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1 CÉLULA DE ARNOLD ITATIBA, 31 de março de 2020 2 CÉLULA DE ARNOLD Anna Caroliny da Mata RA 002201600236 Deborah J. P. Motta RA 002201601409 Jéssica de Freitas Santos RA 002201601438 Leandro S. Lima RA 002201601684 ITATIBA, 31 de março de 2020 3 1. INTRODUÇÃO: A Transferência de Massa pode ser entendida como o movimento espacial da matéria, refere-se ao movimento de um componente específico (A, B) num sistema de vários componentes. Existindo regiões com diferentes concentrações, ocorrerá transferência de massa no sentido das zonas onde a concentração desse componente é mais baixa. Essa transferência pode ocorrer pelo mecanismo da difusão molecular ou da convecção. Entretanto, a transferência de massa unidimensional sem reação química através da difusão molecular pseudo-estacionária por meio de filme estagnado, é o objeto de interesse e alvo dos rearranjos de equações para o cálculo do coeficiente de difusão mássica de uma determinada espécie química em um determinado local. Normalmente a difusividade mássica é mais alta nos gases do que em substâncias líquidas e sólidas, assim como é maior nos líquidos do que nos sólidos. Geralmente, espécies químicas distintas apresentam uma difusividade mássica diferente quando submetidas a uma mesma temperatura e pressão constantes. Entretanto, se forem alteradas constantemente as condições de pressão e temperatura para uma determinada espécie química, então terá variações em sua difusividade mássica. Na célula de Arnold um determinado líquido volátil é introduzido em seu capilar até um determinado nível, com ar estagnado até o topo. Após algum tempo é possível perceber que a altura do nível do líquido no capilar da célula diminuiu, evidenciando a evaporação do mesmo, permitindo o cálculo do coeficiente de difusão mássica desse líquido em ar ou em outro gás. 4 2. RESULTADO Tabela 1: Resultados obtidos durante o experimento Tempo (minutos) Altura (mm) Temperatura (ºC) 0 15 29 18 13 29 25 12,5 29 45 11,5 29 55 11,2 29 65 11 29 75 11 29 Gráfico 1: Diminuição do volume em relação ao tempo decorrido 5 2.1 DADOS COLETADOS: Tabela 2: Dados obtidos na literatura para consideração nos cálculos pA (g/cm³) 0,792 MM (g/mol) 58,08 Pvapor (atm) 0,32926 Pamb (atm) 1,002 T (K) 302,15 yA,2 0 yA,1 (Pvapor/Pamb) 0,3286 C (mol/cm³) 4,04.10^-5 R (atm.cm³/mol.K) 82,057 zf (cm) 1,5 z0 (cm) 1,1 Δt (seg) 4500 2.2 CONSIDERAÇÕES DE CÁLCULO: 1 - Regime permanente: C = Cf, pois a concentração não muda. 2 - O meio é inerte, pois acetona e ar não reagem. Equação da difusividade: 𝜕𝐶𝑎/𝜕𝑡 + ⍫𝑁𝑎 = 𝑅′′′ 6 Com as considerações 1 e 2 temos: ⍫𝑁𝑎 = 0 Considerando um fluxo unidirecional temos: 𝑑𝑁𝑎/𝑑𝑧 = 0 Na,z = constante. Comportamento do fluxo: NA,z = yA . (NA,z + NB,z) - DAB . (dCA / dz) Considerando o ar estagnado - NB,z = 0 Portanto: NA,z = yA . NA,z - DAB . (dCA / dz) NA,z = [ - DAB / (1 - yA ) ] . (dCA / dz) Com T e P constantes temos DAB e C constantes. NA,z = [ DAB . C / (z2 - z1 ) ] . ln [ ( 1 - yA,2 ) / yA,1 ) ] Considerando: NA,z = (dA,L / M) (dz/dt) Considerando gás ideal, portanto C = P / RT Equilíbrio termodinâmico na fronteira entre o líq.e o gás, portanto yA,1 = PAvapor / Pamb Temos: DAB = [ z(tf)² - z(t0)² pA ] / [ 2 . MM . C . ln ((1 - yA,2) / (1 - yA,1) . Δ t ] DAB = [ 1,5 ² - 1,1 ² ] / 2 . 58,08 . 4,04 . 10^-5 . ln (1 / (1-03286)) . 4500 DAB = 0,09796 cm²/s 7 3. CONCLUSÃO Este experimento teve como objetivo o desenvolvimento e estudo de uma Célula de Arnold, após a prática em laboratório pudemos identificar que com a Célula podemos calcular e medir os coeficientes de difusividade mássica através da variação no nível da substância líquida utilizada. Em laboratório utilizamos sílica gel para retenção de umidade e como substância líquida Acetona PA, com tais materiais, a utilização de uma estrutura de Célula de Arnold montada e cálculos com os dados fornecidos e encontrados pudemos determinar o coeficiente de difusividade da Acetona para esse experimento, o qual é apresentado na Tabela 3 e comparado com o valor teórico e o da literatura. Tabela 3: Valores do coeficiente de difusividade da literatura e experimental da acetona DAB Literatura (m2.s-1) DAB Experimental (m2.s-1) 1,1 x 10-5 9,8 x 10-6 Calculou-se então o desvio percentual em relação ao valor encontrado no experimento e o encontrado na literatura, resultados apresentados na Tabela 4 abaixo: Tabela 4: Desvio percentual do valor experimental em comparação ao encontrado na literatura. Desvio Experimental (%) 10,9090 Analisando o dado da Tabela 3 verificou-se o resultado obtido foi satisfatório, entretanto, considerando que o desvio está acima de 10% podemos constatar que o mesmo por ter sido influenciado por erros experimentais durante a prática, podendo estar relacionado à erro de medição de temperatura, verificação da quantidade de acetona que evaporou, entre outros. 8 4. REFERÊNCIA: PERRY, Robert H; GREEN, Don W; MALONEY, James O. Perry's chemical engineer's handbook. 7. ed. New York: McGraw-Hill, 1997. INCROPERA, Frank P. Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa. Rio de Janeiro: LTC, 1992. KREITH, Frank. Princípios da Transmissão de Calor. São Paulo: Thomson Learning, 2007.
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