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A Evolução da Democracia

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A DEMOCRACIA
 Historicamente é na Grécia antiga que a semente da democracia começou. Ali que se tem o registro da democracia direta, onde os cidadãos reuniam-se em praças públicas para votar e estabelecer leis para a sociedade. Porém, alguns estudiosos não admitem que naqueles tempos realmente existiu uma democracia, isso porque quem participava desse "parlamento" eram os cidadãos gregos que por sua vez eram algo em torno de 10% da população, excluindo idosos, mulheres, jovens com menos de 20 anos, estrangeiros e escravos.
 Clístenes, político grego, que vem da aristocracia ateniense, liderou uma verdadeira revolução popular. Foi o responsável direto por reformas políticas que ampliaram a participação política da população ateniense bem como os direitos dos menos favorecidos. Com isso a resistência dos poderosos aumentou, a insatisfação foi um fortalecedor para as restrições do primeiro “modelo” da democracia direta.
 Com as mudanças mundiais a democracia passou a não “se encaixar” naquele mundo e permaneceu adormecida por vários anos, aparecendo em minúcias governamentais e ressurgindo no século XVIII, alimentada por diversas insatisfações populares, burguesas e inspirada pelo Iluminismo. Nesse período em que a democracia se difundiu com um espírito igualitário por diversas nações pelo mundo, provocando movimentos de independência.
 Em 1948, com o Tratado Internacional “A Declaração Universal dos Direitos Humanos”, que se buscou estabelecer parâmetros que caracterizavam a democracia em uma nação, através do artigo XXI:
I) Todo homem tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. (...)
II) A vontade do povo será a base da autoridade do governo, esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
 Os caminhos que essa forma de governo foram debatidas, por muitos e muitos anos, se procurou alcançar a íntegra de seus conceitos ou ideias, o que na verdade parecia impossível. Hoje podemos classificar a democracia em três formas: direta, semidireta e representativa.
 Na democracia direta a participação popular se dá por completa em todos os âmbitos da gestão pública, por isso, tal modelo só foi visto na Grécia antiga. Embora seja o modelo mais adequado aos conceitos puros, ele é dito como inviável, pois nos dias de hoje o cidadão passa a maior parte de seu tempo trabalhando ou consumindo e em seus momentos de lazer também. Outro impecilho é o fato de o mundo com suas cidades estarem com um número de pessoas muito maior que antigamente na Grécia antiga, isso por si só já seria um grande desafio. Outro motivo que poderia atrapalhar seriam as ideias liberais do capitalismo.
Na democracia semidireta surge então o modelo que tenta alcançar uma participação popular política na gestão do Estado, como essa modalidade implica na gestão por intermédio de representantes políticos ela fere os preceitos da democracia direta e se utiliza de instrumentos de participação e decisão popular como:
-Referendo 
-Plebiscito,
-Recall,
-Orçamento participativo,
 Esses são apenas alguns instrumentos que ampliam a participação popular, mas existem outros que garantem não só participação mas o poder de opinar, são eles: 
- Iniciativa popular, 
- Consultas públicas,
- Audiências públicas, 
- Formação de Conselhos na Administração Pública e ETC.
 Na democracia representativa os cidadãos apenas elegem seus representantes políticos que pertençam ou não a partidos políticos e exercem seus mandatos tomando decisões que respeitem a vontade popular e as normas jurídicas.
 Fato é, que apesar da democracia apresentar flexões que maculam seus preceitos mais primitivos, ora até camuflam seus pressupostos mais valoroso, ela ainda é a melhor forma de se governar um país. Entretanto é vital a participação permanente, responsável e consciente de cada um. É necessário que o olhar não seja exclusivo no voto, mas antes dele e após ele.
 Foi Robert Alan Dhal, que caracterizou o que realmente seria um Estado democrático: tem que ter liberdade para se formar e aderir à organizações, ter liberdade de expressão, direito de voto, elegibilidade para cargos políticos, os líderes políticos tem direito de conquistar apoio, ter garantia de acesso a fontes alternativas de informação, e eleições e instituições livres. É de grande importância que se busque sempre o aprimoramento e afaste-se de retrocessos que venham a prejudicar as conquistas tão sofridas de direitos políticos, civis e sociais já alcançados.
ALUNO: Alex Wanderley Mendonça de Oliveira
MATRÍCULA: 2020102354

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