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UNIP - Universidade Paulista _ DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos_9

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15/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Tuberculose
 
A Tuberculose continua sendo mundialmente um importante problema de saúde,
exigindo o desenvolvimento de estratégias para o seu controle, considerando
aspectos humanitários, econômicos e de saúde pública. O Brasil é um dos 22
países priorizados pela OMS que concentram 80% da carga
mundial desta doença. É importante destacar que anualmente ainda morrem 4,5
mil pessoas por tuberculose, doença curável e evitável. Em sua maioria, os óbitos
ocorrem nas regiões metropolitanas
e em unidades hospitalares. É a principal causa infecciosa de morbidade e
mortalidade mundial em adultos, matando aproximadamente dois milhões de
pessoas todos os anos. Infecção por HIV/AIDS é um fator cada vez mais
importante de predisposição para tuberculose e mortalidade em regiões do mundo
onde ambas as infecções predominam.
Tuberculose é uma infecção crônica, progressiva, com um período de latência
seguindo a infecção inicial.
Doença infecciosa e contagiosa, causada por um microrganismo denominado
Mycobacterium tuberculosis, também denominado de bacilo de Koch (BK), que se
propaga através do ar, por meio de gotículas contendo os bacilos expelidos por um
doente com TB pulmonar ao tossir, espirrar ou falar em voz alta. Quando estas
gotículas são inaladas por pessoas sadias, provocam a infecção tuberculosa e o
risco de desenvolver a doença. Pessoas com lesões cavitárias pulmonares são
especialmente infectantes. Núcleos de gotículas contendo bacilos de tuberculose
podem flutuar em correntes de ar em cômodos durante várias horas, aumentando
a chance de disseminação.
. A propagação da tuberculose está intimamente ligada às condições de vida da
população. Prolifera, como todas as doenças infecciosas, em áreas de grande
concentração humana, e sua transmissão aumenta pela exposição frequente ou
prolongada a um paciente que dispersa grande volume de bacilos da tuberculose
em espaços superlotados, fechados e pouco ventilados; assim, pessoas que vivem
em condições precárias ou em instituições apresentam mais riscos. Contudo, uma
vez iniciado um tratamento eficaz, a tosse rapidamente diminui, os
microrganismos são inativados e, dentro de semanas, a tuberculose não é mais
contagiosa.
Quando uma pessoa inala as gotículas contendo os bacilos de Koch, muitas delas
ficam no trato respiratório superior (garganta e nariz), onde a infecção é
improvável de acontecer. Contudo, quando os bacilos atingem os alvéolos a
infecção pode se iniciar.
Inicialmente, os bacilos multiplicam-se nos alvéolos e um pequeno número entra
na circulação sanguínea disseminando-se por todo o corpo. A infecção
tuberculosa, sem doença, significa que os bacilos estão no corpo da pessoa, mas o
sistema imune os está mantendo sob controle.
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As pessoas infectadas e que não estão doentes não transmitem o bacilo. Bacilos
de tuberculose inicialmente produzem uma infecção primária e raramente causam
doença aguda. A maioria das infecções primárias (95%) é assintomática e seguida
por uma fase latente (dormente). No entanto, um percentual variável de infecções
latentes posteriormente é reativado, com sinais e sintomas de doença, e, em
alguns casos, por uma doença ativa. Todos os órgãos podem ser acometidos pelo
bacilo da tuberculose, porém, ocorre mais frequentemente nos pulmões, gânglios,
pleura, rins, cérebro e ossos.
Para dar início à infecção, os bacilos da tuberculose devem ser ingeridos pelos
macrófagos alveolares. Bacilos da tuberculose que não são mortos pelos
macrófagos na verdade se replicam dentro dos macrófagos, matando-os no final;
células inflamatórias são atraídas para a área, causando pneumonite focal que
evolui para os característicos tubérculos observados na histologia. Nas semanas
iniciais da infecção, alguns macrófagos infectados são transportados para
linfonodos regionais (p. ex., hilar, mediastinal), onde acessam a corrente
sanguínea.
Em tuberculose pulmonar ativa, até mesmo em doença moderada ou grave, o
paciente pode não ter qualquer sintoma, exceto “não se sentir bem”, anorexia,
fadiga e perda de peso, desenvolvidos gradualmente por várias semanas, ou ter
sintomas mais específicos. Sintomas comuns são: tosse minimamente produtiva
de escarro amarelo ou verde ao se levantar, ficando mais produtiva com a
evolução da doença; Hemoptise só ocorre com tuberculose cavitária; A febre
baixa é comum; Suores noturnos; Dispneia.
Na radiografia de tórax, há imagens sugestivas de lesões cicatriciais; a
tuberculose pulmonar ativa pode manifestar-se sob a forma de consolidações,
cavitações, padrões intersticiais (padrão trama intersticial aspecto teia de aranha),
e derrame pleural.
Elementos para o diagnóstico da tuberculose pulmonar: Ter tido contato,
intradomiciliar ou não, com uma pessoa com tuberculose; Apresentar sintomas e
sinais sugestivos de tuberculose pulmonar tosse seca ou produtiva por três
semanas ou mais, febre vespertina, perda de peso, sudorese noturna, dor
torácica, dispneia e astenia; História de tratamento anterior para tuberculose;
Presença de fatores de risco para o desenvolvimento da TB doença (Infecção pelo
HIV, diabetes, câncer, etilismo).
O tratamento para tuberculose pulmonar é feito, basicamente, por meio de
medicamentos, assim como acontece no caso de outras infecções bacterianas. O
tratamento da tuberculose, por outro lado, é muito mais difícil e costuma demorar
mais tempo do que a duração média para outros tipos de infecções causadas por
bactérias.
O uso de antibióticos contra tuberculose deve acontecer por, pelo menos, de seis a
nove meses, dependendo do paciente. O tipo de medicamento utilizado e o tempo
exato de duração do tratamento variam de acordo com a idade, com a presença
ou ausência de outras condições de saúde, com uma possível resistência da cepa
bacteriana identificada no diagnóstico, com a forma de tuberculose (latente ou
ativa) e com os locais do corpo que foram afetados pela infecção. Os
medicamentos mais usados para o tratamento de tuberculose pulmonar são:
Androcortil; Bromidrato de Fenoterol; Betametasona; Celestone; Decadron;
Dexametasona; Leucogen; Prednisolona; Predsim e Prednisona. Em todos os
esquemas, a medicação é de uso diário e deverá ser administrada de preferência
em uma única tomada em jejum ou, em caso de intolerância digestiva, junto com
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uma refeição. Atenção especial deve ser dada ao tratamento dos grupos
considerados de alto risco de intoxicação, como pessoas com mais de 60 anos, em
mau estado geral e alcoolistas.
A vacina BCG confere poder protetor às formas graves da primoinfecção pelo M.
tuberculosis. No Brasil, a vacina BCG é prioritariamente indicada para as crianças
de 0 a 4 anos de idade, sendo obrigatória para menores de um ano, como dispõe
a Portaria n.º 452, de 6/12/76, do Ministério da Saúde. Recomenda-se a
revacinação com BCG nas crianças com idade de 10 anos, podendo esta dose ser
antecipada para os seis anos. Não há necessidade de revacinação, caso a primeira
vacinação por BCG tenha ocorrido aos seis anos de idade ou mais.
Pacientes com tuberculose pulmonar, após o fim do tratamento medicamentoso,
podem apresentar distúrbios ventilatórios como enfisema regional, atelectasias e
fibrose pleural, o que pode levar inclusive a lobectomia, toracoplasia ou
pnemectomia, reduzindo a tolerância ao exercício e levando a um declínio da
qualidade de vida.
Além do comprometimento pulmonar, o emagrecimento causado pela doença pode
levar a uma redução de massa muscular, o que pode causar redução da força
muscular respiratória.
Estudos mostram que há uma aparente melhora na tolerância ao exercício,
melhora na sensaçãode dispneia e melhora na qualidade de vida dos pacientes
que realizaram a fisioterapia. Aqueles que apresentavam distúrbios mais severos
mostraram melhora em seu status funcional após os programas de reabilitação
pulmonar.
Os exercícios respiratórios podem ensinar o paciente a controlar a respiração,
aumentar a coordenação e a eficiência dos músculos respiratórios, mobilizar a
caixa torácica e treinar técnicas de relaxamento.
Exercício 1:
Em relação à tendência de queda da incidência e da mortalidade por tuberculose
no Brasil, apesar dos indicadores animadores, números absolutos relacionados a
essa enfermidade ainda causam indignação e representam um desafio grandioso.
São mais de 70 mil casos novos, e o número de óbitos por tuberculose ultrapassa
a cifra de 4,5 mil pessoas a cada ano. Tendo o texto apresentado como referência
inicial e considerando o cenário atual da tuberculose no Brasil, assinale a opção
correta.
A)
O maior risco de adoecimento se concentra nos primeiros dois anos após a
primoinfecção, mas o período de incubação pode ser estendido por muitos anos e
até décadas.
B)
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No tratamento da infecção latente ou quimioprofilaxia secundária, a droga de
escolha é Rifampicina.
C)
Os profissionais de saúde deverão receber a vacina BCG, independentemente do
resultado da prova tuberculínica.
D)
A transmissão da tuberculose ocorre exclusivamente pela via pulmonar.
 
E)
A pesquisa bacteriológica é o método prioritário, tanto na detecção quanto no
monitoramento e na evolução do tratamento, mas não serve para documentar a
cura.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) 
B) 
Exercício 2:
A transmissão de micro-organismo por via respiratória ocorre através da
eliminação de partículas por meio da tosse, da respiração ou da fala. Estas
partículas permanecem em suspensão no ar, podendo contaminar diversos locais
e pessoas. A transmissão do Mycobacterium tuberculosis ocorre por:
A)
Contato
B)
Aerossóis
C)
Gotículas
D)
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Secreções oral e fecal.
 
E)
Autoimune
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Comentários:
A) 
B) 
Exercício 3:
Observe os sintomas abaixo.
I. Tosse seca e contínua com duração de mais de 4 semanas que, posteriormente, passa a
apresentar secreção.
II. Sudorese noturna, cansaço excessivo, palidez, falta de apetite e rouquidão.
III. Em casos mais graves, há dificuldade para respirar e eliminação de sangue ao tossir.
É correto afirmar que esses sintomas são característicos de:
A)
Difteria
B)
Meningite
C)
Pneumonia
D)
Tuberculose
 
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E)
Lúpus
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D)

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