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Anticoagulantes, Antiplaquetários e Fibrinolíticos

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Larissa Melo Moura  
 
 
Anticoagulantes, Antiplaquetários e Fibrinolíticos 
 
 
◇​Anticoagulantes e Antiplaquetários: tratamento para ​prevenção de trombos 
◇​Antifibrinolíticos: intervenção de tratamento nos ​trombos já formados 
 
 
Processo de Coagulação 
 
-Todo processo dura em torno de 24-48 horas após a lesão 
-O que ocorre quando não há lesão vascular: as plaquetas estão em repouso e o endotélio vascular 
íntegro produz prostaciclina que atua no receptor de prostaciclina da plaqueta, provocando o ↑ da 
adenilato ciclase = formação e ​↑ AMPc = inibição plaquetária =impede a liberação de grânulos que 
contém ​Ca​2+ e outros mediadores responsáveis pela ativação plaquetária. Além disso, vai também 
manter o receptor GIIBIIIA na sua forma inativa, o que o faz incapaz de ser ter adesão entre as 
plaquetas. 
 
1) Vasoconstrição localizada 
A lesão provoca a liberação de endotelina, que faz com que ocorra a vasoconstrição reflexa e também 
servirá como alerta para a descontinuidade no vaso. 
 
2) Hemostasia primária 
 
Exposição do colágeno subendotelial→ plaquetas em repouso se aderem à esse endotélio→ colágeno 
expõe o ​fator de Von Willebrand ​→ se liga ao GP1b das primeiras plaquetas que se ligam ao colágeno e 
são ativadas → liberação de grânulos com ADP, tromboxano A2, serotonina, fator ativador das 
plaquetas, ​Ca​2+​ → ​ativação da agregação plaquetária. 
 
◇​O ​tromboxano A2 ativado age em plaquetas inativas a partir do seu receptor G do tipo Gq→ ativa a 
fosfolipase C ​→ convertendo o fosfolipídio de membrana PPI2 em diacilglicerol e inositol trifosfato 
(IP3). O diacilglicerol ativa a prot quinase C (PKC) e o IP3 promove a saída de ​Ca​2+ do RE para o 
citoplasma. 
PKC ativa se une ao cálcio liberado e promove a ativação da fosfolipase A2 → ativa o ​receptor 
GPIIBIIIA → a plaqueta com esse receptor inativo é ativada por uma cascata de sinalização 
intercelular com início pelo estímulo do tromboxano A2 → esse receptor ativado pode se ligar ao 
fibrinogênio →​ promoção da agregação plaquetária. 
 
◇​O ADP se liga ao receptor P2Y12 acoplado a prot Gi → produz inibidor de adenilato ciclase → 
impede que haja a conversão de ATP em AMPc → ↓ AMPc → ↓ ativação do PKA (o PKA é 
responsável pela inibição das plaquetas) = ​ativação plaquetária. 
 
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Larissa Melo Moura  
 
◇​O ADP também pode promover a agregação plaquetária pela via receptor P2Y1 acoplado a prot Gi 
→ ativa a fosfolipase C (mesmo processo do tromboxano A2) → ​agregação plaquetária. 
 
3) Hemostasia Secundária 
Ocorre após o evento de adesão, ativação e agregação plaquetária. Será necessário a ativação da 
protrombina em trombina e transformação do fibrinogênio em fibrina. Isso ocorre a partir da ​cascasta de 
coagulação ​por meio da via intrínseca e da extrínseca que se encontram na via comum. 
 
 
 
-Na via intrínseca, o fator VIIIA irá para via comum ativar o fator X 
-Na via extrínseca, o fator VIIA irá para via comum ativar o fator X 
-A trombina transforma o fibrinogênio (fator I) em fibrina, ela também ativa o fator XIII (fator 
estabilizador de fibrina) que com auxílio do cálcio faz a ligação dos polímeros de fibrina, deixando ela mais 
estável, evitando o cisalhamento da malha. 
 
4) Resolução 
-Liberação de fatores que vão promover a fibrinólise 
-Trombomodulina bloqueia a cascata de coagulação 
-Liberação de prostaciclina que inibe a agregação plaquetária e a vasoconstrição 
-Moléculas de superfície semelhantes à heparina bloqueiam a cascata de coagulação 
 
Trombose 
 
-Extensão patológica da hemorragia que ocorre devido ao descompasso do controle da coagulação 
-É a solidificação do sangue no interior dos vasos ou câmaras cardíacas 
 
Aspectos que tendem a formar trombos 
 
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Larissa Melo Moura  
 
→​Lesão endotelial:​ influencia principalmente a formação de trombos na circulação arterial e no coração 
-Causas: estresse de cisalhamento associadas à hipertensão ou fluxo turbulento, hiperlipidemia, níveis 
elevados de glicemia na DM, lesão vascular traumática e algumas infecções. 
 
◇​Formação de trombos 
-Ativadores de plaquetas promovem a aderência plaquetária ao local da lesão 
-A exposição do fator tecidual sobre o endotélio lesado desencadeia a cascata de coagulação 
-As substâncias antitrombóticas naturais sofrem depleção no local da lesão vascular. 
 
→​ Fluxo sanguíneo anormal 
-Provoca um estado de turbulência ou de estase 
 
◇​Formação de trombos 
-A ausência de fluxo sanguíneo laminar faz com que as plaquetas fiquem em proximidade com a parede 
do vaso 
-Estase (lentidão) inibe o fluxo de sangue novo, de modo que os fatores da coagulação ativados na 
região não são removidos nem diluídos 
-Fluxo sanguíneo anormal promove a ativação de cel endoteliais resultando em um estado 
protrombótico 
 
→ Alterações na coagulação 
-Sangue favorecido a uma hipercoagulabilidade, a qual é uma resposta anormal amplificada da 
coagulação a lesão vascular, devido a distúrbios genéticos ou adquiridos. 
-Mutação da protrombina G20210A, Síndrome de trombocitopenia induzida por heparina 
 
 
 
 
Coagulograma 
 
-Tempo de sangramento (TS) 
-Tempo de coagulação (TC) 
-Prova do laço (PL) 
-Retração do coágulo (RC) 
-Contagem de plaquetas 
-Tempo de trombina (TP) e INR 
-Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) 
 
◇​TC, TP e TTPA: principais solicitados para o pac antes de ir ao centro cirúrgico. 
◇​TP e INR é importante para verificar a adesão terapêutica de anticoagulantes, o INR serve como 
forma de monitoramento. 
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Larissa Melo Moura  
 
 
Terapia Farmacológica 
 
 
 
 
 
 
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