não se reconheça a suspeição, sejam os
autos remetidos ao órgão judicial competente, nos termos do art. 146, §1°, do
Código de Processo Civil.
III.2 – DA INTERVENÇÃO DE TERCEIRO NA QUALIDADE DE ASSISTENTE 
O Novo Código de Processo Civil assegura, em seu artigo
119 que quem tiver interesse jurídico no resultado de uma sentença poderá
intervir no processo prestando assistência a uma das partes, conforme: 
“Art. 119. Pendendo causa entre 2 (duas) ou mais
pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a
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sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no
processo para assisti-la. 
Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer
procedimento e em todos os graus de jurisdição,
recebendo o assistente o processo no estado em que se
encontre.”
O interveniente é o Sr. Ademar Silveira, síndico do prédio,
haja vista que poderá esclarecer a situação quanto a alteração da Convenção
de Condomínio que consta a permissão para venda e locação de vagas a
terceiros, estranhos ao condomínio. 
É de se destacar ainda que este vendeu uma de suas
vagas a terceiro não condômino.
Assim sendo, torna-se evidente o interesse do
interveniente em inserir-se no processo, pois o resultado da demanda poderá
advir-lhe prejuízos.
IV – DOS FATOS COMO REALMENTE OCORRERAM 
É de se destacar que a propaganda à qual a Reconvinda
se refere era um panfleto publicitário do empreendimento que, embora tivesse
acabamento interno diverso do que constou no apartamento 201, adquirido
pela Reconvinda, também continha a seguinteinformação, senão vejamos: 
“este panfleto é meramente ilustrativo, sendo o
acabamento do imóvel definido no contrato celebrado
com a construtora”. 
Além disso, a própria Reconvinda entregou-lhe o panfleto
de propaganda com esta informação e uma cópia do contrato celebrado, que
continha, inclusive, a previsão no item 7.1 de que o acabamento do
apartamento 201 seria exatamente o que foi entregue. 
Foi informado ainda a Reconvinda que a Convenção de
Condomínio foi alterada pelos condôminos, e após a alteração, constou a
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permissão para venda e locação de vagas a terceiros, estranhos ao
condomínio, o que poderia ser confirmado pelo Sr. Ademar Silveira, síndico do
prédio. 
Impugna-se, portanto, as alegações da Reconvinda,
reconhecendo-se que esta tinha conhecimento do acabamento interno do
panfleto e que foi informada acerca da alteração da Convenção do
Condomínio, não sendo devido o pagamento da diferença entre o
acabamento divulgado e o efetivamente implantado na construção do
imóvel.
IV.1 – DA LOJA DO EDIFÍCIO 
Destaca-se ainda que o contrato de compra e venda
previa que a Reconvinda também comprasse uma loja no edifício no prazo de
até 10 (dez) anos, período durante o qual a Reconvinte se comprometeu a
alugá-la à Reconvinda e a não aliená-la a terceiro. 
Todavia, até a presente data, a Reconvinda não efetuou o
pagamento dos aluguéis nos últimos quatro anos. 
Deste modo, temos o artigo 23, inciso I, do CPC,
dispondo que: 
Art. 23. O locatário é obrigado a: 
I - pagar pontualmente o aluguel e os encargos da
locação, legal ou contratualmente exigíveis, no prazo
estipulado ou, em sua falta, até o sexto dia útil do mês
seguinte ao vencido, no imóvel locado, quando outro local
não tiver sido indicado no contrato;
Noutro vértice, em uma medida mais drástica temos que:
Art. 59. Com as modificações constantes deste capítulo,
as ações de despejo terão o rito ordinário. 
§ 1º Conceder - se - á liminar para desocupação em
quinze dias, independentemente da audiência da parte
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contrária e desde que prestada a caução no valor
equivalente a três meses de aluguel, nas ações que
tiverem por fundamento exclusivo: 
(...)
IX – a falta de pagamento de aluguel e acessórios da
locação no vencimento, estando o contrato desprovido de
qualquer das garantias previstas no art. 37, por não ter
sido contratada ou em caso de extinção ou pedido de
exoneração dela, independentemente de motivo. (Incluído
pela Lei nº 12.112, de 2009)
Portanto, requer o pagamento dos aluguéis nos
últimos quatro anos, sob pena da Reconvinte ajuizar Ação de Despejo em
face da Reconvinda. 
V – DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
Não há o que se falar em vulnerabilidade técnica da
Reconvinda, tendo em vista que esta já possui a cópia da matrícula do
apartamento 201 e da vaga da garagem, uma cópia do Contrato de Compra e
Venda, bem como do panfleto de propaganda e uma cópia da convenção do
condomínio do Edifício Belo Lar. 
Desta forma, impugnam-se todas as alegações
aduzidas da Reconvinda, inclusive o indeferimento da inversão do ônus
da prova.
VI – DA RECONVENÇÃO 
Reconvenção é a ação do Réu contra o Autor no mesmo
processo que é demandado. Esta ação amplia objetivamente o processo,
obtendo novo pedido na presente ação.
Nesse sentido, o art. 343 do CPC prevê:
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Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor
reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa
com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Neste sentido, sob a vértice do pedido conexo, o contrato
de compra e venda previa que a Reconvinda também comprasse uma loja no
edifício no prazo de até 10 (dez) anos, período durante o qual a Reconvinte se
comprometeu a alugá-la à Reconvinda e a não aliená-la a terceiro. 
Contudo, até a presente data, a Reconvinda não efetuou
o pagamento dos aluguéis nos últimos quatro anos. 
Isto posto, requer o devido pagamentos dos aluguéis
em análise. 
VII – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS
Ex positis, requer de Vossa Excelência se digne em,
recebendo a presente ação, determinar:
a) O recebimento e processamento deste petitório, com
todos os documentos que o instruem;
b) Requer que seja a presente Contestação julgada
totalmente PROCEDENTE para os fins:
1) Preliminarmente, a suspeição do juiz, nos termos do o
art. 145, inciso III, do Código de Processo Civil;
2) Preliminarmente, da intervenção de terceiro (Sr.
Ademar Silveira) na qualidade de assistente, com fulcro no art. 119, do Código
de Processo Civil;
3) Indeferimento da inversão do ônus da prova;
4) Julgar improcedente o pagamento de indenização no
valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais);
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c) Requer que seja a presente Reconvenção julgada
totalmente PROCEDENTE para os fins: 
1) Que o reconvindo seja condenado ao pagamento dos
aluguéis em atraso dos últimos quatro anos no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil
reais), acrescidos da correção e multa de 2% ajustada no item 8.3 do referido
contrato; 
2) Indicar a testemunha Sra. Rosalva Viana, bem como
reserva-se o direito de apresentação de outras testemunhas no prazo legal; 
3) Nos termos do art. 385, requer o depoimento pessoal
da Reconvinda; 
4) Requer-se, outrossim, a condenação da autora
Reconvinda nas custas e honorários (CPC, art. 85, § 1º).
Protesta provar-se-á o alegado por todos os meios em
direitos admitidos, notadamente pelos documentos já inclusos, e, bem assim,
pelas demais provas que se fizerem necessárias, cujo rol será apresentado
oportunamente. 
Atribui-se à reconvenção o valor correspondente à
pretensão condenatória, resultando em R$ 30.000,00 (trinta mil reais) , na 
forma do que rege o art. 292, inc. VI, do Código de Processo Civil . 
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Fortaleza/CE, (...) de (...) de (...).
____________________________________
Assinatura do Advogado
OAB/(...) (...).(...)
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