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RESENHA REFORMA TRIBUTÁRIA

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RESENHA SOBRE A REFORMA TRIBUTÁRIA
 
 
 
 
 
 
 
ANDERSON DIAS DA SILVA 
20191104966 
CARLOS EDUARDO ANNECHINO MOREIRA MIGUEL
DIREITO TRIBUTARIO II
 
 
 
RESENHA SOBRE A REFORMA TRIBUTÁRIA 
ANDERSON DIAS DA SILVA 
CARLOS EDUARDO ANNECHINO MOREIRA MIGUEL 
DIREITO TRIBUTARIO II 
 
 
 
 
1. Introdução 
Este país comprovadamente vem a ser um dos piores quando se considera o 
pagamento e distribuição dos impostos, desde que o é vendido e até ao que consumido. 
Siglas como ICMS,ISS,IPI,PIS,CONFINS faz parte do dia dos brasileiros, desde o 
cidadão mais humilde financeiramente até o pertencente da casta mais alta sociedade. O 
cidadão no Brasil que recebe um salário mínimo trabalha 3 meses a mais para arcar com 
os tributos, e a sua carga é de 37% comparado a 17% dos mais afortunados. 
 Entende-se que a função do sistema tributário é antes de tudo arrecadar recursos 
para custear atividades como educação, saúde, moradia, saneamento. Também podendo 
ser utilizado para distribuição de renda, eliminar desigualdades entre pessoas e regiões, 
proteger a economia e estimular atividades produtivas. É importante pontuar algumas 
questões que trazem à luz a injustiça tributária brasileira comparada a outros países na 
mesma situação econômica ou desenvolvida, a observar cobranças pequenas e quase 
insignificante de impostos nos latifúndios, impostos sobre o patrimônio, burocracia no 
sistema, atrasando o crescimento econômico. 
Outro ponto que merece o destaque é referente aos Impostos Indiretos que são: 
ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins, citado anteriormente. O impostômetro que vem a ser um 
ícone turístico, localizado em São Paulo e que mostra bem a veracidade tributária do 
pais, constatou que em 2013 foi arrecadado 2,3 trilhões. Mais da metade dos impostos 
arrecadados no Brasil vêm de bens e serviços, que são embutidos nos preços que 
pagamos. Dessa forma a arrecadação não diferencia pobres e ricos. A tributação sobre o 
patrimônio e lucros, que traria justiça tributária por obrigar a contribuir quem de fato 
ganha mais, é baixa ou inexistente no Brasil, como por exemplo, os latifundiários, 
enquanto o IPVA e IPTU somam juntos 60 bilhões em arrecadação, o ITR não chega a 
1 bilhão de reais, mal cobrindo os custos de seu lançamento. 
2. As desigualdades sociais e regionais 
Em países desenvolvidos a tributação sobre a renda e patrimônio pode se dizer 
que ocorre de forma mais justa, correspondendo a cerca de 2/3 da arrecadação 
 
conforme dados da OCDE. Ainda segundo estudos desta organização relacionada à 
produção, além da alta contribuição tributária do setor, chegando a ser 45% da carga 
total, um enorme peso para quem se propõe a produzir, o sistema burocrático encarece e 
não estimula a inovação, além de ser antiquado e sem competitividade atrasando o 
crescimento econômico nacional. 
A questão de saber se o tributo deve ter apenas função fiscal, ou arrecadatória, 
ao papel também de ser um instrumento de intervenção no domínio econômico, é mais 
complexo. O tributo como uma função extrafiscal tende a estar inclinado a distorções e 
fraudes, ou seja, terá de ter um tratamento muito cuidadoso. Por isto há quem negue 
qualquer vantagem efetiva no uso do tributo com função extrafiscal. Existem, porém, 
situações nas quais o tributo pode funcionar como excelente instrumento de intervenção 
do Estado na atividade privada, seja para estimular comportamentos desejáveis, seja 
para propiciar a construção de uma sociedade mais justa. Seja como for, o importante na 
elaboração de um sistema tributário é a decisão de usar, ou de não usar, a função 
extrafiscal do tributo. Só essa decisão, consciente, é capaz de evitar as incongruências 
que muita vez inviabilizam a elaboração de um verdadeiro sistema tributário. 
Nossa desigualdade social é evidente e tem sido agravada pela política de juros 
altos e salários baixos. Não é preciso ser muito entendido do assunto para saber que essa 
política provoca forte concentração de renda. E no sistema tributário nada tem sido feito 
para reverter essa tendência, ou ao menos minimizá-la. 
 Além disso, o governo brasileiro “fecha os olhos” em relação aos banqueiros e 
às grandes multinacionais, que enviam dinheiro para o exterior, sem nenhuma 
contraprestação. Em um quadro onde empresas, segundo levantamento do projeto 
Doing Business2018, do Banco Mundial, gastam 1.958 horas por ano na apuração e no 
pagamento de tributos, ao passo que nos países da OCDE são consumidas, em média, 
apenas 160 horas por ano. 
Essa diferença posiciona o Brasil no 184° lugar em um ranking de 190 
economias pesquisadas e desnuda a realidade perversa e precária de quem se arrisca a 
empreender por aqui. Sob esse viés vamos aos fatos para melhorias urgentes e 
essenciais. 
 
É necessário hoje ajustar o sistema tributário brasileiro, além de simplificar o 
modelo de tributação para um melhor desenvolvimento econômico. Uma redução 
implicaria ao orçamento do governo e para isso se faz necessário gastar menos em um 
país onde empresários, principalmente os pequenos, tem o governo quase como ‘’sócio 
majoritário’’ com a alta quantidade de impostos, taxas e contribuições. 
3. O projeto de Reforma Constitucional Tributária 
Considerada prioritária pelo governo para a recuperação da economia, a reforma 
tributária está em discussão na Câmara dos Deputados e no Senado. Porém, as propostas 
analisadas pelas duas Casas são diferentes. Em linhas gerais, os textos propõem 
simplificar a cobrança de tributos com a unificação de vários impostos. 
A carga tributária, porém, seria mantida. O que muda seria a forma de cobrança, 
que passaria a ser no consumo e não na produção, além da redistribuição dos recursos 
arrecadados. No entanto, como as mudanças atingem vários setores e os impactos 
variam conforme as regiões do país, não há consenso sobre o tema entre os 
parlamentares. 
O texto que ainda tramita na Casa (PEC 45/2019) abrange cinco tributos, que 
seriam transformados em um único, que incidiria sobre o consumo e seria cobrado no 
destino. 
A proposta também prevê a criação de um imposto seletivo federal, para incidir 
sobre bens e serviços específicos cujo consumo se deseja desestimular, como cigarros e 
bebidas alcoólicas. 
3.1. Considerações Gerais 
Na elaboração de um sistema tributário minimamente ideal, cabe considerar que 
o ponto de grande importância consiste em estabelecer: 
 a) Acerca dos tributos federais, o tratamento seria diferenciado entre regiões 
desenvolvidas e regiões pobres, de sorte a viabilizar o crescimento destas; 
 b) Sobre os tributos estaduais e municipais, a possibilidade de incentivos fiscais 
destinados a empreendimentos pioneiros, para viabilizar o crescimento econômico das 
regiões mais pobres; e finalmente, 
 
c) a repartição das receitas de tributos federais, de sorte a propiciar meios financeiros 
para aqueles entes federativos mais pobres, permitindo o desenvolvimento destes e a 
redução gradativa das desigualdades regionais 
3.2. Fase de tramitação 
Já passou pela CCJ da Câmara e agora tramita em uma comissão especial 
formada por deputados. O relator espera aprovar o seu parecer em meados de outubro. 
Se aprovada na comissão especial, a proposta segue ao plenário da Câmara, onde 
precisará passar por dois turnos de votação. Depois, vai ao Senado. 
Adicionalmente, o compartilhamento de informações entre os fiscos promoverá 
maior eficiência na captação e no tratamento das informações prestadas pelos 
contribuintes. O tributo unificado é regra na União Europeia e também em alguns 
países do Mercosul, como Argentina, Paraguai e Uruguai. No caso brasileiro, o ICMS 
seria extinto, assim como o ISS (Imposto sobre Serviços), que é de competência 
municipal, e ao menos outros oito tributos federais (IPI, IOF , CSLL, PIS, Pasep, 
Cofins, Salário -Educação e Cide-Combustíveis). Então a equidade tributária vem 
também apartir do controle de gastos do governo. 
Em se tratando de reforma do sistema tributário, duas questões fundamentais 
devem ser previamente pensado, para que a partir de uma definição em torno delas se 
possa projetar um sistema tributário. Uma, a questão de saber se pretendemos um 
Estado unitário, ou uma Federação. A outra, a questão de saber se os tributos devem ter 
função meramente arrecadatória, ou se eles devem ser utilizados como instrumentos de 
intervenção no domínio econômico. E como desdobramento desta, pode ser colocada 
uma terceira questão, consistente em saber se o tributo pode funcionar como fator de 
redução das desigualdades sociais e regionais. 
4. Os objetivos da reforma 
Das alterações que conhecemos em nosso sistema tributário o resultado é sempre 
direcionado ao aumento de tributos. Algumas propostas podem ser colocadas como 
objetivos de uma reforma do sistema tributário:, dentre elas estão: 
 a) Simplificação Entendida como redução da burocracia 
 b) Redução da carga tributária 
 
Fato é que a nossa carga tributária é hoje uma das mais elevadas do mundo, 
especialmente tendo-se em conta a precariedade dos serviços públicos. Por outro lado, a 
redução da carga tributária é possível, pelo menos em tese, sem redução da receita 
pública, desde que se consiga com a reforma: 
 Estimular a atividade econômica; 
 Melhorar a produtividade na arrecadação. 
 Exoneração das exportações: 
 Redução das injustiças do sistema: 
 
 Nosso atual sistema tributário pode ser considerado injusto tanto porque incrementa 
as desigualdades sociais, como porque incrementa também as desigualdades regionais. 
No que diz respeito às desigualdades sociais é visível a injustiça do sistema na medida 
em que desconsidera o princípio da capacidade contributiva, onerando mais 
pesadamente a classe trabalhadora. E no que diz respeito às desigualdades regionais 
também é visível a injustiça do sistema na medida em que não distribui receitas 
tributárias de modo a suprir as regiões menos desenvolvidas. Pode-se apontar, ainda, 
outras injustiças em nosso sistema tributário, que consistem no albergar normas que 
permitem práticas extremamente arbitrárias. 
5. Conclusão 
Em outras palavras, nosso sistema tributário é injusto também por não albergar um 
Estatuto do Contribuinte, capaz de fazer com que a relação de tributação seja 
efetivamente uma relação jurídica. Esse Estatuto, porém, pode ser apenas referido na 
Constituição, que estabelecerá alguns elementos básicos de sua composição e atribuirá 
ao legislador complementar o dever de construí-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
MACHADO, Hugo de Brito. Reforma tributária. 2003. Disponível em: 
<http://www.hugomachado.adv.br>. Acesso em: 05 jun. 2020. 
ROBERTO, José Rodrigues Afonso. A Tributação Brasileira e o Novo Ambiente 
Econômico: A Reforma Tributária Inevitável e Urgente 
https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-
temporarias/especiais/55a-legislatura/reforma-tributaria/documentos/outros-
documentos/resumo-hauly 
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/09/02/reforma-tributaria-entenda-as-
propostas-em-discussao-no-congresso.ghtml 
https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-
html5/ReformaTributaria/index.html

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