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Fichamento e citação do livro História da Arte

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(
Fichamento de Citação do livro: 
HITÓRIA DA ESTÉTICA
)
	Capítulo preliminar: Despertar da consciência estética e pré-históriaFicha no. 01 
	Referência Bibliográfica Completa: BAYER, Raymond.História da Estética. Lisboa: EstampaLda, 1978.
	“[...] não há autores na arte pré-histórica, mas, no entanto pode-se extrair uma ciência da arte de obras de arte dadas. Pode-se imaginar a mentalidade e a sensibilidade dos homens que criaram essas obras [...]. A criação duma qualquer obra de arte [...] corresponde muito exatamente ao que nós pedimos à estética.” (p.15)
“[...] os artistas obedeciam a certas normas ditadas por tal ou tal concepção das representações animais, humanas ou simbólicas. Isto com vista a fins práticos, sem dúvida, mas talvez também para ilustrar qualquer ideia do belo.” (p.15)
“Desde o Paleolítico Inferior, o homem [...] Modificou pouco a pouco os instrumentos que a natureza lhe fornecia e [...] Simultaneamente aperfeiçoava as suas armas e os seus engenhos de caça e pesca.” (p.15)
“[...] O que constitui a arte é a criação e o desinteresse, mas foi mostrada que a utilidade era uma das raízes da arte e que toda a espécie de arte começou por ser interessada. A criação consiste em modificações intencionais que o espírito humano imprime em objetos da natureza.” (p.16)
“Kant objetaria que existe uma diferença entre a perfeição e o belo. [...] Masnão a arte primitiva.”[...] (p.16)
“[...] A arte parietal foi, durante muito tempo, ignorada e depois injustamente julgada. Sabe-se agora que as mais belas cavernas decoradas, hoje conhecidas, estão situadas no Sudoeste da França e no Norte da Espanha [...].” (p 17)
“Quando olhamos as obras estéticas de um ponto de vista muito geral, parece-nos que quanto mais se remonta no tempo, mais simbólica é a arte e menos o homem é capaz de ver as coisas como elas são [...] é porém o contrario que nos mostram as descobertas da Pré-história e da arte grega. Um dos caracteres essenciais da arte pré-histórica é o realismo [...]. A primeira vista este realismo pareceria contradizer a hipótese da visão mágica, pois ela deveria interpor-se entre o olho e a realidade: veremos que não é assim. [...] é uma arte intelectual no sentido de o artista conceder a si mesmo uma certa liberdade para deformar esta ou aquela parte do animal [...]” (p 17)
“No home pré-histórico, a memória estava muito desenvolvida em todos os seus aspectos. [...] A mimética do antigo homo sapiens era mais desenvolvida do que entre nós. [...]” (p. 21)
“[...] A origem da arte, dissemo-lo, reside nos sentidos, na memória e no mimetismo; no entanto, a entrada em ação destas faculdades sob forma de arte, a exteriorização destes estados de alma, reclamam elas próprias uma explicação e uma coordenação. [...]” (p.21)
	Tipo de fichamento:Citação
	Biblioteca que se encontra a obra: Biblioteca UNIVAG (Universidade de Várzea Grande)
	Capítulo I: Situação da Pesquisa Estética no Advento do Platonismo Ficha no. 02
	 “O Hipias Maior tem o privilégio singular de ser o primeiro dos diálogos estéticos de Platão e de ser, como o Fedro, o único especialmente consagrado ao Belo.” (p.25)
“Entre essas doutrinas anteriores, a mais antiga corresponde a um período mitológico: existia um deus da arte, Apolo, deus da poesia e da musica; muito próximas de Apolo, as Musas, que, segundo uns, eram filhas de Zeus e de Mnemósina, segundo outros, filhas da Harmonia, ou ainda de Urano e de Geia. [...]” (pp.25-26)
A) MÉTODO MITOLÓGICO-POÉTICO
 “Este período é representado pela tradição dos poetas que cantam o mundo e suas belezas.” (p.26)
“Em Hesíodo, este epítelo é aplicado em primeiro lugar a mulher [...] uma mulher é um KalonKakon; é um mal que é belo. Existem vários gêneros de beleza: cor, forma, expressão, e até beleza moral. É unicamente da beleza exterior que fala Hesíodo: os traços e as cores. É belo aquilo cuja a harmonia impressiona os olhos e, na beleza feminina, Hesíodo faz completa abstração da atração sexual.” (p.26) 
“[...] a beleza está [...] ligada acima de tudo a mulher e ao mar.” (p.26)
“Hesíodo entreviu a relação entre o belo e o bem. Nele, a primeira concepção do bem é o que é útil [...] Hesíodo entreviu igualmente uma das diferenças mais absolutas entre a beleza e o bem: o útil e o mediato. Toda a ideia de utilidade pressupõe um meio (um objeto) e um fim, logo dois elementos. A beleza não supõe estes dois elementos; é um acto único, total e global. É a primeira antinomia entre o belo e o bem.” (p.27)
B) METAFÍSICA E COSMOLOGIA
“É o método que parte da existência duma realidade superior para chegar à aparência sensível. Deduz do inconhecível o conhecido que temos diante de nós. O filosofo é impressionado, sob a aparência da diversidade, pela identidade, por um princípio único, uma arca[...]” (p.32)
C) SÓCRATES
“Um princípio utilitário e um princípio de ideal [...] formam os dois pontos essenciais da doutrina socrática que se define pela maiêutica e pela kalocagatia.” (p.34)
“A kalocagatia, que só nos Gregos encontramos, é um conceito meio moral, meio estético, que consiste numa fusão da beleza e do bem. Parece ter sido a própria alma helênica, apaixonada pelo ideal moral e pela beleza, que quis associar ambos, e foi na tradição popular que Sócrates encontrou esta ideia. [...] Sócrates recorre, portanto a observação e chega a esta concepção já platônica: a beleza, quando se associa com o valor moral, é beleza moral e não física. Este conceito pôde formar-se porque entre a beleza moral e a bondade moral há um laço natural.” (p.34)
“Para Sócrates, é belo o que é útil e só o é enquanto útil. [...] Socrates leva sua doutrina ao extremo: para ele, até as coisas feias podem ser belas se forem úteis [...].”(p.35)
“Para os filósofos gregos, a beleza natural está muito acima da beleza artística. A natureza que soube criar a vida, é muito maior que todos os artistas. Essa também era a opinião de Platão [...].” (p.35)
	Capítulo II: A Estética de Platão Ficha no. 03
	“[...] Platão não escreveu uma estética propriamente dita, mas a sua metafisica é toda estética. [...].” (p.37)
“[...] Os objetos da natureza só existem por imitação ou por participação nas ideias: o mundo é criado por modelos e por paradigmas.[...]”(p.37)
“O belo é autônomo na sua essência e no seu fim. É uma estética ao mesmo tempo objetiva que permanece sensual e sensualista.” (p.37)
A) ANÁLISE DOS HIPIAS MAIOR
“O Hípias é um esboço caricatural da personagem do sofista e do belo falar. Platão expõe o que são os sofistas em geral e a sua habilidade para acumular bens temporais e honrarias.” (p.38)
“[...] O belo independente é um conceito desligado das suas realizações, uma essência para o espirito. Consiste em procurar a qualidade do belo, e não em fazer um recenseamento das belas coisas. [...] É que, com efeito, existe uma beleza pela qual todas as coisas são belas.[...]” (p.38) 
B) EVOLUÇÃO DA ESTÉTICA PLATÔNICA
“[...] o Fedro, segundo dialogo de Platão sobre a beleza, é a análise do Hipias Maior. É a estética do entusiasmo com dois elementos construtores do problema: o delírio(mania) e o impulso apaixonado. O belo está ligado a dialética do amor.[...]” (p.40)
“O amor é sempre um desejo, mas não se confunde com o belo: é o desejo do belo. [...] A beleza é o que o amor procura e não possui.” (p.40)
“[...] Mas a beleza fica no domínio do sensível; mantém-se na aparência, ao passo que o verdadeiro e o justo residem no interior das coisas. [...] É esse elemento irracional, intuitivo, visionário que permite à beleza ter a sua manifestação na aparência.” (p.40)
	
	
	Capítulo III: A Estética de Aristóteles Ficha no. 04
	A) FUNDAMENTOS
“Não há, propriamente falando, estética de Aristóteles, como não há de Platão. Mas se toda a filosofia de Platão é estética, Aristóteles não é um artista. É um naturalista, e expôs suas ideias com a secura e a precisão de um sábio. [...]” (p.47)
1. Belo Moral
“O belo moral é, em Aristóteles, uma estética do bem. Distingue trêsespécies de bem: o bem cósmico, o bem prático e o bem útil.” (p.48)
“Aristóteles concede o bem cósmico como um domínio à parte, isolado e nitidamente determinado. [...] Mostrou os laços indissolúveis entre o bem e a finalidade. O bem é a causa última graças à qual todos os movimentos se efetuam. Tudo o que se produz na natureza e na arte só tem um fim, o bem. É somente no domínio dos fins que se pode falar de bem; [...] É preciso, portanto distinguir sempre entre cauda eficiente e causa final. Do mesmo modo nos domínios da alma: os desejos só existem para permitir a razão exercer-se. A natureza persegue o seu fim que é a arte. [...]” (p.49)
“Aristóteles fala-nos em segundo lugar do bem prático. É um principio de acção, de atividade; está ligado ao esforço e à vontade e está na ação humana: O que encontra a sua realização na ação é o bem prático. [...] O que é desejado não para outra coisa, mas para si. [...] Daí uma hierarquia dos bens em três grupos: os bens exteriores, os bens do corpo, os bens da alma. O maior dos bens exteriores [...] seria a amizade. [...]”(p.49)
“Na análise do valor, o útil é o bem que é meio, aquele que só se deseja para outra coisa. O útil pertence a todos os bens; [...] O objetivo dum discurso político é sempre útil ou nocivo; só acessoriamente se apela para o justo, para o injusto, para o bel, etc. Não é isso o importante. É preciso clarividência para chegar ao bem; é preciso saber discernir o útil. É essa clarividência que substitui em Aristóteles a virtude moral dos Gregos por excelência: a medida.” (p.50)
“[...] O universo é uma sucessão de finalidades; o bem é o próprio domínio da finalidade. Ora encontra-se beleza onde não há finalidade, ou se na concepção tecnológica do universo encontramos belo, a finalidade não é mais do que acessória. [...] o bem é fundamentalmente final; o belo escapa-lhe ou pelo menos não entra rigorosamente neste jogo contínuo de finalidade e nesta hierarquia incessante de fim: é, como dirá Kant, <<uma finalidade sem fim>>.” (p.51)
2. Belo Formal
“Ao lado do belo moral, há o belo formal. Aristóteles confronta-se com o cortes hedonista Aristipo que afirmava não haver nas matemáticas sinais de bem nem de belo. É influenciado, em compensação, por Pitágoras. Nas matemáticas, que são da ordem do imutável, tudo é necessário, nada é final. Mas se as matemáticas não tivessem fim, haveria entre o mundo das matemáticas e o mundo propriamente dito um abismo.” (p.51)
“[...] <<As formas supremas do belo são a conformidade com as leis, a simetria e a determinação [...]>>” (p.52)
“1. [...]taxis. O que é belo não é nem arbitrário, com contingente, nem irracional. A beleza é a razão cem leis. É a razão que cria e fixa as leis a que os objectos belos estão submetidos. [...] Mesmo quando o belo aparece em domínios que não são estritamente matemáticos, Aristóteles insiste sobretudo no seu lado matemático e na sua conformidade com as leis abstratas, logicas e racionais.” (p.52)
“2. A simetria. [...] Só há beleza na simetria quando os dois objetos simétricos são grandes. [...] Para Aristóteles, a simetria é símbolo do perfeito. A mulher não simétrica é pérfida. A simetria consiste em ultima analise na finalidade, principio superior: é ao mesmo tempo o medido (metron) e o conveniente.” (p.52)
“3. A determinação [...] Não se trata aqui de limitação. [...] é a especificação qualitativa e mesmo a definição. O belo matemático é um belo essencialmente acabado [...]” (p.52)
“Esta beleza formal manifesta-se primeiro no corpo humano. Aí, Aristóteles regressa à concepção da finalidade. O belo, no corpo, é o que é final: saúde, força, grandeza, etc. [...] Aristóteles detém-se enfim no domínio dos sons e das cores [...] intuição sensível. Logo, [...] É um bem reduzido às formas, e essa é a definição a que chega toda a estética metafisica: uma síntese dupla entre o racional e o sensível, entre o formal e o seu conteúdo.” (p.53)
“Finalmente, o belo deve ser percebido sensivelmente, esta concepção aproxima-se muito da de Platão; é mais pobre, mas mais rigorosa. A perceptibilidade do belo em Platão é representada duma maneira mais distante. Aristóteles subentende-o sobretudo por assimilação às matemáticas que não dispensam princípios sensíveis e não se servem nunca de mitos com o da caverna.” (p.53)
	Capítulo IV: A Estética dos Epicuristas e dos Estóicos Ficha no. 05
	A) INSTITUIÇÕES EPICURISTAS
“Uma coisa importa para Epícuro: a moral. Para ele, o bem é o prazer e o mal a dor. O sinal, o critério, é o que aparece evidentemente como tal à sensação, que ele entende no sentido da percepção [...] Mas o prazer e a própria dor são um outro critério da sensação: o phatos vem daí; o caracter da sensação ou do pathos é a evidencia; é qualquer coisa que não se discute.” (p.63)
“Epícuro dá-nos uma explicação material da diferença entre as sensações agradáveis e desagradáveis: as primeiras são devidas à sugestão das partículas suaves e acariciantes, as segundas à sugestão das partículas ásperas. [...]” (p.63)
“O prazer, nos Epicuristas, denota uma tranquilidade pacífica, mais do que uma ação ou diversão. Esse ideal de calma marca nos Epicuristas uma certa indiferença para com a maior parte dos aspectos enérgicos da experiência estética. [...]” (p.63)
“A moral de Epícuro é, por sua vez, atomística: o que visa é obter uma indivisível felicidade. É por isso que reduz o prazer e pede ao sage que restrinja a extensão da sua atividade, assim como o campo da sua passividade. Agir de mais é padecer. O prazer verdadeiro não é pois o prazer em movimento, nem aquele que se prolonga no tempo. A geração do prazer não é mais do que à eliminação progressiva e contínua da dor. A ideia de Epícuro é que o tempo, enquanto duração, não influi em nada. Se o sofrimento e demasiado, rompe a duração, porque leva à morte. A duração da vida nada tem a ver com a quantidade do prazer sentido; num prazer único e verdadeiro pode-se iluminar toda a vida. É pois, sob todos os seus aspectos, uma filosofia do finito e do descontínuo, da contingencia e do pontualismo, logo uma filosofia do instante: é isso que significa a introdução do clinamen na doutrina.” (p.65)
B) NOÇÕES DE BEM E DE VIRTUDE NOS ESTÓICOS
 “[...] Se por uma alegre adesão à razão universal escapamos à paixão, então o bem último não pode ser senão a própria razão, e a razão idêntica à natureza ou vice-versa.” (p.66)
“É difícil para o Estóico fazer a distinção clássica do bem e a virtude. O bem, o fim último de toda a aspiração, é o acordo. [...] Contudo, os Etóicostem definições da virtude: uma disposição <<acordada>>, de tal maneira que o sujeito seja uma imagem do modelo, uma miniatura desse modelo. [...]” (pp. 66-67)
“A virtude[...] É o fim encarado sob o aspecto de uma disposição do sujeito ou uma diátese. O belo, serve ao mesmo tempo para distinguir a virtude e o fim último. [...]”(p.67)
“Os Estóicos reconhecem ainda as quatro virtudes cardeais [...] prudência, coragem, justiça e temperança, acrescentavam duas virtudes: a dialética [...] o pensamento de acordo com a matéria, e a física [...]” (p.67)
	Capítulo V: A Estética de Plotino Ficha no. 06
		“A estética de Plotino é inspirada na de Platão, ainda que o espírito místico de Plotino se oponha ao espírito dialéctico de Platão. Submetemos em Platão e Aristóteles, o conhecimento â pesquisa discursiva. O que caracteriza Plotino é que o conhecimento não consiste numa serie de aproximações, mas numa visão, numa contemplação visionaria. [...]” (p.75)								
A) AS RAÍZES HISTÓRICAS DA FILOSOFIA ESTÉTICA DE PLOTINO		“À partida estética de Plotino encontra-se em presença de várias tradições.” (p.75)	“_ 1. A tradição estóica tal como nos é revelada. [...] É a simetria, do acordo, da proporção das partes, junta ao encanto da tez. É a beleza da alma reduzida a esta saúde equilibra, são sobretudo as virtudes . [...] << ... e como uma exata proporção dos membros, junta a um belo colorido, é o que faz a beleza do corpo, assim o quefaz a beleza da alma é a justeza dos seus julgamentos, mas uma justeza esclarecida, que incide sobre princípios inabaláveis, e que marcha sempre atrás da virtude, se ela própria não é da essência da virtude. [...]” (p.76)
“_ 2. A tradição aristotélica do belo é a teoria da informação. [...] Plotino propõe a comparação de si com a estátua a obter, procurando alcançar a sua beleza interior por purificação.” (p.76)											“_ 3. [...] As conversas de Sócrates [...] demostram a beleza da alma e dos sentimentos e a representação da vida para além das proporções: é o rosto morto de Plotino em relação ao rosto vivo: << Por que razão num rosto a beleza é resplandecente, ao mesmo passo que o rosto morto só dela conserva um sinal, antes mesmo que as suas proporções desapareçam com a corrupção da carne.>>” (p.76)	
“_ 4. [...] <<Eros, escreve Plotino, é a hipótese eternamente dirigida para uma obra da beleza; é o intermediário entre aquele que deseja e o objeto desejado; é para o amante o olho que permite ver seu amado.>> Ou ainda: <<Eros é o ato da alma quando ela se inclina para o bem.>> Ou ainda: <<A alma engendra um eros quando deseja o bem e o belo.>>[...]” (p.77)
B) OS GRANDES TRATADOS ESTÉTICOS DE PLOTINO
1. Do Belo
	“É o primeiro tratado estético de Plotino [...] tem como tema a ascensão da alma para o mundo inteligível>>.” (p.77)
“[...] <<O belo encontra-se sobretudo na vista; está também no ouvido, na combinação das palavras e na musica de toda espécie; porque as melodias e os ritmos são belos; há também, subindo das sensações para um domínio superior, ocupações, ações, maneiras de ser belas; há beleza das ciências e das virtudes.>> Plotino critica [...] a tradição estóica do belo pela simetria: <<E passando às belas ocupações e aos belos discursos, quer se ver ainda na simetria a causa dessa beleza. A que proposito vir falar de simetria nas belas ocupações, nas leis, nos conhecimentos ou nas ciências?>>” (p.78)
2. Da Beleza Inteligível
“O tratado da beleza inteligível é o segundo movimento estético de Plotino; [...]” (p.80)
“O tratado Do Belo acaba no seu equilíbrio ao próprio nível dos inteligíveis: <<O belo é o laço das Ideias.>> Convém por circunscrever o problema no próprio interior da beleza inteligível.” (p.80)
“[...] Plotino chega à tese central da arte e do artista: a beleza expressa é sempre deficiente em relação a beleza interior que o artista quer exprimir. Já não se trata portanto de imitar, de copiar os objetos criados, mas para o grande artista, de encontrar em si o movimento, o impulso inicial e criador da natureza quando cria. Plotino volta ao platonismo para si mesmo; pela primeira vez na história do pensamento estético, opondo-se a tese aristotélica da imitação, que é uma estética da natureza naturada [...].” (p.81)
3. Do Bem
“[...] a grande descoberta de Plotino. Há outra estética para além da estética platônica das ideias; é a estética que salta para além do inteligível até a realidadeprimeira que não tem já qualidades nem predicados, a estética do inefável: é a estética que apaga todas as coisas.” (p.82)
“É uma estética do esplendor e é uma filosofia da iluminação. Não se descobre já pela dialética, é da ordem do revelado e do êxtase. É preciso, para a atingir, uma outra atitude psíquica. [...]” (p.82)
“Plotino chega a beleza do informe: << O desejável de que não podemos aprender nem a figura, nem a forma, é o mais desejável; o amor que por ele temos é sem medida; sim, o amor é aqui sem limites; sua beleza é duma outra espécie que não a beleza; é uma beleza acima da beleza.>>” (p.82)
C) CONSTRUÇÃO ESQUEMÁTICA DA ATITUDE ESTÉTICA DE PLOTINO
“Plotino faz da estética uma parte da teodiceia. A estética torna-se teológica. A beleza do universo canta e clama a grandeza de Deus.” (p.83)
“[...] Finalmente, não é apenas o conteúdo moral que é em si, mas uma emanação de Deus que constitui a profundidade e a intensidade do sentimento estético. [...] A profundidade e a santidade deste sentimento justificam a beleza, salvam-na do perigo e do caráter factício que pode tomar. [...] O belo é o bem contemplado.” (p.83)

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