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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE TECNOLOGIA ENGENHARIA QUÍMICA Anna Clara Lopes, Gabriela Del Campo, Gabriela Paranha, Maria Regina Magalhães e Natalia Fendler. RELATÓRIO SEMANAL DE TRANSFERÊNCIA DE MASSA POR DIFUSÃO - CÉLULA DE STEFAN RESENDE 2022 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 3 1.2 OBJETIVO 3 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3 3 MATERIAIS 5 4 METODOLOGIA 5 4.1 PROCEDIMENTOS 6 4.2 TRATAMENTO DE DADOS 6 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 6 6 CONCLUSÃO 11 7 REFERÊNCIAS 12 https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.30j0zll https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.1fob9te https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.3znysh7 https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.3dy6vkm https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.1t3h5sf https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.4d34og8 https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.2s8eyo1 https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.17dp8vu https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.26in1rg https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.3o7alnk https://docs.google.com/document/d/19WwYAUTKFOu4o_h-uO6QvJPJ_LRyPtcu/edit#heading=h.23ckvvd 1. INTRODUÇÃO 1.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS Se diz transferência de massa o transporte de um componente de uma região de alta concentração para outra de baixa concentração, de modo a minimizar as diferenças do sistema, podendo ocorrer por difusão molecular. Caracterizado pela grandeza de difusividade mássica, entendida como a velocidade que uma espécie se difunde em outra, podendo ser chamada também de coeficiente de difusão, o conhecimento sobre este mecanismo é de extrema importância, visto que na indústria vários processos envolvem gradiente de concentração. 1.2. OBJETIVOS Este relatório tem como objetivo determinar o coeficiente de difusão por meio da equação de Chapman-Enskog e discutir a diferença entre o coeficiente de difusão obtido pelo ajuste dos dados experimentais, o calculado teoricamente a partir da equação de Chapman-Enskog e o tabelado na literatura. 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Para ilustrar a difusividade entre dois gases, considerando uma câmara na qual duas espécies de gás, à mesma temperatura e pressão encontram-se separadas por uma partição. Se a partição for removida, as espécies serão transportadas por difusão. Uma maior concentração significa mais moléculas por unidade de volume e a concentração da espécie A decresce com o aumento de x. Uma vez que a difusão de massa é na direção do decréscimo de concentração, ocorre o transporte líquido da espécie E para a direita e da espécie B para a esquerda. Após um tempo suficiente, concentrações uniformes de B e A são alcançadas e não há transporte líquido das espécies B e A através do plano imaginário. Figura 1- Ilustração da difusão de dois gases Uma vez que a transferência de massa é altamente influenciada pelo espaçamento molecular, a difusão ocorre mais facilmente em gases do que em líquidos e mais facilmente em líquidos do que em sólidos. Em outras palavras, a magnitude da difusividade mássica para líquidos ou gases em sólidos é menor do que a difusividade mássica para gases em líquidos. Estas diferenças são devido à mobilidade das moléculas. De acordo com a Lei de Fick: Já a determinação do coeficiente de difusividade pode ser realizada por meio do Experimento de Stefan, o qual consiste em preencher um tubo capilar (diâmetro muito inferior ao comprimento) com um líquido volátil puro (A) com orientação unidimensional (direção axial) e fixar o mesmo, verticalmente, num local onde haja constante renovação de ar (B) e a temperatura possa ser considerada constante (CUNNINGHAM et al., 1980). Figura 2 – Ilustração da célula de Stefan Para a célula de Stefan, algumas considerações podem ser feitas para simplificação do problema: • Regime pseudo-estacionário. Logo (dCA⁄dt) = 0; • Não acontece reação química pois refere-se somente da difusão de dimetil-éter em ar e não existe decomposição de nenhuma das espécies; • A temperatura e a pressão são mantidas constantes e a mistura gasosa se comporta como ideal; • Propriedades constantes: massa específica e difusividade; • O fluxo de massa acontece apenas na direção do eixo z devido ao pequeno raio em relação à altura da célula; • Efeito da parede desprezível; • Sistema Binário. 3. MATERIAIS Os materiais utilizados para o desenvolvimento do experimento foram: • Célula de Stephan; • Termômetro • Cronômetro • Dietil-éter • Seringa hipodérmica 4. METODOLOGIA 4.1 Procedimento Inicialmente, a célula foi preenchida com uma solução de dietil-éter até 2 cm abaixo da borda superior utilizando a seringa hipodérmica. Esperou-se 5 minutos, com a finalidade do sistema alcançar o regime pseudo-permanente. Transcorrido os 5 minutos, iniciou-se uma nova contagem de tempo e a cada milímetro de líquido evaporado, foi anotado o tempo referente à altura do líquido na parede da célula. A temperatura e a pressão ambiente foram medidas no momento do experimento. O procedimento é repetido para o clorofórmio. 4.2 Tratamento de dados O coeficiente de difusividade também pode ser determinado por equações empíricas, tais como a equação de Chapman-Enskog apresentada abaixo que foi utilizada para o desenvolvimento dos cálculos experimentais: A distância limite de colisão é determinada por: O diâmetro de colisão é dado por: A integral de colisão é obtida pela expressão abaixo, A temperatura reduzida pode ser obtida da seguinte forma: A equação para determinação da razão da energia máxima de atração pela constante de Boltzmann (κ) é dada a seguir: Para o desenvolvimento do cálculo teórico, a determinação do volume de Fuller, Schetter e Giddings é obtido de forma análoga, porém iremos considerar que o diâmetro é o somatório da raiz cúbica do volume de cada espécie através da expressão abaixo: 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES Iniciamos os cálculos, a partir do Dietil-éter, foram fornecidos os dados e os mesmos foram inseridos de acordo com a tabela a seguir, através do excel. Foram realizadas duas tabelas, a primeira contém os dados gerais, já a segunda contém os dados experimentais do dietil-éter. Tabela 1: Dados gerais conhecidos. Tabela 2: Dados dietil-éter Utilizando o tempo(s), L² e a diferença do L inicial e final, encontrados na tabela 2, o gráfico foi plotado a fim de se obter o valor de alfa , que é o parâmetro referente a equação de cálculo de DAB. Obtemos o valor de alfa= 0,0012 . Os coeficientes da equação de Antoine foram retirados do da literatura, do banco de dados de Dortmund à temperatura do experimento que foi de 29ºC. Após todos esses dados em mãos foi possível determinar a pressão de vapor de dietil-éter pela pela equação de Antoine. Segue abaixo o gráfico com o valor de alfa utilizado e o valor da pressão de vapor obtida. Gráfico 1: Comprimento² X Tempo. Tabela 3: Pressão de vapor Para encontrarmos o valor do DAB experimental, utilizamos os dados da massa molar, massa específica, temperatura e da constante dos gases. Tabela 4: Valor de DAB_experimental Para calcularmos o primeiro coeficiente de difusão pela equação de Chapman-Enskog foi necessário calcular os parâmetros da equação, de acordo com a tabela a seguir. Já os valores teóricos foram obtidos na literatura no livro Cremasco. Tabela 5: Volume de Le Bass Tabela 6: Parâmetros da equação de Chapman-Enskog O coeficiente de difusão encontrado foi de DAB. Já o valor do coeficiente teórico foi retirado da literatura, porém na mesma este coeficiente é fornecido a uma temperatura em kelvin de 293K , por isso utilizamos a correlação de Chapman-Enskoge Wilke Lee, para fazermos o ajuste, para a temperatura do experimento de 302,15K. O resultado encontrado foi de DAB_teórico = 0,084585932 cm2/s. Após obter todos esses dados acima listados, fizemos o cálculo do erro entre o valor experimental e os dois valores teóricos. Podemos analisar que o experimento ocorreu corretamente para a determinação do coeficiente de difusividade do dietil-éter em ar. O erro entre o experimental e o da literatura foi pequeno, ou seja, não há erros significativos associados. E o valor teórico obtido através da correlação de Chapman-Enskog também foi aceitável. Tabela 7: Erros Podemos atribuir essa pequena diferença nos valor dos erros, de arredondamento, aproximações, ou ajustes feitos nas equações, principalmente na linearizada, que mesmo tendo um coeficiente de correlação alto, não foi 1. Não podemos esquecer dos erros de execução do próprio experimento também. Agora para finalizarmos os cálculos, fizemos os relacionados ao Clorofórmio. Inicialmente fizemos os cálculos do quadrado da posição de interface e o quadrado da diferença, de acordo com a seguinte tabela. Tabela 8: Tabela com dados da diferença de interface. Após isso, foi plotado o gráfico para obtermos o valor do coeficiente angular, que nos ajudará no cálculo do coeficiente de difusão experimental. Gráfico 2: Comprimento x Tempo para o Clorofórmio. Em seguida encontramos os valores das constantes de Antoine que foram retirados do banco de dados de Dortmund na temperatura de operação do sistema, para assim podermos calcular a pressão de vapor do clorofórmio. Tabela 9: Tabela das constantes de Antoine e pressão de vapor do clorofórmio. Agora, com os dados calculados anteriormente, foi possível calcular o coeficiente de difusão experimental do Clorofórmio a partir do seguinte modelo matemático. Já para o cálculo do valor teórico utilizamos o Perry's chemical engineer's platinum edition Perry's chemical engineers' handbook, neste handbook foi possível encontrar o valor do coeficiente de difusão teórico de 0,091 a 0°C. Foi necessário utilizarmos a correlação de Fuller, Schetter e Giddings, descrita abaixo, para o ajuste da temperatura utilizada no experimento, e assim achar o valor de DAB teórico para a temperatura do experimento. Posteriormente, fizemos os cálculos do erro experimental, pela seguinte equação, e foi encontrado o valor de 39,82 %. 6. CONCLUSÃO A partir da metodologia e procedimento usado, foi possível realizar os cálculos dos coeficientes de difusão para o dietil-éter e para o clorofórmio utilizando a variação de altura ao decorrer do tempo. Fazendo comparação do resultado que foi encontrado experimentalmente com o teórico, utilizando as devidas correlações teóricas, foi possível observar uma diferença, entretanto, o método empregado se mostrou eficaz para estimar a ordem de grandeza do coeficiente de difusividade. Em relação ao erro associado obtido, em relação ao experimental comparado com o teórico pode ter relação com alguns fatores como por exemplo: não atendimento das considerações teóricas durante a execução do experimento, como por exemplo, qualquer variação de temperatura, pressão ou fluxo de ar que possa ter ocorrido e não tenha sido medida; divergência da temperatura de referência utilizada para o cálculo experimental e o obtido na literatura; erro de medição do operador e possíveis forças resistivas que devem ter ocorrido durante o experimento, que não deveriam ser consideradas durante os cálculos de acordo com a lei de Fick. 7. REFERÊNCIA WELTY, J.R; WICKS, C.E; WILSON, R.E. Fundamentals of momentum, heat, and mass transfer. 5 Ed. New York: J ohn Wiley e Sons, 1984. An improved method to measure the rate of vaporisation and thermal decomposition of high boiling organic and ionic liquids by thermogravimetrical analysis - 2010 - Physical Chemistry Chemical Physics 12(38):12089-100 DOI: 10.1039/c0cp00097c Prediction of binary gas diffusivities. Acesso em: 28/03/2022 Disponível em: <http://websites.umich.edu/~elements/course/lectures/eleven/exam4.htm> CREMASCO, Marco Aurélio, Fundamentos de transferência de massa, 3. ed. São Paulo: Blucher, 2015, p. 460. https://www.researchgate.net/journal/Physical-Chemistry-Chemical-Physics-1463-9084 https://www.researchgate.net/journal/Physical-Chemistry-Chemical-Physics-1463-9084 http://dx.doi.org/10.1039/c0cp00097c http://websites.umich.edu/~elements/course/lectures/eleven/exam4.htm
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