Livro - Unidade 2- Curso Medicina Ocupacional ESKADA

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19/05/2020 Livro - Unidade 2
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Livro - Unidade 2
Site: ESKADA | Cursos Abertos da UEMA
Curso: Medicina Ocupacional
Livro: Livro - Unidade 2
Impresso por: Andeylson Rubem Verde Fernandes
Data: terça, 19 mai 2020, 12:27
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Sumário
Apresentação
Aula 1: Estado de choque
Aula 1 (Continuação)
Aula 1 (Continuação)
Aula 2: Vertigens e desmaios
Aula 3: Convulsões
Aula 3 (Continuação)
Aula 3 (Continuação)
Aula 4: Ferimentos e hemorragias
Aula 4 (Continuação)
Aula 5: Entorses, luxações e fraturas
Aula 5 (Continuação)
Aula 5 (Continuação)
Aula 5 (Continuação)
Aula 6: Queimaduras
Resumo
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Apresentação
Caros alunos,
Vamos estudar agora algumas situações de urgência e emergência que podem acontecer em qualquer ambiente, seja em casa, no trabalho,
em um passeio no parque, na igreja, entre outros.
Como pro�ssionais precisamos identi�car os sinais e sintomas de agravos à saúde e os riscos envolvidos. O atendimento inicial deve ser
sistemático, adequado e seguro.
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Aula 1: Estado de choque
É um grupo de síndromes cardiovasculares agudas e complexas multicausais. O estado de choque se relaciona a um desequilíbrio entre o
coração, vasos sanguíneos (artérias e veias) e o sangue. Existem alguns tipos de choques, como o choque hipovolêmico, cardiogênico,
septicêmico, ana�lático e neurogênico.
Algumas causas estão relacionadas a ocorrência do choque, tais como: hemorragias intensas (internas ou externas), infarto, taquicardias,
bradicardias, queimaduras graves, processos in�amatórios do coração, traumatismos do crânio, tórax e abdômen, envenenamentos,
afogamento, choque elétrico, picadas de animais peçonhentos, exposição a extremos de calor e frio, septicemias (BRASIL, 2003).
Os 3 tipos de choque no trauma | IBRAPH. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Aluhohr1lMw.>. Acesso em: 27 out.
2017.
Produção de Vídeo Aula - Choque . Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=xXcd0GCIMuk.>. Acesso em: 27 out. 2017.
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Aula 1 (Continuação)
E quais seriam as ações iniciais nos casos de estado de choque?
Solicitar uma equipe de resgate deve ser prioridade. A vítima pode ser deitada de costas, ter suas roupas afrouxadas no pescoço, tórax e
cintura. Colocar um cobertor ou aquecer a vítima, caso esteja fria. Observar a presença de prótese dentária, objetos ou alimento na boca e
retirá-los; elevar as pernas da vítima em relação ao restante do corpo com uma almofada ou qualquer outro objeto (se não houver fraturas ou
ferimentos no tórax e na cabeça).
Observar presença de sangramento nasal ou oral e posicionar a vítima apoiada sobre o lado esquerdo, evitando obstrução das vias aéreas.
Nos casos de ferimentos na cabeça deve-se manter a vítima deitada e com os ombros voltados para cima mantendo a cabeça mais elevada
que o restante do corpo.
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Aula 1 (Continuação)
Segue �gura ilustrativa com o resumo do estado de choque.
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Aula 2: Vertigens e desmaios
Agora, destacamos uma situação corriqueira que relaciona sinais e sintomas muito comuns na população e que deve ser conduzida
adequadamente. Como pro�ssionais da segurança no trabalho precisamos ter o conhecimento e agir prontamente realizando o atendimento
inicial e solicitando o serviço de resgate nas situações mais graves.
Vertigem é uma sensação subjetiva de movimento dos objetos sem a existência real deste, no fundo tratando-se de uma alucinação do
movimento, uma percepção sem correlação com à realidade (BERNARDES, 2014).
Já a tontura, é o termo que representa genericamente todas as manifestações de desequilíbrio e está ligado à perturbação do equilíbrio
corporal. Não é uma doença e sim um sintoma que pode surgir em numerosas doenças (SABA, 2013).
O que pode estar causando sua tontura? Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pY9dKH-wtlA.>. Acesso em: 6 nov. 2017.
O desmaio ou síncope é uma perda repentina e passageira da consciência causada pelo dé�cit de oxigenação temporária do cérebro
geralmente por queda da pressão ou causas cardíacas. Antes do desmaio ocorrer é comum que a vítima apresente alguns sintomas como
sudorese, pele fria, náusea, pulso �no e fraco, e a visão vai escurecendo, segundo relato.
Caso a vítima esteja sentada, diga a ela para baixar a cabeça abaixo dos joelhos a�m de melhorar a oxigenação do cérebro. Se já desmaiou,
deite-a no chão, elevando as pernas em relação ao resto do corpo; afrouxe suas roupas e ventile o ambiente. Após alguns segundos,
aproximadamente 1 minuto, a vítima vai recobrando a consciência. Evitar movimentos bruscos como sentar rapidamente ou se levantar
rapidamente, pois o evento pode ocorrer novamente. Manter a vítima calma. A consulta ao médico deve ser orientada.
Primeiros socorros. Desmaio. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=tnqtwkNDowQ>. Acesso em: 10 out. 2017.
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Aula 3: Convulsões
A convulsão é um problema neurológico, advindo de desordem temporária do cérebro. Durante um breve período de tempo, o cérebro deixa
de funcionar normalmente, passando a enviar estímulos desordenados ao restante do corpo, provocando as crises convulsivas, também
conhecidas como “ataques” (CORRÊA, CRIVELLARO, FILHO, 2012).
A crise convulsiva pode apresentar sintomas como espasmos musculares em todo o corpo ou em alguns membros, olhar perdido ou olhos
virados e aumento da salivação ou sialorreia. Durante a convulsão, a pessoa também pode ter o relaxamento dos esfíncteres e urinar ou
defecar involuntariamente e permanecer com contrações musculares até a crise passar. É necessária avaliação médica posterior.
Na Figura 3, a seguir, destacamos as orientações sobre o que fazer e o que não fazer durante a crise convulsiva.
Crise de convulsão e como lidar. Disponível em: <https://www.youtube.com/ watch?v=fJ3xAs710Sw.>. Acesso em: 6 nov. 2017.
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Aula 3 (Continuação)
A epilepsia é uma doença neurológica crônica que pode ser progressiva em muitos casos, principalmente no que se relaciona a alterações
cognitivas, frequência e gravidade dos eventos críticos. É caracterizada por crises convulsivas recorrentes (constantes), afetando cerca de 1%
da população mundial (CORRÊA, CRIVELLARO, FILHO, 2012).
Trazemos duas imagens que nos auxiliaram a compreender melhor esta doença e saber como agir na prestação do socorro.
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Aula 3 (Continuação)
É muito importante agir adequadamente nos cuidados a uma pessoa com convulsão. Ações rápidas e seguras contribuem para que a vítima
sai da crise e receba tratamento especializado posteriormente. Vamos agora assistir um vídeo sobre epilepsia e conhecer relatos de pessoas
portadoras desta doença. Informação é uma arma poderosa contra o preconceito!
Epilepsia – saiba porque acontecem as crises de convulsão. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=A44cG99X3zI.>.
Acesso em: 8 nov. 2017.
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Aula 4: Ferimentos e hemorragias
Ferimentos são lesões na pele ou em áreas do corpo onde há perda da solução de continuidade causada por traumatismos ou acidentes.
Objetos cortantes como faca, vidro, facão, foice, enxada ou perfurantescomo prego, agulha, espinho, osso pontudo podem ser, caso
manejados inadequadamente, causadores de lesões graves. Os ferimentos podem atingir qualquer área do corpo e são classi�cados como
leves ou super�ciais e extensos ou profundos.
A imagem abaixo ilustra outra classi�cação para os ferimentos e auxilia na identi�cação das situações graves para os cuidados adequados.
O atendimento pré-hospitalar dos ferimentos visa três objetivos principais que são a proteção da ferida contra o trauma secundário, o
controle da hemorragia – sangramentos e a proteção das infecções. E como orientação geral, deve-se lavar o ferimento com água corrente ou
soro �siológico, para remover partículas de corpo estranho e, a seguir, cobrir com gaze estéril de preferência, ou pano limpo caso não haja
material estéril (CORRÊA, CRIVELLARO, FILHO, 2012).
Outra orientação necessária é que não sejam retirados do ferimento objetos encravados. Deve-se imediatamente encaminhar a vítima ao
hospital através da equipe de resgate.
Primeiros socorros – Cortes com Dr. Drauzio Varella. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=S2O4219OWPg.>. Acesso em:
10 nov. 2017.
DICASAMUDF - Sangramento - Primeiros Socorros. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=_xICY4VBTfw.>. Acesso em: 11
out. 2017.
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Aula 4 (Continuação)
Outro agravo de saúde extremamente importante em nosso estudo são as Hemorragias. Compreendemos que, hemorragias são perdas
agudas do volume de sangue circulante causada por ruptura de vasos – artérias, veias e capilares.
Sendo assim, quando uma pessoa sofre algum tipo de lesão que resulte em hemorragias, como um corte profundo, amputação traumática ou
fratura exposta, de imediato se veri�ca a diminuição da oxigenação dos tecidos, que pode induzir à necrose tecidual (MANTOVANI, 2006).
A hemorragia pode ser externa na qual há extravasamento de sangue ao ambiente externo, como nos ferimentos provocados pelo corte de
uma faca. Já na hemorragia interna, há extravasamento de volume sanguíneo para o interior das cavidades corporais, impedindo a
identi�cação da origem da hemorragia.
Na Figura 4, a seguir, temos um resumo. Observe!
Hemorragia Engehall Cursos NR 10. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=pjLf9XqDT2k.>. Acesso em: 9 nov. 2017.
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Aula 5: Entorses, luxações e fraturas
Este grupo de agravos à saúde é comum nos diferentes ambientes nos quais as pessoas estão. Seja um acidente de trabalho com
acometimento de um membro devido um trauma, seja em um campo de futebol no lazer de �nal de semana, ou até mesmo em casa num
acidente doméstico. É necessário identi�carmos cada situação e seguirmos as condutas adequadas.
Entorse é uma separação momentânea das superfícies ósseas, ao nível da articulação (CORRÊA, CRIVELLARO, FILHO, 2012). Pode também ser
compreendida como uma torção da articulação com lesão dos ligamentos. E os cuidados necessários incluem a imobilização da área lesionada
para prevenir a movimentação dos fragmentos ósseos luxados; aplicação de compressa fria ou bolsa de gelo para reduzir o hematoma,
o edema e a dor; encaminhamento para avaliação médica. Vamos assistir um vídeo esclarecedor sobre torção ou entorse.
Torção de tornozelo e dicas para tratar. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=9Li8s6bTfoE.>. Acesso em: 12 nov. 2017.
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Aula 5 (Continuação)
Na Figura 5, a seguir, temos um resumo sobre entorse e sua classi�cação.
A luxação é uma lesão onde as extremidades ósseas de uma articulação �cam deslocadas, permanecendo desalinhadas e sem contato entre
si. Ocorre o desencaixe de um osso da articulação, pode ser causado por uma pressão intensa que deixará o osso numa posição anormal, ou
também por uma violenta contração muscular ou trauma (CORRÊA, CRIVELLARO, FILHO, 2012).
Os sinais e sintomas podem ser dor, deformidade, inaptidão funcional, palidez local na área afetada, encurtamento ou alongamento do
membro. É necessário proceder com a imobilização do local atingido, aplicação de compressa gelada ou bolsa de gelo e encaminhamento
para avaliação médica. Não é orientado que o socorrista tente recolocar o membro no lugar.
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Aula 5 (Continuação)
As Fraturas são lesões ósseas de origem traumática, ou seja, uma interrupção da continuidade do osso.
Podem ser causadas por quedas, impactos fortes ou movimentos violentos. Acometem com mais frequência os membros - mãos, pés,
punhos, braços, pernas. Em geral, fraturas na cabeça, no pescoço e na coluna são mais graves e o atendimento inicial deve ser criterioso. O
serviço de resgate deve ser acionado imediatamente.
São classi�cadas em expostas quando o osso quebrado rompe os músculos e a pele e o risco de infecção pode ser maior. E fechadas quando
o osso quebrado �ca dentro do membro. Os cuidados adequados nas situações de fraturas, de acordo com Corrêa, Crivellaro, Filho (2012),
são:
• Não remover a vítima até que as fraturas estejam imobilizadas, exceto se estiver perto de fogo, perigo de explosões ou desabamento; nesses
casos, você deve resgatar a vítima, mobilizando-a (movimentando-a) para o sentido do maior eixo do corpo;
• Nas fraturas de ossos longos, (fêmur, tíbia, úmero, rádio e ulna), executar manobras de alinhamento e tração delicadamente antes de
imobilizá-los;
• Aplicar uma leve tração (força) enquanto proceder à imobilização, mantendo-a até que a tala esteja no lugar;
• Imobilizar as fraturas, incluindo a articulação proximal e distal, (ultrapassando a articulação);
• Em fraturas abertas, controlar o sangramento e cobrir a ferida com curativo limpo antes da imobilização (não limpar a ferida);
• Caso haja exposição óssea (fratura exposta), não tentar colocar o osso no lugar;
• Caso haja fratura em joelho, tornozelo, punho e cotovelo, não tentar reti�car a fratura; imobilizar na posição da deformidade em que se
encontra;
• Deixar �rmes as talas, mas não apertadas a ponto de interferir na circulação. Forrar toda a tala e colocar estofamento extra nos locais com
deformidade;
• O atendimento correto evita o agravamento das lesões, reduzindo a dor e o sangramento. Observe a Figura 6.
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Aula 5 (Continuação)
Canal EMS Genéricos - Como agir em casos de acidentes (fraturas). Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?
v=yD09Z1emcE4.>. Acesso em: 13 nov. 2017.
Condenada empresa que culpou peso da passageira por queda no ônibus e fratura. Disponível em:
<http://www.midiamax.com.br/cotidiano/sao-francisco-tera-pagar-r-17-mil-passageira-teve-fraturas-cair-onibus-337045.>. Acesso em:
12 nov. 2017.
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Aula 6: Queimaduras
Entende-se por queimaduras, lesões causadas por vários fatores, tais como, calor
ou frio (térmicos), ácidos e álcalis (químicos), eletricidade e radiação,
entre outros. Dependendo da localização, da extensão e do grau de
profundidade, a lesão nos tecidos de revestimento como a pele, pode des�gurar,
causar incapacidades temporárias ou permanentes e levar à morte.
Estão classi�cadas de acordo com a profundidade e a extensão da lesão.
Quanto à profundidade podem ser de 1o grau, 2o e 3o grau, de acordo com a
Figura 7, ao lado.
Quanto à extensão, as queimaduras com maior área corporal atingida,
apresentam maior risco de complicações e risco de vida. Áreas como tórax,
pescoço, mãos, face, pés e genitais, são consideradas críticas.
É importante compreendermos que a prevenção de acidentes envolvendo
queimaduras re�ete em histórias de vida com desa�os de superação em meio as
piores adversidades. Portanto, caro aluno, seja um pro�ssionalprevencionista e
educador em saúde e segurança. Assista o depoimento a seguir e re�ita!!
Depoimento. Percepção de Risco – VALE. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=nqd-z9HgwYU.>. Acesso em: 27 ago.
2017.
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Resumo
Nesta Unidade, identi�camos sinais e sintomas de agravos à saúde e risco de vida relacionado as situações de urgência e emergência, tais
como o estado de choque, vertigens e desmaios, convulsões, ferimentos e hemorragias, entorses, luxações e fraturas, além de situações como
queimaduras.
Conhecemos os mecanismos envolvidos no desenvolvimento destes agravos e aprendemos como estabelecer prioridades de atendimento
a�m de que a vítima receba os cuidados adequados até a chegada da equipe de resgate, caso necessário.