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A Desigualdade na Cobrança de Impostos no Brasil

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No texto estriado do livro “ O livro da economia”, Ed, Globo, 2013, mas precisamente das páginas 64-35, 271-272 podemos observar o conflito entre os dois temas expostos em tela, primeiro criar impostos justo e eficientes, segundo impostos menor pode significa receita maior, um trata do setor público enquanto o outro trata das tributações.
 A questão tributária deve ser vista pela ótica da necessidade do estado soberano de se manter. No brasil predomina o entendimento majoritário da doutrina que adotou a teoria tripartite, onde os tributos são divididos em impostos, taxas e contribuições de melhoria, há também parte da doutrina que aceita a existência de outra espécie tributaria autônoma como os empréstimos compulsórios. 
 O imposto é a espécie tributaria mais conhecida, pois de fato está presente na nossa vida em todas suas nuances. O imposto está incutido na circulação de bens e serviços, como é o caso do ICMS, na construção de imóveis como é os casos do IPTU, na transmissão de bens imóveis como é o caso do ITBI e em várias outras situações. 
 O art. 3 do Código Nacional Tributário assevera que: tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
 O imposto deve seguir o princípio da proporcionalidade e da razoabilidade, que são princípios que norteiam a atividade administrativa vinculada, no entanto o que acontece no Brasil e em vários países em desenvolvimento é a desigualdade na cobrança, pois quem arca na maioria das vezes com a maior parcela da arrecadação é a classe média e pobre. 
 Isso cria inúmeros problemas, pois como o imposto é cobrado de forma desigual e recai principalmente sobre a classe média e pobre o valor para empreender é elevadíssimo, isso implica na criação de poucas empresas e consequentemente poucos empregos. Na constituição o legislador originário criou a possibilidade de que haja cobrança sobre grandes fortunas, porém isso nunca foi regulamentado e os ricos e grandes conglomerados econômicos são os que menos arcam. 
 O pior não é a arrecadação exorbitante, pois em tese o imposto é para custear escolas, hospitais e estradas, e o que de fato vemos é um total descaso com esses setores, isso acontece por conta da corrupção. O modelo ideal de cobrança tributaria deveria fornecer incentivos maiores para microempresários e empresas de pequeno porte para que assim gerasse mais empregos e naturalmente aumentasse o consumo, fazendo circular renda. Agora num pais que cobra muito imposto da classe média e pobre, que não fornece incentivos ao empreendedorismo e que ainda tem corrupção o sistema entra em colapso e é fadado ao fracasso.

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