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TRIBUTOS EM ESPÉCIE Prof: CARLOS (07/02) PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS CONSTITUCIONAIS 1-Princípio da liberdade de tráfego Art 150, V- É uma decorrência do princípio de ir e vir, pois se tem liberdade de ir e vir, o Estado não pode tributar o deslocamento de pessoas. A CF proíbe que haja criação de tributo interestadual e intermunicipal, ou seja, a transposição de fronteiras é inconstitucional. REGRA Porém há uma EXCEÇÃO que é a cobrança de pedágio pelo uso de vias conservadas pelo Estado. -PEDÁGIO: é uma tarifa (preço público – cobrança pelo uso de patrimônio público). 2-Princípio do não confisco ART 150, IV- Confisco é quando o Estado ataca o patrimônio do indivíduo. EX: O uso de terra rural para plantio de drogas, o Estado se apropriará da terra. O Estado irá confiscar o patrimônio, perdendo o indivíduo os bens, pois o tributo sobre ele é confiscatório. A CF veda o uso de tributos para confiscar. Quando em um curto período de tempo ele gera a perda da propriedade, pois a alíquota é excessiva. EX: O IPTU tem variação da alíquota pela localização, valor e uso do imóvel. OBS: O tributo não pode ser confiscatório, enquanto que a multa é confiscatória no sentido de ter uma alíquota maior do que o tributo, mas deve haver um limite onde a multa não pode ser mais de 100% da base de cálculo, conforme entendimento do STF. Ela não é confiscatória desde que chegue no limite de 100%. 3- Imunidades tributárias Competência tributária é aquela atribuição que a CF da para os entes criarem tributos por meio de lei ordinária. A CF pode estabelecer quem a União não poderá cobrar tributo. Por exemplo: igrejas. A competência tributária da União é limitada as imunidades. Estas são, portanto, uma incompetência tributária ou ainda uma norma constitucional que estabelece a incompetência tributária em relação a pessoas, bens ou situações. Assim as igrejas tem uma incompetência tributária. Se a CF que atribui competência tributária, somente ela poderá estabelecer a incompetência tributária, pois se for estabelecida por uma norma infraconstitucional não seria válida. Imunidade: é diferente de isenção, pois a isenção é uma dispensa legal do tributo e ela está na legislação infraconstitucional. Imunidade está em um nível constitucional pois é uma falta de competência. (21/02) Cada um é uma coisa, tem seu significado Isenção incidência plena. É uma espécie legal da cobrança do tributo. Els tem status legal. Apesar de eu poder tributar, eu não quero. Imunidade tributária O que ta no texto constitucional é imunidade “é isento, não incide”. Está no nível constitucional, o legislador não pode, ainda que ele queira, pois falta competência. Tem status constitucional. Não incidência o fato não se enquadra na lei que existe a incidência. A não incidência pura não precisa de lei, ou a lei vai ser declaratória ex: Lei do IPV, não incide IPVA sobre bicicleta. Ausência de lei sobre o fato, falta de enquadramento do suposto fato à norma. Imposto não é tributo As imunidades do ART 150, VI são somente aplicáveis à impostos. Imunidade de contribuição social da seguridade social ART 195, §7°. 150, VI - Imunidade tributária recíproca, ou federativa. As garantias fundamentais, individuais está por trás da imunidade tributária (liberdade de expressão, liberdade religiosa. Art 150, IV, a - As entidades não podem cobrar impostos uns dos outros. A imunidade recíproca é só relativa a impostos, pode cobrar taxa, contribuição de melhoria. Art 150, §2° - Imunidade recíproca por extensão. As rendas, imóveis, e serviços prestados pelas Autarquias (ex: INSS, FUNAI) são imunes. Ela é restrita. Ex: o prédio do INSS deve estar sob poder do Estado, se tiver abandonado, não está imune (ultima parte do §2). Imunidade recíproca: União, Estados, DF, Municípios (Administração direta) Imunidade recíproca por extensão: Autarquia, Fundações Públicas, Sociedade de economia mista, Entidade Pública (Administração indireta). *Autarq, Fund Pub = Pessoa Juridica de Direito Público, serviços públicos. *Sociedade de Economia Mista, Entidade pública= Pessoa Jurídicia de Direito Privado. A Empresa de economia mista utiliza dinheiro público e privado. Entidade pública utiliza dinheiro público. Imunidade das entidades religiosas Entidades religiosas são imune, mas Padres, Pastores não. Maçonaria é isenta (posso, mas não quero) Art 150, §4° CF - Finalidade das entidades religiosas Imunidade de partidos políticos Pluripartidarismo – Estado não pode se meter nesse assunto, tributando. Princípio partidário. É imune. Partido e suas fundações: imóvel, renda. Imunidade do Sindicato dos Trabalhadores é imune, e do patrão não Hipossuficiência do trabalhador Entidade de educação e assistência social prestação de serviços dos mais fragilizados, e sistema educacional. Não é qualquer entendida de educação, é apenas aquelas que não possuem fins lucrativos. Livres de impostos. Finalidade lucrativa é você reinvestir o dinheiro do superávit, para acionistas etc. Tem que atender os requisitos da Lei Complementar do CTN *Imunidade tributária é limitação ao poder de tributar. OBS: Entidade de assistência social ~ Entidade beneficente (não cobra nada) Imposto 150, VI “c” 195, §7 Não vai pagar nada, nem imposto - nem contribuição Imunidade cultural Livro e o papel destinado à impressão Imunidade Objetiva, é o livro, não é a editora, não é a saraiva, folha de São Paulo. Não é o sujeito. Difusão da informação e cultura. Livro é qualquer instrumento de difusão de informação e conhecimento. Gibi, lista telefônica, revistas, playboy, revista de figurinha, jornal. Os outros insumos do livro foram excluídos: linha, cola. Livro digital tem imunidade? Trabalho para a prova. Imunidade tributária do Livro eletrônico. Manuscrito, uma página, vai cair uma questão na prova sobre. Recapitulando última aula STN – CF : Competência tributária, e as limitações 1° momentoCF não cria tributos, ela outorga quem cria e quem cria é a Lei. 2° momentoLei complementarNormas geraisPadronizam os tributos (CTN). CTN é nossa lei complementar (estudaremos esse semestre) 3° momentoLei Ordinária e L.C (03/03) LINHA DO TEMPO 1° momento – Hipótese de incidência: a lei elaborada criando tributo traz uma hipótese, uma descrição de um fato que se praticado gera um tributo. Abstrato. (Ex: lei: matar alguém) 2° momento - Fato gerador: a concretude do momento abstrato. João da Silva (Ex: Caio matou tício). Concreto 3° momento – Obrigação tributária: o sujeito passivo pagar tributo para o sujeito ativo. A união agora deve cobrar o João da Silva. Crédito Tributário: Qual é a quantia que João da Silva tem que pagar? O LANÇAMENTO é um ato administrativo (do fisco) que vai constituir o crédito, é através do lançamento que você quantifica a contribuição. Só é quantificada com o lançamento. Todo tributo depende de LANÇAMENTO, ainda que esse lançamento é feito pelo contribuinte, e homologado pelo fisco. O contribuinte não faz LANÇAMENTO, mesmos nos casos em que ele faz as “contas” para pagar (Imposto de Renda), nesse caso o fisco homologará se estiver tudo certo, ou lançará a diferença. Art 142 CTN. ---Aqui estamos no âmbito das Receitas: Federal, Estadual e Munic.--- Notificação: Caso o contribuinte é notificado para pagar e não paga (o lançamento pressupõe a intimação) na data de vencimento: o crédito tributário incidirá em Inscrição em Dívida Ativa (ato administrativo feito por um outro órgão). Aqui já estamos em órgão de Procuradorias da União, Estaduais e Municipais. O Crédito é inscrito no cadastro de dívida ativa. É um controle de legalidade, vendo a legalidade de todo o processo. Após, gera o documento de CDA: É um título executivo extrajudicial. Transforma o crédito não pago em título executivo extrajudicial, e ao invés de entrar com um processo de conhecimento, ele já transforma em execução. Execução Fiscal: transforma o crédito não pago em execução fiscal.Lançam. Cont. Leg. Adm. Trib. H.I F.G O.T CT NOT Ñ PAG I.D.A C.D.A EX. FISCAL Leg. Trib. Obg. Trib. Receitas Procuradorias Embargos Exec. Na Notificação temos a 3° possibilidade: Recurso administrativo: inaugura o chamado contencioso administrativo (significa que quando ele recorre do lançamento ele diz que não concorda com o lançamento, e é para os Órgão de Legislação Tributária, não para o Juiz). Suspensão da exigibilidade, fica suspenso até esse recurso ser julgado. Falta do requisito de exigibilidade da CDA, pois se falta um deles, é nula: exigibilidade, liquidez (valor), e certeza (pessoa). OBS: Exceção de pré executividade: defesa da execução fiscal. (13/03) 1-LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA Art 96 CTN conjunto de normas, instrumentos normativos: - Lei - Tratados estabelece cooperação entre Estados no âmbito tributário Art 98 CTN - Decretos pode alterar alíquotas de certos tributos (IPI, IOF..) Art 153 CF - Normas Compl. aquelas legislações que estão a baixo do decreto (CF-Lei-Decreto-Normas complementares). São portarias, convênios, decisões administrativas vinculativas, onde os efeitos se espalham para outros casos. Que visam regulamentas a Lei, os decretos. Ela existe para que a administração tributária aplique a Lei, os tratados, os decretos. Ela também é regulamentar. OBS: o que cria tributos é a lei, não a legislação. Art 97 OBS: Modificação de Base de cálculo = Majoração do tributo Majoração é por Lei OBS: Atualização da B.C é diferente de majoração (é recompor uma perda) Decreto OBS: Ato normativo primário: cria e extingue Leis/direito e deveres OBS: Ato normativo secundário: Decreto: ajuda na fiel aplicação da Lei Temos o Decreto Autônomo: que o relacionamento decorre diretamente da Constituição (ex Art 84 CF). Não temos decreto autônomo no CTN. OBS: O tratado não revoga lei, ele apenas se sobrepõe. Estudar sobre princípio da especialidade. 2-OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA Sujeito ativo (Fisco) - Sujeito passivo (Contribuinte) -Relação jurídica, que se impõe uma prestação *Dar, fazer e não fazer *3 instrumentos: -Contrato X -Lei única fonte V -Ato ilícito X Contrato e ato ilícito não é fonte de obrigação do tributo, é apenas a Lei. Obrigação tributária é uma espécie de obrigação Obrigação tributária principal: dar Obrigação tributária acessória: fazer ou não fazer Obrigação principal Art 113, §1° Dar (pagamento), de tributo e penalidade pecuniária (multa). O legislador equipara a multa ao tributo. Ele lança a multa junto com o tributo. Obrigação acessória Art 113, §2° Fazer (positiva) ou não fazer (negativa). Ex: fazer declaração de imposto de renda. Obrigação acessória não é obrigação de pagamento. §3° se faço o que não devia, ou deixo de fazer o que devia, converte-se em obrigação principal, sou multado. Aqui é permitido ter obrigação acessória sem ter o principal. Ex: isenções e imunidades, são obrigadas a fazer a declaração de imposto de renda (ex: os livros). Instrumental (acessório sem o principal). (09/04) Responsabilidade por Sucessão Imobiliária Art 130 CTN: título aqui significa, instrumento de transferência de propriedade imobiliária (escritura pública). Se constar a certidão negativa... Regra específica do P.U: em hasta pública (leilão). Não responde pelos débitos pendentes, o imóvel vem puro, sem qualquer ônus. A fazenda pega esse valor depositado do comprador, quita as dividas, e repassa o valor para o credor descontado os débitos. Responsabilidade por Sucessão Pessoal Art 131 CTN: Pessoalmente responsáveis. I- ato inter vivos. Bens móveis que incidem tributos (veículos). Adquiro um veículo móvel com dívida de IPVA eu passo a ser o devedor desses tributos. II- sucessão pessoal por evento causa mortis. Tributos devidos até a morte, se o fato gerador do tributo ocorrer após a morte usamos o art 134, IV CTN. III- sucessão pessoal por evento causa mortis. Tributos devidos até a morte, se o fato gerador do tributo ocorrer após a morte usamos o art 134, IV CTN. Art 134, IV: fato gerador depois da abertura da sucessão (morte). Inventariante: uma figura designada pelo juiz para representar o espólio em juízo (cônjuge, filhos, sobrinhos, netos, enfim, alguém que seja herdeiro ou alguém que tenha alguma r3elação com o espólio). Administra o espólio. O inventariante administra os pagamentos do espólio, quase não pague, ele pessoalmente será o responsável A morte não transfere dívidas, o que acontece é que o Espólio e bens são contaminados com as dívidas. Caso o morto não deixe nenhum bem, as dívidas também morrerão. Responsabilidade por Sucessão Empresarial Art 132 CTN: responsabilidade das pessoas jurídicas privadas resultantes de: -Fusão: A + B C -Transformação: A B -Incorporação: A + B A (abrange tributos devidos pelas pessoas de origem) Os tributos das empresas se somam. P.U empresa extinta, um sócio morre, e o outro sócio continua explorando atividade de pessoa jurídica extinta sobre a mesma ou outra razão social. Responsabilidade por Sucessão na alienação de estabelecimento ou fundo de comércio Art 133: I: O alienante só me vende um estabelecimento (dos 3) e continua na exploração. O fisco vai atrás do alienante primeiro. II: O alienante me vende todos os 3 estabelecimentos e cessa a exploração no ramo. Eu respondo pelos tributos. Se eu mudar a exploração (era a pizzaria e transformei em oficina mecânica), não tem o princípio da continuidade, pois tem que ser a mesma exploração/atuação empresarial. Não se aplica o 133 neste caso. Se houver as dívidas tributárias e for dado baixo, significa que se encerrou ilegalmente pois não foram pagos os tributos dessa empresa (ato ilícito), cabendo o Art 135, responsabilidade pessoal. Ver Art 124 (24/04) CRÉDITO TRIBUTÁRIO Lançamento Art 142 CTN, não é um procedimento, é um ato administrativo que põe fim a esse procedimento de constituição do crédito, o lançamento é o último ato. Como se fosse a sentença. Responsabilidade: Penal, Administrativa, Civil ou até mesmo Improbidade. Art 141 CTN, o crédito tributário é plenamente vinculado, o fiscal não escolhe se faz ou não o lançamento. O fiscal DEVE fazer o lançamento tributário. O lançamento tem uma natureza constitutiva. Antes do lançamento, existe a obrigação tributária ilíquida. Com o lançamento, a obrigação (crédito tributário) se torna certa (quanto à existência) e líquida (quanto ao valor). Aula até o 145 (15/05) CRÉDITO TRIBUTÁRIO Causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (Art 151 CTN) Não é a ação é que suspende, é a Liminar ou tutela antecipada. Liminar: valerá até ser confirmada ou cassada. A sentença não vale como liminar, só se a liminar for tratada nela. Lei 6830/80 Execução Fiscal Art 38 PROVAS NP1: Legislação tributária e Obrigação tributária. (Lei, Decreto, responsabilidade tributária... Art 97 CTN até 138 denúncia espontânea PROVAS NP2: Crédito tributário até Lançamento, Causas de suspensão (última aula)
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