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URGENCIAS E EMERGÊNCIAS OFTALMOLÓGICAS Identificar se é necessário encaminhamento urgente ou não. Caso clínico 1: Paciente, 25 anos, queixa-se de “bolinha” em olho esquerdo há 4 dias. Hipótese diagnóstica: hordéolo. Tratamento: compressas mornas e massagem após compressa, 4x ao dia. Caso clínico 2: Paciente feminina, 65 anos com queixa de edema palpebral há 3 dias. Hipótese diagnóstica: celulite pré-septal (vê a porta de entrada). Tratamento: compressas mornas, massagem após compressa, cefalexina 500mg de 6/6h por 7 dias. Revisão: celulite orbitária • Infecção dos tecidos moles posteriores ao septo orbitário; • Sintomas são hiperemia ocular, dor, embaçamento visual, diplopia (abscesso dentro da órbita pode restringir o movimento ocular), edema palpebral, cefaleia; • Sinais: proptose (exoftalmia), motilidade ocular restrita, febre, defeito pupilar aferente; • Etiologias: sinusite etmoidal, infecção dentária, pós-traumática e pós-cirúrgica. • Complicações: meningite, abscesso cerebral, trombose de seio cavernoso. • Tratamento: CT em todos os casos, antibiótico EV. CASO CLÍNICO 3: Criança de 4 anos com edema e hiperemia de pálpebra inferior esquerda há 2 dias. Mãe relata lacrimejamento desse olho desde o nascimento. Mãe refere episódio prévio semelhante. Hipótese diagnóstica: dacriocistite/ infecção do saco conjuntival (lacrimal). O saco está na frente do septo, portanto, é uma celulite pré-septal. Tratamento: mesmo da celulite pré-septal, encaminhar ao oftalmologista para cirurgia após quadro agudo. CASO CLÍNICO 4: Paciente 65 anos, queixa-se de baixa visão, dor de forte intensidade e hiperemia ocular há 2 dias. Realizou cirurgia de catarata há 3 dias. Hipótese diagnóstica: endoftalmite exógena (infecção). Ver presença de epópio. Tratamento: encaminhar para oftalmologista com urgência, antibióticos intravitreo. CASO CLÍNICO 5: Paciente 54 anos, com história de olho esquerdo vermelho e sensação de areia há 5 dias. Relata acordar com olho grudado e nega baixa visão. Hipótese diagnóstica: conjuntivite viral. Tratamento: lubrificantes, compressas frias, higiene das mãos, uso único de toalhas, afastamento das atividades. CASO CLÍNICO 6: Criança de 3 anos, com quadro de olho vermelho e secreção amarelada há 3 dias. Mae relata surto na creche. Hipotese diagnóstica: conjuntivite bacteriana. Tratamento: colírio antibiótico por 7 dias, limpeza com soro fisiológico, mesmos cuidados da viral. CASO CLÍNICO 7: RN de 13 dias, com história de secreção purulenta em ambos os olhos há 2 dias. Mãe relata corrimento tratado durante o segundo trimestre da gestação. Hipótese diagnóstica: conjuntivite neonatal. Tratamento: orientar higiene com SF à 0,9%. Encaminhar para oftalmologista. CASO CLÍNICO 8: Paciente de 78 anos, dor intensa em olho direito, súbita, associada a vômitos e borramento visual. Hipótese diagnóstica: glaucoma agudo Tratamento: manitol 20% EV – 80 gotas/min, acetazolamida 250 mg, referenciar para o oftalmologista imediatamente. Não fazer em pacientes anúricos ou com PAS alterada. Revisão glaucoma agudo primário: • Unilateral; • Sintomas: dor intensa no globo ocular, que irradia para cabeça e/ou hemiface acometida, embaçamento visual, náuseas e vômitos; • Sinais: hiperemia ocular, média midríase, edema corneano; • Exame ocular mostra PIO muito elevada. CASO CLÍNICO 9: Paciente de 28 anos derramou ácido de bateria no olho. Relata dor intensa e baixa de visão. Hipótese diagnóstica: queimadura química. Tratamento: lavar (anestésico, irrigação copiosa com solução salina por pelo menos 30 minutos), nunca usar soluções para neutralizar, referenciar para oftalmologista e nunca ocluir. CASO CLÍNICO 10: Paciente de 29 anos, relata queda de fuligem no olho direito enquanto utilizava lixadeira há 3 horas. Nega baixa de visão. Hipótese diagnóstica: corpo estranho corneano. Tratamento: analgesia, referenciar para oftalmologista. CASO CLÍNICO 11: Paciente, 32 anos, relata trauma com pedra em olho enquanto trabalhava com cortador de grama. Hipótese diagnóstica: laceração corneana e corpo estranho intraocular. Tratamento: posicionar paciente em decúbito dorsal, ocluir olho com oclusor de plástico, prescrever antiemético e analgesia, atualizar vacina dupla adulto, manter em jejum, referenciar para o oftalmologista. CASO CLÍNICO 12: Paciente, 34 anos, refere mordedura de cachorro há 4 horas. Nega baixa de visão. Hipótese diagnóstica: laceração palpebral. Tratamento: atualizar vacina dupla adulto, adm antibióticos sistêmicos se houver suspeita de contaminação e/ou corpo estranho. Considerar profilaxia para raiva. Prescrever analgesia EV, manter em jejum, referenciar para oftalmologista.
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