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Artigo de Opiniao Direito Empresarial II Direito Societario na Atualidade Comandita Simples

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1 
 
 
COMANDITA SIMPLES: seu desgaste no âmbito societário 
 
Cássia de Souza 
João Lucas de Miranda Júnior 
Tomaz Gustavo Oliveira de Camargo 
 
 
 
Direito Empresarial / Professora esp. Mirella Franchinni 
 
 
RESUMO 
Sabemos que o Direito costuma mudar constantemente trazendo para o 
campo social inúmeras transformações. E, tratando-se do Direito Societário não 
seria diferente, não é mesmo? Seria complicado se continuássemos sempre 
com as mesmas tradições e regras nas sociedades atuais, sem modificações, 
seja nas relações entre sócios, seja em suas responsabilidades, talvez a 
sociedade não teria muito sucesso. Pela necessidade de alterações nas relações 
empresariais é que alguns tipos de sociedade caíram em desuso, sendo uma 
delas a sociedade em comandita simples, objeto de estudo deste artigo. 
Acreditamos que seu desgaste no âmbito societário aconteceu devido a 
insegurança que este tipo traz e os possíveis riscos que ocorreriam se optassem 
por ela. 
 
Palavras-chave: Direito Societário, comandita simples, responsabilidade 
ilimitada, Sociedade Empresária. 
 
ABSTRACT: We know that Law tends to constantly change, bringing countless 
transformations to the social field, and, when it comes to Corporate Law, it 
wouldn’t be diferente, would it? It would be complicated if we always continued 
with the same traditions and rules in current societies, without changes, either in 
the relationships between partners, or in their responsibilities, perhaps the 
Society would not be very successful. Due to the need for changes in business 
relationships, some types of Society gave fallen out of use, one being the limited 
parnerchip, the object of study in this article. We believe that its disuse in the 
2 
 
corporate sphre happened due to the insecurity that this type brings and the 
possible risks that would occur for them to choose it. 
 
Keyword: Corporate Law, simple command, unlimited responsibility, business 
company. 
 
1 INTRODUÇÃO 
As sociedades tiveram suas origens durante a Idade Média, em seu 
período mercantilista, na Itália, através do avanço do comércio marítimo, com a 
busca de novos produtos para expansão do mercado. Desta forma, as relações 
comerciais tiveram que se desenvolver, buscando novos meios para que o direito 
comercial pudesse evoluir. Considerando a importância da escolha na hora de 
constituir uma sociedade, Ramos (2014) a define como encontro de vontades de 
sócios, em acordo com o tipo societário, formalizando um contrato social ou 
estatuto, definindo em conjunto, normas que determinarão a exploração e prática 
da atividade comercial, somado a seus esforços e inteligência para obtenção de 
lucros que repartirão entre eles. Nasce então um novo sujeito de direito: a 
“sociedade”, instituída pela pessoa jurídica, a qual no entendimento de Requião 
(1998, pag.240), é: 
[...] o ente incorpóreo que, como as pessoas físicas, pode ser sujeito 
de direitos. Não há que se confundir as pessoas jurídicas com as 
pessoas físicas que deram lugar ao seu nascimento; pelo contrário, 
delas se distanciam, adquirindo patrimônio autônomo e exercendo 
direitos em nome próprio. Por tal razão, as pessoas jurídicas tem nome 
particular, como as pessoas físicas, domicílio e nacionalidade; podem 
estar em juízo, como autoras ou como rés, sem que isso se reflita na 
pessoa daqueles que a constituíram. Finalmente, têm vida autônoma, 
muitas vezes superior às das pessoas que as formaram; em alguns 
casos, a mudança de estado dessas pessoas não se reflete na 
estrutura das pessoas jurídicas, podendo, assim, variar as pessoas 
físicas que lhe deram origem, sem que esse fato incida no seu 
organismo. É o que acontece com as sociedades institucionais ou de 
capitais, cujos sócios podem mudar de estado ou ser substituídos sem 
que se altere a estrutura social. 
 
Portanto como definição nos dias de hoje, sociedades empresárias são 
formas de organização econômica, que detêm personalidade jurídica, e um 
patrimônio próprio, constituída por uma ou mais pessoas, que tem por objetivo a 
produção ou a troca de bens e serviços com fins lucrativos. O Código de Direito 
Civil de 2.002 traz para nós inúmeras formas de sociedade, porém, pergunta-se: 
3 
 
qual delas se veem mais vantajosas para aqueles que almejam constituir uma 
empresa capaz de superar seus desafios sem que a prejudique ou cause 
insegurança para os sócios? A questão parece fácil, mas, na prática exige-se 
muita cautela, uma vez que a constituição de uma sociedade traz ônus e bônus, 
responsabilidades e deveres aos sócios, podendo-os prejudicar financeiramente. 
 
2 SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES E SUAS PECULIARIEDADES 
A origem da sociedade em comandita simples está relacionada com o 
surgimento do contrato de encomenda, denominado “contrat de comand”, 
praticado na idade média, preferencialmente nos comércios marítimos, bem 
como nas cidades italianas, assim explica Santana (2018, pg. 469): 
 
As commendas tinham, assim, duas categorias de sócios: os que 
investiam bens ou capital no empreendimento – chamados de 
comanditários e a quem o direito reservava responsabilidade limitada 
aos bens ou capital investidos – e os que efetivamente negociavam 
com esses bens ou capital – que respondiam ilimitadamente. 
 
 
Mesmo tratando-se de uma sociedade antiga, o Código Civil 2.002 a amparou, 
trazendo em seu artigo 1.045 a seguinte disposição: 
 Na sociedade em comandita simples tomam parte sócios de duas 
categorias: os comanditados, pessoas físicas, responsáveis solidária e 
ilimitadamente pelas obrigações sociais; e os comanditários, obrigados 
somente pelo valor de sua quota. 
(BRASIL, Código Civil (2002). 
 
 
Nota-se no referido artigo que os sócios são divididos em comanditário e 
comanditado. O primeiro é responsável por contribuir para a formação do capital 
social, contribuição esta que pode ser feita em dinheiro ou bens, mas não em 
serviços, exceto se houver procuração com poderes específicos, conforme 
previsto artigo 1.047 do Código Civil. Sua responsabilidade é muito restrita, ou 
seja, uma vez efetivada a contribuição a que se comprometeu no contrato social, 
fica a seu cargo a função de fiscalizar a gestão dos negócios, não podendo os 
credores nada mais exigir dele, em função da limitação de responsabilidade que 
a lei lhe assegura. Por outro lado, os sócios comanditados são os que possuem 
responsabilidade solidária e ilimitada pelas obrigações sociais, onde serão 
responsáveis pela administração da empresa. 
4 
 
Conforme o apresentado, impossível não notar a desigualdade na relação 
estabelecida neste tipo de sociedade, posto que, os sócios não tem entre si a 
igualdade quanto a responsabilidade, sendo desvantajosa para os sócios 
comanditados que em uma situação necessária de execução de bens, serão 
comprometidos o patrimônio social da empresa, e também o patrimônio pessoal 
para sanar dívida existente, não podendo cobrar nada dos sócios comanditários, 
a não ser o valor de sua quota. 
 Desta forma, nota-se que, além da diferenciação entre os sócios, não 
sendo estabelecida uma regra geral a todos incluídos na sociedade, entrar nesse 
tipo de negócio seria como dar “um tiro no próprio pé”, pois como fica nesta 
situação uma pessoa que sendo um sócio comanditado, tendo a 
responsabilidade ilimitada e solidária dentro da sociedade, em uma crise de 
dívidas da empresa? Ora, que segurança jurídica esta pessoa vai ter tendo todos 
seus bens sociais e patrimoniais revertidos em pagamentos de dívidas causada 
pela sociedade? É uma questão a se pensar antes de constituir uma sociedade 
como esta. 
Importante ressaltar que a sociedade em comandita simples será regida 
pelas regras, no que couber, da sociedade em nome coletivo. Nesse tipo de 
sociedade, os sócios possuem responsabilidade solidária ilimitada, portanto, 
podem responder com o seu patrimônio perante as dívidas da sociedade. 
Tratando-se de umasociedade contratual, o seu contrato social deve conter as 
cláusulas gerais previstas no artigo 997 c.c 1.041 que dispõe que “o contrato 
deve mencionar, além das indicações referidas no art. 997, a firma social”, o qual 
taxativamente exige: 
 
Art. 997. A sociedade constitui-se mediante contrato escrito, particular 
ou público, que, além de cláusulas estipuladas pelas partes, 
mencionará: 
I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, 
se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede 
dos sócios, se jurídicas; 
II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; 
III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo 
compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação 
pecuniária; 
IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la; 
V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição consista 
em serviços; 
VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da sociedade, e 
seus poderes e atribuições; 
VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; 
5 
 
VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas 
obrigações sociais. 
Parágrafo único. É ineficaz em relação a terceiros qualquer pacto 
separado, contrário ao disposto no instrumento do contrato. 
(BRASIL, Código Civil (2002). 
 
Ainda, o artigo 1.039 do Código Civil, prevê que essa sociedade só será 
constituída, por pessoas físicas, e, em seu parágrafo único, que os sócios 
poderão impor limites entre si para a extensão da responsabilidade de cada um, 
no ato constitutivo da sociedade ou por convenção posterior, sem prejudicar a 
responsabilidade solidária e ilimitada para com terceiros. 
Ante o exposto, Negrão (2018, pag. 470), pondera que: 
 
o regime jurídico do sócio comanditado é o mesmo do sócio da 
sociedade em nome coletivo, ou seja: (i) o comanditado tem que ser 
pessoa física, (ii) só o comanditado pode administrar a sociedade, (iii) 
só o nome do comanditado pode constar da firma social e (iv) a 
responsabilidade do comanditado é ilimitada. 
 
 
Desta forma, é possível observar que a administração da comandita 
simples compete apenas aos sócios comanditados, não obstante o Código Civil 
permite, em seu artigo 1.047 que: 
 
 1.047. Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da 
sociedade e de lhe fiscalizar as operações, não pode o comanditário 
praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome na firma social, sob 
pena de ficar sujeito às responsabilidades de sócio comanditado. 
Parágrafo único. Pode o comanditário ser constituído procurador da 
sociedade, para negócio determinado e com poderes especiais. 
(BRASIL, CÓDIGO CIVIL (2002) 
 
 
 No entanto, importante frisar que, em relação ao nome dado a sociedade, 
o artigo 1.157, determina que: 
 
 Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade 
ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles 
poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a 
expressão "e companhia" ou sua abreviatura. 
Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas 
obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, 
figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo. 
(BRASIL, CÓDIGO CIVIL (2002) 
 
 
Perceba que, conforme descrito acima, pode-se afirmar que o sócio 
comanditário possui sua existência como mero aplicador do capital dentro da 
sociedade, pois, não participa do cotidiano da empresa, nem emprega forças 
6 
 
para seu bom desempenho. Ademais esse tipo societário não traz vantagens 
uniformes, uma vez escolhida, sempre terão que conter esses dois polos para 
ser constituída. 
 
3 SOCIEDADES QUE INOVARAM O ÂMBITO SOCIETÁRIO 
 O âmbito societário não para de evoluir, as leis acompanhando a 
sociedade em constante mutação adequa ao que for capaz para facilitar e 
desburocratizar a forma e o formato para se criar novos tipos societários e 
viabilizar a constituição de uma sociedade empresária. O que antes era tão 
exigido para uma pessoa adentrar no mundo dos negócios, hoje pode-se dizer 
que já não é mais. 
 Como já destacado em parágrafos anteriores, a sociedade de comandita 
simples já não se adequa a nova realidade societária, uma vez que o mundo 
empresarial não para de crescer e trazer inovações. Tais modificações se fazem 
necessárias, pois, com o crescimento dos negócios, a economia tende a crescer 
também. E para isso é necessário que a burocracia seja deixada de lado na hora 
de constituir uma empresa, cujo o objetivo é de que as pessoas possam ter a 
chance de ter seu próprio negócio sem muitas exigências. 
 Um dos modelos que foi bem recepcionado pelas leis e constantemente 
utilizados pelos empreendedores no Brasil é a Sociedade Limitada. A este tipo 
de Sociedade, Negrão (2018, pg. 389) faz um breve relato histórico: 
 
Originária da Alemanha, onde nasceu por força da lei de 20 de abril de 
1892, a sociedade limitada se tornou a mais comum em solo brasileiro, 
ganhando a preferência de empresários e não empresários para o 
exercício de atividades de pequeno, médio e grande porte. 
 
 Trata-se de Sociedade contratual, podendo ser constituída por dois ou 
mais sócios, não sendo obrigado que todos exerçam atividade da mesma 
natureza. Integra-se um capital para constituir a empresa (dinheiro, bens, ou 
créditos) não sendo exigido capital mínimo, viabilizando assim uma alta 
aderência por novos empresários a esse tipo, uma vez que cada sócio terá sua 
responsabilidade proporcional ao capital investido(quotas), mas todos 
respondem pelo total. E, ainda, a responsabilidade é restrita a empresa, sendo 
os bens pessoais protegidos pela falência ou débitos. 
7 
 
 Além das vantagens oferecidas pelo modelo de Sociedade Limitada, a fim 
de trazer mais flexibilização para o ramo empresarial, no ano de 2011, através 
da lei nº 12.441/2011, a legislação brasileira criou o modelo de Empresa 
Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI, a qual permite que a empresa 
com característica de limitada tenha na administração uma única pessoa como 
titular que possua a totalidade do capital social. No entanto, este modelo de 
empresa permite que tanto uma pessoa natural quanto jurídica podem constituí-
la. Porém, Negrão (2020, pg. 473) faz a seguinte ressalva: 
 
Em qualquer caso, constituída por pessoa natural ou por pessoa 
jurídica, a administração da empresa individual de responsabilidade 
limitada não poderá recair sobre pessoa jurídica. Isso porque (...) as 
regras da sociedade limitada lhe são aplicáveis e, assim, ambas devem 
submeter-se ao regramento previsto no art. 997, VI, por força do 
disposto no art. 1.054 do Código Civil. 
 
Desta forma, se a pessoa for natural, a administração será concebida. 
Caso seja pessoa jurídica, a administração será realizada por terceiro. Com 
relação a responsabilidade neste tipo societário, ela oferece uma maior proteção 
aos bens pessoais dos sócios, no qual são criados patrimônios distintos, e, assim 
como o próprio nome diz, define certa limitação de responsabilidade, não se 
estendendo, em regra, para dívidas trabalhistas ou fiscais. Contudo, embora seja 
vantajosa, para constitui-la se faz necessário o investimento de 100 salários 
mínimos, como exigência para sua regularização e da referida proteção 
patrimonial. 
 A sociedade mais recente que foi criada pela lei 13.874/2019 e que 
também oferece maior proteção, é a chamada Sociedade Limitada Unipessoal. 
Ela pode ser constituída por apenas um sócio, a qual garante proteção 
patrimonial assim como a EIRELI, em regra, exceto de dívidas trabalhistas e 
fiscais. Tal modelo de sociedade é criada com o objetivo de extinguir de uma vez 
a cultura de que apenas dois ou mais sócios é que podem constituir uma 
Sociedade Limitada. Além disso, este modelo oferece uma vantagem a mais em 
relação a EIRELI, a qual não é exigido capital mínimo, facilitando muito na 
abertura regularde uma empresa. 
 É notório que o Direito Societário não para de inovar, a relação entre 
sócios ou uni sócios, trazendo uma dinâmica ímpar refletido às sociedades 
empresariais no geral, com um leque de oportunidades, responsabilidades e 
8 
 
limites, com mais novidades e possibilidades para aquele que tem o desejo de 
adentrar no mundo empresarial, facilitando seu acesso e oferendo proteção 
patrimonial. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Podemos verificar ante todo o exposto que a Sociedade de Comandita 
Simples é um dos tipos societários mais remoto do ordenamento jurídico, a qual 
foi muito utilizada. Seu desgaste e consequentemente seu desuso viabilizaram 
e aceleraram sua extinção, devido a sua maneira rígida de responsabilizar os 
sócios, trazendo uma desvantagem nítida em relação aos novos tipos. Na atual 
conjuntura do Direito societário, faz se necessário analisar possíveis vantagens 
e desvantagens quanto ao tipo societário à escolher, ponderando o que os 
tornam mais atrativos a escolha, seja o qual ofereça: uma maior segurança 
jurídica, ou maior proteção aos seus integrantes, aos que detém estabilidade 
comercial, outros menor responsabilidade perante a terceiros, ou com maior 
possibilidade lucrativa, etc. A título de exemplo temos a Sociedade Limitada, as 
Empresas Individuais de Responsabilidade limitada (EIRELI) e as mais recentes 
como a sociedade unipessoal, explicadas acima. 
Ademais, a comandita simples sempre fará parte da história do direito 
societário, pois, como tudo na vida tem um começo, não poderia ser diferente. 
Seu modelo certamente deixou marcas, para que os novos tipos pudessem se 
adequar e transformar o direito societário, independente de não se fazer 
presente na atualidade, será lembrada por estudantes e empresários que 
viveram o auge dessa sociedade. 
Portanto, entendemos que com o avanço da sociedade civil, em conjunto 
com inovações trazidas pelo ordenamento jurídico, proporcionam uma maior 
liberdade na escolha às novas formas de sociedades empresariais, tendo um 
leque bem atrativo, cada qual com suas peculiaridades, fazendo com que os 
novos tipos dominem o mercado e consequentemente os tipos mais antigos 
como a comandita simples esteja sendo deixadas de lado. Assim, proteção dos 
sócios e menor burocracia se tornam palavras chaves para garantir uma boa 
escolha na abertura de empreendimentos comerciais ou empresariais. 
Acreditamos que novos modelos societários virão, trazendo ainda mais 
garantias e flexibilização para o mundo empresário, no qual será necessário, 
9 
 
tendo em vista que, com tudo que estamos vivendo hoje em dia, os problemas 
econômicos enfrentados pelo Brasil e o resto do mundo, será de suma 
importância a criação de novos modelos empresariais para que assim as 
pessoas possam ter oportunidade de fazer parte do mundo dos negócios, cujo o 
objetivo é trazer empregos para todos e fazer com que a economia, novamente, 
volte a caminhar a passos rápidos. É o que desejamos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
REFÊRENCIAS 
Brasil, Código Civil de 2002, Editora Saraiva, 27ª Edição, ano 2018 (Acesso em 
12/04/2020. 
 
COELHO, Fábio Ulhôa Manual de direito comercial: direito de empresa. 23 
Edição. São Paulo: Saraiva, 2011(pdf). 
 
MARQUES, Marcus. “Sociedade em Nome Coletivo> O que é? Como 
funciona?”. Publicado em 05/07/2019. Disponível em 
<http://marcusmarques.com.br/empresas/sociedade-comandita-simples-como-
funciona/ > Acesso em 10 de abril de 2020. 
 
NEGRÃO, Ricardo, Manual de Direito Comercial e de Empresa, Editora Saraiva, 
9ª Edição, ano 2018 Acesso em 12/04/2020 
 
NEGRÃO, Ricardo Manual de direito empresarial / Ricardo Negrão. 10.Edição, 
São Paulo : Saraiva Educação, 2020.(pdf) 
 
ROMANO, Rogério Tadeu. A Sociedade em Comandita Simples. Publicado em: 
09/2019. Disponível em <https://jus.com.br/artigos/76743/a-sociedade-em-
comandita-simples>. Acesso em 11 de abril de 2020. 
 
REQUIÃO, Rubens, Curso de Direito Comercial Volume 1, Editora Saraiva, 23ª 
Edição (PDF) Acesso em 12/04/2020. 
 
SANTANA, André Cruz, Direito Empresarial. Edição Método, 8ª Edição, ano 
2018. Acesso em 12/04/2020 
 
SOUZA, Michael Dionísio. Sociedade em Comandita Simples. Publicado em 
27/01/2020. Disponível em 
<https://santacruz.br/revistas/index.php/JICEX/article/view/1270> Acesso em 11 de abril 
de 2020. 
 
 
 
http://marcusmarques.com.br/empresas/sociedade-comandita-simples-como-funciona/
http://marcusmarques.com.br/empresas/sociedade-comandita-simples-como-funciona/
https://jus.com.br/artigos/76743/a-sociedade-em-comandita-simples
https://jus.com.br/artigos/76743/a-sociedade-em-comandita-simples
https://santacruz.br/revistas/index.php/JICEX/article/view/1270
	A sociedade mais recente que foi criada pela lei 13.874/2019 e que também oferece maior proteção, é a chamada Sociedade Limitada Unipessoal. Ela pode ser constituída por apenas um sócio, a qual garante proteção patrimonial assim como a EIRELI, em reg...

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