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11/03/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Módulo 1 - Histórico do evolucionismo.
Conteúdo:
Criacionismo
Lamarckismo
Darwinismo
Neodarwinismo
Orientações para estudo
Utilizar a bibliografia indicada;
Estabelecer horários de estudo;
Utilizar o banco de questões (on line) para estudar e verificar os
conhecimentos que estão sendo adquiridos.
APOIO PARA ESTUDO:
 
Criacionismo
 
O criacionismo é uma corrente de pensamento que considera a vida e o universo
como obras de uma entidade divina. O caráter divino da criação pressupõe a
perfeição, dispensando, portanto, a necessidade de modificações ao longo do
tempo. Sendo assim, os criacionistas são adeptos do fixismo, teoria que defende a
imutabilidade das espécies biológicas desde o momento inicial da criação da vida.
Segundo esse ponto de vista, a biodiversidade tal como a conhecemos nos tempos
atuais é exatamente a mesma desde o início dos tempos, o que descarta a
ocorrência de extinções ou o surgimento de novas formas de vida desde então.
 
Os estudos sobre os seres vivos efetuados por naturalistas do passado
transcorriam em uma atmosfera intelectual que encontrava respaldo no
criacionismo. Naturalistas eminentes, como o sueco Lineu, considerado o pai da
classificação biológica, eram criacionistas. No entanto, o criacionismo como
pensamento central dentro da ciência começou a perder força a partir da
expansão do estudo dos fósseis.
 
Os fósseis são vestígios de seres vivos do passado, encontrados em rochas
sedimentares. Sendo assim, a partir do estudo dos fósseis é possível estabelecer
comparações entre a vida no passado e a vida no presente, e estas comparações
permitiram aos primeiros paleontólogos perceber que muitos dos organismos do
passando não existem mais, e que muitos dos organismos atuais não viviam em
épocas passadas. Essas constatações abalaram as convicções
criacionistas dominantes no âmbito científico a tal ponto de alguns
naturalistas imaginarem um cenário onde a regra fosse a ocorrência de mudanças
constantes na composição de seres vivos em nosso planeta. Surgia, assim, o
evolucionismo, em contraposição ao criacionismo.
 
Evolucionismo
 
Ao contrário do criacionismo fixista, o evolucionismo afirma que a vida é um
fenômeno passível de mudanças em sua composição ao longo do tempo. Isso
equivale a dizer que novas espécies biológicas surgem com o passar do tempo, a
partir de espécies pré-existentes, muitas das quais já se tornaram extintas.
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Fixismo era uma doutrina ou teoria filosófica bem aceita no século XVIII. O fixismo propunha na biologia que todas as espécies foram criadas tal como são por poder divino, e permaneceriam assim, imutáveis, por toda sua existência, sem que jamais ocorressem mudanças significativas na sua descendência.
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Lamarckismo
 
Um dos primeiros evolucionistas a elaborar uma teoria que propunha um
mecanismo promotor de mudanças nas espécies biológicas foi o francês Jean B.
Lamarck. As ideias de Lamarck se baseavam em dois argumentos principais: a lei
do uso e desuso e a herança dos caracteres adquiridos. De acordo com o primeiro
desses argumentos, um organismo está sujeito a mudanças em suas
características surgidas por sua interação com o meio ambiente. Assim, uma
determinada estrutura corporal muito utilizada pelo organismo ao longo de sua
vida tende a se desenvolver, assim como estruturas pouco utilizadas se atrofiam.
Lamarck afirmava que tais mudanças assim surgidas se tornavam herdáveis
e eram repassadas à prole.
 
Um dos exemplos mais mencionados no contexto do lamarckismo é o do pescoço
da girafa. Segundo esse ponto de vista, as girafas modernas seriam descendentes
de ancestrais que possuíam pescoço curto. Esses ancestrais, por força das
circunstâncias ambientais de sua época, se viram forçados a espichar o pescoço
para conseguirem se alimentar de folhas das árvores de grande porte. Como
consequência de tal esforço, o pescoço desses animais tornou-se mais comprido, e
esse maior comprimento foi repassado aos descendentes, os quais já nasceram
com pescoços mais compridos que seus pais. Considerando que esse esforço para
se alimentar tenha ocorrido por várias gerações sucessivas, e considerando que as
novas gerações sempre incorporavam o ganho em comprimento do pescoço das
gerações anteriores, o resultado, após muito tempo, foi o estabelecimento de um
pescoço tão comprido quanto aquele das girafas modernas.
 
A principal falha da teoria lamarckista é a herança dos caracteres adquiridos.
Mesmo à época em que o lamarckismo foi concebido, sua aceitação na
comunidade científica foi limitada.
 
Darwinismo
 
Charles R. Darwin foi um naturalista britânico que publicou, em conjunto com o
também britânico Alfred R. Wallace, a teoria da evolução por seleção natural. Após
essa publicação conjunta, Darwin publicou sozinho, em 1859, um livro a respeito
do tema, o famoso "A Origem das Espécies".
 
Darwin teve a oportunidade de viajar pelo mundo a bordo de um navio na
marinha britânica (Beagle) e realizar diversas observações e coletas de animais,
plantas e fósseis. Ao longo da viagem, leu o livro do economista britânico Thomas
Malthus, intitulado "Um Ensaio Sobre o Princípio da População". Neste livro,
Malthus desenvolveu a teoria de que enquanto as populações humanas cresciam
em progressão geométrica, os meios de subsistência cresciam em progressão
aritmética. A consequência desse fenômeno, segundo Malthus, seria uma elevação
da mortalidade humana provocada pela falta de recursos.
 
Baseando-se na teoria de Malthus, Darwin (e posteriormente Wallace) imaginou
um fenômeno similar aplicado a qualquer ser vivo. Em populações naturais,
muitas vezes a quantidade de indivíduos que nascem é muito elevada e pode levar
a uma competição por recursos do ambiente. Além disso, muitos desses
indivíduos serão mortos por predadores ou parasitas. Assim, aqueles indivíduos
que têm maiores chances de sobrevivência e reprodução são aqueles que tiveram
a sorte de nascer com atributos biológicos que lhes conferem maior capacidade de
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explorar os recursos do ambiente e/ou de evitar predadores e sobreviver a
doenças.
 
A teoria darwiniana leva em consideração, portanto, dois pressupostos principais:
(a) o ambiente impõe dificuldades à sobrevivência dos organismos e (b) dentro de
uma mesma população, existe uma variabilidade nos organismos quanto à
capacidade de sobreviver às adversidades impostas pelo ambiente, e essa
variabilidade resulta de diferenças interindividuais em atributos biológicos
herdáveis. Logo, a capacidade de sobrevivência é diferente entre os indivíduos de
uma população, e aqueles naturalmente melhor ajustados às condições
ambientais são os mais cotados a sobreviver, reproduzir e passar adiante sua
condição favorável biologicamente determinada. A este fenômeno, Darwin deu o
nome de Seleção Natural. Os organismos que sobrevivem à pressão seletiva
exercida pelo ambiente, de acordo com a linguagem darwinista, são
adaptados àquelas condiçoes ambientais específicas.
 
No contexto do darwinismo, a seleção natural é considerada uma força capaz de
modificar as espécies ao longo do tempo. Esse poder de transformação da vida
atribuído à seleção natural decorre do fato de que os ambientes, em nosso
planeta, estão em constante mudança. Os ambientes do passado não eram iguais
aos ambientes atuais, e Darwin tinha consciência disso. Seos ambientes mudam,
mudam os organismos adaptados. Esse processo, considerado em longo
prazo, teria resultado na diversificação da vida em nosso planeta.
 
Apesar de se constituir em uma teoria consistente, o darwinismo não foi capaz de
explicar alguns aspectos de suas formulações. O ponto mais vulnerável da teoria
foi a incapacidade de explicar a origem da variabilidade biológica, sobre a qual age
a seleção natural. Por que alguns indivíduos nascem mais aptos do que outros à
sobrevivência e reprodução em certo ambiente? De fato, Darwin não tinha
condições de responder a essa pergunta. O conhecimento que permitiu esclarecer
esse ponto obscuro do darwinismo foi desenvolvido apenas nas primeiras décadas
do século XX.
 
A Síntese Moderna ou Neodarwinismo
 
O trabalho de Mendel com ervilhas, que deu início à genética como uma ciência,
recebeu o devido reconhecimento apenas na primeira década do século XX,
apesar de publicado em 1865. O florescimento da genética permitiu
a compreensão de muitos aspectos da hereditariedade. Os geneticistas
reconheceram que mudanças casuais ocorridas no material genético repassado à
prole pode gerar indivíduos variantes em relação aos fenótipos mais usuais da
população. Tais mudanças genéticas foram denominadas mutações, sendo
indentificadas em diversas espécies animais e vegetais.
 
O conhecimento a respeito das mutações genéticas forneceu o respaldo teórico
que faltava à teoria da evolução por seleção natural: a fonte primária de toda a
variabilidade biológica observada nas populações de diferentes organimos é a
mutação. Com isso, geneticistas do século XX construíram uma nova teoria
resultante da fusão de dois importantes conhecimentos: a genética e a seleção
natural darwiniana. Esta fusão entre genética e evolução recebeu a denominação
de Síntese Moderna ou Neodarwinismo.
 
 
Fontes de consulta sugeridas:
FUTUYMA, D. J. Biologia Evolutiva. SBG, CNPq, 1992.
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RIDLEY, M. Evolução. Ed. Artes Médicas, 2006.
 
 
Exercício 1:
A teoria evolucionista desenvolvida por Lamarck se baseou no fato de que o uso e
o desuso de estruturas corporais podem alterar tais estruturas ao longo do tempo.
No entanto, esta teoria não se sustentou pois fazia associação do uso e desuso à:
A)
teoria genética de Mendel
B)
herança de caracteres adquiridos
C)
mutação genética
D)
eliminação dos mais fracos
E)
sobrevivência dos mais aptos
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
B) lei do uso e desuso
Exercício 2:
A principal contribuição de Darwin à atual teoria da evolução é a:
A)
associação do evolucionismo ao mendelismo
B)
associação do lamarckismo ao mendelismo
C)
idéia de seleção natural
D)
herança dos caracteres adquiridos
E)
modelagem inteligente de seres vivos
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O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) A teoria evolucionista desenvolvida por Lamarck se baseou no fato de que o
Exercício 3:
Uma das principais críticas do evolucionismo ao criacionismo é o fato de que esta
corrente de pensamento prega que:
A)
as espécies mudam ao longo do tempo
B)
as espécies são imutáveis
C)
novas espécies surgem nos dias de hoje
D)
espécies novas se originam de espécies ancestrais
E)
eventos genéticos originam novas espécies
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) A teoria evolucionista desenvolvida por Lamarck se baseou no fato de que o
E) A teoria evolucionista desenvolvida por Lamarck se baseou no fato de que o
D) A teoria evolucionista desenvolvida por Lamarck se baseou no fato de que o
B) A teoria evolucionista desenvolvida por Lamarck se baseou no fato de que o
Exercício 4:
Costuma-se afirmar que a teoria da evolução é unificadora no contexto das
ciências biológicas. Esta importância está associada ao fato de que esta teoria:
A)
permite aos biólogos classificarem os seres vivos.
B)
auxilia na compreensão das relações de parentesco entre os seres vivos.
C)
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é absoluta e imutável.
D)
responde de modo incontestável a questão de onde e como surgiu a vida.
E)
aplica argumentos baseados no criacionismo.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) A teoria evolucionista desenvolvida por Lamarck se baseou no fato de que o
B) A teoria evolucionista desenvolvida por Lamarck se baseou no fato de que o
Exercício 5:
Lamarck está para a herança dos caracteres adquiridos assim como Darwin está
para:
A)
divergência de espécies relacionadas
B)
estruturas homólogas
C)
evolução por seleção natural
D)
especiação por descendente comum.
E)
a lei do uso e desuso.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
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E) A teoria evolucionista desenvolvida por Lamarck se baseou no fato de que o
A) A teoria evolucionista desenvolvida por Lamarck se baseou no fato de que o
B) A teoria evolucionista desenvolvida por Lamarck se baseou no fato de que o
C) A teoria evolucionista desenvolvida por Lamarck se baseou no fato de que o