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Estrutura e Desenvolvimento de Frutos

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ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DOM HELDER CÂMARA
FRUTO
PROFESSORA: KÁTIA HENHARDT HORR
DISCIPLINA: BILOGIA
ALUNAS: FERNANDA LENHART 
 PAULA RINTZEL E
 TALÍA ORTIZ RINTZEL
SÉRIE: 2° ANO 1
 MODELO-SC
21 E AGOSTO
1.INTRODUÇÃO
	Os frutos são estruturas auxiliares no ciclo sexual das Angiospermas e seu aparecimento representou um importante fator para o sucesso evolutivo do grupo.
Os frutos exercem uma fonte importante de nutrientes para o nosso organismo, sendo especialmente ricos em vitaminas e minerais. Contêm princípios ativos extraídos da polpa, da casca e até mesmo das sementes que constituem uma fonte de saúde e bem-estar. 
Ainda hoje, os frutos continuam a encantar pelas suas formas peculiares, aromas e sabores inigualáveis. São alimentos indispensáveis para uma alimentação equilibrada e natural. Rematam, como nenhuma outra sobremesa, ao final das refeições.
	
2. DESENVOLVIMENTO FRUTO
O fruto é o amadurecimento do ovário. Sua ontogenia compreende vários estádios, que se discorre nas seguintes etapas: diferenciação celular, alongamento e maturação das células presentes no carpelo. Em destaque no processo da diferenciação ocorre alterações químicas e estruturais da parede e do conteúdo
celular, perda de água e até morte celular. 
O fruto considerado verdadeiro é proveniente unicamente do ovário, e ao fim do seu desenvolvimento é compreendido de pericarpo e semente, sendo o pericarpo originado da parede do ovário, e a semente, tem origem no rudimento seminal ou óvulo. 
O pseudofruto, são estruturas vegetais suculentas que comumente chamamos de fruto, no entanto, tecnicamente não são, em termos biológicos. Isto porque, o pseudofruto não se origina do ovário da flor, originando-se, portanto, de uma outra parte floral, podendo ser do receptáculo floral ou do pecíolo. Como exemplo tem-se, a maça, o morango e a pera. 
Origem e estrutura do pericarpo
O pericarpo pode ser anatomicamente homogêneo ou heterogêneo, quando heterogêneo apresenta subdivisões, sendo elas: exocarpo, mesocarpo e endocarpo. Estas camadas são de difícil visualização e classificação, uma vez que nem todos os frutos apresentam delimitação entre um e outra. De forma geral estas três regiões podem ser definidas segundo o estudo ontogenético do pericarpo, ou seja, o acompanhamento do seu desenvolvimento desde o ovário da flor. Cabe enfatizar que o entendimento sobre o desenvolvimento d o fruto só após a 
polinização é equivocado. 
Origem e estrutura do exocarpo 
O exocarpo ou epicarpo, é proveniente d a epiderme externa do ovário. O processo de diferenciação d a epiderme em exocarpo s e dá pelo aumento no tamanho das células, perda ou formação de tricomas, espessamento da parede celular e alteração no conteúdo celular, podendo assim a epiderme sofrer repetidas divisões celulares. 
 
Origem e estrutura do mesocarpo 
mesocarpo é originado do mesófilo do ovário. O mesofilo apresenta estrutura simples, comumente, de natureza parenquimática. Em algumas espécies o mesofilo pode apresentar estruturas secretoras, como células cristalíferas, idioblastos, fenólicos, cavidades, canais, nectários e laticíferos. 
A transformação do mesofilo ao longo da diferenciação em mesocarpo pode apresentar alterações em seu tamanho, estrutura e conteúdo celular. Um exemplo disso, é que em determinados frutos instala-se sob a epiderme interna do ovário um meristema ventral responsável pelo surgimento do esclerênquima no pericarpo do fruto maduro, apresentando característica cerosa. Portanto, o mesocarpo amadurecido pode ter natureza parenquimática ou 
esclerenquimática. 
Origem e estrutura do endocarpo 
O endocarpo provém da epiderme interna do ovário. A epiderme interna do ovário pode sofrer alterações a o se diferenciar em endocarpo, em alguns casos podendo atuar como um meristema ventral. 
Quando diferenciado, o endocarpo pode ser de natureza epidérmica, esclerenquimática ou parenquimática. 
A vascularização do pericarpo se dá, através de traços vasculares, como ocorre no ovário ou carpelo. Há carpelos que exibem um, três, cinco ou mais traços vasculares, também conhecidos por feixes vasculares. Comumente, são encontrados nos frutos a presença de apenas três feixes, um feixe dorsal e dois ventrais ou marginais. Para espécies, onde os frutos apresentem mais de três feixes vasculares, sendo chamados de feixes laterais. Esses mesmos feixes, estarão dispostos até o(s) óvulo(s), sendo assim responsáveis por realizar a vascularização no(s) mesmo(s). 
	
Classificação dos frutos:
 De acordo com a origem, os frutos são classificados em três categorias: simples, agregado ou múltiplo. 
· Frutos simples: são frutos derivados de um único ovário de uma única flor. Podem ser secos ou carnosos, uni a multicarpelares, mas neste caso sincárpicos, deiscentes ou indeiscentes na maturidade. Exemplos: cereja (Prunus avium - Rosaceae) e tomate (Lycopersicum sp. - Solanaceae).
· Frutos agregados: são aqueles frutos que derivam de um gineceu dialicarpelar (apocárpico) de uma só flor. Todos os pistilos estão reunidos por partes acessórias de natureza receptacular ou apendicular. Cada pistilo forma um fruto separado, geralmente do tipo folículo. Em geral, são também denominados frutos apocárpicos. Exemplo: magnólia (Magnolia sp. - Magnoliaceae).
· Frutos múltiplos: consistem em ovários amadurecidos de muitas flores de uma inflorescência, que crescem mais ou menos juntas num mesmo receptáculo, formando uma infrutescência. Exemplos: amora (Morus nigra - Moraceae), abacaxi (Ananas comosus - Bromeliaceae) e figo (Ficus carica - Moraceae). 
 Os principais tipos de frutos simples são: 
· Frutos secos deiscentes: abrem-se espontaneamente para liberarem as sementes. Apresentam o pericarpo pouco desenvolvido, contendo pequena quantidade de água.
· Folículo: derivado de um único pistilo, apresentando apenas uma linha de deiscência longitudinal. Exemplo: chichá (Sterculia chichá - Sterculiaceae).
· Legume: também derivado de um único pistilo, porém a deiscência se faz por duas linhas longitudinais, a da sutura do carpelo e a da nervura mediana da folha carpelar. Característico da maioria das Fabaceae, como feijão (Phaseolus vulgaris). 
 
· Cápsula: derivada de gineceu sincárpico com dois a muitos carpelos fundidos, ficando seca na maturidade e abrindo de vários modos: por poros no ápice (cápsula poricida) como em papoula (Papaver bracteatum - Papaveraceae); por deiscência transversal que delimita um opérculo ou tampa (pixídio) como no jequitibá (Cariniana legalis - Lecythidaceae) e na onze-horas (Portulaca grandiflora - Portulacaceae) (fig. 8); por septos que separam os lóculos (cápsula septicida) como em papo-de-peru (Aristolochia clematitis - Aristolochiaceae); por abertura mediana dos carpelos (cápsula loculicida) como no lírio (Lilium sp - Liliaceae) e açucena amarela (Hemerocallis sp. – Liliaceae) ou ao abrir deixando parte dos septos presos no centro do receptáculo (cápsula septífraga), ocorrendo por exemplo em cedro (Cedrela odorat - Meliaceae).
· Síliqua: Fruto característico das Brassicaceae, derivado de ovário bicarpelar, cujo pericarpo seco separa-se em 2 valvas laterais deixando um eixo central (replo), ao qual ficam presas as sementes. Exemplos: agrião (Nasturtium officinale - Brassicaceae) e ipê (Tabebuia sp. - Bignoniaceae). 
· Frutos secos indeiscentes: são frutos que não se abrem espontaneamente para liberarem as sementes. Sâmara: fruto alado, com expansões da parede do pericarpo em forma de asas. Exemplo: tipuana (Tipuana tipu - Fabaceae). Sâmara Cariopse ou grão: fruto não alado, originado de um ovário unicarpelar. A únicasemente que ele apresenta está unida, em toda a extensão, às paredes do fruto. 58 Exemplos: espécies de Poaceae em geral, tais como milho (Zea mays) e arroz (Oryza sativa). 
· Aquênio: fruto não alado, no qual a semente une-se à parede do fruto (pericarpo coriáceo) por apenas um ponto. Exemplos: espécies da família Asteraceae em geral, tais como girassol (Helianthus sp.) e margarida (Chrysanthemum sp.). Aquênio Frutos carnosos: são aqueles, nos quais a parede do ovário aumenta em espessura após a polinização e a subseqüente fertilização. Nesses frutos os pericarpos são bem desenvolvidos e, pelo menos em parte, parenquimatosos e suculentos.
 
Os frutos carnosos são agrupados em:
· Baga: epicarpo em geral delgado, mesocarpo e endocarpo carnoso não sendo diferenciados entre si. É derivado de um gineceu pluricarpelar, geralmente polispérmico. Exemplo: uva (Vitis sp. - Vitaceae) e tomate (Lycopersicum sp. - Solanaceae). Podem ser encontrados ainda dois tipos especiais de baga: Hesperídio: o epicarpo é coriáceo com numerosas glândulas oleíferas e o endocarpo é membranáceo e dividido em gomos, revestidos de pêlos sucosos na porção interna. Exemplo: laranja (Citrus sp. - Rutaceae).
· Baga do tipo hesperídio Pepônio: o fruto não apresenta septos e a camada externa (epicarpo) apresenta-se de coriácea até lenhosa. Este fruto origina-se de um ovário ínfero, com placentação parietal constituída de três placentas bifurcadas, que avançam para o espaço central. O pericarpo é carnoso e as sementes são embebidas em polpa sucosa. Exemplos: melancia (Citrullus lanatus - Cucurbitaceae) e abóbora (Cucurbita pepo - Cucurbitaceae). Drupa: apresenta o pericarpo com uma camada externa carnosa e uma pétrea. Geralmente é oriundo de ovário unicarpelar e monospérmico. O epicarpo é delgado, o mesocarpo carnoso e o endocarpo lenhoso. Este envolve a semente, estando fortemente aderido a ela, formando o chamado “caroço”. Exemplos: azeitona (Olea europaea - Oleaceae), manga (Mangifera indica, Anacardiaceae) e coco (Cocos nucifera - Arecaceae).
 
· Drupa Partes acessórias carnosas: Pomo - Derivado de um hipanto que envolve os carpelos (dois ou mais) e de ovário ínfero. O hipanto forma a porção carnosa e comestível. Exemplos: maçã (Malus doméstica - Rosaceae) e pêra (Pirus communis - Rosaceae). 
· Pseudo-fruto - O pistilo é composto de dois ou mais carpelos, o ovário é súpero e o receptáculo ou o pedúnculo tornam-se carnosos. Exemplo: caju (Anacardium occidentale - Anacardiaceae). Pseudo-fruto Nota: o fruto carnoso, excepcionalmente pode ser deiscente. Um exemplo típico é o melão-de-SãoCaetano (Momordica charantia - Cucurbitaceae) em que o fruto é de cor alaranjada, com sementes vermelho vivo. Frutos agregados. Nos frutos agregados os frutículos podem estar unidos diretamente por suas paredes, ou indiretamente pelo tecido do receptáculo. Os frutículos derivam de um ovário com apenas um óvulo, logo, são monospérmicos, como por exemplo, framboesa (Rubus sp. - Rosaceae), onde o fruto agregado forma-se diretamente pela união das paredes das drupazinhas. Por outro lado, no morango (Fragaria sp. - Rosaceae) e no fruto da roseira (Rosa sp. - Rosaceae), o receptáculo é que une os frutículos. Tanto na rosa como no morango, os frutículos são do tipo aquênios.
3. CONCLUSÃO
 Podemos concluir que os frutos são muito importantes para o ser humano, contendo junto a si muitas vitaminas e sais minerais. Vimos que os frutos possuem diversas partes, cuja quais, estudamos acima, com a realização deste trabalho podemos conhecer um pouco mais sobre cada parte dos frutos e assim distinguir se é fruto ou não. 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
http://marilicamargobiologia.blogspot.com/2012/10/orgaos-vegetais_19.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fruto
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Morfofisiologia_vegetal/morfovegetal12.php
livro didático de biologia

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