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O Hotel Internacional celebrou contrato de empréstimo com o banco Crédito Fácil S/A, no valor de R$ 500.000,00 para capital de giro. Impossibilitado de arcar com as prestações do empréstimo, devido aos juros cobrados pelo Banco, propôs ação de revisão contratual, invocando em seu favor as normas do CDC e sua vulnerabilidade econômica face ao credor. No caso, é correto afirmar: a) não se aplica o CDC por não ser a autora (Hotel) consumidora; b) aplica-se o CDC por ser a autora (Hotel) consumidora; c) o entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça para a espécie é o da corrente subjetiva ou maximalista; d) aplica-se o CDC porque a pessoa jurídica foi expressamente incluída no conceito legal de consumidor; O Banco XYZ, com objetivo de aumentar sua clientela, enviou proposta de abertura de conta corrente com cartão de crédito para diversos estudantes universitários. Ocorre que, por desatenção de um dos encarregados pela instituição financeira da entrega das propostas, o conteúdo da proposta encaminhada para a estudante Bruna, de dezoito anos, foi furtado. O cartão de crédito foi utilizado indevidamente por terceiro, sendo Bruna surpreendida com boletos e ligações de cobrança por compras que não realizou. O episódio culminou com posterior inclusão do seu nome em um cadastro negativo de restrições ao crédito. Bruna nunca solicitou o envio do cartão ou da proposta de abertura de conta, e sequer celebrou contrato com o Banco XYZ, mas tem dúvidas acerca de eventual direito à indenização. Na qualidade de Advogado, diante do caso concreto, assinale a afirmativa correta. Prezado (a) Aluno(a), Você fará agora seu TESTE DE CONHECIMENTO! Lembre-se que este exercício é opcional, mas não valerá ponto para sua avaliação. O mesmo será composto de questões de múltipla escolha. Após responde cada questão, você terá acesso ao gabarito comentado e/ou à explicação da mesma. Aproveite para se familiarizar com este modelo de questões que será usado na sua AV e AVS. 1. Não se aplica a letra B por não haver vulnerabilidade entre Banco e o Hotel. Por isso a pessoa jurídica só é considerada consumidora quando comprovadamente é vulnerável. Não se aplica a letra C, pois, A corrente finalista atenuada é a adotada pelo STJ. (REsp 684.613). Não se aplica a letra D, pois embora o CDC incluas a pessoa jurídica foi expressamente em seu no conceito legal de consumidor, para ser considerado consumidor é necessário que se seja comprovadamente é vulnerável. Consumo intermediário, de regra, não se enquadra na relação jurídica de consumo. Por isso a pessoa jurídica só é considerada consumidora quando comprovadamente é vulnerável. A corrente finalista atenuada é a adotada pelo STJ. (REsp 684.613). Explicação: A corrente finalista afirma ser o destinatário final aquele que retira o produto do mercado e dá a ele uma destinação final de uso, isto é, o consome na cadeia produtiva. É uma noção subjetiva de consumidor, pois aqui o sujeito da relação é fundamental. Enquadra-se nesta definição o destinatário fático e econômico da cadeia, ou seja, o produto ou serviço é consumido para uso próprio e não é destinado a qualquer outro beneficiamento posterior. A teoria finalista pura retira do conceito de consumidor a relação existente entre dois profissionais, excluindo a pessoa jurídica. 2. A conduta adotada pelo Banco XYZ é prática abusiva à luz do Código do Consumidor, mas como Bruna não é consumidora, haja vista a ausência de vínculo contratual, deverá se utilizar das regras do Código Civil para fins de eventual indenização. O envio de produto sem solicitação do consumidor não é expressamente vedado pela lei consumerista, que apenas considera o produto como mera amostra grátis, afastando eventual obrigação do Banco XYZ de indenizar Bruna. A prática bancária em questão é abusiva segundo o Código do Consumidor, mas o furto sofrido pelo preposto do Banco XYZ configura culpa exclusiva de terceiro, excludente da obrigação da instituição financeira de indenizar Bruna. A pessoa exposta a uma prática abusiva, como na hipótese do envio de produto não solicitado, é equiparada a consumidor, logo Bruna pode postular indenização com base no Código do Consumidor. NENHUMA DAS RESPOSTAS ACIMA Explicação: Pessoas atingidas por falhas no produto ou na prestação de serviço, independentemente de serem consumidoras diretas, são amparadas pelas normas de defesa do consumidor. A doutrina convencionou chamar de consumidor por equiparação ou bystander, aquele que, embora não esteja na direta relação de consumo, por ser atingido pelo evento danoso, equipara-se à figura de consumidor pelas normas dos arts. 2º, parágrafo único, 17 e 29 do CDC. javascript:duvidas('806668','7065','1','3537779','1'); javascript:duvidas('772461','7065','2','3537779','2'); http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp# http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp# Mais recentemente infere-se da novíssima Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014, sintomaticamente denominada ¿Marco Civil da Internet¿, que o uso da internet no Brasil deve respeito à liberdade de expressão e igualmente à livre iniciativa, à livre concorrência e à defesa do consumidor, cumprindo essa sua função social (art. 2º, VI, VI). Em momento seguinte, a Lei nº 12.965/2014 com esteio nos princípios constitucionais da liberdade de comunicação e da informação (art. 5º, IX, CR) proclamou expressamente que o acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, devendo-se assegurar ao usuário entre outros direitos a aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo realizadas na rede de mundial de computadores (art. 7º). Quando a contratação ocorre por site da internet, o consumidor pode desistir da compra? Com relação aos contratos celebrados com os profissionais liberais, podemos afirmar que: Considera-se consumidor Padrão, standard ou strictu sensu: 3. Sim. Quando a compra é feita fora do estabelecimento comercial, o consumidor pode desistir do contrato no prazo de sete dias, mesmo sem apresentar seus motivos para a desistência. Não. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor é obrigado a ficar com o produto, a menos que ele apresente vício. Só nessa hipótese o consumidor pode desistir. Sim. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor pode desistir da compra em até 30 dias depois que recebe o produto Não. O direito de arrependimento só existe para as compras feitas na própria loja, e não pela internet Explicação: O prazo legal para exercer o direito de arrependimento, por parte do consumidor, que realizar compras por meio eletronico é de 7 dias, contados da assinatura do contrato ou do recebimento do produto ou serviço. Artigo 49 CDC 4. São contratos de risco, por isso não amparados pelo código de defesa do consumidor. e) São contratos que só produzem efeitos se assinados, por no mínimo, duas testemunhas. São amparados pelo código civil e não pelo código de defesa do consumidor. Os profissionais liberais não respondem pelos danos causados a terceiros, salvo comprovada má-fé. São amparados pelo código de defesa do consumidor. Explicação: O STJ, em geral, tem manifestado o entendimento pela Teoria Finalista Mitigada, ou seja, considera-se consumidor tanto a pessoa que adquire para o uso pessoal quanto os profissionais liberais e os pequenos empreendimentos que conferem ao bem adquirido a participação no implemento de sua unidade produtiva, desde que, nesse caso, demonstrada a hipossuficiência, sob pena da relação estabelecida passar a ser regida pelo Código Civil. 5. aquele que adquire para revenda e seu consumo produto ou serviço, sendo o destinatário final do produto. aquele que adquire para seu consumo produto ou serviço, sendo ou não o destinatário final do produto. aquele que recebe para seu consumo produto ou serviço, sendo o destinatário final do produto. aquele que adquire para seu consumo produto ou serviço, sendo o destinatário final do produto. Explicação: O artigo 2° do CDC conceitua quem éo consumidor padrão, ou seja, aquele que adquire bens ou contrata serviços como destinatário final, ou seja, o destinatário fático e econômico do produto ou serviço, com fins apenas de obter o bem e fazer uso próprio. javascript:duvidas('766902','7065','3','3537779','3'); javascript:duvidas('884201','7065','4','3537779','4'); javascript:duvidas('668379','7065','5','3537779','5'); http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp# http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp# http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp# ¿De regra, o consumidor intermediário, por adquirir produto ou usufruir de serviço com o fim de, direta ou indiretamente, dinamizar ou instrumentalizar seu próprio negócio lucrativo, não se enquadra na definição constante no art.2º do CDC. Denota- se, todavia, certo abrandamento na interpretação finalista, na medida em que se admite, excepcionalmente, a aplicação das normas do CDC a determinados consumidores profissionais, desde que demonstrada, in concreto, a vulnerabilidade técnica, jurídica ou econômica.¿ (REsp nº 660.026/RJ). Nesse julgado, o STJ adotou, com relação ao conceito de consumidor, a teoria (assinale a opção correta): Quando o Código de Defesa do Consumidor trata do conceito de consumidor em seu art. 2° é incorreto dizer com relação ao tema que: MP/TO/2004 - Na defesa dos consumidores, um aspecto primordial é a definição do que é consumidor e fornecedor. Em conformidade com as normas aplicáveis, assinale a opção incorreta com relação a esses conceitos. 6. A teoria finalista; A teoria subjetiva. A teoria maximalista; A teoria finalista atenuada; A teoria objetiva; Explicação: A teoria finalista mitigada ou atenuada representa uma flexibilização da teoria finalista clássica, cuja aplicação não conseguia proteger todas as relações de consumo que se apresentavam aos tribunais brasileiros. 7. O STJ adota a teoria finalista para conceituar consumidor. A teoria finalista restringe o conceito de consumidor. A teoria maximalista amplia o conceito de consumidor O STJ adota a teoria maximalista para conceituar consumidor. 8. A coletividade também pode ser equiparada a consumidor, quando intervier nas relações de consumo. O estado do Tocantins, por ser pessoa jurídica de direito público, não pode ser enquadrado no conceito de consumidor. Quando uma concessionária de energia elétrica fornece um produto aos cidadãos, submete-se ao Código de Defesa do Consumidor (CDC) um mesmo estabelecimento comercial pode ser fornecedor e consumidor em operações distintas. Uma indústria asiática que exporta produtos para o Brasil enquadra-se no conceito de fornecedor. javascript:duvidas('864705','7065','6','3537779','6'); javascript:duvidas('153194','7065','7','3537779','7'); javascript:duvidas('599906','7065','8','3537779','8'); http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp# http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp# http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp#
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