Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PATOLOGIA ORAL PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS SALIVARES Características macroscópicas Glândula parótida • Maior glândula salivar • Peso variável de 20 a 30g • Abaixo da pele • Imediatamente a frente do meato acústico externo • Estende-se para baixo, por sobre a mandíbula • Forma de uma pirâmide invertida • Ápice para baixo, em direção ao ângulo da mandíbula • Ducto parotídeo • Aproximadamente 5cm de comprimento • Cruza com masseter • Perfura o tecido adiposo da bochecha e o musculo bucinador • Abertura na mucosa jugal altura do 2º molar Leonardo de souza lima Abertura recoberta pela papila parotídea. • Palpação do ducto parotídeo • Colocação do dedo pela parte interna do vestíbulo. SIALOGRAFIA • Injeção de contraste radiográfico na abertura do ducto; • Padrão de ramificação GLÂNDULA PARÓTIDA • Nervos relacionados: nervo facial divide se para originar o plexo parotideo • Ramos do auriculo – temporal VASCULARIZAÇÃO • Artéria carótida externa • Veia retromandibular e auricular posterior unem – se para formar a jugular externa. GLÂNDULA SUBMANDIBULAR • Menor que a parótida • Envolvida por cápsula definida • Localiza –se no triângulo submandibular • Prolongamento posterior separado da glândula parótida pelo ligamento estilomandibular. Ducto glândular • Cerca de 5cm de comprimento • Sai da glândula pela sua superfície profunda. • Corre diante ao lado dos músculos genioglosso e hioglosso. • Profundamente na mucosa do soalho da boca. • Abre na papila sublingual ao lado do freio lingual. • Menor em diâmetro na origem. • Reservatório da saliva • Vasos relacionados: artéria facial e seu nervo submental. Nervos relacionados: → Nervo facial → Nervo corda do tímpano GLÂNDULA SUBLINGUAL • São as menores das glândulas salivares maiores. LOCALIZAÇÃO: • Lateralmente a glândula situa se na fossa sublingual • Superfície medial em contato com músculos genioglosso e hioglosso • Borda superior abaixo do revestimento mucoso da prega sublingual. • Representa a união de inúmeras menores • Múltiplas aberturas de ductos • Ducto principal (de bartholin) porção maior de complexo glândular – abertura próximo ao da glândula submandibular • Ductos dos componentes menores 8 a 20 – abertura de forma independemente ao longo da prega sublingual. Vasos relacionados: artéria facial e seu ramo submental. Nervos relacionados: nervo facial, nervo corda do tímpano GLÂNDULAS SALIVARES MENORES Encontrados em todas as regiões da boca, exceto Gengiva e porção posterior do palato duro; Localização: Labiais Bucais Sublinguais menores Glossopalatinas Linguais Palatinas Mucina – principal proteína produzida Amilase – não sintetizada Corresponde entre 8 a 10% da saliva total Glândulas maiores – secretam sob ação de estímulos: psíquicos, olfativos, térmicos ou químicos Glândulas menores: secreção continua Umedecem a lubrificam continuamente a mucosa bucal. SUBMANDIBULAR PARÓTIDA Ácinos serosos Amilase SUBMANDIBULAR ÁCINOS SEROSOS/ MUCOSOS / AMILASE/MUCINA SUBLINGUAL ÁCINOS MUCOSO SECREÇÃO MUCOSA Leonardo de souza lima Glândulas salivares • Saliva em repouso ou fluxo não estimulado • Saliva por reflexo alimentar ou estimulada SALIVA EM REPOUSO Características • Fluxo lento • Alto conteúdo proteico e glicoproteína • Alta concentração em k (20-30mEq/I); • Baixa concentração em Na(2-5mEq/I); • Hipoosmóica Síntese Saliva por reflexo alimentar Estimulo de receptores na e em volta da boca Olfato Paladar Pressão Proprioceptores Resposta Impulsos nervosos Nervos eferentes adrenérgicos e colinérgicos. Aumento da pressão nos capilares do leito capilar ductal, fornece energia para transferência de agua e eletrólitos através do epitélio. Intensa secreção de proteína, glicoproteínas, liquido e eletrólitos. Características • Elevada quantidade de agua eletrólitos • Conteúdo proteico semelhante a saliva em repouso. • Elevado conteúdo de bicarbonato e cloreto. Reduzido conteúdo de k (10-20mEq/I) ainda superior a do soro. Inorgânica e orgânica Proteínas salivares VOLUME Grupo de medicamentos com efeito colateral sobre a velocidade do fluxo salivar VOLUME - SALIVA ESTIMULADA: Sialometria: Normal 1-2ml/min Hipossialia 0,7ml/min Assialia 0,1ml/min Função Papel importante na fisiologia esofaringeana Digestão e proteção das células gástricas Na boca: participa efetivamente na mastigação, fala, deglutição, sensibilidade gustativa, lubrificação dos tecidos, proteção das mucosas, regulação do ph bucal e na formação da placa. Remoção mecânica de resíduos, agregação e redução da aderência de microrganismos. Atividade antibacteriana, antifúngica e antivirotica, processo de maturação pós –eruptiva do esmalte, regulação do balanço iônico nos processos de remineralização do esmalte, deposição de película adquirida, limitação da difusão de ácidos. Viscosidade Mucina Capacidade tampão Capacidade de manter o ph constante quando se adiciona um ácido fraco. Patologia das glândulas salivares LESÔES CÍSTICAS Leonardo de souza lima Mucocele Termo clínico genérico Fenômeno de extravasamento de muco; → Cavidade preenchida por muco e revestida por tecido de granulação; Fenômeno de retenção de muco → Cavidade preenchida por muco e revestida por tecido epitelial. Causas: traumatismo, lesão nos ductos excretores das glândulas salivares acessórias Localização: lábio inferior Assoalho da boca: palato e língua Características clínicas: Quando superficial: cor azulada ou transparente Rompe facialmente Quando profundo: → Passam despercebidos → Duram meses ou anos Podem multiplicar → Tamanho variável de milímetros 1cm de diâmetro. Rânula Termo utilizado para: → Mucoceles que ocorrem no soalho da boca, relacionado à glândula submandibular ou glândulas menores; → Outras tumefações semelhantes no soalho da boca, incluindo cistos verdadeiros do ducto salivar, cisto dermoide e higroma cístico Características clínicas → Assoalho da boca → Tumefação azulada, sendo as profundas de coloração normal → Flutuante → Forma uma cúpula Localização: lateral a linha média Características clínicas: Volume: → Comumente maiores que o mucocele → Vários centímetros de diâmetro → Podem ocupar todo soalho da boca → Elevar a língua Localização: lateral á linha média Variante: Rânula mergulhante ou Rânula cervical → Extravasamento de saliva que disseca o músculo milohiode e produz tumefação no pescoço, tumefação no soalho da boca ou não estar presente. Rânula Características Histopatológicas → Mucina extravazada→ Tecido de granulação e, macrófagos espumosos Cisto do ducto salivar Cavidade cística revestida por epitélio que se origina dos tecidos a glândula salivar Etiopatogenia → Incerta; → Dilatação do ducto glandular decorrente de uma obstrução ductal - Tampão de muco Distúrbios de desenvolvimento → Cisto e ducto estão separados Características clínicas → Afetam as glândulas maiores e menores. Quanto na parótida → Tumefação de crescimento lento, assintomáticos Cistos intrabucais → Podem ocorrer em qualquer glândula Localização → Soalho da boca, mucosa jugal, e lábio → Semelhantes ao mucocele → Tumefação mole e flutuante → Coloração azulada, âmbar ou mesma da mucosa → Consistência variável → Podem ser múltiplos e, → Possibilidade da drenagem de pús CALCIFICAÇÃO DISTÓFICA SIALOLITÍASE Sialolitíase → Estruturas calcificadas que se desenvolvem no interior do sistema ductal salivar. Etiopatogenia → Deposição de sais de cálcio ao redor de um acúmulo de restos orgânicos no lúmen do ducto. Restos orgânicos: → Muco condensado bactérias, células epiteliais do ducto, corpo estranho. Sialolitíase Consequências: → Sialoadenite crônica → Obstrução parcial Características clínicas Localização 1- Glândula submandibular, maior frequência; • Trajetória ascendente do ducto (wharton) • Secreção mucoide viscosa 2- Interior das glândulas menores Características clínicas: Localização: 2- Interior das glândulas salivares menores: Lábio inferior Mucosa jugal Qualquer faixa etária Comuns: jovens e adultos de meia idade Características clínicas Sialolitos em glândulas maiores: → Dor de intensidade variável → Segundo grau de obstrução e, → Pressão produzida no interior da glândula; → Tumefação episódica aumenta durante as refeições Palpação → Quando localizado na porção terminal do ducto. → Massa dura abaixo da mucosa Exames radiográficos Podem não ser visíveis – densidade Massas radiopacas em qualquer ponto do trajeto do ducto ou da glândula. Sialodenite Etiologia → Vírus – parótide Outros vírus: → Coxsackie A, Echovirus, coriomeningite,parainfluenza e citalomegavrius/neonatos Bacteriana → Obstrução ductal/ redução do fluxo salivar Sialolitíase → Constrições congênitas e, compressão por neoplasma adjacente; → Bactérias envolvidas; Etiologia: → Cirurgia e efeito de medicamentos; → Cirurgia recente de abdômen → Atropina Outros fatores → Síndrome de sjogren → Sarcoidose → Radioterapia → Alérgenos Sialoadenite Aguda Características Clínicas Glândula parótida Maior frequência → Bilateral: 10 – 25% Glândula afetada → Edemaciada → Dolorosa → Superfície cutânea pode exibir eritema → Febrícula; → Drenagem de exsudato purulento Sialoadenite Crônica Etiologia: obstruções ductais redicivantes ou persistentes. Características clínicas: → No momento da mastigação → Tumefação e dor Sialoadenite/ Sialografia Sialectasia próxima área de obstrução Autoimune Síndrome de sjogren → Processo autoimune que resulta na xeroftalmia (ceratoconjutintivite seca) e secura bucal (xerostomia) causada pela destruição dos parênquimas glandulares lacrimal e saliva mediada por linfócitos. → Distúrbios sistêmicos no tecido conjuntivo. Etiologia: → Causa desconhecida → Processo multifatorial, alterações imunológicas, vários → Destruição do parênquima salivar mediada por linfócitos. → Influencia genética → Histocompatibilidade com determinados antígenos (HLAs) → Possível participação virótica (Epstein –Barr; → Vírus humanos linfotropicos de célula t Tratamento e prognostico → Tratamento sintomático → Saliva e lagrimas artificias → Higiene oral excelente necessária para prevenir lesões cariosas associadas hipossalivaçao → Doença crônica com risco de desenvolvimento de linfoma. Formas da doença Síndrome de sjogren primaria: (síndrome seca) → Boca e olhos secos → Síndrome de sicca, sem outra desordem autoimune → Ocasiões que evolvam sistêmico em tecido conjuntivo e apenas envolvimento exócrino. Síndrome de sjogren secundaria: → Boca e olhos secos associados a doença vascular do colágeno (atrite reumatoide, lúpus eritematosos, esclerodermia) → Desordem de tecido conjuntivo associada a xerostomia e ceroconjutiviteseca. Características Clínicas → Sexo feminino → Adultos de meia idade → Xerostomia → Disfagia → Alteração no paladar → Língua fissurada e atrofia papilar → Mucosa oral eritematosa → Frequente associação a candidose ( devido a hipossalivaçao) Características clínicas → Tumefação difusa e firme das glândulas salivares maiores; → Risco de sialodenite bacteriana retrógada. Sialectasia puntiforme e falta de arborização normal do sistema ductal Leonardo de souza lima ANOMALIAS DO DESENVOLVIDMENTO DENTÁRIO ODONTOGÊNESE EMBRIOLOGIA BUCAL Lâmina dentaria • 6ª semana ‘’I.V’’ • 3 ou 4 semanas após o rompimento da membrana bucofaríngea • 20 pontos de proliferação celular • 10 pontos inferiores • 10 pontos superiores Extensões Lingual: • Lâmina sucessora • Origina os incisivos, caninos e pré- molares Distal: • Molares permanentes • 1os molares 4º mês ‘’IU’’ • 2os molares: 1º ano • 3os molares: 4º ou 5º ano ODONTOGÊNESE HARMATOMAS E CORRELATOS Fases de iniciação e proliferação Dentes supranumerários Anodontia, agenesia, oligodontia, odontoma, dentição pre decídua. OLIGODONTIA • Agenesia congênita de seis ou mais dentes, excluindo os terceiros molares. • Geralmente em pacientes sindrômicos e, eventualmente de forma isolada. Displasia cleidocraniana • Síndrome rara, de transmissão autossômica dominante, possui alta penetrância e expressividade clínica variável. • O paciente tende a ter baixa estatura e a cabeça grande, com relevância da parte externa dos ossos que compõem os lados superiores, anterior e lateral do crânio, respectivamente". Frequentemente são notados também o aumento da distância entre os olhos e a base larga do nariz com a parte do osso superior achatada. • Portador tem muitos dentes inclusos. • Os portadores da síndrome não trocam a dentição decídua para a permanente, mantendo muitos dentes inclusos. "Quando os dentes de leite são perdidos por cárie ou Leo n ard o d e so u za lim a doença periodontal, os permanentes e extranumerários não costumam vir à boca, dando a falsa impressão de falta de dentes". Por este motivo, muita gente pensa que o problema consiste na perda dentária, quando, na verdade, é o oposto. Opções de tratamento No caso de anomalias ósseas o tratamento não é necessário. "A maioria dos pacientes apresenta suas funções normais sem quaisquer problemas significativos", garante. No entanto, as complicações odontológicas ligadas à displasia precisam de cuidados. Uma das medidas é a extração de todos os dentes decíduos e extranumerários, que deve ser realizada aos poucos. Assim a dentição permanente consegue nascer com ajuda do tracionamento ortodôntico. "O procedimento deve ser realizadoainda quando criança, em fase de crescimento ósseo, para minimizar o risco da altura facial inferior encurtada e a prognatismo mandibular (quando o queixo se projeta para frente)", conclui. Displasia ectodérmica • A displasia ectodérmica (DE) compreende um grupo grande e heterogêneo de doenças hereditárias que se caracteriza por apresentar manifestações clínicas relacionadas às anomalias das estruturas de origem ectodérmica, principalmente nos cabelos, unhas, dentes e pele. Características clinicas • As alterações mais comumente encontradas decorrem de defeitos da epiderme e seus anexos: cabelo, dentes, unhas, glândulas sudoríparas e sebáceas, Entre as anomalias faciais encontradas citam-se: nariz em sela, lábios protrusos, orelhas malformadas com implantação oblíqua, regiões supraciliares salientes. Ocorre perda de dimensão vertical de oclusão devido à ausência de elementos dentários, associada à presença de discretas fissuras ao redor da boca e olhos, o que determina uma aparência de senilidade. A redução ou ausência da lâmina dental leva os incisivos e caninos a apresentarem forma conoide. • Acometem as duas dentições, ocorrendo hipoplasia de esmalte e podendo, ou não, haver anodontia TRATAMENTO • O tratamento odontológico consiste em movimentações ortodônticas, confecção de facetas estéticas, próteses parciais ou totais, reconstrução estética com compósitos e implantes ósseos https://www.sorrisologia.com.br/noticia/anomalias-dentarias-saiba-o-que-sao-e-suas-principais-causas_a533/1 https://www.sorrisologia.com.br/noticia/anomalias-dentarias-saiba-o-que-sao-e-suas-principais-causas_a533/1 integrados. A reabilitação dentária, além de melhorar as funções mastigatórias e fonéticas, resgata a autoestima e possibilita melhor integração social desses indivíduos. ODONTOMA • Odontoma é um tumor odontogênico benigno, • Composto de esmalte, dentina, cemento e tecido pulpar. Clinicamente o tumor é assintomático e está freqüentemente associado a distúrbios da erupção dentária permanente. O odontoma se classifica como: complexo ou composto. • Os odontomas complexos se localizam preferencialmente na região de pré-molares e molares, não são invasivos e não recidivam. • Sua etiopatogenia ainda é um aspecto bastante investigado, apresentando-se, ainda, indeterminada. A etiologia mais aceita relaciona-se a traumas, infecção ou pressão no local da formação, causando perturbação no mecanismo genético e controlador do desenvolvimento dentário • O tratamento para os odontomas é sua total excisão cirúrgica, com prognóstico bastante favorável, sendo raros os casos de recidiva, e a reparação óssea, realizada com certa facilidade. • O tratamento deve ser cirúrgico conservador, sendo considerado de fácil remoção devido à facilidade de clivagem. • Quando ocorre retenção dentária causada pela lesão, deve-se realizar todo o empenho para preservar o elemento dentário incluso, oferecendo possibilidades para a sua posterior erupção. • A seguir, serão relatados dois casos de odontoma composto relacionados à não erupção dentária de dentes permanentes. Supranumerários • Os dentes supranumerários são manifestações de anomalia congênita de desenvolvimento do número de dentes. • A presença dessa patologia pode ser a causa de diversas complicações, tais como: apinhamento dentário, impactação de dentes permanentes, retardo na erupção, deslocamento ou rotação dentária, formação de diastemas, desenvolvimento de lesões císticas, reabsorção radicular de dentes adjacentes, perda de espaço e irrompimento de dentes supranumerários na cavidade nasal. Tratamento FASES DE HISTODIFERENCIAÇÃO TIPOS: HIPOPLÁSICO • Os dentes erupcionam com quantidades insuficientes de esmalte variando de depressões e sulcos a aplasia. HIPOMINERALIZADO • Quantidade de esmalte é normal porem é friável • Fartura e desgasta com facilidade HIPOMATURAÇÃO • O esmalte é de espessura normal porem com alteração na dureza ou ineficiência na mineralização Amelogênese imperfeita • A amelogênese imperfeita compreende um grupo complexo de condições que demonstram alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte na ausência de uma alteração sistêmica. • O Quadro registra várias doenças sistêmicas associadas a alterações do esmalte que não são consideradas amelogênese imperfeita isolada. Dentinogênese imperfeita • Dente com aparência translucida opalescente • Variação na cor – amarelo castanho a cinza • Frequente fratura de esmalte com rápido desgaste dentinario. • Constrição exagerada na junção cemento – esmalte • Coroas em forma de tulipa ou sinete • Raízes curtas e rombudas TIPOS TIPO I • Ocorre em pacientes com odontogênese imperfeita TIPO II • Ocorre alterações somente na dentina. Não há alterações ósseas. TIPO III • Ocorrem defeitos dentários podendo estar acompanhado por • Exposições pulpares múltiplas • Radiolucidez periapical e, • Aspecto radiográfico variável Dentina opalescente hereditária Caráter autossômico dominante Afeta a dentina de ambos as dentições • A dentinogênese imperfeita é um distúrbio de desenvolvimento da dentina na ausência de qualquer desordem sistêmica. Alterações dentárias semelhantes podem ser vistas em conjunção com distúrbios sistêmicos hereditários do osso, chamadas de osteogênese imperfeita. Os defeitos da dentina associada à doença sistêmica dos ossos são apropriadamente chamados de osteogênese imperfeita com dentes opalescentes. Extensas linhagens de indivíduos com dentinogênese imperfeita foram estudadas, e nenhuma exibiu outras mudanças sugestivas de osteogênese imperfeita. Pesquisas genéticas confirmam que a dentinogênese imperfeita é claramente um distúrbio distinto da osteogênese imperfeita. FASES DE APOSIÇÃO • Hiplosia de esmalte • Displasia de esmalte • Dentes em concha • Odontodiplasia regional • Perolas de esmalte • Aplasia de esmalte e dentina FASES DE MORFODIFERENCIAÇÃO FASES DE CALCIFICAÇÃO DENTINA ESCLEROSADA DENTINA INTERGLOBULAR; Hipocalcificação do esmalte e dentina Dentina reacional ANOMALIAS DENTÁRIAS ALTERAÇÕES DE TAMANHO Microdontia generalizada • Todos os dentes da dentição aparecem menores que o normal: • Nanismo pituário Microdontia focal ou localizada • Quando apenas um dente é menor que o normal • Lateral e conóide • Terceiro molar superior • Dentes supranumerários Macrodontia Indica a aparição de dentes volumosos, de lado a lado da dentição Pode ser: Absoluto: gigantismo pituário Relativo Macrodontia focal ou localizada • Dente ou grupo de dentes anormalmente grandes • Terceiros molares • Hipertrofia hemifacial ALTERAÇÕES DE FORMA GEMINÇÃO • Tentativa de formar dois dentes a partir de um único órgão esmalte ETIOPATOGENIA • Possivelmente traumatismo RESULTADO • Duas coroas que partilham de um mesmo canal radicular FUSÃO • União de dois germes dentários em desenvolvimento, dando como resultado uma única estrutura dentária grande. ETIOLOGIA • Possivelmente traumatismo PODE ENVOLVER • O comprimento inteiro os dentes • Apensas as raízes, quando o cemento e a dentina nãosão compartilhadas • Os canais podem estar separados ou unidos. CONCRESCÊNCIA • Forma de fusão na qual os dentes vizinhos são unidos pelo cemento. • Ocorre antes ou após a erupção dos dentes. ETIOPATOGENIA • Traumatismo • Apinhamento exagerado LOCALIZAÇÃO • Comumente 2º e 3º molares superiores DILACERAÇÃO • Refere se a uma curvatura ou angulação acentuada das raízes dentárias. ETIOPATOGENIA • Traumatismo durante a rizogênese • Deslocamento da coroa • Deslocamento da coroa e parte da raiz • Fator hereditário DENTE INVAGINADO OU DENS IN DENT • Representa um exagero ou acentuação da fosseta lingual. ETIOPATOGENIA • Fatores genéticos TIPOS • Superficial: apenas a coroa é afetada • Profundo: coroa e raiz são afetados LOCALIZAÇÃO • Preferencialmente incisivo lateral, uni ou bilateral • Área de alto risco de carie • Tipo I (a): Invaginação que ocorre dentro dos limites da coroa, não se estendendo além da junção amelocementária. • Tipo II (b): Invaginação que invade a raiz, mas permanece confinada. Ela pode ou não se comunicar com a polpa dental. • Tipo III A (c): Invaginação que invade a raiz e se comunica com o espaço do ligamento periodontal por meio de um pseudo-forame. Normalmente não há comunicação com a polpa, que se encontra isolada dentro da raiz. • Tipo III B (d): Invaginação que invade a raiz e se comunica com a área apical por meio de um pseudo-forame. A invaginação pode ser completamente revestida por esmalte, mas frequentemente é o cemento que reveste a invaginação. DENTE ENVAGINADO • Representa um tubérculo ou cúspide anômolos, localizado na face oclusal, • Pode ser bilateral TAURODONTIA • Dentes com coroas alongadas ou furcas deslocadas no sentido apical, quando dando como consequência camaras pulpares com altura apical – oclusal aumentada. ETIOPATOGENIA • Fatores genéticos FRENQUENCIA • Sindrome de down • Esquimós • 11% nas populações do oriente médio PERÓLAS DE ESMALTE • Pérolas de esmalte, gotas de esmalte ou enamelomas são excrescências com formato de meia esfera, geralmente de esmalte, e em casos de menor incidência com tecido dentinário e até pulpar (raramente) em seu interior. Shafer define como uma pequena massa focal excessiva de esmalte na superfície de um dente. Em sua maioria ocorre na superfície radicular, algumas vezes em região de furcas acreditando-se que seja advindo de um pequeno grupo de ameloblastos ectópicos. TRATAMENTO • O tratamento inclui a ameloplastia seguida por reposição de retalho mucoperiosteal, visando ao estabelecimento de uma nova inserção conjuntiva e saúde. • Periodontal, caso seja possível a manutenção do dente acometido. ODONTODIPLASIA REGIONAL • Anomalias que envolve os tecidos duros derivados do ectoderma e mesoderma. ETIOLOGIA POSSIVELMENTE • Traumatismo • Deficiência nutricionais • Infecções • Alterações metabólicas • Doenças sistêmicas • Influencias genéticas CARACTERISTÍSCAS CLÍNICAS • Comprometimento e uma região ou quadrante da maxila ou mandíbula • Dentes permanentes são mais afetados que os decíduos • Dentes antero – superiores são mais comprometidos • Dentes com raízes curtas • Forame apical aberto • Câmaras pulpares volumosas • Fragilidade e mineralização precária do esmalte e dentina. DIPLASIA DENTÁRIA TIPOS Tipo I ou radicular • Em ambas as dentições, a cor e forma da coroa são normais • Raízes curtas • Lesões periapicais frequentes • Perda precoce dos dentes • Radiografia exibe mineralização da câmara pulpar TIPO II OU CORONÁRIA • Dentina com cor opalescente na dentição decídua normal na permanente • Polpas volumosas e preenchidas por glóbulos de dentina anormal; • As radiografias podem mostrar câmara pulpar obliterada nos dentes decíduos DEFEITOS DE ESMALTE • Processo de amelogênese • Conceito de hipoplasia de esmalte • Conceito de hipomineralização A extensão do defeito depende • Da intensidade do fator etiológico • Da duração da presença do fator • Do tempo em que ocorre o fator, durante a formação da coroa. FLUOROSE • A fluorose dentária é uma patologia que afeta os dentes e que se desenvolve durante a sua formação. Esta afeção é desencadeada pela presença em excesso de fluoreto (ou flúor), e manifesta-se ao nível do esmalte dentário na forma de manchas e/ou defeitos anatómicos SÍFILIS Sífilis • Infecção bacteriana sexualmente transmissível • Etiologia: Treponema Pallium Classificação: Adquirida ou Congênita / Precoce ou Tardia Características Clínicas (Sífilis adquirida): 1. Sifilis primária • Cancro duro • Linfodenopatia regional indolor Sífilis secundária • Lesão muco-cutâneas • Placas mucosas sifilíticas Sifilís terciária • Goma sifilítica Características clínicas (sífilis congênita) • Incisivos chanfrados em forma de chave de fenda (Incisivos de Hutchison) • Molares tuberculoses (Amora) • Mancha no esmalte • Palato arqueado • Mandíbula curta SÍFILIS CONGENITA CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS • Diagnostico ao nascimento ou anos mais tarde. • Alterações dos dentes incisivos. • Cegueira • Surdez e lesões ósseas com deformação características • Tíbia (tíbia em sobre) e dorso do nariz (nariz de sela) OSTEORRADIONECROSE • A osteorradionecrose é uma das complicações mais sérias da radioterapia de cabeça e pescoço; entretanto, é observada com menor frequência atualmente devido a modalidades terapêuticas melhores e prevenção. Antigamente, os pesquisadores sugeriam que a redução na capacidade de cicatrização associada à radiação poderia ser permanente, com o risco de osteonecrose se mantendo alto por vários anos. Atualmente, outros pesquisadores têm proposto que o reparo das células ósseas danificadas ocorra à medida que elas são substituídas por gerações celulares subsequentes. Sugeriu-se que a recuperação significante ocorra e que a prevalência de osteorradionecrose seja significantemente reduzida após o período de 1 ano de recuperação, independentemente da utilização de oxigênio hiperbárico. Estudos clínicos experimentais mais recentes com pacientes irradiados têm demonstrado uma prevalência de osteorradionecrose baixa quando se combina um período de recuperação após irradiação (1 ano ou mais) com técnica cirúrgica atraumática. Apesar de a maioria dos casos de osteorradionecrose surgir secundariamente ao trauma local, uma minoria ocorre de maneira espontânea. A mandíbula é envolvida com maior frequência, embora alguns poucos casos envolvam a maxila. As regiões ósseas afetadas demonstram áreas radiolúcidas maldefinidas, que podem evoluir para zonas relativamente radiopacas conforme o osso necrótico se separa das áreas vitais residuais. Podem estar presentes dor intratável, perfuração cortical, formação de fístula, ulceração superficial e fratura patológica. A dose da radiação é o principal fator associado à necrose óssea, embora a proximidade do tumor com o osso, a presença de remanescentes dentários e o tipo de tratamento também exerçam efeito. Fatores adicionais associados ao aumento da prevalência incluem idade avançada, gênero masculino, higiene oraldeficiente, má nutrição e o uso contínuo de tabaco ou álcool. A prevenção da necrose óssea é a melhor forma de atuação. Antes do tratamento, todos os dentes duvidosos devem ser extraídos ou restaurados e focos orais de infecção devem ser eliminados. Uma higiene oral excelente deve ser iniciada e mantida. Um tempo de cicatrização de pelo menos 3 semanas entre a realização de procedimentos odontológicos extensos e o início da radioterapia diminui significativamente a chance de necrose. Exodontias ou qualquer trauma ósseo são fortemente contraindicados durante a radioterapia. TRATAMENTO O tratamento consiste em antibióticos, debridamento, irrigação e remoção do osso necrótico. A quantidade de osso a ser removido é determinada pelo julgamento clínico, com a cirurgia se estendendo até que sejam observadas margens com sangue brilhante. OSTEONECROSE A associação inicial entre o uso de bifosfonatos e o desenvolvimento subsequente de necrose dos ossos gnáticos foi relatada em 2003. Os bifosfonatos compreendem uma classe única de medicamentos que demonstrou inibir os osteoclastos e possivelmente interferir na angiogênese através de ações como a inibição do fator de crescimento endotelial vascular. Os bifosfonatos de primeira geração apresentam potência relativamente menor e são prontamente metabolizados pelos osteoclastos. Adicionada uma cadeia lateral de nitrogênio a estas drogas, criando a segunda geração de bifosfonatos, os quais são mais potentes, sendo chamados de aminobifosfonatos Os osteoclastos também têm um papel crítico na manutenção do osso normal através do reparo de microfraturas e reabsorção de áreas ósseas que contenham focos de osteócitos antigos não-vitais. Na reabsorção do osso, citocinas e fatores de crescimento, como a proteína morfogenética óssea, são liberados e induzem a formação de osteoblastos formadores de osso ativo. Quando a função osteoclástica diminui, as microfraturas, então, se acumulam e a vida dos osteócitos aprisionados excede, criando áreas de osso vulnerável. Quando os osteoclastos ingerem o osso tratado por bifosfonatos, o medicamento é citotóxico e induz a apoptose osteoclástica, uma redução no recrutamento de osteoclastos adicionais, e a estimulação dos osteoblastos a liberarem um fator de inibição osteoclástica. Bifosfonatos DROGAS DA PRIMEIRA GERAÇÃO Bonefos® (clodronato)● Potência relativa de 10 Formulações VO e IV Didronel® (etidronato de sódio)● Potência relativa de 1 VO Skelid® (tiludronato dissódico)● Potência relativa de 10 Formulações VO SUBSTÂNCIAS AMINOBIFOSFONATOS Actonel® (risedronato de sódio)● Potência relativa de 5.000 VO Aredia® (pamidronato dissódico)● Potência relativa de 100 IV Boniva® (ibandronato de sódio)● Potência relativa de 10.000 Formulações VO e IV Fosamax® (alendronato de sódio)● Potência relativa de 1.000 VO Reclast® (ácido zoledrônico)● Potência relativa de 100.000 Formulação IV Infusão anual para osteoporose Aprovação da FDA pendente Zometa® (ácido zoledrônico)● Potência relativa de 100.000 IV. Os bifosfonatos de primeira geração apresentam potência relativamente menor e são prontamente metabolizados pelos osteoclastos. Foi adicionada uma cadeia lateral de nitrogênio a estas drogas, criando a segunda geração de bifosfonatos, os quais são mais potentes, sendo chamados de aminobifosfonatos (Quadro 8-1). Em contraste com a primeira geração, estas formulações são incorporadas ao esqueleto e demonstram meia-vida extremamente longa (p. ex., estimada em 12 anos para o alendronato). Atualmente, a forte associação à osteonecrose dos ossos gnáticos tem sido limitada aos aminobifosfonatos. TATUAGEM POR AMÁLGAMA Lesão iatrogênica Implantação traumática de partículas de almgama nos tecidos moles; Pós exodontia Pós remoção de restaurações de amalgama CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Pigmentação mais comum da mucosa bucal Áreas comumente afetada Gengiva Mucosa jugal Palato Língua Lesões maculares MELANOSE DO FUMANTE As pigmetações acastanhadas da mucosa oral relacionadas ao uso do tabaco geralmente aparecem na região anterior da mucosa gengival mas podem ocorrer em toda a mucosa oral. Está relacionada à quantidade de cigarros fumados a cada dia. A presença destas máculas (manchas) é forte indicativo dos riscos que estes pacientes correm de desenvolverem uma lesão maligna. A interrupção do uso de tabaco resulta em desaparecimento gradual da pigmentação. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Pigmentação fisiológica Síndrome de peutz jeghers Doença de addison Melanoma ETIOPATOGENIA O hábito de fumar mais de nove cigarros por dia é suficiente para depósitos de melanina na gengiva. A pigmentação por melanina causada anormal da mucosa oral tem associada ao uso do cigarro. A Patogênese está relacionada com um componente do tabaco que estimula os melanocitos. Frequente em mulheres e relacionados com os hormônios femininos. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS Gengiva vestibular anterior é a região mais afetada. Coloração acastanhada pode variar de leve e intensa. Pigmentação do palato e mucosa jugal e tem sido associada com o cachimbo. Usurários do fumo invertido mostram alterações no palato. TRATAMENTO Eliminação do tabaco Melhora espontânea em longos dos meses
Compartilhar