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Terapia Nutricional em Câncer Dan L. Waitzberg Dep. Gastroenterologia – FMUSP Laboratório de Nutrição e Cirurgia Metabólica do Aparelho Digestivo (LIM35) GANEP – Nutrição Humana Argilés et al, Med Res Rev 1997;17:477-98 Esforços Antagônicos: Caquexia Obter alimento às custas do hospedeiro Isolar, desnutridos, matar o tumor CAQUEXIA Anorexia, perda de peso e massa muscular, atrofia, edema, anemia. Câncer Hospedeiro Terapia Nutricional em Câncer Prevalência e Fisiopatologia da Desnutrição em Câncer Modificações metabólicas do Paciente com Câncer Definições: Desnutrição e Caquexia em Câncer 1 2 3 4 Tópicos Abordados Conclusões 5 Jensen GL et al. Clin Nutr. 2010 Apr;29(2):151-3. “Desnutrição Relacionada à Inanição” Fome Crônica, sem inflamação. “Desnutrição Relacionada à Doença Crônica” Inflamação Crônica de Grau leve a moderado. “Desnutrição Relacionada à Doença ou Injúria Aguda” Inflamação aguda, Grave. Epidemiologia de Doenças Crônicas Inflamatórias Níveis de evidência entre ingestão de alcool, obesidade, sedentarismos, e outras variaveis e risco de câncer Paule Latino-Martel, et. al. Critical Reviews in Oncology/Hematology, 2016, Available online 15 January 2016. http://dx.doi.org/10.1016/j.critrevonc.2016.01.002 *Level of evidence was newly studied since 2007 or 2010–2014 CUP WCRF/AICR reports. *Level of evidence has been changed since 2007 or 2010–2014 CUP WCRF/AICR reports. ‡Supplements containing high doses of beta-carotene, notably for smokers and asbestos- exposed subjects > > Annual Reviews Associação entre obesidade e incidência e mortalidade de câncer Doenças associadas com IMC ≥ 30 kg/m2 e IMC ≥ 40 kg/m2) em adultos > 20 de acordo com sexo no Brasil de Oliveira ML, Santos LMP, da Silva EN (2015) Direct Healthcare Cost of Obesity in Brazil: An Application of the Cost-of-Illness Method from the Perspective of the Public Health System in 2011. PLoS ONE 10(4): Peso em excesso e falta de atividade físsica suficiente contribuem para aumento da incidência de câncer Eheman C. et al. Cancer. 2012;118:2338-66. Annual Reviews Mecanismos associando obesidade e câncer Obesidade Doença cardíaca Diabetes: Tipo 2 Cancer Utilização alterada da glicose Oxidação Celular Inflamação •Patogênese subjacente Patogênese Comum Proliferação celular Vascularidade Morte celular Vias de sinalização Desnutrição em Câncer : Caquexia Síndrome de perda de peso involuntária Perda de massa muscular esquelética com ou sem perda de gordura Causado por combinação variável de menor ingestão alimentar e metabolismo anormal (inflamação, resistência a insulina) Caquexia – Novas Definições Fearon KC, et al. Am J Clin Nutr 2006; 83:1345–1350. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Perda de Peso Isolada 2 de 3 Fatores Todos os 3 Fatores Critérios: Perda de peso (> 10%) Inflamação sistêmica (PCR>10mg/l) Ingestão energética <1500kcal/dia Prevalência de Caquexia em Câncer Pancreático (n=170) Morley, J. E et al. Am J Clin Nutr 2006;83:735-743 Quimioterapia Náuseas Vômitos Mucosite Câncer Fígado Estômago Músculo Célula Adiposa Citocinas PIF Cortisol Ativ. Ubiquitina proteólise LMF AMP cíclico AG livres Glicerol Lactato Ptnas fase aguda ATP Ciclo Fútil Ciclo Cori Mecanismo Periférico – Desenvolvimento Caquexia Morte Caquexia Grave Caquexia Moderada Normal Caquexia Leve Perda de Peso Caquexia – Novas Definições Tan & Fearon. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2008; 11:400–407. McMillan et al. Nutr Cancer 2001 n=772 Intensidade de inflamação e sobrevida Evans WJ, et al. Clin Nutr. 2008; 27:793–799. Caquexia – Novas Definições: Diagnóstico Perda de Peso de pelo menos 5% em 12 meses ou menos. (ou IMC <20kg/m²) 3 de 5 Força muscular •Fadiga •Anorexia • Massa magra •Alterações Bioquímicas •Aumento dos marcadores Inflamatórios (PCR, IL-6) •Anemia (Hb<12g/dL) •Albumina <3,2g/dL Pré-Caquexia Critérios B C A Presença de Doença Crônica Perda de Peso não intencional ≤ 5% em 6 meses Resposta Inflamatória Crônica ou Recorrente D Anorexia ou sintomas relacionados à anorexia Muscaritoli M. et al. Clin Nutr. 2010 Apr;29(2):154-9. Normal Pré Caquexia Caquexia Caquexia Refratária - Perda de Peso <5% - Anorexia - Mudanças Metabólicas - Perda de Peso >5% - Ou IMC <20 e perda de peso >2% - Ou sarcopenia e perda de peso >2% - Freqüente redução na ingestão alimentar -Inflamação -sistêmica Grau variável De Caquexia. - Doença Câncer, ambos pró-catabólicos e não responsável pelo tratamento anti-câncer - Pontuação de baixa performance, sobrevida esperada <3 meses Morte NOVOS CONCEITOS DE CAQUEXIA NO CÂNCER Fearon K, Baracos V et al. Lancet 2011; 10: 70218-7. 45,1% 23,3% p < 0,01 Waitzberg e col, 1998 COM CÂNCER IBRANUTRI - Câncer e Estado Nutricional 794 PACIENTES – 19,9% Perda de peso nos últimos 6 meses DeWys et al.,Am J Med. 1980;69:491 % p a c ie n te s c o m p e rd a d e p e s o Perda de Peso em Câncer Colon Próstata Pulmão Céls não peq pulmão Pâncreas Gástrico Não mensurado Gástrico mensurado Incidência da Desnutrição no Câncer Laviano and Meguid, 1996 Tipo de tumor Incidência de desnutrição (%) Testículos 25 Mama 36 Sarcoma 39-66 Cólon 54-60 Próstata 56 Pulmão 60-66 Esôfago 79 Gástrico 83 Pâncreas 83 Cabeça e pescoço 72 Linfoma difuso 55 Waitzberg e Correia, 2004 TIPOS DE CÂNCER E ESTADO NUTRICIONAL Tipo Câncer Total Nutridos Moderados Graves Aparelho digestivo 187 28 (15%) 88 (47%) 71 (38%) Trato respiratório 44 16 21 7 Trato geniturinário 88 40 32 16 Linfomas e leucemias 69 19 39 11 Cabeça e Pescoço 13 4 8 1 Mama e partes moles 57 28 25 4 Desnutridos IBRANUTRI - Câncer e Estado Nutricional Complicações Total - 142 ( 20,3%) EN na admissão hospitalar Waitzberg e col, 2001;Nutrition p < 0,01 OR=2.63 IC= 1.25 - 5.27 p < 0.01 RR=1.60 CI= 1.20 - 2.14 Desnutridos 4,7% 12,4% Desnutridos Nutridos 16,8% 27% Mortalidade Total - 52 ( 7,3%) EN na admissão hospitalar Desnutrição Hospitalar - IBRANUTRI Cohn, Metabolism, 80 Composição Corporal no Câncer INDÍVÍDUOS PERDA DE PESO (Kg) MASSA MAGRA MÚSCULO NÃO MUSCULO MASSA GORDA Normal 75 26 42 24 CÂNCER Hematológico + 1,6 76 28 38 23 Pulmonar - 10,7 76 15 54 23 GI - 19 88 14 61 12 Cabeça e pescoço - 18,1 84 14 59 17 Dados em % Cancer Coloretal 1 anos para morre 1 mes para morrer death SM SM AT AT AT AT b ii i LM i Liver + Metastases Spleen LM ii a SP SP metastases hepaticas Perda Muscular e gordurosa Obesidade Sarcopenia Obesidade Sarcopênica Fearon, Clinical Nutrition 31 (2012) 577e582 Sarcopenia aumenta com a diminuição de IMC. Sarcopenia é tb prevalente em sobrepeso e obesidade SARCOPENIA E IMC NA CAQUEXIA DO CANCER Depleção Muscular em Pacientes Obesos) Lancet Oncol, 2008; 9:629 IMC ou Peso normal não impede depleção muscular extrema Sobrevida e Obesidade Sarcopênica em Câncer Prado et al. Lancet Oncol, 2008;9:629 Obeso Sarcopenico: 1,3 meses Obeso Sem-sarcopenia: 21,6 meses p <0.0001 Obeso Não-sarcopenico Obeso Sarcopenico Progressão do Tumor PET scan Demanda Metabolica Mediadores inflamatórios www.themegallery.co m Company Name Desnutrição é comum em Ca de pulmão Perda de massa muscular e gorda é prevalente Perda de peso leve esta associada com menor sobrevida e resposta diminuída a quimioterapiaDesnutrição em Câncer do Pulmão Sintomas na Apresentação de Câncer de Pulmão e TGI Khalid U et al. Support Care Cancer 2007; 15:39-46 Etiologia da Desnutrição no Câncer Assimilação de nutrientes Desnutrição Anorexia Redução de ingestão de nutrientes Fatores relacionados ao tratamento Vias Metabólicas Alteradas Competição Tumor/hospedeiro Fatores Mecânicos Perdas anormais Busby, Steinberg Surg Clin North Am 61:1981 A própria doença Problemas psicológicos – Depressão Aversão aos alimentos– Pós quimioterapia Alterações do paladar ( RT, QT) Anorexia por hormônios e citocinas Dietas hospitalares Falta de consciência médica Condições sócio-econômicas Idosos Doenças crônicas Argilés & López-Soriano. Nestlé Nutrition Workshop, 2000; 4: 146-65 Etiologia da Desnutrição no Câncer Teunissen SC, et al. J Pain Symptom Manage 2007; 34:94–104. Etiologia da Desnutrição no Câncer Prevalência dos Sintomas (n=25.075) Perda de Peso 46% Perda de Apetite 53% Fadiga 74% Saciedade Precoce 23% Vômitos 20% Alteração do Paladar 22% Escalas de QoL são determinadas por: - local do cancer (30%) - ingestão nutricional (20%) - perda de peso (30%) - quimioterapia (10%) - cirurgia (6%) - tempo de doença (3%) - estadio da doença (1%) Tempo internação hospitalar Hospitalização não planejada Complicações / Infecções Qualidade de vida Estado funcional Resposta à terapia Imagem corporal Repercussão da Perda de Peso Relacionada ao Câncer Total Grupo A Grupo WL Grupo N Grupo CACS n 484 (100%) 163 (34%) 46 (10%) 125 (26%) 150 (30%) Lasheen W & Walsh D. Support Care Cancer 2010; 10:265-272 Impacto da anorexia na mortalidade em câncer Mecanismos da Caquexia Perda de Peso PATOFISIOLOGIA DA ANOREXIA NO CÂNCER PIF- Fator indutor de proteólise Células de tumores malignos Início da resposta inflamatória Produção de citocinas IL-1, IL-6 TNF-a Apetite Alteração no metabolismo de macronutrientes GER Ingestão alimentar PCR Massa Muscular Garlick PJ & McNurlan. Biochimie. 1994, Lupulescu A. 2001. Hellman’s e col. 2001. Alterações Nutricionais no Paciente com Câncer Caquexia Metabolismo carboidratos Metabolismo Proteico Metabolismo Lipidico Glicose Proteina Sintese Degradação Anorexia AG livres METABOLISMO INTERMEDIÁRIO NO CÂNCER Glicose, AA e TG Lactato AA Crescimento tumoral Liberação de glicerol Estoque de gordura AA Produção Citocinas AG livres Hellman’s e col. 2001 Anormalidades Metabólicas no Câncer Substrato Parâmetros clínicos Resultados Energia Balanço energético Depósito energético Carboidratos Gliconeogênese Resistência à insulina Consumo de glicose Proteínas Massa Muscular Proteólise muscular Transporte de aa hepático Balanço nitrogênio ANOREXIA, ASTENIA, PERDA DE PESO, ANEMIA RESPOSTA DIMINUIDA AO TRATAMENTO ANTINEOPLÁSICO Determinante da Sobrevida em Pacientes com Câncer - Caquexia Smith HJ, 2005 Perda de massa muscular Determinantes da Massa Muscular Proteina Pool AA Síntese Degradação Resistência Anabólica em Câncer Por que pacientes com câncer perdem massa muscular? Menor ingestão alimentar Ingestão proteica insuficiente Metabolismo proteico alterado Inflamação Alteração hormonal Vias de degradação estimuladas Idade Company O Que é Resistência Anabólica? Resistência anabólica a nutrição é observada no envelhecimento (Wilkes,2009), ICR (Tooth,2011), sedentarismo (Glover,2008), Cancer (Deutz, 2011) Pacientes com Ca de Cólon Respondem Menos a infusão de Aminoácidos Receptor Receptor Citocinas Inflamatórias Ingestão de Nutrientes Fatores Tumorais Aminoácidos TNF-α PIF PKR Complexo IKK mTOR 4E-BP-1 p70 eIF4E Síntese de ptn muscular NFϰB p38 Via Ubiquitina-proteassoma Degradação de ptn muscular eIF2 eIF2B Miostatina MyoD Catabolismo Anatabolismo Inibe Durham et al. Curr Opin Clin Nutr Met Car. 2009;12(1): 72–77 Anabolismo Proteico vs Catabolismo Proteico Membrana Celular www.themegallery.co m Company Name Pacientes com Ca de Pulmão,Caquéticos e Insulino Resistentes, Tem Resposta Normal a Hiperaminoacidemia Pacientes com Ca de Pulmão (NSC) com caquexia moderada tem resistência insulínica a glicose e anabolismo proteico corpóreo Contudo, com hiperaminoacidemia se obteve resposta proteica anabólica normal Síntese Proteica Pode Ser Estimulada em Câncer com Uso de Suplementos Especialmente Formulados Cancer de Pancreas Resposta a TNE Para investigar o efeito da alimentação enteral sobre o metabolismo de proteínas na caquexia associada ao câncer, pacientes s com câncer de cabeça do pâncreas caquéticos foram estudados Os critérios de inclusão foram: presença de câncer de pâncreas irresecável primário ou recorrente comprovado por biópsia e caquexia Os pacientes e as idades foram pareados por sexo; admitidos em cirurgia para doença benigna foram incluídos como grupo controle Os pacientes começaram a ingerir 60mL das dietas disponíveis (Fortisip, Nutricia Ltd, Wiltshire, UK) por 30 minutos por mais 4 horas Conteúdo da dieta: Proteinas 50 g/L Carboidratos 180 g/L Gorduras 65 g/L van Dijk DP et al. JCSM. 2015;6(3):212-21 Mean (SE) Controle saudáveis (n=7) Pacientes com câncer de pâncreas (n=8) Peso corporal (kg) 72.5 (4.4) 50.0 (4.1) IMC (kg/m2) 27.2 (1.6) 19.3 (1.0) Perda de peso (kg/mês) 0 3.5 (1.1) % Massa magra 65.6 (3.7) 76.2 (2.8) % Massa gorda 34.4 (3.7) 23.8 (2.8) FFMI (kg ffm/m2) 17.6 (0.6) 14.6 (0.9) sTNF-R75 (mg/L) 10.1 (2.7) 20.4 (5.2) CRP (mg/L) 0.7 (0.4) 14.7 (5.8) IL-6 (mg/L) 7.7 (4.2) 15.5 (5.7) Albumina (g/L) 45.2 (1.1) 36.3 (3.6) Glicose (mM) 4.5 (1.1) 5.2 (0.3) van Dijk DP et al. JCSM. 2015;6(3):212-21 Cancer de Pancreas: Resposta a TNE n e t P r o t e i n S y n t h e s i s P o s t A b s o r p t i v e F e d P o s t A b s o r p t i v e F e d - 1 0 0 1 0 2 0 3 0 C o n t r o l P a n c r e a s C a µ m o l / k g f f m / h R e l a t i o n b e t w e e n i n t a k e a n d n e t P S 2 0 4 0 6 0 - 1 0 0 1 0 2 0 3 0 4 0 5 0 I n t a k e P H E µ m o l / k g f f m / h P a n c r e a s C a C o n t r o l van Dijk DP et al. JCSM. 2015;6(3):212-21 Cancer de Pancreas: Resposta a TNE Efeitos da cirurgia no câncer de mama e controles pareados (retirada da mama profilática) Gcaracterísticas gerais, composição corporal e função do músculo dos grupos controle e grupos de câncer de mama Grupo Controle (n=9) Grupo cancer de mama (n=9) Estagio 0 I and II Idade y 49.4 ± 8.4 49.6 ± 10 .4 Peso Kg 76.0 ± 20. 0 77.6 ± 14 .2 IMC Kg/m2 28.2 ± 6.1 28.5 ± 5. 1 Indice massa magra kg/m2 16.5 ± 2.2 16.4 ± 1. 9 Engelen et al; 2016 Massa livre de gordura – extremidades kg 18.7 ± 3.3 18.5 ± 3. 3 Indice massa gorda kg/m2 7.9 ± 0.2 7.8 ± 0. 2 Massa gorda % BW 40.7 ± 5.9 40.7 ± 6. 7 Massa gorda - tronco Kg 16.2 ± 8.5 15.9 ± 5. 2 Mudança de peso recente 0/1/2 8/0/1 5/2/2 Função muscular Força de preensão manual kg 187 ± 4 2 245 ± 59 kg/ kg Fat-free mass 4.2 ± 0 . 8 5.6 ± 1. 6 Preensão muscular % 75 ± 9 72 ± 7 Engelen et al; 2016 Efeitos da cirurgia no câncer de mama e controles pareados (retirada da mama profilática) Aparecimento de Aa sistemico e anabolismo proteico 0 2 5 5 0 7 5 1 0 0 1 2 5 0 2 5 5 0 7 5 1 0 0 1 2 5 A m i n o a c i d a p p e a r a n c e i n s y s t e m i c c i r c u l a t i o n f r o m t h e m e a l ( µ m o l / k g f f m / 3 . 5 h ) N e t p r o t e i n a n a b o l i s m ( µ m o l /k g f f m / 3 . 5 h ) P r e - s u r g e r y - b r e a s t c a n c e r g r o u p P o s t - s u r g e r y - b r e a s t c a n c e r g r o u p P o s t - s u r g e r y - h e a l t h y c o n t r o l g r o u p P r e - s u r g e r y - h e a l t h y c o n t r o l g r o u p Boost-HP drink (8fl oz, 15g protein, 240 kcal) Engelen et al; 2016 P r e - o p P o s t - o p 0 2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0 W b n e t P S - f e d µ m o l / k g f f m / 3 h P r o p h y l a c t i c B r e a s t c a Interaction Surgery Cancer ns ** ns Cancer de mama e controles ( operads) Anabolismo de corpo total após oferta de mistura de AaE/CHO Câncer de pulmão de não pequenas células(NSCLC: Estágio 3-4) (n=13) e 11 controles saudáveis 15g leucina enriquecida (EAA/LEU) ou Mistura balanceada de aas(TAA), ambos com CHO Sintese de proteínas de corpo total(PS) e degradação(PB), e netPS (=PS-PB) Medido pela infusão combinada de isótopos estáveis L-[ring- 2H5]fenilalanina e L-[ring- 2H2]tirosina. Massa muscular e função. Engelen et al. Annals of oncology 2015; 26(9): 1960-6 C o n tr o l g r o u p N S C L C g r o u p 0 1 0 2 0 3 0 B M I k g / m 2 C o n tro l g ro u p N S C L C g ro u p IMC preservado Musculo da perna reduzido em NSCLC C o n tr o l g r o u p N S C L C g r o u p 0 5 1 0 1 5 2 0 2 5 F F M leg s k g C o n tro l g ro u p N S C L C g ro u p * Engelen et al. Annals of oncology 2015; 26(9): 1960-6 Impacto da Caquexia em Câncer Inagaki et al. Cancer 1974;33:568-73; Andreyev et al; Eur J Cancer 1998; 34:503-9; Tan & Fearon. Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2008; 11:400–407. 22% das mortes são causadas pela caquexia Perda de peso > 2,75%/mês é indicador de prognóstico independente para redução da sobrevida 2/3 dos pacientes apresentam caquexia na morte Resposta à quimioterapia e radioterapia Morbi- mortalidade em pacientes cirúrgicos Incidência de complicações Argilés et al, Med Res Rev 1997;17:477-98 Esforços Antagônicos: Caquexia Obter alimento às custas do hospedeiro Isolar, desnutridos, matar o tumor CAQUEXIA Anorexia, perda de peso e massa muscular, atrofia, edema, anemia. Câncer Hospedeiro Biomassa Perda de peso, caquexia, perda de nitrogênio, citocinas e etc. Hospedeiro Mudança no Metabolismo Imunossupressão NUTRIÇÃO Proteínas, calorias e micronutrientes Terapia anti-neoplásica QT, RT, ImT, Cirurgia Câncer Pode a Resistência Anabólica ser Superada? Quais são os fatores determinantes? Quantidade de Nutrição? No envelhecimento e câncer é possível melhorar RA ao aumentar a carga de aminoácidos essenciais Suplementos nutricionais ( óleo de peixe, ou HMB)? Modificação no perfil de AA esssenciais ( fontes proteicas) • Papel da perfusão muscular esquelética • O papel da contração muscular ( exercício) 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 2 1 2 3 2 5 2 7 (b la n k ) (b la n k ) (b la n k ) (b la n k ) (b la n k ) 10/6/200910/7/200910/8/200910/9/200910/10/200910/11/200910/12/200910/13/200910/14/200910/15/200910/16/200910/17/200910/18/200910/19/200910/20/200910/21/200910/22/200910/23/200910/24/200910/25/200910/26/200910/27/200910/28/200910/29/200910/30/200910/31/200911/1/200911/2/200911/3/200911/4/200911/5/200911/6/200911/7/200911/8/200911/9/200911/10/200911/11/2009 R ev o lu ti o n s (1 r e v = 1 .1 2 m et er s) DAY Revolutions Run per Day 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 (blank) CAGE #: Modelo de atividade física (Positive reward (food) physical activity model)` PERCENT MAXIMAL EXERCISE INTENSITY PERCENT MAXIMAL EXERCISE INTENSITY Exercise duration: (), 20 min., (), 40 min. Efeito sobre a carcinogênese mamária: Modelo de Exercício Moderada a exercícios de alta intensidade: (20 ou 40 m / min, grau 15%, 20 ou 40 min, 5 dias por semana) Intensidade do exercício, em vez de sua duração parece ser o fator crítico que regula a proteção Ballard-Barbash et al., JNCI, 2012 fisicamente ativo antes do diagnóstico fisicamente ativo após o diagnóstico fisicamente ativo antes do diagnóstico fisicamente ativo após o diagnóstico CDC and NIH: Physical Activity, Guidelines Advisory Committee Report, 2008 Atividade Física Fortes evidências de benefícios de saúde Forte Evidência de Benefícios à Saúde • Menor risco de: o Morte precoce o Doenças coronarianas o AVC o HAS o Hipercolesterolemia e Hipertrigliceridemia o DM2 o Síndrome Metabólica o Câncer de Cólon o Câncer de Mama • Prevenção contra ganho de peso • Promoção à perda de peso, particularmente quando combinada a redução de ingestão de calorias • Melhora da aptidão cardiorespiratória e força muscular • Prevenção contra quedas • Redução de quadros depressivos ESPEN 2014: RECOMENDAÇÕES DE TN EM ONCOLOGIA Exercício combinado com Nutrição Recomendação FORTE Evidência ALTA B4 – 1 Exercício associado à nutrição Grau de Recomendação FORTE Recomendamos a manutenção ou aumento do nível de atividade física em pacientes com câncer durante e depois do tratamento a fim de manter massa magra, funções físicas e padrão metabólico. Nível de evidência ALTO B4 – 2 Tipo de exercício recomendado Grau de Recomendação FRACO Sugerimos exercícios de resistência prescritos de maneira individualizada a fim de manter força muscular e massa muscular durante o tratamento. Nível de evidência BAIXO Perspectivas 12/30/2013 5 Identification of possible genetic polymorphisms involved in cancer cachexia: a systematic review. Tan BH et al. J Genet. 2011;90(1):165 77. Candidate genes reviewed for functional polymorphisms related to cachexia Inflammation • Innate immune receptors and mediators Cytokines, cytokine receptors and related binding proteins Acute phase protein reactants • Central homeostasis Energy production, Appetite Insulin like growth factors and related proteins Corticosteroid signaling proteins • Muscle and fat Muscle function and structure, Muscle proteolysis Adipogenesis, lipid turnover and transport Adipokines and adipokine receptors Gene Polymorphism Functional Significance Clinical Studies IL 1 rs1143634 TT genotype associated with lower plasma levels of IL1 Ra 1 Increased human amniochorion IL 1 production after stimulation with LPS 2 T allele is a major risk for cachexia from gastric cancer 3 T/T associated with shorter survival in pancreatic cancer 4 Lower total fat mass and also reduced arm, leg, and trunk fat. 5 1 Tolluso B, et al. Pharmacogenomics 2006;7:683-95 (n=304) 2 Hernandez-Guerrero C, et al. Mol Hum Reprod 2003;9:625-9 3 Zhang D, et al. BMC Cancer 2007;7:45 (n=214) 4 Barber MD, et al. Br J Cancer 2000;83:1443-7 (n=64) 5 Strandberg L, et al. J Clin Endocrinol Metab 2006;91:2749-54 (n=1068) Cachexia SNP database: example 86 Polimorfismo Genético SNIP Postulado para Explicar a Variação na Caquexia do Câncer www.themegallery.co m Company Name 12/30/2013 5 Identification of possible genetic polymorphisms involved in cancer cachexia: a systematic review. Tan BH et al. J Genet. 2011;90(1):165 77. Candidate genes reviewed for functional polymorphisms related to cachexia Inflammation • Innate immune receptors and mediators Cytokines, cytokine receptors and related binding proteins Acute phase protein reactants • Central homeostasis Energy production, Appetite Insulin like growth factors and related proteins Corticosteroid signaling proteins • Muscle and fat Muscle function and structure, Muscle proteolysis Adipogenesis, lipid turnover and transport Adipokines and adipokine receptors Gene Polymorphism Functional Significance Clinical Studies IL 1 rs1143634 TT genotype associatedwith lower plasma levels of IL1 Ra 1 Increased human amniochorion IL 1 production after stimulation with LPS 2 T allele is a major risk for cachexia from gastric cancer 3 T/T associated with shorter survival in pancreatic cancer 4 Lower total fat mass and also reduced arm, leg, and trunk fat. 5 1 Tolluso B, et al. Pharmacogenomics 2006;7:683-95 (n=304) 2 Hernandez-Guerrero C, et al. Mol Hum Reprod 2003;9:625-9 3 Zhang D, et al. BMC Cancer 2007;7:45 (n=214) 4 Barber MD, et al. Br J Cancer 2000;83:1443-7 (n=64) 5 Strandberg L, et al. J Clin Endocrinol Metab 2006;91:2749-54 (n=1068) Cachexia SNP database: example 86 Genes Candidatos Revistos para Polimorfismos Funcionais Relacionados a Caquexia INFLAMAÇÃO RECEPTORES IMUNES INATOS E MEDIADORES CITOCINAS, RECEPTORES E PROTEINAS DE LIGA RELACIONADAS REAGENTES DE PROTEINAS DE FASE AGUDA HOMEOSTASIA CENTRAL PRODUÇÃO DE ENERGIA, APETITE HC INSULINA LIKE, E PROTEINAS RELACIONADAS CORTICOSTERÓIDE E PROTEINAS SINALIZADORAS MÚSCULO E GORDURA FUNÇÃO MUSCULAR E ESTRUTURA, PROTEÓLISE MUSCULAR ADIPOGENESE, TURNOVER DE LÍIDES E TRANSPORTE ADIPOCINAS E RECEPTORES DE ADIPOCINAS Database de SNP Caquexia: Exemplo Grupos de Genes Candidatos Associados com Fenótipos de Caquexia em Câncer Perda de peso reversível induzida pelo câncer Causas mecânicas Causas associadas ao tratamento Perda de peso associada ao tumor Anormalidades metabólicas Fornecimento de energia e proteina pode promover ganho de peso Fornecimento de energia e proteína, quando adicionados, não promove ganho de peso Ottery FD. 1994. Cancer Practice. 2:123 Terapia Nutricional na Perda de Peso em Câncer TERAPIA NUTRICIONAL EM CÂNCER NE “alimenta” o tumor? Não existem dados confiáveis que mostram qualquer efeito da NE no crescimento tumoral Considerações teóricas não devem influenciar a decisão de alimentar o paciente com câncer C ESPEN Objetivos NE TN Câncer Prevenir Tratar Desnutrição (caquexia) Melhorar Resposta Tratamento Antitumoral Reduzir Efeitos Adversos Terapia Antitumoral (sintomas) Reduzir tempo de internação Melhorar Qualidade Vida ASPEN ESPEN INCA A B C D E A B C ASPEN, 2009 ESPEN, 2006 Ensaios clínicos (significativa amostra populacional), randomizados e com resultados claros Pelo menos um ensaio clínico randomizado com resultados claros Ensaios clínicos (pequena amostra populacional), randomizados e com resultados incertos Estudos controlados (não randomizados) Estudos não controlados e/ou opiniões de especialistas Metanálises estudos controlados randomizados Estudos controlados e bem desenhados Opiniões de especialistas e/ou experiências clínicas INCA não possui graus de recomendações Guidelines recomendações (baseadas em evidências científicas) Evidência ASPEN ESPEN INCA A Grandes ensaios clínicos randomizados com resultados claros Metanálises de estudos controlados randomizados B Pelo menos um ensaio clínico randomizado com resultado claro Estudos controlados e bem desenhados C Pequenos ensaios clínicos randomizados com resultados incertos Opinião de especialista e/ou experiência clínica D Estudos controlados não randomizados E Estudos não controlados e/ou opinião especilialistas Graus de recomendações - Guidelines NÃO POSSUI GRAU DE RECOMENDAÇÃO ASPEN 2009: RECOMENDAÇÕES DE TN EM ONCOLOGIA Todos os pacientes com câncer devem ser submetidos à triagem nutricional para identificar aqueles que necessitam de avaliação e conduta nutricional especializada ESPEN 2016: RECOMENDAÇÕES DE TN EM ONCOLOGIA Triagem Nutricional B1– 1 Triagem Nutricional Grau de Recomendação FORTE Para detectar alterações nutricionais precocemente, nós recomendamos uma avaliação regular da ingestão de nutrientes, mudanças no peso e no IMC, iniciando com o diagnóstico do câncer. Repetir a avaliação dependendo da estabilidade da situação clínica. Nível de evidência MUITO BAIXO Perspectivas Futuras Relação da triagem para avaliação das intervenções e resultados clínicos B1-1 ESPEN 2014: RECOMENDAÇÕES DE TN EM ONCOLOGIA Avaliação Nutricional B1 - 2 Avaliação Nutricional Grau de Recomendação FORTE Em pacientes identificados em risco nutricional, recomendamos avaliação objetiva e quantitativa da ingestão de nutrientes, dos sintomas relacionados à nutrição massa muscular, da performance física e do grau de inflamação sistêmica. Nível de evidência MUITO BAIXO Perspectivas Futuras Associar resultados de testes de intervenção atuais e futuros com ferramentas apropriadas de triagem e avaliação nutricional B1- 2 No mesmo momento do diagnóstico do tumor Repetir a cada visita Intervenção nutricional precoce ESPEN 2016 – TERAPIA NUTRICIONAL EM ONCOLOGIA Necessidades Nutricionais 25 a 30 kcal/kg/dia Recomendação forte Evidência fraca ESPEN 2016 Proteinas: > 1,0 g/kg/dia Se possível até 1,5 g/kg/d Recomendação forte Evidência moderada INCA 2009: Clínico e Cirúrgico Proteinas Adultos Kcal/Kg/dia Realimentação 20 Obeso 21-25 Manutenção de Peso 25-30 Ganho de Peso 30-35 Repleção 35-45 Adultos gramas/Kg/dia Sem complicações 1,0-1,2 Estresse Moderado 1,1-1,5 Estresse Grave 1,5-2,0 ESPEN 2016: RECOMENDAÇÕES DE TN EM ONCOLOGIA Ingestão de Gordura 35 – 50% da energia total B2 - 3 Escolha de substratos energéticos Grau de Recomendação FORTE Para a maior parte dos pacientes, as recomendações gerais são aplicáveis. Para pacientes com perda de pesoe comresistência insulínica recomendamos aumentar a ingestão de gorduras sobre CHO até 35- 50% das necessidades energéticas. Nível de evidência BAIXO Perspectivas futuras Efeito da alta ingestão de gorduras em grupos específicos de pacientes ESPEN 2016: RECOMENDAÇÕES DE TN EM ONCOLOGIA Ingestão de Vitaminas e Minerais: RDA e não altas doses de micronutrientes B2 - 4 Vitaminas e Elementos Traço Grau de Recomendação FORTE Recomendamos que as vitaminas e os minerais devem ser oferecidos em quantidades aproximadamente iguais à RDA e o uso de altas doses de micronutrientes deve ser desencorajado na ausência de deficiências específicas. Nível de evidência BAIXO Perspectivas futuras Avaliação dos níveis de micronutrientes em pacientes com câncer e o efeito da suplementação ESPEN 2016: RECOMENDAÇÕES DE TN EM ONCOLOGIA Eficiência da intervenção nutricional B3 - 1 Baixa eficácia de dietas específicas Grau de Recomendação FORTE Recomendamos intervenção nutricional para aumentar ingestão oral em pacientes incapazes de se alimentar e que estão desnutridos ou em risco de desnutrição. Inclui aconselhamento dietético, , tratamento de sintomas e disturbios que impedem alimentação e uso de TNOl. Nível de evidência MODERADO PAPAPIETRO 2016 INTERVENÇÃO NUTRICIONAL E QUALIDADE DE VIDA EM CÁNCER Van Custem 2005 Odelli 2005 Grimble 2001 Estudio Soporte Nutricional Tratamiento oncológico Cáncer Eefectos sobre calidad de vida (QoL) Ravasco Consejo Nutricional RT Gastrointestinal Mejoría QoL Ravasco Consejo y suplementación oral Cirugía Colorectal Mejoría QoL Bauer, Capra Suplementación oral RT Páncreas Mejoría en QoL Insenring Suplementación oral Quimio Gástrico Mejoría en QoL Chang Nutrición enteral y parenteral Quimio y RT Gástrico- Páncreas Mejoría en QoL ESPEN 2016: RECOMENDAÇÕES DE TN EM ONCOLOGIA Dietas especiais de baixa eficácia: Não recomendado B3 - 2 Baixa eficácia de dietas específicas Grau de Recomendação FORTENós não recomendamos utilizar planos alimentares como “dietas anticâncer “, que restringem a ingestão de calorias, em pacientes desnutridos ou em risco nutricional. Nível de evidência BAIXO Qual via escolher para o paciente com câncer? NE via oral sempre que possível A ESPEN 2009 ESPEN 2016 INCA B3 - 1 Eficácia da intervenção nutricional Grau de Recomendação FORTE Recomendamos intervenção nutricional a fim de aumentar a ingestão oral de nutrientes em pacientes com câncer que estão aptos a se alimentarem mas estão desnutridos ou em risco nutricional. Isso inclui orientação nutricional, o tratamento dos sintomas e alterações que prejudicam a ingestão de alimentos, e a oferta de suplementos nutricionais. Nível de evidência MODERADO Perspectivas futuras Efeito da orientação nutricional e do uso de suplementos orais nos resultados ESPEN 2016: RECOMENDAÇÕES DE TN EM ONCOLOGIA Ingestão Oral Recomendação : Forte Evidência: fraca C2 - 3 RT: Manutenção da deglutição Grau de Recomendação FORTE Recomendamos que os pacientes devem ser encorajados e educados sobre como manter a função de deglutição durante a nutrição enteral Nível de evidência BAIXO Qual via escolher para o paciente com câncer? Se o tumor interferir na deglutição, ou se grave mucosite no local for esperado (via sonda) ESPEN 2009 ESPEN 2016 C Nutrição enteral e parenteral recomendadas se nutrição oral inadequada B3 - 3 Vias para nutrição Grau de Recomendação FORTE Recomendamos a nutrição enteral se a nutrição oral permanecer inadequada após as intervenções nutricionais, e a nutrição parenteral se a nutrição enteral não for suficiente ou possível. Nível de evidência MODERADO J Hum Nutr Diet. Oct.2011:(24);431-40 Pulmão: 81 TGI: 277 Grupo 1: sem intervenção Grupo 2: Aconselhamento dietético Grupo 3: Suplemento nutricional ou aconselhamento dietético Grupo 4: Aconselhamento + Suplementação Ganho de peso promoveu maior sobrevida independente da intervenção nutricional Antes do início da QT Acompanhados por 1 ano 256 homens 102 mulheres Revisão sistemática e meta-análise Treze estudos foram identificados e incluídos 1.414 participantes Intervenção nutricional oral poderia consistir em: 1) aconselhamento nutricional, 2) suplemento oral, ou 3) associação de aconselhamento nutricional + suplementos oral Variáveis analisadas Ganho de peso e melhora da ingestão alimentar Qualidade de vida (emocional, dispneia, perda de apetite, e qualidade de vida global) Mortalidade Qualide de vida = a favor do grupo intervenção nutricional Mortalidade = sem diferença entre grupos Terapia Nutricional Parenteral - Resultados Clínicos Redução das complicações no Pós -Op em pacientes gravemente desnutridos, quando receberam no Pré Op por 10 dias NP utilizada de rotina no pós-operatório não melhora a morbidade e mortalidade Não melhora a sobrevivência no Pós- Op. Klein, JPEN, 1992 NUTRIÇÃO E CÂNCER- CIRURGIA TNP em Pacientes cirúrgicos ASPEN – NP não deve ser utilizada de rotina em pacientes submetidos à cirurgia de grande porte ESPEN – NP é recomendada em pacientes desnutridos candidatos à nutrição artificial quando NE não é possível INCA – Quando TGI estiver parcial ou totalmente impossibilitado para uso A A ESPEN 2016: RECOMENDAÇÕES DE TN EM CIRURGIA Recomendação ERAS: Forte C1- 1 Aceleração da Recuperação Pós Operatória Enhanced Recovery After Surgery (ERAS) Grau de Recomendação FORTE Para todos pacientes oncológicos que passaram por cirurgia curativa ou paliativa nós recomendamos cuidados com um programa para acelerar a recuperação no pós operatório. Nível de evidência ALTO C1- 2 Cirurgia: Tratamento Oncológico Multimodal Grau de Recomendação FORTE Para pacientes submetidos à diversos procedimentos cirúrgicos como parte do tratamento oncológico multimodal, os cuidados para cada episódio cirúrgico devem ser baseados no programa ERAS. ESPEN 2016: RECOMENDAÇÕES DE TN EM CIRURGIA Recomendação TNO ou TNE pos-op: Forte C1- 3 Cirurgia: cuidados após a alta hospitalar Grau de Recomendação FORTE Em pacientes oncológicos cirúrgicos com risco nutricional moderado ou grave nós recomendamos suplemento oral/ terapia nutricional enteral adequada antes e após a alta hospitalar. Nível de evidência MODERADO Efeitos metabólicos favoráveis Permite a utilização precoce do trato gastrointestinal (se funcional) Em cirurgia de grande porte, jejunostomia pode evitar o uso prolongado de PN Mais difícil de atingir as necessidades totais de energia do que PN. Melhores resultados clínicos no Pré-Op do que a TNP Resultados clínicos similares no Pós-Op versus TNP Menores custos comparado com a TNP NUTRIÇÃO E CÂNCER- CIRURGIA Terapia Nutricional Enteral - Resultados Clínicos ASPEN 2009 : RECOMENDAÇÕES DE NE EM ONCOLOGIA A TNE no perioperatório pode ser benéfica em pacientes com desnutrição moderada e/ou grave ( administrada 7 a 14 dias antes da cirurgia) Benefícios de TNE Vs. Possível atraso da cirurgia ASPEN - RECOMENDAÇÕES DE NE EM ONCOLOGIA Fórmulas imunomoduladoras (arginina, nucleotídeos e AG essenciais) podem ser benéficas em pac. desnutridos submetidos à cirurgias de grande porte. ESPEN 2016: RECOMENDAÇÕES DE TN EM CIRURGIA Recomendação Imunonutrição: Forte Evidência: Forte C1- 4 Cuidado tradicional peri-operatório Grau de Recomendação FORTE Em pacientes com câncer de trato gastrointestinal alto submetidos à cirurgias para ressecção no contexto do cuidado tradicional peri- operatório nós recomendamos imunonutrição via oral/enteral. Nível de evidência ALTO Terapia Nutricional Enteral Imunomoduladora Resultados NUTRIÇÃO EM CA CIRURGICO Complicações infecciosas Tempo de internação hospitalar Custos Hospitalares Zaloga, 2010 Como programar o desmame? (Paciente clínico e cirúrgico) Progressivamente INCA TNE via sonda: Quando a ingestão oral permanecer > 60% do GET por 3 dias consecutivos TNE via oral: Quando a ingestão da alimentação convencional for > 75 % do GET por 5 dias consecutivos DIRETRIZES DE NUTRIÇÃO ENTERAL EM ONCOLOGIA CLÍNICA 2009 Todos os pacientes com câncer devem ser submetidos a triagem nutricional para identificar aqueles que necessitam de avaliação e conduta nutricional especializada ASPEN 2009: Recomendações de NE em Oncologia Clínica JPEN J Parenter Enteral Nutr 2009; 33; 472. No mesmo momento do diagnóstico do tumor Repetir a cada visita Intervenção nutricional precoce ESPEN 2016: Terapia Nutricional em Oncologia Clínica Quando deve ser feita a Avaliação Nutricional? Bozzetti F et al. Clin Nutr. 2009 Aug;28(4):445-54. ASPEN 2009: Recomendações de NE em Oncologia Clínica A TNE é adequada para pac. desnutridos, em tratamento anticâncer e incapazes de ingerir e/ou absorver nutrientes suficientes por um período prolongado JPEN J Parenter Enteral Nutr 2009; 33; 472. A TNE não deve ser utilizada rotineiramente como complemento à quimioterapia A TNE não deve ser utilizada rotineiramente em pac. submetidos à irradiação de cabeça e pescoço, abdominal ou pélvica. ASPEN 2009: Recomendações de NE em Oncologia Clínica JPEN J Parenter Enteral Nutr 2009; 33; 472. ESPEN 2016: RECOMENDAÇÕES DE TN EM CIRURGIA Recomendação dieta oral ou TNO em Rt: Forte Evidência: Moderada C2- 1 RT: assegurar ingestão nutricional adequada Grau de Recomendação FORTE Recomendamos que durante a radioterapia para cânceres de cabeça e pescoço, de trato gastrointestinal alto e baixo e de tórax, um aporte nutricional adequadodeve ser assegurado primeiramente através de orientação nutricional individualizada e/ou do uso de suplementos orais, a fim de evitar piora do estado nutricional, manter a ingestão de nutrientes e evitar interrupções da RT. Nível de evidência MODERADO ESPEN 2016: Recomendações de NP em Oncologia Clínica Exercício em Qt Recomendação: Forte Evidência: muito baixa C3 - 1 Tratamento medicamentoso anticâncer: garantir nutrição adequada Grau de Recomendação FORTE Durante o tratamento medicamentoso anticâncer nós recomendamos garantir uma oferta nutricional adequada e manter a prática de atividade física Nível de evidência Muito baixo 16 estudos: exercício aeróbico e de resistência melhoram a força da musculatura superior e inferior mais do que o cuidado usual Mucosite e enterite graves Ingestão oral/enteral inadequada (<60% do gasto energético estimado) Pacientes desnutridos Pacientes com falência intestinal ESPEN 2016: Indicações de NP em Oncologia Clínica Quando indicar NP em pacientes oncológicos? Bozzetti F et al. Clin Nutr. 2009 Aug;28(4):445-54. Pacientes com indicação de NP por período curto de tempo: Não % de lipídios para pacientes com caquexia em uso prolongado de NP Não existem evidências para o uso de AG n-3 ESPEN 2009: Indicações de NP em Oncologia Há necessidade de fórmulas especiais na NP? Bozzetti F et al. Clin Nutr. 2009 Aug;28(4):445-54. Pacientes sem afagia e insuficiência intestinal Ingestão oral/enteral adequada No peri-operatório de pacientes nutridos Durante quimio e/ou radioterapia ESPEN 2009: Indicações de NP em Oncologia Clínica Quando a TNP pode ser prejudicial? Bozzetti F et al. Clin Nutr. 2009 Aug;28(4):445-54. ESPEN 2016: Recomendações de NE em Oncologia Clínica NÃO USAR Gln em Rt pélvica Recomendação: Forte Evidência: baixa C2 - 4 Diarreia induzida por radiação: glutamina Grau de Recomendação FORTE Não recomendamos o uso de glutamina durante a radioterapia pélvica a fim de prevenir enterites/diarreias induzidas pelo tratamento. Nível de evidência Baixo ESPEN 2016: Recomendações de NP em Oncologia Clínica NÃO USAR Probióticos em diarreia por Rt Evidência: fraca C2 - 5 RT: uso de probióticos em diarreia por Rt Grau de Recomendação Dados consistentes insuficientes para indicar o uso de probióticos em diarreia induzida por radioterapia. Nível de evidência Fraco ESPEN 2016: Recomendações de NP em Oncologia Clínica NÃO USAR TNP em Rt de rotina Recomendação: Forte Evidência: moderada C2 - 6 RT: uso de nutrição parenteral Grau de Recomendação FORTE O uso da nutrição parenteral não é recomendado para todos os pacientes em RT; ela só deve ser iniciada se a nutrição oral ou enteral não for possível, como por exemplo nos casos de enterites e mucosites graves, ou cânceres obstrutivos de cabeça e pescoço/ esôfago. Nível de evidência Moderado O uso paliativo da TNE em pacientes com câncer terminal raramente é indicado. ASPEN 2009: Recomendações de NE em Oncologia Clínica JPEN J Parenter Enteral Nutr 2009; 33; 472. ESPEN 2016: Indicações de NP em Oncologia Clínica Quando indicar NP domiciliar em pacientes oncológicos? B3 - 5 Terapia Nutricional Artificial Domiciliar Grau de Recomendação FORTE Para paciente com baixa ingestão alimentar crônica e/ou quadros dIsabsortivos não controlados nós recomendamos o uso da terapia nutricional artificial domiciliar em pacientes que atendam o perfil Nível de evidência Baixo ESPEN 2016: Indicações nutricionais em Oncologia Clínica Quando indicar t N em pacientes oncológicos? C3-1 Terapia Nutricional adequada Grau de Recomendação FORTE Durante o tratamento QT anti câncer recomenda-se assegurar ingestão nutricional adequada e atividade física Nível de evidência Baixo ESPEN 2016: Indicações de NP em Oncologia Clínica Quando indicar TN em pacientes oncológicos? C3-2 Terapia Nutricional adequada Grau de Recomendação FORTE Durante tratamento Qt curativo se ingestão nutricional oral ou por TNO foi baixa, recomenda-se TNE e se não for suficiente TNP Nível de evidência Muito Baixo ESPEN 2016: Indicações de NP em Oncologia Clínica Quando indicar NP em pacientes oncológicos terminais? TNE insuficiente Expectativa de vida > 2 a 3 meses Desejo do paciente TNP pode beneficiar pacientes terminais com perda de peso e redução da ingestão de nutrientes. Bozzetti F et al. Clin Nutr. 2009 Aug;28(4):445-54. ESPEN 2016: Indicações de TN em Oncologia Clínica O Que fazer em doentes em morte eminente? C6 - 3 Fase terminal muito avançada Grau de Recomendação FORTE Em doentes em morte eminente o tratamento deve ser baseado no conforto. Hidratação artificial e nutrição não trazem benefícios para a maior parte dos pacientes. Nível de evidência Baixo Abordagem Multimodal em Caquexia Identificar Causas Secundárias de Baixa Ingestão Alimentar • Avaliar e corrigir Terapia Nutricional Adequada • Aconselhamento dietético ou TNE ou TNP Terapia Farmacológica • Acetato de megestrol, corticosteróides e agentes pró-cinéticos. •Novos agentes: antagonistas dos receptores de melatonina, grelina e análogos, anti-Miostatina anabolizantes esteróides modernos, intervenções anti-citocinas. Tratamento Psicológico das Angústias Psicossociais • Aliviar a dor e o sofrimento do doente. Blum D. et al.Support Care Cancer (2010) 18:273–279 ESPEN 2016: Recomendações de NE em Oncologia Clínica Recomendação Fraca Evidência Alta B5 - 1 Corticosteróides para aumentar o apetite Grau de Recomendação FRACO Sugerimos considerar o uso de corticosteróides por um curto período de tempo a fim de aumentar o apetite de pacientes oncológicos com anorexia, mas devemos ficar atentos aos potenciais efeitos colaterais (ex: perda de massa muscular). Nível de evidência ALTO B5 - 2 Progestina para aumentar o apetite Grau de Recomendação FRACO Sugerimos considerar o uso de progestina por um período determinado a fim de aumentar o apetite em pacientes oncológicos com anorexia, mas devemos ficar atentos aos potenciais efeitos colaterais. Nível de evidência ALTO ESPEN 2016: Recomendações de NE em Oncologia Clínica Recomendação Fraca Evidência Baixa Recomendação Não Usar Evidência Baixa B5 - 3 Canabinóides para aumentar o apetite Grau de Recomendação FRACO Sugerimos considerar o uso de canabinóides a fim de tentar melhorar alterações de paladar e quadros de anorexia em pacientes com câncer. Nível de evidência BAIXO B5 - 5 Aminoácidos Grau de Recomendação NENHUM Não existem evidências científicas suficientes para recomendar a suplementação com aminoácidos de cadeia ramificada ou seus metabólitos a fim de proporcionar ganho de massa magra. ESPEN 2016: Recomendações de NE em Oncologia Clínica Recomendação Não Usar B5 - 6 Antiinflamatórios não esteroidais Grau de Recomendação NENHUM Não existem dados suficientes para recomendar o uso de antiinflamatórios não esteroidais para melhorar o peso de pacientes oncológicos que apresentam perda de peso. Nível de evidência BAIXO B5 - 4 Androgênios para ganho de massa muscular Grau de Recomendação NENHUM Não existem dados suficientes para recomendar o uso de androgênios para ganho de massa muscular. Nível de evidência ALTO ESPEN 2016: Recomendações de NE em Oncologia Clínica Recomendação Fraca Evidência Moderada B5 - 7 AG ômega 3 para melhorar apetite e peso corporal Grau de Recomendação FRACO Em pacientes com câncer em tratamento quimioterápico e em risco para perda de peso, nós sugerimos o uso de suplementos com ácidos graxos de cadeia longa w-3ou óleo de peixe a fim de estabilizar/ melhorar o apetite, a ingestão de alimentos, a massa magra e o peso corporal. Nível de evidência FRACO Muscaritoli M, et al IEM, 2010 “… A detecção precoce da desnutrição e caquexia será cada vez mais importante na esperança de que uma intervenção oportunda possa melhorar ambos os resultados centrado no paciente e na oncologia.” Alimentação oral a nutrição artificial: Fluxograma de decisão Dieta oral Aconselhamento nutricional Suplementação nutricional Nutrição Enteral Nutrição Parenteral M. Muscaritoli 2015 Conclusões Existe uma alta prevalência de desnutrição em Câncer. A desnutrição é um fator de risco independente para o aumento da morbidade hospitalar e mortalidade. A etiologia da desnutrição em câncer é multifatorial Terapia nutricional clássica não está relacionada com ganho de peso significativo em pacientes com câncer avançado Conclusão I Conclusão Perda de gordura na caquexia em câncer ocorre por maior consumo e aumento do gasto energético Perda de massa muscular esquelética em caquexia do câncer é mediada por múltiplos fatores derivados do tumor e células do hospedeiro O sistema ubiquitina proteassoma está ativado em câncer Conclusões Terapia nutricional peri-operatória em pacientes oncológicos candidatos a cirurgia de grande porte reduz a taxa de complicações pós-operatórias e o tempo de internação hospitalar A terapia nutricional enteral imunomoduladora está indicada no perioperatório em câncer A meta é prevenir ou retardar a progressão da perda de peso durante a quimio e radioterapia Novas abordagens multimodais da síndrome de anorexia / caquexia em câncer são necessárias Conclusão II Conclusão Melhorar a caquexia pode não ser possível. A meta é prevenir ou retardar sua progressão Não há estratégia de tratamento único ou combinado que seja bem sucedida em todos os doentes A estratégia multimodal demonstra-se eficaz na melhoria da sobrevida e qualidade de vida Blum D. et al. Support Care Cancer (2010) 18:273–279
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