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TEORIA DA CONSTITUIÇÃO

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Teoria da Constituição
Estado de direito é aquele que age juridicamente, a partir do momento que surge o Estado de direito, todo exercício dele é através de leis. O poder político é exercido através de normas. Esse é o conceito de legalidade do Estado.
A diferença de um Estado de direito e um Estado constitucional é a supremacia da Constituição. Essa supremacia surge, pois, apenas a legalidade não é suficiente para controlar o Estado, pois ele mesmo cria as leis, então há necessidade de ter uma legislação superior, que controle até mesmo o próprio Estado.
A constituição é um texto que limita o próprio poder político e a democracia é um exercício do poder político. A própria constituição é um limite à democracia. Há matérias que envolvem direitos fundamentais que não podem ser “largados” na mão da maioria, pois pode haver uma “tirania da maioria” limitando a liberdade da minoria. Por isso, direitos fundamentais devem ser garantidos pela constituição.
Poder Constituinte
É o poder de elaborar a constituição, teoria liberal que surge no movimento iluminista. O pai do poder constituinte é Abade de Sieyès. Em sua teoria, é o poder da nação de constituir sua própria Constituição. A Constituição está acima do poder político, portanto o Poder Constituinte é anterior à própria constituição, um poder ilimitado. No contexto do movimento revolucionário iluminista, transfere-se a concepção do plano religioso para o plano humanístico.
Na teoria de Sieyès, adotamos a premissa de que o Poder Constituinte está acima de tudo, pois é ele que cria a Constituição que é quem dará origem a todo ordenamento jurídico. Segundo ele, a elaboração de uma Constituição é direito de todos indivíduos de uma sociedade.
1. Natureza do Poder Constituinte, possui duas correntes:
a. Poder de direito: ideia jus naturalista de que os indivíduos possuem o direito de elaborar uma Constituição que produzirá e limitará o poder do Estado.
b. Poder de fato: ideia positivista de que antes da formação da própria sociedade, ou seja, a constituição. Portanto, antes da Constituição não há nenhum direito, apenas fatos.
2. Titularidade: o povo é o titular do Poder Constituinte. Contudo, o povo poderá exercer esse poder de duas formas diferentes:
a. Revolucionária: costuma-se obter o poder através da força, há uma ruptura com a ordem constitucional vigente e, normalmente, a constituição que será produzida a partir desse momento é outorga/imposta pelos vencedores.
b. Deliberativa: surge a partir de um acordo/consentimento dos agentes sociais de um Estado. Ao escolherem esse estilo, naturalmente irão adotar o sistema da Assembleia Nacional Constituinte. Se for uma Constituição elaborada nesse sentido, ela será uma Constituição Promulgada. A Constituição brasileira de 1988 tem uma característica deliberada.
3. Espécies de Poder Constituinte:
a. Originário: é de fato o Poder Constituinte (elaboração da Constituição), pois é o poder genuíno.
b. Derivado: é o poder de alterar ou reformar uma constituição. Para alterar alguma coisa, essa coisa precisa ao menos existir. O próprio poder Constituinte originário é quem delimita as formas de atuação do poder Constituinte derivado.
4. Características do Poder Constituinte Originário 
O surgimento de uma Constituição inaugura-se um novo ordenamento jurídico.
Recepção constitucional: Após a elaboração de uma nova constituição, as leis anteriores necessitam passar por um tipo de “filtro” para se adaptarem à nova Constituição. 
O poder constituinte originário é ilimitado, o que a nação decidir poderá ser interposto na Constituição. Contudo há autores como Otto Bachoff, que defendem que existem limites jurídicos ao Poder Constituinte, como, por exemplo, os direitos naturais (liberdade, igualdade, vida etc.)
 O poder constituinte é incondicionado, isto é, por quais meios o poder constituinte será exercido. Ele não precisa observar nenhuma condição, pois não há um ordenamento jurídico anterior a ele que o defina. Diferentemente do poder constituinte derivado que, para alterar a constituição, necessita atender diversas condições
 O poder constituinte é permanente, a qualquer momento ele pode ser exercido novamente
5. Características do Poder Constituinte Derivado
Decorrente: Poder inerente ao federalismo, modelo federal de Estado. Nada mais é que o poder dos Estados membros de produzirem sua própria Constituição.
Reformador se desenvolve de duas formas:
a. Revisão Constitucional: O Brasil apresentou apenas uma oportunidade na CF/88. O Congresso Nacional poderia se reunir 5 anos após a assembleia constituinte e revisar a CF.
b. Emenda Constitucional: é um tipo de poder limitado e condicionado, diferentemente do Poder Constituinte. A Constituição estabelecerá limites acerca do que pode ser elaborado numa PEC.
6. Limitações às Emendas Constitucionais:
O poder constituinte originário é o que estabelecerá os limites para a formação de emendas constitucionais.
A. Limitações Formais: Dizem respeito ao processo legislativo de uma EC, como se produz uma emenda no país. A produção de uma emenda é muita mais complexa do que a criação de uma lei ordinária.
Para uma EC ser aprovada, necessita de aprovação por 3/5 da Câmara e 3/5 do Senado em dois turnos.
 
B. Limitações circunstanciais: aquelas que ocorrem em um contexto de instabilidade constitucional. Não pode ocorrer modificações (emendas) nos seguintes tipos de estado:
a. Estado de defesa: estado de alerta em uma guerra.
b. Estado de sítio: estado de alerta em uma calamidade pública.
c. Intervenção federal: secessão (tentativa de um estado se separar da República Federativa).
 
C. Limitações temporais: a constituição brasileira não possui esse tipo de limitação. Um período específico, no qual não poderia modificar a Constituição.
 
D. Limitações materiais: são princípios dispositivos, normas que não podem ser alterados (cláusulas pétreas art. 60, parágrafo 4º). Existem limitações materiais:
a. Explícitas: art. 60, parágrafo 4º
b. Implícitas: Algumas questões lógicas. Limitações que não são constitucionalmente taxativas, porém implicitamente está limitando.
 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO DIFUSO
Seria o poder relacionado às chamadas mutações constitucionais.
Mutações constitucionais: hipóteses de alteração informal da constituição. Parte do pressuposto de que a constituição é um documento dinâmico, se adequa à sociedade em que atua.
Por ex.: União estável: a constituição estabelece que apenas homens e mulheres podem se unir estavelmente. Contudo a partir do momento em que a sociedade muda, a constituição deve acompanhar essa mudança (mudança fática/social). A partir desse momento, união estável é possível entre pessoas do mesmo sexo.
Classificação das Constituições
É a busca da Identificação de características que permitem diferenciar as constituições dos Estados, conforme diferentes critérios.
1. Conteúdo: formal ou material
1. Formal: inserção em um conjunto de normas, a natureza da matéria que está veiculada na norma. Qualquer norma que estiver inserido nesse conjunto chamado de Constituição.
1. Material: o que importa é o conteúdo. Normas que são decisivas para a estrutura política e social do Estado.
A grande maioria das Constituições ocidentais são formais. Contudo há algumas que são materiais. Um exemplo de Estado que há uma Constituição material é a Inglaterra (Common Law).
1. Forma: escritas ou não escritas
1. Escrita: o que está positivado
1. Não escrita: que não está positivado.
 
1. Estabilidade: Possibilidade de mudança da Constituição.
1. Imutáveis: essa ideia seria uma violação ao pacto intergeracional. Esse pacto diz que uma geração não pode criar obrigações imutáveis para as gerações futuras, pois elas podem se tornar obsoletas. A sociedade varia, é dinâmica e a Constituição deve acompanhar a sociedade.
1. Rígida: observa um processo legislativo mais dificultoso.
1. Flexível: altera a Constituição da mesma forma que se altera qualquer lei.
1. Semirrígida: parte das normas são alteradas por um processo árduo e outra parte por um processo mais fácil.
Controle de Constitucionalidade:é o controle das leis ordinárias que são criadas, para todas manterem um critério constitucional e não serem inconstitucionais. Toda Constituição com essa característica necessita ser rígida, para não ter um processo de fácil alteração.
 
1. Origem: promulgada e outorgada
1. Promulgada: tem como regra ser deliberativa, como origem uma ANC (Assembleia Nacional Constituinte)
1. Outorgada: esse tem como origem uma revolução, onde é imposta à sociedade pela parte vencedora.
1. Extensão: analíticas e sintéticas
1. Analítica: uma Constituição complexa, onde aborda todos os assuntos, até mesmo alguns não muito relevantes.
1. Sintética: esse tipo de Constituição é mais específico, trata dos assuntos mais importantes como: políticos, sociais etc.
 
1. Modo de Elaboração: dogmática ou histórica
1. Dogmática: traduz na Constituição quais são os valores, princípios presentes na sociedade naquele momento. Os dogmas da sociedade daquele momento
1. Histórica: analisa os textos históricos, a relevância histórica (princípios, valores etc.).

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