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Livro Texto - Unidade I

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Autor: Prof. Ms. Mario A. Mancuso Jorge
Colaboradores: Prof. Alexandre Ponzetto
 Profa. Tânia Sandroni
Computação Gráfica e 
Ilustração
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Professor conteudista: Mario A. Mancuso Jorge
Nascido em São Paulo, mestre em Comunicação Social, analisando a comunicação mercadológica de produtos 
ligados à indústria cultural. Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Mackenzie, trabalhou com 
ilustração, animação e roteiro cinematográfico por mais de 15 anos, prestando serviços a diversas agências e produtoras 
do Brasil e exterior. Também atua na área de arquitetura e design de interiores. Atualmente, é professora da UNIP nos 
cursos de Comunicação Digital, Arquitetura e Urbanismo e Design de Interiores. Coordenador do curso tecnológico de 
Design de Interiores do campus Chácara Santo Antônio.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
J82c Jorge, Mario Mancuso.
Computação gráfica e ilustração. Mario Mancuso Jorge. – São 
Paulo: Editora Sol, 2015.
152 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2-061/15, ISSN 1517-9230.
1. Computação gráfica. 2. Ilustração. 3. Artes visuais. I. Jorge, 
Mario Mancuso. II.Título.
CDU 766
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Rose Castilho
 Virgínia Bilatto
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Sumário
Computação Gráfica e Ilustração
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 CONCEITO DE ILUSTRAÇÃO ............................................................................................................................9
1.1 O que é ilustração? .................................................................................................................................9
1.2 Primórdios da imagem pictórica .................................................................................................... 11
2 SEGMENTOS DA ILUSTRAÇÃO .................................................................................................................... 16
Unidade II
3 MERCADO PUBLICITÁRIO: A ILUSTRAÇÃO A SERVIÇO DA PUBLICIDADE ................................. 21
3.1 Primórdios ............................................................................................................................................... 21
3.2 Forma de atuação ................................................................................................................................ 25
3.3 A campanha publicitária ................................................................................................................... 26
3.4 A ilustração publicitária ..................................................................................................................... 26
3.4.1 Anúncios ..................................................................................................................................................... 27
3.4.2 Embalagens ............................................................................................................................................... 32
3.4.3 Personagens .............................................................................................................................................. 39
3.4.4 Outros .......................................................................................................................................................... 40
4 MERCADO EDITORIAL .................................................................................................................................... 41
4.1 Primórdios ............................................................................................................................................... 41
4.2 Estrutura editorial ................................................................................................................................ 45
4.2.1 Capas ............................................................................................................................................................ 46
4.2.2 Ilustrações de miolo ............................................................................................................................... 47
4.2.3 Vinhetas ...................................................................................................................................................... 47
4.2.4 Infográficos ............................................................................................................................................... 48
4.2.5 Caricaturas ................................................................................................................................................. 49
4.2.6 Charge ......................................................................................................................................................... 50
4.2.7 Histórias em quadrinhos ...................................................................................................................... 51
Unidade III
5 CATEGORIAS DA ILUSTRAÇÃO ................................................................................................................... 60
5.1 A ilustração no audiovisual .............................................................................................................. 60
5.1.1 Storyboard ................................................................................................................................................. 60
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5.1.2 Concept board .......................................................................................................................................... 61
5.1.3 Concept art ................................................................................................................................................ 62
5.1.4 Cenografia ................................................................................................................................................. 63
5.2 Ilustração científica .............................................................................................................................64
5.3 Estilos de ilustração ............................................................................................................................. 65
5.3.1 Estilo: representação gráfica .............................................................................................................. 68
5.3.2 Estilo: traço................................................................................................................................................ 68
5.3.3 Estilo: linguagem .................................................................................................................................... 69
5.3.4 Estilo: público-alvo ................................................................................................................................ 69
5.3.5 Estilo: temas .............................................................................................................................................. 70
6 TÉCNICAS DE ILUSTRAÇÃO .......................................................................................................................... 71
6.1 Técnicas manuais.................................................................................................................................. 71
6.1.1 Trabalhos a nanquim ............................................................................................................................. 71
6.1.2 Grafite e carvão ....................................................................................................................................... 74
6.1.3 Lápis de cor ............................................................................................................................................... 75
6.1.4 Marcadores ................................................................................................................................................ 76
6.1.5 Aerógrafos ................................................................................................................................................. 77
6.1.6 Aquarela ...................................................................................................................................................... 78
6.1.7 Guache ........................................................................................................................................................ 80
6.1.8 Pastel ............................................................................................................................................................ 81
6.1.9 Tinta a óleo ................................................................................................................................................ 83
6.1.10 Pintura acrílica....................................................................................................................................... 83
6.2 Técnicas digitais – ilustração em computação gráfica ......................................................... 84
6.2.1 Gráficos de bitmap (raster) ................................................................................................................. 91
Unidade IV
7 HARDWARE: EQUIPAMENTOS PARA SE TRABALHAR COM COMPUTAÇÃO GRÁFICA .......104
7.1 O computador ......................................................................................................................................104
7.1.1 Processador .............................................................................................................................................107
7.1.2 Memória virtual (RAM) .......................................................................................................................108
7.1.3 Placa de vídeo ........................................................................................................................................109
7.2 Mesa digitalizadora ...........................................................................................................................111
7.3 Scanner de mesa ................................................................................................................................114
8 PRINCIPAIS SOFTWARES DE COMPUTAÇÃO GRÁFICA ...................................................................114
8.1 Adobe Photoshop, o editor de imagens definitivo ...............................................................114
8.2 Corel Painter: pintando no computador como se pinta no mundo real .....................121
8.3 Adobe Illustrator e Corel Draw: a ilustração em vetor .......................................................123
8.4 O universo 3D e a After Desk – Maya e 3Ds Max ..................................................................126
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APRESENTAÇÃO
A ilustração, dentro de uma composição gráfica, contribui e, muitas vezes, determina a unidade 
gráfica. Mais do que tornar a peça esteticamente mais agradável e atrativa, ela complementa o discurso 
por meio de sua força comunicacional.
A disciplina Computação Gráfica e Ilustração procura trazer a compreensão do que é ilustração, suas 
aplicações e utilizações em seus vários mercados e apresentar as principais técnicas para sua produção, 
com foco maior no uso da tecnologia gráfica.
Buscaremos apresentar ao aluno o valor simbólico e iconográfico das ilustrações, os meandros da 
atividade de ilustrador e os processos de produção por meio de cases comentados.
Sejam bem-vindos à ilustração!
Boa disciplina!
INTRODUÇÃO
A ilustração está entre as atividades profissionais mais presentes em nosso cotidiano. Nos produtos 
que consumimos, nas embalagens que escolhemos, nos sites que navegamos, nas revistas que lemos 
etc., está presente o trabalho do ilustrador. No entanto, a maioria das pessoas não conhece bem a 
profissão e a atividade de ilustrador, encarando de modo superficial, apenas como um ofício artístico.
A ilustração é bem mais do que arte, é comunicação visual, é discurso que fala aos sentidos e 
percepções de modo aprofundado, determinando escolhas, emoções e ações. A atividade prática de 
ilustração envolve diversos conhecimentos necessários para construir a ponte visual entre emissor e 
receptor e que a tornam uma atividade interdisciplinar.
Por meio deste livro, pretendemos, em sua primeira parte, trazer algumas definições que ajudem a 
compreender o que é ilustração por meio de suas características estilísticas e mercadológicas, ao mesmo 
tempo em que apresentaremos cases reais comentados de trabalhos executados e publicados.
Em contrapartida, iremos também abordar a ilustração com foco nas técnicas e novas tecnologias 
aplicadas ao mercado de trabalho atual, objetivando o processo e os caminhos de construção das 
peças ilustrativas.
Esperamos que, ao final do estudo, o aluno desfrute de um conhecimento mais aprofundado e 
abrangente da ilustração, como produto e ofício, e do cotidiano de sua atuação profissional, tendo 
subsídios para se inserir no mercado profissional, seja na ilustração em si, seja em áreas correlatas.
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COMPUTAÇÃO GRÁFICA E ILUSTRAÇÃO
Unidade I
1 CONCEITO DE ILUSTRAÇÃO
1.1 O que é ilustração?
De acordo com o Guia do Ilustrador, “ilustração é toda imagem, desenho ou foto, que sirva para 
ilustrar algo, normalmente um texto, de forma a facilitar sua compreensão” (ANTUNES, 2007, p. 4).
Em uma definição apoiada mais na prática de mercado, a ilustração propriamente dita diverge da 
fotografia e das artes plásticas. A fotografia mantém um status próprio, com formação específica, modo 
de trabalho e resultados. Entretanto, em relação às artes plásticas, a confusão é comum.
Figura 1 – Ao contráriodas artes plásticas, a ilustração serve a um fim específico dentro de uma estratégia de comunicação
Identificamos muitos pontos em comum, uma vez que ambas as formas de arte usam recursos como 
desenho e pintura. A ilustração, no entanto, é feita, em geral, a partir de uma encomenda, seguindo 
um briefing (conjunto de informações sobre a solicitação que pode ser considerado um tipo de ordem 
de serviço) determinado pelo cliente. Ela se destina para um uso específico dentro de um projeto de 
comunicação (anúncio, embalagem, matéria jornalística etc), mediante uma remuneração. Constitui-se 
mais como uma prestação de serviço do que uma atividade artística.
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Unidade I
 Observação
Briefing é um documento feito dentro das relações comerciais de 
prestação de serviços, principalmente em consultorias, projetos de design 
e ilustração, que configura uma descrição do serviço, das necessidades e 
das observações. Não tem valor como contrato, mas é fundamental para 
registrar o serviço e formular o orçamento.
Um pintor, mesmo que tendo encomendas e recebendo por seu trabalho, goza de certa liberdade 
autoral e é contratado pelo que faz, podendo pintar o que quer, assim como um desenhista amador. 
Um ilustrador não. Ele segue as diretrizes do contratante, tendo de desenhar o que foi determinado, 
conforme deve ser feito, empregando muito mais seu domínio técnico e de concretização do briefing 
recebido do que sua visão das ideias.
Figura 2 – Exemplo de anúncio com ilustração feita sob encomenda. Arte de Mario Mancuso, 2008
Obviamente, muitos ilustradores detêm uma técnica majoritária ou um estilo próprio, mas que 
apenas serão permitidos em alguns casos. O que se vê bastante são profissionais que dominam diversas 
formas de executar seu trabalho (conhecidos como tarefeiros), sempre atendendo à solicitação do 
cliente. Na ilustração estamos, essencialmente, produzindo um trabalho por encomenda para um 
determinado uso e local, que servirá a um propósito preconcebido. A ilustração já nasce com um 
destino traçado e específico.
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COMPUTAÇÃO GRÁFICA E ILUSTRAÇÃO
O ilustrador é um prestador de serviços, um executor ou fornecedor de um dado cliente dentro de 
uma cadeia de eventos que vai desde a concepção do produto, passando por sua produção e promoção, 
até o consumidor final. O papel do profissional, então, pode estar no projeto, na confecção do produto 
(uma capa de um livro), na promoção deste (anúncio, embalagem, filme animado) e, sem dúvida, 
participa ativamente do processo todo.
 Observação
A profissão de ilustrador ainda não é plenamente reconhecida pelo 
Ministério do Trabalho, porém temos algumas entidades profissionais 
formadas e registros de profissionais, principalmente daqueles ligados à 
mídia impressa, por meio do sindicato dos jornalistas.
1.2 Primórdios da imagem pictórica
Como premissa para um estudo sobre ilustração, com foco em sua importância, utilização e produção, 
devemos entender primeiro seu papel como agente de comunicação no cotidiano do ser humano.
Desde seus primeiros passos, na chamada Pré-História, o Homem tem se apresentado como um ser 
visual, ou seja, o sentido da visão e a imagem foram os principais elos com seu meio. No desenvolvimento 
de sua expressão comunicacional, vemos a imagem como elemento fundamental para registro de 
sua percepção do mundo, registro de seu cotidiano e também interação com o seu redor. Assim, a 
imagem se constituiu uma importante ferramenta no desenvolvimento da comunicação e consequente 
desenvolvimento da espécie humana.
Figura 3 – Animais pintados na Gruta de Lascaux, um dos sítios de arte rupestre mais famosos do mundo
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Unidade I
 Saiba mais
Arte rupestre é o termo que denomina as representações artísticas 
pré-históricas feitas em paredes, tetos e outras superfícies de cavernas e 
abrigos rochosos, ou mesmo sobre superfícies rochosas ao ar livre. Divide-se 
em pinturas rupestres, realizadas com pigmentos, e gravuras rupestres, 
imagens entalhadas na própria rocha.
Saiba mais sobre o assunto no livro:
PROENÇA, G. História da arte. São Paulo: Editora Ática, 2012.
Um velho ditado popular versa que “uma imagem fala mais que mil palavras”. Essa expressão serve 
bem para resumir o papel da imagem na comunicação. Por meio dela podemos incluir elementos 
concretos (denotativos), mostrando sua aparência, forma, textura e cor, dando uma dimensão exata do 
que se quer representar, além de sugerir e propor um sem número de interpretações subjetivas (sentido 
conotativo), ampliando o leque de significados, intensificando a mensagem.
Pela sua natureza, a imagem é uma forma de expressão estática, assim, a escolha do momento, do 
instante a ser retratado, guarda o segredo de seu sucesso e de sua eficácia como agente comunicacional.
Figura 4 – A criação de Adão, de Michelangelo, de 1511. Uma das mais famosas obras do artista italiano, localizada na Capela Sistina, 
em Roma, retrata a visão do autor sobre a criação do homem, descrita no Gênesis
Observando-se as pinturas feitas nas cavernas pelos primeiros homens, podemos imaginar diversos 
motivos para a escolha dos elementos retratados – o que e o como –, mas é inegável sua eficiência 
em nos fornecer uma visão clara do que aqueles homens viam em seus dias. Da mesma forma, com 
o passar dos séculos, na Antiguidade, o uso de recursos de representação imagética (em diversas 
técnicas) tem servido para o registro da história e do cotidiano das nações, assim como objeto de 
materialização de mitos.
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COMPUTAÇÃO GRÁFICA E ILUSTRAÇÃO
 Observação
Devemos tomar cuidado para não confundir o uso de imagens como 
ilustrações com o uso de imagens como escrita, comum em muitas nações 
que adotaram, mesmo que por um tempo, alfabetos iconográficos. Entre os 
mais conhecidos, temos os hieróglifos egípcios e os ideogramas chineses.
O registro em imagens de suas ideias, de sua visão do dia a dia, ou seja, a materialização da 
interpretação dos fatos cotidianos ajudou a estabelecer e arregimentar o Homem como ser histórico na 
evolução do mundo.
Figura 5 – Pintura do Egito Antigo retratando o cotidiano dos habitantes
O uso da imagem é anterior à escrita. Quando esta surgiu, o Homem passou a contar com o acréscimo 
de um recurso comunicacional que só seria superado com a invenção do rádio e do cinema, no fim do 
século XIX.
No Renascimento, a atividade pictórica servia novamente para o registro e também como 
atividade interdisciplinar, uma vez que muitos pintores promoviam diversas experimentações 
dentro do campo da geometria (a composição gráfica e diagramação, modulação do espaço 
bidimensional, princípios de perspectiva); matemática; óptica e luz e sombra; química (com a 
criação e experimentação de pigmentos e técnicas), além da visão crítica em mensagens implícitas 
nas pinturas.
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Figura 6 – The milkmaid (A Leiteira, em português), de Vermeer, de 1660. Exemplo do cotidiano retratado pelo artista
Atualmente, podemos dividir a imagem em ilustração e fotografia. A fotografia, definida como uma 
imagem captada por lentes em um papel fotossensível, assume um papel de registro visual captado 
diretamente da realidade, ou seja, mostra um momento que existiu, enquanto a ilustração representa 
uma interpretaçãoda realidade por meio de recursos visuais, como pintura e colagens.
 Lembrete
Lembrando que “ilustração é toda imagem, desenho ou foto, que 
sirva para ilustrar algo, normalmente um texto, de forma a facilitar sua 
compreensão” (ANTUNES, 2007, p. 4).
 Saiba mais
Norman Rockwell é um ilustrador norte-americano, nascido em 1894, 
famoso por pintar mais de 300 capas para a revista The Saturday Evening 
Post, por mais de quatro décadas, e das ilustrações de cenas do cotidiano 
da América nas pequenas cidades.
Entre diversos trabalhos, Norman Rockwell fez os retratos dos 
presidentes Eisenhower, John Kennedy, Lyndon Johnson e Richard Nixon, 
além de outras destacadas figuras mundiais, como Gamal Abdel Nasser e 
Jawaharlal Nehru.
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COMPUTAÇÃO GRÁFICA E ILUSTRAÇÃO
Entre suas principais características, podemos destacar a precisão e o 
enorme realismo de suas figuras.
Para mais informações sobre ele, visite o site:
<http://www.nrm.org/?lang=pt>.
De forma mais específica, recomendamos que você veja a pintura The 
Problem We All Live With, de 1964, que retrata um episódio crucial da 
história dos EUA a partir de um fato do cotidiano. É possível ver a imagem 
no site:
ROCKWELL, N. The problem we all live with. 1964. Óleo sobre tela. 
Disponível em: <http://collections.nrm.org/search.do?id=320673&db=obj
ect&page=1&view=detail>. Acesso em: 1 dez. 2014.
Durante séculos, a pintura serviu como principal meio de representação gráfica. Pintavam-se 
ocorrências do cotidiano, como as caçadas, grandes batalhas, lendas mitológicas, monstros e outras 
figuras fantásticas etc. Ao longo do tempo, os pintores começaram a ir além da representação 
figurativa, acrescentando elementos interpretativos e imaginativos, gerando mensagens.
Estilisticamente, a pintura se manteve fiel, principalmente, à representação figurativa, com poucas 
distorções e buscando a realidade das formas e texturas.
Figura 7 – Proclamação da Independência do Brasil, pintura de Pedro Américo, 1888. Esta pintura, feita 66 anos depois da 
Independência por encomenda da Família Real, é um exemplo de pintura realista a partir da interpretação de um fato histórico
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Com a criação da fotografia, o papel de registro documental e histórico, que a pintura 
também exercia, passou a ser dividido com a foto. Isso deu margem para que os artistas 
explorassem novas formas de pintura livres da representação realista, o que deu origem ao 
impressionismo.
 Saiba mais
Durante séculos, vários artistas trabalharam para nobres e pessoas 
com grande riqueza, pintando retratos deles mesmos ou de familiares, 
registrando-se assim para posteridade. Um exemplo famoso é o quadro 
Rosa e Azul (As Meninas Cahen d´Anvers), de Pierre-Auguste Renoir, 
que pode ser apreciado no Museu de Arte de São Paulo (MASP):
RENOIR, P. A. Rosa e azul (as meninas Cahen d´Anvers). 1881. In: MUSEU 
DE ARTE DE SÃO PAULO. Acervo. São Paulo: MASP, 2009. Disponível em: 
<http://masp.art.br/masp2010/acervo_detalheobra.php?id=272>. Acesso 
em: 17 nov. 2014.
 Lembrete
Importante ressaltar que o uso da imagem é anterior à escrita.
2 SEGMENTOS DA ILUSTRAÇÃO
Novamente, levando-se em consideração a prática de mercado, podemos dividir as ilustrações 
seguindo três critérios:
• mercado;
• técnicas;
• estilos.
Esta divisão não é precisa e muitos artistas transitam por vários mercados com técnicas e estilos 
variados.
Começaremos pela divisão de mercados, que leva em consideração a aplicação, o destino, da 
ilustração.
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COMPUTAÇÃO GRÁFICA E ILUSTRAÇÃO
 Resumo
Vimos a definição de ilustração como instrumento de comunicação 
por meio da imagem, ao mesmo tempo em que também funciona como 
registro visual e documental, além de poder ser uma peça artística.
Desde os primórdios da humanidade, a ilustração desempenhou 
papel fundamental na História, retratando visualmente seus diversos 
momentos.
Primeiro com as pinturas rupestres feitas nas cavernas, nas quais 
vemos representações gráficas de caçadas, hábitos e referências 
mitológicas, até chegarmos à Antiguidade, na qual temos registros 
documentais em imagem de eventos, fatos do cotidiano e mitos, além 
de outros fins. As pinturas evoluíram então em diversos suportes, como 
vasos, murais, vitrais etc.
Na idade média, a pintura desempenhou um papel retratista de 
nobres e criações imagéticas de histórias religiosas, abrindo seu leque 
temático ainda mais no pós-renascimento, no qual incluíram cenas 
do cotidiano, críticas sociais e episódios históricos. Por volta desta 
época, a figura do pintor/retratista adquire novo status e passa a ser 
atividade profissional, pintando sob encomenda, ou seja, em troca de 
remuneração.
A pintura vira discurso e se mantém na vanguarda imagética até a chegada 
dos tempos modernos, quando passou a dividir espaço com a fotografia. 
A partir daí, novos caminhos se abrem com experimentações artísticas 
temáticas e estilísticas que fogem da representação naturalista-retratista 
do passado.
Atualmente, a atividade de pintor e desenhista se divide entre as artes 
plásticas, mais autoral e livre, frequentemente não seguindo um briefing, 
e a ilustração, que passa a ser uma prestação de serviço para diversos fins, 
como atividade comercial.
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Unidade I
 Exercícios
Questão 1. Considere a figura e as afirmativas a seguir:
 
Figura 8
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COMPUTAÇÃO GRÁFICA E ILUSTRAÇÃO
I – A ilustração mostra que houve uma evolução positiva na escrita humana desde a Pré-História.
II – As pinturas rupestres não podem ser consideradas formas de comunicação, uma vez que são 
primitivas.
III – Os emoticons ou emojis, muito usados nas redes sociais e nas mensagens de celulares, têm 
substituído a palavra escrita.
De acordo com a leitura e com seus conhecimentos, está correto o que se afirma somente em:
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e III.
E) II e III.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a figura é irônica ao apresentar a “evolução”.
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: as pinturas rupestres são formas que os homens usavam para representar o mundo.
III – Afirmativa correta.
Justificativa: o uso das figuras está disseminado e substitui as palavras na comunicação na rede e 
em celulares. 
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Unidade I
Questão 2. Observe a figura e as afirmativas a seguir.
Figura 9
I – As ilustrações em matérias jornalísticas têm, muitas vezes, a função didática, pois facilitam a 
transmissão da informação.
II – Os infográficos causam redundância nas informações das reportagens e têm função meramente 
estética.
III – Por terem caráter referencial, as ilustrações em textos jornalísticos não exigem capacidade 
criativa do profissional.
Está correto somente o que se afirma em:
A) I.
B) II.
C) III.
D) I e III.
E) I e II.
Resolução desta questão na plataforma.

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