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FCR – FACULDADE CÂNDIDO RONDON PROVA PARCIAL I Instruções: CURSO: Direito TURMA: 10º Noturno DISCIPLINA: Direito Processual Constitucional DOCENTE: Liamar Meira de Arruda ACADÊMICO (A): Ellen Jordania Valor da Avaliação: 10,0 (dez) DATA: 10/09/2019. Nota Obtida: 1. Confira se esta prova contém cinco questões objetivas e cinco questões discursivas 2. Peso da prova para o bimestre (10,0 pontos). 3. As questões OBJETIVAS devem ser respondidas no gabarito apresentado nesta folha de rosto. 4. As respostas das questões DISCURSIVAS devem estar desenvolvidas na folha da própria questão; 5. Responda as questões utilizando caneta azul ou preta. 6. Durante a realização da prova, não será permitida a utilização de telefones celulares. Mantenha-os desligados durante este período. 7. Qualquer rasura na área de resposta anulará a questão. 8. Só é permitida a saída após decorridos 30 minutos do início da prova. 9. Esta prova é individual. 10. São vedados: qualquer tipo de comunicação entre as pessoas presentes na sala ou fora dela; qualquer troca de material entre os presentes; utilização de aparelhos celulares, notebooks, netbooks, ultrAbooks, TAblets ou qualquer outro da mesma espécie; quaisquer aparelhos de radiofrequência. BOA PROVA! GABARITO QUESTÃO 01 - (1.0 PONTO) A ideia segundo a qual todos os juízes de qualquer posição hierárquica estão em condições de revisar os atos dos demais órgãos constitucionais, para verificar se estão ajustados ao preceituado pela lei fundamental, a) trata de violação do princípio da separação de poderes e consequente impossibilidade material de validade de tal decisão assim emitida. b) expressa a forma de controle difuso de constitucionalidade, aceita em nosso sistema constitucional. c) corresponde à manifestação de técnica judicial denominada de “jurisprudência dos valores" e apenas é correta em relação ao Supremo Tribunal Federal. d) está limitada aos juízes dos Tribunais Superiores em julgamento específico de ação constitucional típica. e) acha-se condicionada às hipóteses em que não houve prévio controle político de constitucionalidade pelo órgão de origem da norma ou ato. QUESTÃO 02 - (1,0 PONTO) A respeito do controle de constitucionalidade, analise as seguintes afirmativas. QUESTÃO 1 [ a ] [ b ] [ c ] [ d ] 2 [ a ] [ b ] [ c ] [ d ] 3 [ a ] [ b ] [ c ] [ d ] 4 [ a ] [ b ] [ c ] [ d ] 5 [ a ] [ b ] [ c ] [ d ] FCR – FACULDADE CÂNDIDO RONDON PROVA PARCIAL I I. O Supremo Tribunal Federal reconhece a legitimidade da ação civil pública como instrumento idôneo de fiscalização incidental de constitucionalidade, pela via difusa, de quaisquer leis ou atos do Poder Público, mesmo quando a controvérsia constitucional se identificar com o objeto único da demanda. II. A tutela jurisdicional de situações individuais, uma vez suscitada a controvérsia de índole constitucional, há de ser obtida na via do controle difuso de constitucionalidade, que, diante de um caso concreto, revela-se acessível a qualquer pessoa que disponha de interesse e legitimidade. III. Os atos normativos ministeriais que afrontarem a Constituição da República podem ser objeto de controle difuso de constitucionalidade. IV. O ajuizamento da ação declaratória de constitucionalidade, que faz instaurar processo objetivo de controle normativo abstrato, supõe a existência de efetiva controvérsia judicial em torno da legitimidade constitucional de determinada lei ou ato normativo federal. a) I e II, apenas. b) II e IV, apenas. c) I e III, apenas. d) II e III, apenas. QUESTÃO 03 - (1,0 PONTO) A respeito dos modelos difuso e concentrado de controle de constitucionalidade, ambos encampados pelo sistema constitucional brasileiro, é correto afirmar que o controle: a) concentrado é realizado pelo Supremo Tribunal Federal e pelos Tribunais de Justiça dos Estados; b) difuso pode ser realizado por qualquer órgão jurisdicional, com exceção do Supremo Tribunal Federal; c) concentrado é realizado exclusivamente pelo Supremo Tribunal Federal; d) difuso somente pode ser realizado pelos tribunais, observada a reserva de plenário, não pelos juízes de direito; QUESTÃO 04 – (1,0 PONTO) Ao julgar determinado recurso de apelação, uma Câmara Cível do Tribunal de Justiça entendeu que a norma estadual que embasava a pretensão do autor destoava da Constituição Federal. À luz da sistemática constitucional vigente, é correto afirmar que a Câmara Cível deveria: a) realizar o controle difuso de constitucionalidade e declarar, com eficácia para o caso concreto, a inconstitucionalidade da norma estadual; FCR – FACULDADE CÂNDIDO RONDON PROVA PARCIAL I b) encaminhar os autos ao Tribunal Pleno para que este, realizando o controle concentrado, decida sobre a constitucionalidade, ou não, da norma estadual; c) realizar o controle concentrado de constitucionalidade e declarar, com eficácia ergA Omnes, a inconstitucionalidade da norma estadual; d) encaminhar os autos ao Tribunal Pleno para que este, realizando o controle difuso, decida sobre a constitucionalidade, ou não, da norma estadual. QUESTÃO 05 – (1,0 PONTO) Com base na disciplina constitucional, legal e jurisprudencial do controle de constitucionalidade, assinale a opção correta. a) De acordo com a jurisprudência dominante do STF, não é possível, em sede de ação civil pública, a declaração incidental de inconstitucionalidade de norma, mesmo que seja prejudicial meramente ao pedido inicial. b) É possível o ajuizamento de ação declaratória de inconstitucionalidade, junto ao STF, contra lei distrital editada no exercício da competência legislativa privativa atribuída pela CF aos municípios e ao Distrito Federal. c) Lei estadual que dispuser sobre matérias atinentes a trânsito e transporte padecerá inconstitucionalidade formal, por ser essa matéria de competência legislativa privativa da União. d) A CF, de modo semelhante às modernas constituições europeias, estabeleceu sistema de controle concentrado de constitucionalidade, de competência do STF, mas não adotou o sistema de controle difuso de constitucionalidade. QUESTÃO 06 – (1,0 PONTO) O Partido Político Justiceiro, que possui três deputados federais e dois senadores em seus quadros, preocupado com a efetiva regulamentação das normas constitucionais, com a morosidade do Congresso Nacional e com a adequada proteção à saúde do trabalhador, pretende ajuizar, em nome do partido, a medida judicial objetiva apropriada, visando à regulamentação do Art. 7º, inciso XXIII, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. O partido informa, por fim, que não se pode compactuar com desrespeito à Constituição da República por mais de 28 anos. Considerando a narrativa acima descrita: A) indique qual a peça processual judicial objetiva adequada. Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão, instrumento de controle abstrato que visava à declaração da omissão do Poder Legislativo na regulamentação do Art. 7º, inciso XXIII, da CRFB/88. B) Para essa situação há necessidade de comprovação de pertinência temática? Legitimidade Ativa - A legitimidade ativa do partido político para a propositura da presente encontra assento no Art. 103, inciso VIII, da CRFB/88; da Competência Originária – Na forma do Art. 102, inciso I, a, da CRFB/88, é de competência originária do STF o processamento e julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão; do Cabimento da Ação – Eficácia limitada do Art. 7º, inciso XXIII, da CRFB/1988 e a sua necessária regulamentação. C) Quais os efeitos da decisão que julgar procedente a ação adequada no caso? FCR – FACULDADE CÂNDIDO RONDON PROVA PARCIAL I Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto no art. 22, da Lei n.º 9.868/99 será dada ciência ao Poder competentepara a adoção das providências necessárias. QUESTÃO 07 – (1,0 PONTO) Durante a tramitação de determinado projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo, importantes juristas questionaram a constitucionalidade de diversos dispositivos nele inseridos. Apesar dessa controvérsia doutrinária, o projeto encaminhado ao Congresso Nacional foi aprovado, seguindo-se a sanção, a promulgação e a publicação. Sabendo que a lei seria alvo de ataques perante o Poder Judiciário em sede de controle difuso de constitucionalidade, o Presidente da República resolveu ajuizar, logo no primeiro dia de vigência, uma Ação Declaratória de Constitucionalidade. Diante da narrativa acima, responda aos itens a seguir. A) É cabível a propositura da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nesse caso? Não. Não caberia a ADC por falta de comprovação de relevante controvérsia perante juízes e tribunais a respeito da constitucionalidade da lei. A controvérsia existente no âmbito da doutrina não torna possível o ajuizamento da ADC. Com efeito, é de se presumir que, no primeiro dia de vigência da lei, não houve ainda tempo hábil para a formação de relevante controvérsia judicial, isto é, não haveria decisões conflitantes de tribunais e juízos monocráticos espalhados pelo País. É a própria dicção do Art. 14, III, da Lei nº 9.868/99 que estabelece a necessidade de comprovação da relevante controvérsia judicial, não sendo, por conseguinte, o momento exato de se manejar a ADC. B) Em sede de Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), é cabível a propositura de medida cautelar perante o Supremo Tribunal Federal? Sim. Nos termos do Art. 21, caput, da Lei nº 9868/99, os efeitos da medida cautelar, em sede de ADC, serão decididos pelo Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros. Tais efeitos, de natureza vinculante, serão erga omnes e ex nunc, consistindo na determinação de que juízes e Tribunais suspendam o julgamento dos processos pendentes que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo que, de qualquer maneira, há de se verificar no prazo de cento e oitenta dias, nos termos do Art. 21, parágrafo único, da referida lei. C) Quais seriam os efeitos da decisão do STF no âmbito dessa medida cautelar? A concessão da medida liminar serviria para determinar que juízes e tribunais do país não pudessem afastar a incidência de qualquer dos preceitos da Lei nos casos concretos, evitando, desde logo, decisões conflitantes. Pode o STF, por maioria absoluta de seus membros, conceder a medida cautelar, com efeitos ex tunc. FCR – FACULDADE CÂNDIDO RONDON PROVA PARCIAL I QUESTÃO 08 – (1,0 PONTO) Da decisão que julgar procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão contra omissão do Poder Legislativo é possível que o Poder Judiciário determine prazo para que ele elabore a lei omissa? (fundamente sua resposta). Art. 103, § 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. ____________________________________________________________________________________________________________ QUESTÃO 09 – (1,0 PONTO) O que consiste a “inconstitucionalidade por arrastamento” da norma? “Pela referida teoria da inconstitucionalidade por ‘arrastamento’ ou ‘atração’ ou ‘inconstitucionalidade consequente de preceitos não impugnados’, se em determinado processo de controle concentrado de constitucionalidade for julgada inconstitucional a norma principal, em futuro processo, outra norma dependente daquela que foi declarada inconstitucional em processo anterior – tendo em vista a relação de instrumentalidade que entre elas existe – também estará eivada de vício de inconstitucionalidade ‘consequente’, ou por ‘arrastamento’ ou ‘atração’. (LENZA, 2006. Página 130)”. Concluo que, pela possibilidade de reconhecimento da inconstitucionalidade de dispositivo não impugnado diretamente na petição inicial, fenômeno denominado inconstitucionalidade por arrastamento. QUESTÃO 10 – (1,0 PONTO) O STF classifica a legitimação ativa para realizar o controle de constitucionalidade concentrado prevista no artigo 103 da CF/88 em legitimados universais e legitimados especiais (interessados). Indique quais são os legitimados ativos especiais (interessados). Mesa de Assembleia Legislativa e da Câmara Legislativa do Distrito Federal, pelo Governador de Estado e do Distrito Federal e pelas confederações sindicais e entidades de classe de âmbito nacional.
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