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Comunicação Profª. Silvana Cândido Disciplina: Leitura, Interpretação e Produção Textual Sobral - 2020 O papel social da língua A língua é formada de expressões humanas por meio da qual comunicamos nossos pensamentos, emoções, intenções e conhecimentos a outros seres humanos. A maneira como nos comunicamos por meio da língua revela nossos papéis sociais e o que pensamos sobre eles, bem como os papéis que atribuímos aos demais. O papel social da língua É essencial entendermos que a língua é um importante instrumento para expressar ideias, convencer pessoas, vender produtos, veicular informações, argumentar, trocar conhecimento, conversar, revelar, ludibriar, encantar, ensinar, etc. Quando maior for o conhecimento de uma pessoa sobre como usar a língua para alcançar seus objetivos, mais facilmente ela os atingirá. Exemplos de fatores linguísticos: acento (sílaba mais forte da palavra), posição da sílaba na palavra (início, meio ou fim), consoante precedente/seguinte (para variáveis fonológicas), posição em relação ao sujeito, classe gramatical, tipo de sujeito (para variáveis sintáticas, morfológicas) e saliência fônica. Exemplos de fatores extralinguísticos: classe socioeconômica, sexo, idade, grau de escolaridade, origem geográfica, mercado de trabalho e grau de formalidade do registro (grau de monitoramento). Em nosso país, em nosso estado, em nossa cidade e em nossa escola, devemos entender as diversas variedades existentes da seguinte forma: todas são merecedoras de espaço e de respeito, possível de utilização nos momentos propícios e adequados a cada um deles. IMPORTANTE A forma como falamos nos destaca e nos insere em grupos, de acordo com o lugar em que nascemos, com nosso grau de escolaridade, com nossa idade, com nosso sexo e com o contexto em que nos encontramos nas mais diferentes situações comunicativas. Esses fatores podem ser responsáveis pelas mudanças que a língua sofre com o passar do tempo. IMPORTANTE Comunicação A comunicação está relacionada com a situação que a criou e busca, sobretudo, colocar em relação o campo da língua (suscetível de ser estudado pela linguística) e o campo da sociedade. Assim, em nossa comunicação diária, as normas da modalidade escrita nem sempre são colocadas em exercício, o que, por vezes, pode propiciar o surgimento de contingências na recepção da mensagem, embora isso não seja uma regra. Exemplo de distanciamento – nem sempre prejudicial – entre a fala e a modalidade escrita são as colocações pronominais, motivo de grandes dificuldades nas salas de aula. Veja os exemplos a seguir: Conta-me um bom caso policial! Dá-me justificativas suficientes! Em contraponto ao modelo de colocação pronominal enclítica, o uso corrente da fala inverte a posição do pronome para uma posição proclítica: Me conta um bom caso policial! Me dá justificativas suficientes! Alguns aspectos a serem considerados na escolha da forma de comunicação incluem: O que falamos/escrevemos? Com que objetivo emitimos a fala/escrita? Para quem falamos/escrevemos? Em que situação falamos/escrevemos? IMPORTANTE: É necessário investirmos no conhecimento sobre o uso eficiente da língua tanto a falada como a escrita) para que saibamos identificar e fazer bom uso das informações que recebemos, entendendo seu valor e o que elas realmente significam. Privar as pessoas de entender a riqueza da língua como fenômeno social é negar-lhes as oportunidades de usar a língua e de pensar sobre ela nas mais variadas situações sociais. IMPORTANTE: Tendo em vista sua natureza cientifica, o estudo gramatical descritivo não se preocupa em estabelecer o que é certo ou errado no nível do saber idiomático, distintamente da gramática normativa. Trata-se de uma disciplina cientifica que registra e descreve um sistema linguístico homogêneo e unitário em todos os seus aspectos (fonético-fonológico, morfossintático e léxico). Segundo um modelo teórico escolhido para descrição. Quadro 1.2 – Definição de verbo segundo duas concepções distintas da gramática Gramática Normativa Gramática Descritiva “[...] uma palavra de forma variável que exprime o que se passa, isto é um acontecimento representado no tempo.” (CUNHA; CINTRA, 2001, p. 378). “[...] (a) verbos são palavras que variam em pessoa, tempo e número; (b) somente os verbos podem desempenhar a função de núcleo do predicado/NdP. Assim, verbo é toda palavra cujo radical pode coocorrer com os sufixos de modo-tempo e pessoa-número. (PERINI, 1995, p.319) Boa Sorte!!