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Caderno - Diagnóstico Odontológico II

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DIAGNÓSTICO ODONTOLÓGICO II
Aula 1 – 13/08/2021
Patologia da glândula salivar
- Neoplasias benignas:
· Adenoma polimórfico
· Oncocitoma
· Oncocitose
· Tumor de Warthin
· Anedoma momórfico
· Adenoma canlicular
· Adenoma de células basais
· Papilomas ductais
- Neoplasias malignas:
· Carcinoma mucoepidermóide
· Carcinoma mucoepidermóide intra-ósseo
· Adenocarcinoma de células acinares
· Tumor misto maligno
· Carcinoma adenóide cístico
· Adenocarcinoma polimorfo de baixo grau
· Adenocarcinoma salivar ou não específico
 
Torus palatino
Mucocele
- Definição: fenômeno de extravasamento de muco ou reação de escape de muco. Não é cisto verdadeiro.
- Causa principal: em indivíduos jovens -> trauma (nem sempre tem uma causa).
- Histórico de tumefação recorrente que se rompe periodicamente.
- Tratamento: cirurgia + remoção das glândulas associadas.
- Características:
· Coloração azulada
· Forma de cúpula
· Aspecto bolhoso
· Alteração de volume
· 75% dos casos são em lábio inferior
· 25% em ventre lingual, palato e mucosa jugal
Rânula
- Definição: mucocele que ocorrem no soalho da boca.
- Tratamento: micromarsupialização ou excisão; Tirar pontos após 21 dias
- Características:
· Tumefação azulada, flutuante, com a forma de cúpula no soalho da boca.
· Geralmente lateralmente a linha média
· Mais frequente em ducto da sublingual e submandibular.
Sialolitíase
- Definição: cálculo salivar ou pedras salivares.
- Sialolitos: estruturas calcificadas que se desenvolvem no interior do sistema ductal salivar.
- Sem relação com desordem sistêmica do metabolismo do cálcio e fósforo.
- Visível em raio x oclusal da mandíbula
- Tratamento: 
· fisioterapia com sialogogos (medicamentos que estimulam secreção salivar, calor úmido e aumento da ingestão de fluídos).
· cirurgia (para cálculos maiores).
- Características: 
· dor ou tumefação em episódios da glândula afetada principalmente no momento das refeições.
· mais comum no ducto submandibular
· trajeto longo e tortuoso
· secreção mucolóide expressa.
___________________________________
Doenças imunologicamente mediadas
Afta
- Tratamento: 
· Triananoloma (corticóide tópico)
· Colestone Elixir (bochechar uma medida três vezes ao dia, durante três minutos por até 15 dias
· Propionato de clobetasol 0,05% (corticóide de alta potência) 
· Laserterapia de baixa intensidade
· 
Gengivite descamativa
- Características:
· Borda eritematosa, centro necrótico amarelo-esbranquiçado
· Sensação doloroso
· Tensão emocional
- Causado por:
· Líquen plano
· Penfigóide
· Eritema multiforme
· Lúpus eritematoso
- Classificação:
· Ulceração aftosa menor
· Ulceração aftosa maior/ Sutton: 
- maior que 0,5cm
- periadenite mucosa necrótica recorrente “afta de Sutton”
- ocorre após a puberdade e demoram para cicatrizar, podem deixar cicatriz.
· Herpetiforme (nada a ver com herpes): - - grupo de múltiplas pequenas úlceras recorrentes
- mucos móvel
- não precedidas por vesículas
- sem infecção viral
- tratamento com corticosteroides tópicos ou sistêmicos (Triancinolona em arabase, proprionato de clobetasol à 0,05% e laserterapia).
Líquen plano
- Mais comuns em homens e mulheres acima de 50 anos
- Pele: pápulas eritematosas ou púrpureas entremeadas com estrias de Wickhan
- Boca: líquen plano reticular ou erosivo
· Líquen plano reticular: assintomático e mais frequente (bilaterais)
· Líquen plano erosivo: doloroso e menos frequente.
Pênfigo vulgar
- Vulgar, vegetante, eritematoso e foliáceo.
- Bolha intraepitelial: autoanticorpos dirigidos contra componentes do desmossomo.
- Geralmente o 1º sinal é na boca.
- Clínica: erosões ou úlceras em palato, mucosa labial, jugal, ventre lingual
- Tratamento:
· Corticoterapia tópica ou sistêmica (triancinoloma em arabase)
· Propionato de clobetasol 0,05%
· Laserterapia
Epitélio descolado
Penfigóide benigno de mucosa
- Se assemelha com o pênfigo.
- Pênfigo vulgar: bolha intra-epitelial.
- Penfigóide: bolha sup-epitelial
Epitélio totalmente preservado, porém na membrana basal pode-se observar um espaçamento, ali será a lesão.
Lupus eritematoso sistêmico
Gengiva descamativa por causa do Lupus
Eritema multiforme
- Boca: manchas eritematosas irregulares em lábios, mucosa jugal, língua, assoalho e palato mole.
- Principal característica: crosta em lábio inferior.
- Pode ser desencadeado por medicamento.
___________________________________
Aula 2 – 20/08/2021
Neoplasias e Câncer Bucal
Sífilis
- Treponema pallidum
- Causa: contato sexual (IST) ou doença congênita.
- 2,5-4 milhões de infectados no Brasil.
- Teste rápido de 30 minutos.
- Tratamento: Penicilina
1. Sífilis primária
- Cancro duro: área de inoculação.
- 10 a 90 dias após contágio.
- Lesões ricas em bactérias.
- Assintomática, sem prurido, sem ardência.
- Palato, língua, lábios, gengiva, tonsilas palatinos.
- Período de remição: ela vai regredir, mas o paciente não está curado.
- Linfodenopatia (bilateral)
- Espiroqueta é espalhada pelos vasos linfáticos.
- Cicatrização espontânea dentro de 3 a 8 semanas.
- Se o paciente não trata a doença dissemina de 1 a 6 meses depois.
2. Sífilis Secundária
- Disseminação linfática. 
Placa mucosa (necrose – acinzentada). Língua, lábios, mucosa jugal e palato.
- 6 semanas a 6 meses após cancro.
- Alterações na palma da mão, planta do pé, úlceras e eritemas por todo o corpo.
- Dor de garganta, febre, lindofenopatia, erupção cutâneas, cefaleia.
- Úlceras no palato, língua, lábios, gengiva, amigdalas, nódulos na língua.
3. Sífilis Latente ou Terciária
- Latente recente: menos de 2 anos da infecção
- Latente tardia: mais de 2 anos
- Caso o paciente não trate, torna-se latente.
- Latente por até 30 anos (15/20 anos é o mais comum)
- Acometimento vascular e SNC
- Goma: lesão nodular com inflamação granulomatosa, endurecida ou úlcera no palato ou língua
- Pode chegar ao óbito.
4. Sífilis Congênita
- Tríade de Hutchinson: incisivos em formato de chave de fenda e molares em forma de amora.
- Acometimento do VIII par craniano (causa surdez)
- Queratite intersticial: inflamação de pele que pode ocorrer em mucosa ocular.
Doenças Fúngicas
- Candidíase		- Histoplasmose
- Blastomicose	- Paracoccidioidomicose
- Coccidioidomicose	- Criptococose
- Zigomicose		- Aspergilose
Candidíase
- Candida albicans
- Dimorfismo: leveduras e hifas
- Uso prolongado de antibióticos
- Tratamento: bochecho com bicarbonato:
1 colher em ½ copo de água, 3x ao dia durante 3 min. + nistatina: 1 colher de sopa 3x ao dia durante 3 min.
- Fungo oportunista: aproveita da imunossupressão. 
- Crianças: ainda estão desenvolvendo o sistema imunológico
- Idosos: estão com o sistema imunológico já comprometidos
- Pseudomembranosa: sapinho
- Eritematosa
- Glossite rombóide mediana
- Lesão beijada
- Queilite angular
- Estomatite por dentatura
- Crônica hiperplásica
- Mucocutânea
Doenças virais
- Vírus do herpes simples 	- Varicela
- Herpes zoster		- Citomegalovírus
 - Mononucleose infecciosa	- Sarampo
- Enteroviroses		- Caxumba
- Rubéola			- Verruga vulgar
-Molusco contagioso		- AIDS
- Condiloma acumindado 	- Papiloma
- Hiperplasia epitelial focal
Herpes Simples
- HHV-1 ou HHV-2
- Latência: gânglios nervosos
- Infecção primária: apenas 12% apresentaram sinais e sintomas intensos para serem lembradas pela criança ou pais.
- Maioria: resfriado comum, entre 6 meses e 5 anos.
- Sintomas iniciais: dor de garganta, febre, mal estar e cefaléia.
- Recidivas: luz UV, traumatismo
- Sinais e sintomas prodrômicos: dor, ardência, prurido, formigamento, calor localizado, eritema.
- Boca: mucosa queratinizada (palato e gengiva inserida)
- HP: acantólise (células Tzanck), degeneração balonizante
AIDS
- HIV
- Fluidos corporais: soro, saliva, sangue, lágrima, urina, leite materno, secreção vaginal.
- Transmissão: contato sexual, exposição parenteral e transmissão vertical.
Lesões + comuns
- Candidose 	
- Leucoplasia pilosa
- Eritema gengival linear
- Sarcoma de Kaposi
- Linfoma não Hodgkin
___________________________________
Aula 3 – 27/08/2021
Estudoradiográfico das lesões do órgão dentário
- Radiografia: sugestiva de/ Compatível com
- A radiografia é um exame complementar para o diagnóstico!
Somente junto com o exame clínico e as vezes também laboratorial é que teremos um diagnóstico definitivo.
- Conhecimentos anatômicos + alterações estruturais: arremetem a doença que o paciente pode ter.
- O estudo do elemento dentário é dividido em coroa e raiz.
A. Coroa
1. Imagem radiolúcida na coroa
2. Materiais restauradores
3. Mineralização da polpa
4. Desgaste oclusal ou incisal
5. Fraturas
1. Imagem radiolúcida na coroa
Perda de continuidade da estrutura do esmalte.
- Cárie: é uma doença infecciosa, que leva à destruição localizada dos tecidos duros do dente, pela ação dos ácidos produzidos pelas bactérias da placa.
- Tipos de cárie: oclusal, interproximal, vestibular e palatina ou lingual.
- Num laudo radiográfico NUNCA daremos o diagnóstico de cárie, e sim descrever o que estamos vendo, isto é: imagem radiolúcida.
Imagem radiolúcida sob imagem radiopaca na coroa
2. Materiais Restauradores
- Resinas compostas radiolúcidas: + antigas.
- Resinas compostas radiopacas: + recentes.
- Restauração metálica: imagem radiopaca
- Restauração estética proporciona imagem radiográfica: radiolúcida ou radiopaca.
Verificar como se apresenta o contorno da área radiolúcida:
Regular: sugestiva de material restaurador
Irregular: sugestiva de cárie.
Quando a presença de capeamento (forramento) pulpar, apresentar uma linha radiopaca, sugere uma imagem de material restaurador estético.
3. Mineralização da polpa
- Podemos ter: dentina reacional e nódulo pulpar.
- Dentina Reacional: (secundária)
Agressão -> Deposição Mineral -> Diminuição da Luz do Canal.
Dois tipos de dentina reacional:
- Fisiológica: devido a mastigação normal. (comum em idosos
- Resposta do organismo a agressões: lesões de cárie/ parafunção
- Nódulos pulpares:
Pequenas massas mineralizadas localizadas no tecido pulpar, aderidas ou não às paredes dentinárias.
O seu aspecto radiográfico é mais radiopaco, comparativamente à radiolucência do tecido pulpar.
4. Desgaste oclusal ou incisal
- Atrição: perda da estrutura dentária relacionada com os hábitos mastigatórios. Desgaste fisiológico.
- Interferência oclusal (parafunções) 
Ex. Segurar o grampo de cabelo com a boca
 
5. Fraturas Coronárias
Somente de esmalte: consiste na perda de pequenas porções do esmalte dental, sem atingir a dentina.
Envolvendo esmalte e dentina: sem a exposição do tecido pulpar.
Envolvendo esmalte e dentina: com exposição pulpar.
B. Raiz
1. Imagem radiolúcida na raiz
2. Reabsorções radiculares
3. Hipercementose
4. Fraturas/ Perfurações radiculares
5. Raízes/ Raízes residuais
6. Canais radiculares
 com obturação;
 sem obturação;
 parcialmente obturados
1. Imagem radiolúcida na raiz
- Velamento cervical de Greenfield: imagem radiolúcida na região amelocementaria devido a constricção da raiz nesta região. Não deve ser confundida com cárie de colo. 
- Abrasão: de substância dentária por desgaste. (processo físico).
- Fatores causais: escovação forte, raspagem ou curetagem periodontal e hábitos.
- Característica: superfície dura, altamente polida, rasa, com contorno regular e localizada por vestibular.
- Erosão: perda de substância dentária por dissolução em ácidos de origem não bacteriana (processo químico).
- Aspecto clínico: face arredondada, rasa, ampla e sem borda definida.
- Erosão exógena: fatores externos, tende os dentes anteriores estarem mais desgastados
- Erosão endógena: fatores internos, tende as faces palatinas dos dentes posteriores estarem desgastadas.
2. Reabsorção radicular
- Risólise (fisiológico): troca de dentição, o dente permanente, conforme vai crescendo, absorve a raiz dos dentes decíduos.
- Reabsorção patológica: por processos patológicos (carga excessiva)
- Interna (inflamatória): de dentro pra fora, resposta do organismo.
- Externa (patológica): de fora pra dentro.
Caracteriza-se pelo aparecimento de áreas de reabsorção. Arredondadas/ retas na superfície radicular.
Traumas: intrusão (dente entra pra dentro da gengiva) e avulsão (dente salta pra fora).
Mortificações pulpares com lesões periapicais.
Movimentos ortodônticos intempestivos.
Lesões maxilo-mandibulares.
3. Hipercementose
- Deposição excessiva do cemento nas superfícies radiculares, podendo estar confinada a uma única raiz ou a todas de um mesmo dente, ou em vários dentes.
Causas:
- rarefações ósseas periapicais
- traumas ocluais
- doenças sistêmicas
- fatores idiopáticos (conjuntos de situações não identificados -deficiência nutricional, fator genético, fator ambiental)
- Aspecto radiográfico: aumento da radiopacidade do cemento, com consequente aumento do volume radicular.
- Geralmente o espaço pericementário, a lâmina dura e a vitalidade pulpar se apresentam normais.
4. Fraturas radiculares 
- Geralmente são causadas por traumatismos, e o aspecto radiográfico é um traço radiolúcido apresentando uma solução de continuidade do contorno da porção radicular.
- Requerem investigação radiográfica minuciosa
(Pode ser confundido com variações anatômicas: diferencia com tomografia computadorizada).
- Podem ser:
Uma linha radiolúcida
Confundida com canais pulpares acessórios
Não aparecer na radiografia por superposição de imagens.
Não ser vistas quando estão paralelas ao longo eixo do dente.
Fratura coronário-radicular envolvendo esmalte, dentina e cemento sem exposição pulpar.
Fratura coronário-radicular envolvendo esmalte, dentina e cemento com exposição pulpar.
Fratura radicular envolvendo dentina, cemento e polpa.
- Prognóstico: quanto mais para apical da raiz melhor o prognóstico, pois haverá sustentação óssea para o elemento dental que poderá ser tratado endodonticamente e posteriormente sofrer uma apicectomia.
4. Perfuração Endodôntica
Comunicação artificial causada por instrumentos manuais ou rotatórios, o ainda de origem patológica. 
5. Raiz X Raiz Residual
- Raiz: remanescente dental em condições de sofrer reparação protética.
- Raiz residual: remanescente dental sem condições de receber reparação protética – deve-se descartar.
6. Canais Radiculares
- Sem obturação: não estão obturados 
- Parcialmente obturados: não chegou ao ápice da raiz.
- Canal obturado em excesso: passa do ápice da raiz
- Canal obturado: vai até o ápice da raiz
- Obturados com cones de prata: no lugar de cone de guta percha, muito antigo.
Núcleos e Pinos Protéticos
Maioria radiopaco.
- Núcleos metálicos fundidos: vai passivo, acompanha a anatomia da câmera pulpar, fundido especificamente para esse dente.
 
- Pinos protéticos pré-fabricados: não tem o desenho da anatomia do dente.
- Pinos protéticos pré fabricados rosqueáveis: Não segue a anatomia do dente, tem a rosca como de um parafuso, não são recomendados pois podem fraturar o dente com a força ao rosquear.
Coroas protéticas
- Metalocerâmica: em rosa é metal, em laranja é cerâmica (cerâmica na coroa é radiolúcida).
- Metaloplástica: em laranja é metal, em azul é resina (não aparece nada na coroa).
__________________________________
Alterações radiográficas do periodonto
Periodonto
- Tecidos circunvizinhos ao elemento dentário que têm como função a proteção (gengiva) e a sustentação (ligamento e osso alveolar) do órgão dentário.
- Na radiografia estuda-se osso alveolar, espaço periodontal e dente.
- Osso alveolar: lâmina dura e osso esponjoso.
Periodonto normal
- Lâmina dura intacta (linha radiopaca contínua e de espessura uniforme = 0,1mm)
- Altura do osso alveolar: 1mm/ 1,5mm abaixo do limite amelo-cementário.
- Forma da crista óssea alveolar varia conforme proximidade dos dentes adjacentes e altura relativa dos limites amelo-cementários.
- Espaço periodontal liso e uniforme, com espessura média de 0,11mm.
Doença periodontal
- Infecciosa: infecções microbianas associadas ao cúmulo de placa bacteriana.
- Não infecciosa:causada por trauma, cistos, processos neoplásticos e processos degenerativos.
Evolução da doença periodontal
Placa Bacteriana
Cálculo
Gengivite
Periodontite
Perda do elemento dentário
Gengivite
- Processo inflamatório gengival, onde o epitélio juncional permanece no nível original.
- Presença de edema, alteração de cor e sangramento.
- Não observamos radiograficamente variações no aspecto ósseo normal.
- Processo reversível.
Periodontite
- É caracterizada pela inflação gengival, bolsa periodontal, destruição dos ligamentos periodontais e osso alveolar.
Técnicas Radiográficas
1. Paralelismo: 
- Maior fidelidade no relacionamento da crista óssea alveolar com o limite amelocementaria.
2. Interproximal
- Para perdas ósseas pequenas.
3. Periapical
- Para perdas ósseas grandes.
4. Panorâmica
- Não fornece detalhes.
Indicações para radiografia
1. Cálculo
 
2. Alterações da lâmina dura e cristais ou septos ósseos.
- Perda de detalhes: traduz a penetração da inflamação gengival no osso.
- Ausência total ou parcial.
- Aumento de espessura: hiperfunção dentária.
- Diminuição da espessura: hipofunção dentária.
3. Aumento/ diminuição do espaço periodontal.
- Diminuição: hipofunção dentária.
- Aumento: hiperfunção dentária (parafunções), sobrecargas oclusais, inflamação, presença de abscessos periapicais ou periodontais, fraturas e trepanações radiculares, mobilidade dentária. 
4. Reabsorção óssea horizontal.
- Perda de detalhe da cortical da crista óssea alveolar.
- Perda da cortical da crista óssea alveolar.
- “Esfuçamento” na parte central cervical da crista óssea.
5. Reabsorção óssea vertical.
- Sentido oblíquo ou angular com relação ao maior eixo do dente.
- Pode abranger um dente ou vários dentes.
- Associada a inflamação ou inflamação combinada com trauma de oclusão ou traumatismo direto (impactação alimentar).
- Bolsa periodontal do tipo intra-ósseo (não necessariamente).
6. Região das furcas (bifurcações ou trifurcações).
- Sobreposições das raízes ou de áreas de reabsorção dificultam a observação radiográfica de lesões incipientes.
- Atenção para aumento de espaço periodontal, perda de lâmina dura, menor densidade óssea na região.
7. Redução da altura da crista óssea alveolar.
8. Defeito em taça:
A imagem fica sobreposto as faces vestibular e palatal, mas ele perdeu uma das faces que perdeu, no osso aparece como uma taça.
Limitações da radiografia
- Não registra a presença de bolsas periodontais.
- Não demonstra a proporção entre tecidos moles e duros.
- Grau de mobilidade.
- A deformidade real é, com frequência, maior do que aparentava radiograficamente.
- Difícil identificação de perdas ósseas vestibulares e linguais
___________________________________
Aula 4 – 03/08/2021
Aspecto radiográfico das lesões do periápice
Complexo dentinho-polpa
- Polpa: massa de tecido conjuntivo altamente vascularizada, contida em cavidade inelástica.
- Resposta inicial à agressão não difere das observadas em outros tecidos, mas o resultado final pode ser diferente em virtude da rigidez das paredes da câmara pulpar.
- Alteração no esmalte e ou dentina: alteração na polpa (dependendo da intensidade e frequência do estímulo): inflamação na região periapical.
- Cárie, erosão, abrasão, atrição, fraturas coronárias, bolsa periodontal, restaurações profundas, dentes recém tratados, trauma
- As lesões inflamatórias que envolvem os periápice dos elementos dentários têm a capacidade de promover lise ou destruição do tecido ósseo da região.
1. Aumento do espaço pericementário
- Primeira alteração radiográfica.
- Pode ser reversível se houver remoção do estímulo.
Forma e contorno ou periferia e estrutura interna da lesão
- Forma: número de lojas/ lóculos provocadas pela lesão.
- Contorno: limites difusos ou definidos, lisos ou irregulares, presença ou não de osteogênese reacional.
Aspectos radiográficos associados ao ápice do elemento dentário
- Aumento do espaço pericementário
- Rarefação óssea periapical difusa (ROPD)
- Rarefação óssea periapical circunscrita (ROPC)
- Rarefação óssea periapical circunscrita de aspecto cístico (ROPCC)
Pericementite apical aguda
- Inflamação do ligamento periodontal
- Causas: cárie, erosão, abrasão, atrição, fraturas coronárias, restaurações profundas, dentes recém tratados, trauma.
- Pode evoluir para cura ou supuração e cronificação.
- Radiograficamente: 
aumento do espaço pericementário. 
Abcesso periapical agudo
- Origem de uma alteração periapical inicial (não terá imagem radiográfica)
- Início: exacerbação aguda de uma lesão inflamatória periapical crônica
- Radiograficamente: 
Espessamento do ligamento periodontal apical.
Lesão radiolúcida de contornos difusos (ROPD)
Rompimento de lâmina dura
Podem não apresentar sintomatologia.
Abcesso periapical
- Evolução para osteomielite (disseminação da secreção purulenta para os espaços medulares)
- Perfuração da cortical e difusão através dos tecidos moles = celulite (inchaço)
- Formação de fístulas intra orais e até extra orais.
Celulite oral pode evoluir para tamponamento da via respiratória ou septcemia (bactéria por todo corpo, causando falência de múltiplos órgãos.
Granuloma periapical (ROPC)
- Inflamação crônica proliferativa do ligamento periodontal apical de um dente necrosado.
- Tecido de granulação circundado por tecido fibroso, aderido à raiz.
- Maioria assintomático.
- Pode evoluir para cisto radicular.
- Radiograficamente:
Lesão radiolúcida unilocular e circunscrita (ROPC), associada ao ápice de dente desvitalizado
Ausência de lâmina dura.
Rarefação óssea periapical circunscrita (Granuloma)
 
Cisto Periapical (cisto radicular) 
- Origem: proliferação dos restos epiteliais de Malassez pós processo inflamatório.
- Células centrais (longe da nutrição) degeneram-se (ricas em proteínas), aumento da pressão osmótica, entrada de líquido.
- Interior = líquido citrino.
- Osteogênese reacional
- Lesão radiolúcida, unicelular, circunscrita (ROPCC)
O Diagnóstico diferencial entre cisto e granuloma é feito somente com exame histopatológico.
Defeito ósseo cicatricial
Cicatriz na evolução de uma lesão.
___________________________________
Cistos da Boca
Cisto
- Cavidade patológica revestida por epitélio, contendo em seu interior conteúdo líquido ou semi-sólido.
- Não regride, deve-se ser retirado pela cirurgia de remoção de cisto.
- Classificação: 
Odontogênicos: origem em tecidos dentários – cemento, esmalte, resto epitelial de Malassez
Não Odontogênicos: origem em tecidos não dentinários – células nervosas, ducto lacrimal.
Os cistos odontogênicos são classificados em:
Inflamatórios: resposta do sistema imunológico à uma agressão
Desenvolvimento: célula que se modificou.
Os cistos odontogênicos inflamatórios podem ser:
Cisto radicular (se divide em periapical e lateral.
Cisto residual
Cisto paradental
G- Gengival
E – Erupção
L- Periodontal lateral
R – Residual 
P – Periapical ou radicular
D- Dentígeno
OKC – odontogênico keratocistíco
Cisto Periapical/ apical
- Cisto que se origina dos restos epiteliais localizados no ligamento periodontal como consequência a uma inflamação
- Lesão muito frequente
- Cisto mais comum dos maxilares
- Pode estar relacionado à qualquer dente
Pequenos: assintomáticos e radiograficamente visíveis.
Grandes: assintomáticos ou sintomáticos e provocam aumento volumétrico
- Características clínicas:
Dente de origem: teste vitalidade negativo
Assintomático
Tamanhos variados
Movimentar dentes vizinhos
Mobilidade dentes envolvidos
- Patogênese: 
> morte tecido pulpar
> tecido necrótico chega ao periápice 
> formação de granuloma
 > tecido conjuntivo + infiltrado inflamatório 
> estimulação dos restos epiteliais de Malassez
- Características radiográficas:
Área radiolúcida de tamanhos variados
Ovoide, circular
Perda integridade da lâmina dura
Reabsorção dental frequente
Halo esclerótico (neoformação óssea)
Cisto radicular lateral
- Cisto inflamatório que ocorre em localização lateral ao dente com necrose pulpar (origina-se de um canalacessório)
- Área radiolúcida, bem delimitada, ovoide.
-Tratamento e Prognóstico:
Semelhante ao granuloma
Diagnóstico inicial: aspectos clínicos + radiográficos
Extração do elemento dentário + remoção cisto + exame histopatológico
ou 
Endodontia + remoção cisto + histopatológico
Diagnóstico diferencial: outros cistos ou tumores odontogênicos
Sem recorrência
Cisto residual
- Cisto radicular que permanece no interior dos maxilares após a extração do dente associado.
- Lesão radiolúcida arredondada de tamanhos variados.
- Diagnóstico inicial: aspectos clínicos + radiográficos + histórico do paciente.
- Tratamento:
Remoção de cito + histopatológico
- Diagnóstico diferencial: outros cistos ou tumores odontogênicos. Sem recorrência.
Cisto Paradental/ Paradentário
- Cisto que ocorre na margem cervical, de aspecto lateral à raiz. 
- Resultado de processo inflamatório.
- Origem: epitélio odontogênico localizado na porção superficial do Ligamento Periodontal.
- Relacionado à dentes em erupção ou parcialmente erupcionados. 
Dente vital
 > acúmulo de placa
 > inflamação gengival e periodontal
> proliferação do epitélio do LP
> cisto paradental
Cisto odontogênico de desenvolvimento
- Epitélio cístico possui origem odontogênica
- Etiologia desconhecida, não está relacionado com processos inflamatórios.
Classificação dos cistos odontogênicos de desenvolvimento
Cisto dentígero
Cisto de erupção
Cisto gengival do recém nascido
Cisto gengival do adulto
Cisto periodontal lateral
Queratocisto
Cisto Dentígero
Cisto relacionado à coroa de um dente não erupcionados, aderido à junção amelo-cementária.
Origem: epitélio reduzido do órgão do esmalte.
20% todos cistos – comum.
3MI, CS, MS, 2PMI
2º, 3º e 4º décadas de vida.
- Características Radiográficas:
Área radiolúcida
Geralmente unilocular
Associado à coroa de u dente não erupcionado e unido a este dente pela junção amelocementaria
Bordo esclerótico
50% causam reabsorção dentária
Pode deslocar elementos dentários
- Diagnóstico diferencial:
Pequeno: cisto X hiperplasia do saco pericoronário.
> 3mm de diâmetro faz-se o diagnóstico diferencial com queratocisto e ameloblastoma.
- Tratamento:
Remoção cirúrgica
Descompressão (tamanho)
Dente pode ou não ser preservado
Prognóstico: excelente.
 
Cisto de Erupção
- Variação do cisto dentígero
- Associado a coroa de um dente decíduo ou permanente em erupção
- Acúmulo de líquido no folículo dilatado
- Clinicamente tumefação
- Rompe-se espontaneamente, permitindo a erupção do dente ou faz-se a excisão cirúrgica do teto do cisto para permitir a erupção. 
· Estrutura do Cisto
- Lúmen – conteudo liquido ou semi-sólido hiperproteico ou hipersalino que está dentro do cisto, acúmulo de proteína e sal
- Epitélio – reveste o lúmen, tecido mole, aparece Radiolúcido na radiografia
- Cápsula – tecido mole, aparece Radiolúcido na radiografia
- Teste de vitalidade – se responde ao calor/ frio
- Cisto em osso – radiolúcido
- Cisto invadindo o seio – radiopaco
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Aula 5 – 10/09/2021
Anomalias Dentárias
- 3 alterações: de forma, de número de erupção
A. ALTERAÇÕES DE FORMA 
- Macrodontia/ Microdontia
- Geminação
- Fusão
- Dilaceração
- Concrescência
- Dens in Dente
- Dens Evaginatus/ Cúspide supranumerária
- Hipoplasia de esmalte
- Dentinogênese Imperfeita
- Dentes de Hutchinson
- Taurodontismo
- Pérola de esmalte
- Odontodisplasia regional
A1. Macrodontia
Caracteriza-se pelo aumento do volume do dente.
3º MI; ICS
A1. Microdontia 
Caracteriza-se pela diminuição do volume do dente
ILS; 3ºM
A2. Geminação
Divisão do germe dentário, durante o período de evolução dando lugar à formação de uma coroa dupla com um condutor radicular único
Dentição decídua (mais comum) e permanente.
Mais comum na região anterior.
 
A3. Fusão
Condição na qual dois germes dentários encontram-se unidos dando aspecto radiográfico de dois condutos e duas raízes
Causa redução do nº de dentes
Dentição decídua (+) e permanente
Mais comum na região anterior
Pode ocorrer entre dentes normais e supranumerários.
Hipóteses: 
Dois germes muito próximos -> fusão antes da calcificação.
Força física ou pressão
Provavelmente relacionada a um gene autonômico dominante com penetração variável.
A4. Concrescência
Condição na qual dois ou mais dentes estão unidos pelo cemento, após a formação da coroa.
Pode ser devido à trauma ou quando daformação dos dentes, acontecer uma reabsorção do osso interdental e ocorrer uma deposição de cemento fusionando as raízes destes dentes.
É mais comum entre o 2º e 3º molar superior.
A5. Dens in Dente (Dens Invaginatus)
Aparece com maior frequência na região do cíngulo dos dentes incisivos superiores.
Radiograficamente nota-se uma segunda cavidade próxima da polpa em forma de pêra invertida.
É uma invaginação do esmalte da superfície coronária ou radicular do dente.
- Dentes afetados com maior frequência:
ILS, ICS, PM, Canino.
- 50% dos casos é simétrica
- Restauração profilática (risco de comprometimento pulpar.
A6. Dens Evaginatus
- Tubérculo de esmalte e dentina na superfície oclusal dos dentes.
- Dentes comumente afetados: PM, M.
A7. Cúspide supranumerária
Composta de esmalte e dentina normais. 
A fissura existente entre um cíngulo aumentado e a face lingual é mais susceptível à caries (restauração profilática). 
A8. Hipoplasia do Esmalte
- Ocorre quando o esmalte dentário apresenta-se com desenvolvimento incompleto ou defeituoso, podendo ser devida a fatores locais, sistêmicos ou hereditários.
- Pode ocorrer nos dentes decíduos ou permanentes.
- Aspecto clínico: nos casos mais leves, o esmalte apresenta ligeiras depressões ou sulcos na sua superfície lisa, e nos casos mais graves os sulcos são mais profundos.
- Fator local: é quando afeta um dente ou parte dele. Ex: Trauma ou Infecção periapical do dente decíduo que modifica a deposição de esmalte no dente permanente. – “Dente de Turner”.
- Fator sistêmico: é causado por uma doença generalizada em que todos os dentes que estão sendo formados neste período são afetados.
- A manifestação da condição depende da intensidade, da duração do fator etiológico e do estágio de desenvolvimento dentário durante o qual o fator atua.
A9. Amelogenese Imperfeita
- Alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte, 
- Doença hereditária, com vários padrões de herança.
- A forma do dente pode não se apresentar normal em função da quantidade de esmalte presente e da presença de atrição oclusal e incisal. 
- O esmalte pode estar completamente ausente (aplasia) ou aparecer como uma camada muito fina, principalmente sobre as pontas de cúspides e faces proximais.
- Radiograficamente, em casos de hipocalcificação, a radiodensidade do esmalte pode se apresentar semelhante à da dentina, tornando difícil a diferenciação entre ambos.
A10. Dentinogênese Imperfeita
- Afeta o desenvolvimento do tecido dentinário e possui uma característica hereditária (dominante).
- Aspecto clínico: geralmente a coroa apresenta uma translucidez de tom opalescente ou cinzenta.
- O esmalte é destacado com facilidade.
- Aspecto radiográfico: caracteriza-se por obliteração total ou parcial das câmaras e condutos pulpares, resultando da formação contínua de dentina e raízes curtas e crônicas.
- O teor de água da dentina é 60% mais elevado do que um tecido dentinário normal. 
- A radiopacidade da dentina malformada é menor que a de uma dentina normal.
- Os dentes apresentam atrição acelerada.
A11. Dentes de Hutchinson
- Anomalias congênitas do tipo hipoplásico verificadas nos dentes incisivos permanentes e nos molares.
- Aspecto clínico:
Incisivos: porção cervical da coroa é mais larga que o bordo incisal (chave de fenda).
Molares: hipoplasia esmalte e com a superfície oclusal mais estreita do que a normal (molar em amora)
Sugestivo de sífilis congênita – para o diagnóstico é necessário a presença de alterações inflamatória nos olhos, no ouvido interno e Dentes de Hutchinson. 
A12. Dilaceração
Curvatura brusca da direção, principalmente da raize as vezes, da coroa de um dente. Pode ocorrer devido ao traumatismo durante a formação do dente.
A13. Taurodontismo
- Aumento da câmara pulpar, podendo estender-se à área que seria das raízes.
- Pode afetar a dentição decídua ou a permanente (mais comum).
É mais frequente nos molares e pode ocorrer nos pré-molares.
A14. Pérola de Esmalte
- Pequena massa de esmalte, localizada usualmente na área de furca.
- Pode ser difícil distinguir de um pequeno supranumerário fusionado com a raiz.
- São mais frequentes nos dentes superiores, usualmente na mesial ou distal do 2º e 3º MS. Na mandíbula aparece comumente por lingual ou vestibular.
A15. Odontodisplasia Regional/ Dente fantasma/ Odontogênese Imperfeita 
- Etiologia desconhecida.
- Fatores etiológicos sugeridos: trauma, deficiências nutricionais, infecções, alterações metabólicas, doenças sistêmicas, fator genético, defeito vascular local.
- A erupção dos dentes afetados é retardada ou não ocorre.
- Os dentes exibem raízes curtas, ápices abertos, câmaras pulpares aumentadas e finas camadas de dentina e esmalte.
- Os dentes permanentes são mais afetados que os decíduos. 
B. ALTERAÇÕES DE NÚMERO
- Anodontia e Hipodontia
- Dentes supranumerários
- Dentição pré-decídua
- Raízes supranumerárias.
B1. Anodontia
- Total: é rara e está ligada a displasia ectodérmica.
Hipodontia: um ou poucos dentes
Oligodontia: ausência se vários dentes.
- Hipodontia (excluindo 3ºmolar) ocorre e 3% a 10% da população.
- Rara na dentição decídua
- Dentes mais comuns ausente: 3ºM, 2ºPM, ILS, ICI.
B2. Dentes supra-numerários e acessórios
- Qualquer dente que exceda o numero normal (32) na dentição permanente ou 20 na decídua.
- Ocorre em 1% a 4% da população
- Ambas as dentições (mais frequente na permanente: região anterior e molares superiores).
- Autossômico recessivo.
- Displasia cleidocraniana.
- Síndrome de Gardner
- Podem ser causa de não irrompimento ou erupção ectópica dos dentes da região.
- Alguns dentes supranumerários são nominados: mesiodente, distomolar, dentes natais.
B3. Mesiodentes
- São aqueles que aparecem próximo à linha media, mais frequentemente na maxila.
B4. Dentição Pré-decídua (dentes natais)
- São dentes que precedente a dentição decídua, normalmente na região dos incisivos.
- Estruturar cornificadas, sem raízes (capuz de esmalte e dentina ou apenas esmalte)
- Não devem ser confundidos com dentes decíduos irrompidos precocemente.
B5. Raízes supranumerárias
- Não é uma anomalia rara
- Dentes mais envolvidos: 1º PMI, 2º PMI, CI, 1º MI.
C. ALTERAÇÕES DE ERUPÇÃO
- Dentes inclusos
- Dentes impactados
- Extrusão
- Inclinação
- Migração
- Transposição
- Erupção precoce
- Ectopia
C1. Dentes inclusos
- São aqueles que, por falta de força eruptiva, não conseguem erupcionar.
C2. Dentes impactados
- São aqueles que, impossibilitados de erupcionar devido a existência de uma barreira física em sua via de erupção.
C3. Dentes não irrompidos
Etiologia:
- Ausência de espaço no arco dentário
- Barreira física na trajetória de erupção
- Trajetória anormal de erupção devido a mudança de posição do germe dentário.
- Retenção do dente predecessor.
- Força eruptiva insuficiente.
- Morfologia dentária anormal.
- Fatores hereditários
Dentes mais envolvidos:
3ºMS, 3º MI, CS, PM.
Classificação de George Winter
Retenção mésio-angular
Retenção mésio-angular invertida
Retenção disto-angular
Retenção disto-angular invertida
Retenção horizontal
Retenção horizontal invertida
Retenção vertical
Retenção vertical invertida
Retenção transversa
C4. Extrusão
C5. Inclinação
- Pode ocorrer inclinação dos dentes:
Mesial, distal, vestibular, lingual ou palatina.
C6. Giroversão
Dente com implantação vertical correta, no seu sítio de erupção, mas que se apresenta girando em torno do seu longo eixo.
C7. Migração
- É a mudança na posição de um dente por falta de contato proximal
- Comum nos 2º PMI após a perda precoce do 1ºMI.
C8. Transposição
- Alteração na posição dos dentes na arcada.
- Mais comum entre canino e pré-molar
- Não é descrita na dentição decídua
C9. Erupção Prematura
- Na dentição permanente, a exfoliação precoce dos dentes decíduos pode ser acompanhada de erupção prematura dos sucessores permanentes.
- Dente irrompe antes de apresentar 2/3 de formação radicular
 
C10. Erupção Retardada
- Quando o dente ultrapassa os 2/3 de formação radicular e ainda não irrompeu na cavidade bucal.
- Causas: fibrose do tecido gengival, dente supranumerário, odontoma, falta de espaço, alteração do eixo de irrupção, etc.
C11. Ectopia
- Presença de um dente em região distante ou diferente da origem.
- Etiologia:
Ausência de espaço no arco dentário.
Barreira física na trajetória de erupção
Trajetória anormal de erupção devido a mudança de posição do germe dentário.
Retenção do dente predecessor
D. ANOMALIAS MAXILARES DO OSSO
- Fenda palatina
- Macrognatia
- Micrognatia
- Torus
D1. Fenda Palatina
- Falta de fusão dos dois processos palatinos entre si ou dentes com o processo fronto-nasal.
- Pode ser uni ou bi-lateral, completa ou parcial (fator hereditário).
D2. Macrognatia
- Anomalia em que o desenvolvimento dos ossos maxilares, ultrapassa o normal.
- Frequentemente ligada à hereditária.
D3. Marognatia
- Pode ser congênita (caráter dominante), ou adquirida, e é decorrente da alteração de desenvolvimentos dos côndilos, originando uma mandíbula de tamanho menor que o normal.
D4. Torus
- Exostoses ósseas que ocorrem na superfície perióstica da maxila ou mandíbula em locais definidos.
- Clinicamente são elevações planas ou globuladas, recobertas por mucosa normal e duras à palpação.
- Radiograficamente apresenta uma radiopacidade maior que a do osso adjacente.
- Podemos encontrar na:
Maxila: Torus Palatino
Mandíbula: Torus Mandibular.
D5. Torus Palatino
- Frequentemente encontrado na linha mediana do palato.
 
D6. Torus Mandibular
- Comumente encontrado na face lingual e nas áreas de dentes pré-molar e molar.
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Aula 7 – 24/09/2021
Displasias e lesões ósseas
A. Lesões maxilo-mandibulares
- Lesões Radiolúcidas
1. Lesão central de células gigantes
2. Querubismo.
A1. Lesão Central de Células Gigantes
Lesão expansiva crescimento lento, assintomático.
- Presença de mobilidade dental, pode reabsorver raiz.
- Adultos jovens <30a
- Predileção por mandíbula = região anterior.
Bases clínicas e radiográficas:
- Não agressivas: maioria dos casos.
sem perfuração da cortical ou reabsorção radicular.
- Agressiva: maioria dos casos
Dor, crescimento rápido
Perfuração cortical e radicular
Recidiva após tratamento.
- Tipo: radiolúcidas
- Forma: uni ou multioculares
- Localização: mandíbula, região anterior até 1º molar
- Margem: bem delimitadas
- Diagnóstico diferencial:
Pequenas: cistos, granulomas (quando uniloculares)
Multiloculares: ameloblastoma, querubismo, queratocisto, mixoma.
- Curetagem; enucleação e as vezes ressecçã óssea.
- Lesões mais agressivas: mais recidiva.
- Recorrência: variável, mais comum na maxila.
- Prognóstico bom a longo prazo.
A2. Querubismo
Doença hereditária dominante
- Características clínicas: aparece entre 2 e 4 anos de idade.
- Aumento simétrico (bilateral), indolor das bochechas em direção da mandíbula: envolvimento ósseo causa ampliação e distorção dos alvéolos.
- Cessa crescimento após a puberdade as lesões tornam-se estáticas e há preenchimento com osso.
- Afeta mais a mandíbula na região de ângulo, quando afeta a maxila é na região de túber.
- Permanentes com má oclusão e agenesia: dentes migrados que não conseguem erupcionar.
- Linfoadenopatia cervical reativa:
Esfoliação prematura dos decíduos.
- Radiograficamente: áreas radiolúcidas multioculares capazes de expandir.
- Diagnóstico diferencial:
O querubismo é sempre bilateral
- Ameloblastoma, LCCG ou Cisto dentígero (unilaterais)
- Síndrome de Gorlin Goltz (tem múltiplos queratocistos.
- Tratamento e Prognóstico:
Na fase ativa não se mexe
Graus variáveis da remissãoe involução após a puberdade.
Após cessar crescimento pode fazer cirurgia plástica.
B. Lesões fibro ósseas 
Toda lesão fibro óssea vai adquirir aspecto misto.
Quando está na primeira fase tem aspecto radiolúcido, com o passar dos meses ou anos começa a possuir focos de radiopacidade.
- Displasia fibrosa
- Fibroma ossificante
- Displasia óssea periapical
- Displasia óssea focal
- Displasia óssea florida
B1. Displasia fibrosa
O osso normal é substituído por tecido fibrótico e trabeculado ósseo desorganizado
- Monostótica – 80 a 85% dos casos
- Alteração do desenvolvimento
- 1ª ou 2ª década de vida
- Crescimento lento
- Maxila > mandíbula
- Maxila: zigomático, esfenóide e occiptal: displasia fibrosa crânio facial
Radiograficamente:
- Início: radiolúcidas ou mistas
- Tardio: radiopaca com margens imprecisas
- Vidro despolido
Tratamento:
- Correções estéticas: cirurgia plástica quando possível.
- Acompanhamento
Síndrome de McCune-Albright
-Poliostótica-rara
- Maxilares + Ossos longos
- Fêmur: alteração tamanho das pernas/ “bastão de hockey”
- Pigmentação cutânea: café com leite – tronco e coxas unilaterais (bordas irregulares)
- Precodidade sexual: alterações endócrinas
Menarca precoce, pelos pubianos
Primeiros anos de vida.
 
C. Displasias ósseas
- Lesões fibro-ósseas mais comuns na clínica.
- Processos reativos ou displásicos.
- Tecido conjuntivo fibroso, osso e tecido semelhante a cemento.
- Patogênese desconhecida.
C1. Displasia Óssea Periapical
- Achado radiográfico
- Não necessita de tratamento
Radiograficamente:
- Início: radiolúcida -> maior componente fibroso.
- Amadurecimento: mistas -> maior deposição osso e cemento.
- Tardio: radiopaca com borda radiolúcida – 1cm.
- Autolimitadas e não expande cortical
Displasia óssea periapical – 3 fases
C2. Displasia óssea focal
- Benigno
- 80% mulheres
- 4ª e 5ª décadas de vida
- Brancos
- Predomínio em mandíbula
C3. Displasia óssea florida
Radiograficamente:
- Massas radiopacas entremeadas por áreas mistas com bordos mal definidos.
- Com o tempo a calcificação aumenta
Tratamento:
- Difícil
- Evitar perdas nos dentes na região
- Profilaxia, remoção do sequestro
- Antibioticoterapia.
D. Fibroma ossificante
Tecido conjuntivo fibroso associado à quantidade variável de tecido calcificado semelhante a osso e cemento.
Radiograficamente:
- Unilocular, bem delimitada.
- Variável: radiolúcida ao radiopaco dependendo da maturidade da lesão.
- Pode causar afastamento de raízes e reabsorção radicular.
Tratamento e prognóstico:
- Remoção por curetagem
- Recidiva rara
D1. Fibroma ossificante juvenil
- Baseado na idade
- Rara
- Abaixo de 15 anos
- Ossos gnáticos, frontais, orbitais, seios paranasais
- Predomínio em maxila
- Crecimento rápido
- Obstrução nasal, exoftalmia
Radiograficamente:
- Varia de radiolúcida à radiopaca
- Predomínio misto
- Bem delimitada
- Invasão e erosão do osso adjacente
Tratamento e prognóstico;
- Incertos
- Sintomas mínimos - curetagem
- Crescimento rápido e agressivo; ressecção ampla
- Recorrência de 30 a 80%
D2. Osteoma
Radiograficamente:
- Massas radiopacas circunscritas
- Pequenos: diagnóstico diferencial -> esclerose óssea ou odontomas.
Tratamento:
- Deformidade: excisão conservadora
- Assintomáticos – pequenos – proservação
Síndrome de Gardner
Osteomas múltiplos
- Pólipos adenomatosos intestinais: transformação
- Cistos epidermóides cutâneos
- Fibromas
Doença de Paget
- Reabsorção e deposição anormais de osso
- Pode atingir vários ossos: maxilares são afetados de 10 a 15% dos casos.
- Pode provocar estreitamento dos forames causando surdez, cegueira, aumento da circunferência da cabeça, paralisia cerebral entre outras complicações.
- Aspecto clássico de flocos de algodão.
E. Osteomielites
Processo inflamatório agudo ou crônico nos espaços medulares ou nas superfícies corticais do osso que se estende além do sítio inicial de envolvimento da infecção bacteriana.
Origem:
- Doença periapical: dentes não vitais
- Doença periodontal
- Pericoronarite
- Infecção em cisto ou tumor odontogênico
- Infecção pós exodontia
- Infecção pós fratura exposta
- Radioterapia + intervenção clínica
Classificação:
1.Aguda: Supurativa
2. Crônica:
Supurativa
Esclerosante focal
Esclerosante difusa
Periostite proliferativa = osteomielite de Garré 
3. Osteorradionecrose
E1. Osteomielite aguda 
- Mandíbula (osso menos vascularizado)
- Pós exodontias (infecção X trauma)
- Dor e tumefação
- Exsudato purulento
- Febre
- Linfoadenopatias
- Histologicamente reabsorção periférica e colonização bacteriana
- Parestesia nos lábios
E2. Osteomielite Crônica Supurativa
- Surge após a Aguda ou infecção dentária
- Casos não tratados ou insucessos
- Sinais e sintomas atenuados
- Formação de “sequestros ósseos”
- Caracteriza-se radiograficamente como uma lesão mista, com bordos maldefinidos.
-> O tecido ósseo
 tenta conter a
 infecção
-> Infecção no 
interior, gera 
isquemia na região 
pela diminuição da vascularização
-> Osso necrótico 
formado no interior
tende a ser expulso 
do tecido ósseo
E3. Osteomielite crônica esclerosante difusa
- Obliteração dos espaços medulares e espessamento das corticais.
- Áreas osteolíticas mal definidas e irregulares
- Em estágios mais avançados há a presença de escleroses ósseas intercaladas por zonas esteolíticas.
- Mandíbula, uni ou bilateral
- Mais comum em pessoas idosas.
- Pode ser confundida com Paget
A difusão do infiltrado inflamatório pelo osso adjacente, sem uma resposta efetiva de interrupção do progresso instalado.
E4. Osteomielite esclerosante crônica focal
- Infecção baixa intensidade e grande resistência.
- Normalmente paciente jovens.
- PMI
- Presença ou não de sensibilidade dolorosa.
- Radiograficamente:
Massa radiopaca circunscrita ao redor dos ápices dos molares inferiores.
· 
Área radiopaca com halo radiolúcido
- Diagnóstico diferencial:
Cementoma verdadeiro.
E5. Osteomielite de Garré
 Bactérias causam a destruição da superfície cortical, se alojando no periósteo. 
· 
· 			= Resposta periostal frente a infecção.
Reação Periostal
- Setas indicativas da reação periostal em Radiografia Oclusal.
Setas indicativas da reação periostal em corte axial de Tomografia Computadorizada
Alterações na estrutura óssea
1. Menos vasos sanguíneos
2. Menos oxigênio
3. Menos células
4. Menor resposta tecidual reparatória
-> Associação com:
- Infecção primária: cáries, lesões periapicais.
- Extração dentária
- Trauma dentários 
- Cáries de radiação = infecção secundária
 
-> Causa: Osteorradionecrose

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