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Sistemas Econômicos Parte2
Economia
Universidade Veiga de Almeida (UVA)
18 pag.
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 21
 
 
 
 
A DEMANDA POR UM BEM E O PREÇO DOS OUTROS BENS 
 
 Neste caso não se tem uma relação geral, já que o aumento do preço do 
bem y pode aumentar ou diminuir a demanda do bem x. A reação depende do 
tipo de relação existente entre os dois bens. 
 
 Esta relação dá origem a dois novos conceitos: bens substitutos e bens 
complementares. 
 
 
 
 
 
Bens Substitutos : 
 
O aumento de um produto não interfere na satisfação do consumidor, que 
imediatamente tem a possibilidade de substituí-lo por um outro. Exemplo: 
manteiga e margarina, cinema e locação DVD, carne de frango e carne de vaca, 
cerveja e refrigerantes. 
 
Bens Complementares : 
 
O aumento no preço de um deles ocasiona uma redução na quantidade demandada 
do outro. Exemplo: gasolina e óleo para motor, camisa social e gravata, 
sapato e meia, pão e margarina, computador e software 
 
 
BENS SUBSTITUTOS: São aqueles que guardam uma relação de substituição, de 
maneira que ou se consome um ou outro. Por exemplo: 
 
 
 manteiga e margarina; 
 locação de um DVD e entrada ao cinema; 
 guaraná Antarctica e guaraná Brahma; 
 
 
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 22
Então, quando dois bens são substitutos um aumento no preço de um, provoca 
elevação na quantidade demandada do outro. 
 
 Considerando manteiga e margarina dois bens substitutos, um aumento do 
preço da manteiga, eleva a demanda por margarina, já que o consumidor 
pode substituir o bem relativamente mais caro por outro mais barato. 
 Neste caso, tem-se um deslocamento da curva de demanda, e não ao longo 
dela, pois variou o preço da manteiga e não o da margarina. 
 O deslocamento da curva ocorre, pelo fato da variável que provocou o 
aumento na demanda por margarina, ser implícita (o contrário do preço da 
margarina, que aparece explicitamente no gráfico da curva de demanda). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO: 
 
 Esta análise de bens substitutos supõe que os bens possuem a mesma 
qualidade, de modo que possuindo a mesma qualidade o consumidor jamais 
consumiria um bem mais caro se existisse um substituto mais barato de 
qualidade similar. 
 Porém, na realidade, em muitas situações os substitutos possuem 
qualidade diferenciada, por isso que muitas vezes o consumidor consome 
um bem mais caro, mesmo existindo um substituto mais barato. 
 Além da qualidade, a fidelidade pela marca, às vezes leva o consumidor a 
preferir um determinado bem, mesmo existindo um substituto mais em conta 
 
 
 
BENS COMPLEMENTARES: existem ainda aqueles que, em geral, são consumidos 
conjuntamente. Por exemplo: 
 
 gasolina e óleo para motores; 
 pneu e câmara; 
 automóveis e gasolina 
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 23
 
 
 Então, quando dois bens são complementares, um aumento no preço de um, 
provoca queda na quantidade demandada do outro. Sendo x e y dois bens 
complementares, um aumento do preço do bem y, diminui a demanda pelo bem 
x, tendo em vista, que os bens são consumidos simultaneamente. 
 
 De maneira similar a anterior, tem-se um deslocamento da curva de 
demanda, e não ao longo dela, pois variou o preço do bem y e não do bem 
x. E a queda na quantidade demandada do bem x foi decorrida do aumento 
do preço do bem y, pelo fato deles serem bens complementares. 
 Considere feijão e arroz como bens complementares, deste modo um aumento 
no preço do arroz, provocará queda na demanda por feijão, deslocando a 
curva de demanda por feijão para baixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A DEMANDA POR UM BEM E A RENDA DO CONSUMIDOR 
 
 
 Quando a renda do consumidor varia, o mesmo não irá alterar a demanda 
por todos os bens que consome. 
 Suponha que a renda do consumidor tenha um amento. Sendo assim, pode-se 
notar que ao aumentar seu poder aquisitivo, o consumidor poderá aumentar 
a demanda por alguns bens, manter constante a demanda por outros e até 
diminuir a procura por determinado bem. 
 
 BEM NORMAL: é chamado de bem normal aquele bem que sofre aumento na 
demanda em função de um aumento na renda do consumidor. 
 Por exemplo: bens de consumo supérfluo, tais como, automóveis, 
eletrodomésticos, vestuário, sapatos etc. 
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 Normalmente, em fases de expansão econômica, em que a renda da população 
costuma melhorar, o consumo de tais bens cresce. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BEM DE CONSUMO SACIADO: o bem é de consumo saciado quando o consumidor 
não altera a demanda por este em razão de um aumento na renda. Se isto 
ocorrer, é porque o consumidor já está consumindo a quantidade 
suficiente, por isso, a expressão “consumo saciado”. 
 Neste caso, pode-se destacar os bens de primeira necessidade (cesta 
básica), bens de higiene pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BEM INFERIOR: existem ainda aqueles bens que sofrem queda na sua demanda 
quando a renda do consumidor aumenta. Quando isto ocorre diz-se que o 
bem é inferior, já que o consumidor deixa de consumi-lo quando seu poder 
aquisitivo melhora. 
 Um exemplo clássico deste tipo de bem é a carne de segunda 
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A DEMANDA POR UM BEM E AS 
PREFERÊNCIAS DO CONSUMIDOR
 As preferências do 
consumidor podem ser 
modificadas em razão de 
vários fatores: clima, 
propaganda, campanhas 
promocionais, fatores 
culturais e religiosos, 
preços etc.
 Modificações nas 
preferências podem elevar 
ou diminuir a demanda por 
um bem. Ou seja, a relação 
entre as preferências e a 
demanda pode ser inversa 
ou direta.
 
 
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 26
 
 
TEORIA DA OFERTA 
 
 
A Teoria da Oferta muda o foco da análise, pois o vendedor vai ao 
mercado com a meta de obter o maior lucro possível. Neste cenário o vendedor 
(uma empresa) pode se deparar com uma restrição importante: a produção de 
bens e serviços requer a utilização de recursos produtivos, e essa quantidade 
depende do padrão tecnológico utilizado pela firma(capital, trabalho, 
capacidade empresarial etc. Fonte: Lacombe (2004). ) e do próprio preço 
praticado no mercado. 
Assim, podemos definir oferta como sendo a quantidade de um bem ou 
serviço que os produtores (vendedores) desejam produzir (vender) por unidade 
de tempo. Observamos que a oferta é um desejo, uma aspiração. Logo, a 
quantidade ofertada de um bem ou serviço refere-se à quantidade que os 
vendedores querem e podem vender. Dessa maneira, existeuma associação de 
comportamento dos preços com o nível de quantidade ofertada, ou seja, a 
quantidade ofertada aumenta à medida que o preço aumenta e reduz quando o 
preço se reduz. Logo, a quantidade ofertada está positivamente relacionada 
com o preço do bem e serviço, como podemos verificar na Figura 6: 
 
Figura 6: Curva de oferta 
Fonte: Elaborada pelos autores 
 
 
 
Conheça agora as variáveis que podem deslocar a curva da oferta como um todo: 
 
� disponibilidade de insumo; 
� tecnologia; 
� expectativa; e 
� número de vendedores. 
 
Veja na Figura 7 este deslocamento que estamos nos 
referindo. 
 
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 27
 
 
 
 
 DEFINIÇÃO DE OFERTA: A quantidade de um bem ou serviço que os produtores 
desejam vender por unidade de tempo. 
 Similar a demanda, a oferta de um bem depende de inúmeros fatores: 
 
 
 Do seu próprio preço (Px); 
 Dos preços dos fatores de produção (FP); 
 Dos objetivos e metas do empresário. 
 Do preço dos outros bens. 
 
 Será analisado mais detalhadamente o que ocorre com a oferta de um bem 
quando se modificam as duas primeiras variáveis. A análise será 
semelhante a anterior, isto é, será visto o efeito isolado de cada 
variável, de forma que ao analisar o impacto de uma determinada variável 
sobre a oferta, as demais são consideradas constantes. 
 
A OFERTA DE UM BEM E O SEU PREÇO 
 
 Vimos que o preço para o consumidor representa o custo de aquisição do 
bem ou serviço, e por isto quanto maior este, menor será o estímulo do 
consumidor em adquirir o bem (ou serviço). 
 Por outro lado, o preço para o produtor (vendedor) é uma receita, já 
quanto maior o preço do bem (ou serviço) que negocia, maior será seu 
faturamento e com isso a possibilidade de realizar lucro. 
 
 Desta forma, enquanto o preço possui uma relação inversa com a 
quantidade demandada, sua relação com a quantidade ofertada é direta 
(crescente). Isto significa que aumentos de preços estimulam a oferta do 
bem e, por outro lado, quedas no preço desestimulam a oferta do bem. 
 Como o preço para o produtor (vendedor) é uma receita, aumentos de preço 
(tudo o mais constante) elevarão seu faturamento e vice-versa. 
 
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 A curva que exibe a relação direta 
entre preço e quantidade ofertada 
é denominada de CURVA DE 
OFERTA e possui o formato ao 
lado.
 Veja que diferentemente da curva 
de demanda, quanto maior o 
preço, maior será a quantidade 
ofertada e quanto menor for este, 
menor será também a quantidade 
ofertada.
 Do mesmo jeito da demanda, 
modificações no preço provocam 
deslocamentos ao longo da curva 
de oferta. Por outro lado, se a 
oferta for alterada por qualquer 
outro fator que não seja alteração 
no preço do bem, a própria curva 
se deslocará.
 
 
 
A OFERTA DE UM BEM E O PREÇO DOS FATORES DE PRODUÇÃO 
 
 Enquanto o preço do bem representa uma receita para quem o produz 
(vende), o preço dos fatores de produção representa o custo de produzi-
lo. 
 Por exemplo: o preço do pão para quem o produz (vende) representa uma 
receita, por outro lado, o preço da farinha de trigo e do salário do 
padeiro, representam custo para quem produz (vende) o pão 
 
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 29
 Desta forma, aumentos no preço 
dos fatores de produção, tudo o 
mais constante, provocam queda 
na oferta do bem (tendo em vista 
que o custo de produção se 
elevará).
 Por outro lado, se o preço dos 
fatores de produção sofre 
diminuição, tudo o mais 
constante, levará a um aumento 
na oferta do bem (já que o custo 
de produção cairá).
 Neste caso, como o fator que 
está afetando a oferta é
alterações no preço dos fatores 
de produção (e não no preço do 
bem), a curva de oferta se 
deslocará, para cima ou para 
baixo.
 
Agora você já conhece as mais diferentes condutas dos consumidores (demanda) 
e dos produtores (oferta) em separado. Vamos combiná-las para, numa 
interpretação conjunta, identificarmos como se determinam a quantidade e o 
preço de equilíbrio de um bem ou serviço vendido no mercado? 
 
Esta intersecção das curvas de oferta e de demanda identifica o ponto em que 
tanto os consumidores quanto os produtores se encontram satisfeitos e 
dispostos a agir. É nesse ponto que temos o equilíbrio de mercado, veja na 
Figura 8. 
 
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 30
 
 
 
Com base na Figura 8, podemos perceber que em qualquer situação fora do ponto 
de equilíbrio temos um desequilíbrio. Caso a oferta seja superior à demanda, 
há excesso de oferta, e caso a demanda seja maior que a oferta, há excesso de 
demanda. Note que o processo de ajuste ocorre sempre via preços, ou seja, a 
quantidade ofertada ou demandada é a variável dependente, e os preços, a 
variável independente. 
No contexto discutido, temos uma afirmação-chave: preço e quantidade de 
equilíbrio dependem da posição das curvas de oferta e demanda. Quando, por 
algum motivo, uma dessas curvas se desloca, o equilíbrio do mercado muda. Na 
Teoria Econômica, essa análise é conhecida como estática comparativa, porque 
envolve a comparação de duas situações estáveis – um equilíbrio inicial e um 
novo equilíbrio. 
 
 
TENDÊNCIA AO NÍVEL DE EQUILÍBRIO: LEI DA OFERTA E PROCURA 
 
 Desequilíbrios ocorrem: 
 Quando há excesso de oferta, ou seja, os produtores desejam 
ofertar uma quantidade maior que a quantidade desejada pelos 
consumidores. 
 Quando há excesso de demanda, ou seja, os consumidores desejarem 
consumir uma quantidade maior que aquela ofertada pelos produtores 
(conhecida como escassez). 
 Vejamos agora como tais desequilíbrios são corrigidos. 
 
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 31
EXCESSO DE OFERTA
 Preços acima do preço de 
equilíbrio (P0) geram excesso de 
oferta, isto é, para qualquer preço 
acima de P0 os produtores 
desejarão vender uma quantidade 
maior do que a que os 
consumidores desejarão comprar 
(Qo > Qd). 
 Desse modo, como está se 
trabalhando numa economia 
concorrencial, o excesso de oferta 
será sanado da seguinte forma: os 
vendedores acumularão estoques 
não planejados e terão que 
diminuir seus preços, concorrendo 
pelos escassos consumidores.
 Então o preço vai caindo até
chegar no ponto E, onde o 
equilíbrio é restabelecido. 
 
 
EXCESSO DE DEMANDA
 Por outro lado, preços abaixo de P0 
geram excesso de demanda, isto é, 
para qualquer preço abaixo de P0 os 
consumidores desejarão comprar 
uma quantidade maior do que a que 
os produtores desejarão vender (Qd
> Qo). 
 Desse modo, como está se supondo 
que a economia é perfeitamente 
competitiva, o excesso de demanda 
será sanado da seguinte forma: os 
consumidores que desejarem 
realmente comprar, estarão 
dispostos a pagar mais pelos 
produtos escassos.
 Então o preço vai aumentando até
chegar no ponto E, onde o 
equilíbrio é restabelecido. 
 
 
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 32
CONCLUSÃO:
 Numa economia concorrencial (com muitos 
pequenos produtores e compradores) desequilíbrios 
de mercado serão corrigidos via preços, de modo 
que estes sempre se alterarão para restabelecer o 
equilíbrio de mercado.
 Mas, se a economia for oligopolizada (pequeno 
grupo de grandes produtores dominarem o 
mercado), desequilíbrios de mercado não serão 
necessariamente corrigidos via preços, mas 
também por meio do ajuste das quantidades. Por 
exemplo: em caso de excesso de oferta, suspende-
se a produção ao invés de baixar o preço (indústria 
automobilística).
 
 
MUDANÇAS NO PONTO DE 
EQUILÍBRIO:
 Para entendermos este tópico é necessário que 
tenhamos entendido tudo que foi visto 
anteriormente, já que agora juntaremos tudo que 
vimos até o momento.
 Todas as vezes que algumas daquelas variáveis 
que afetam a demanda (preço dos outros bens, 
preferências, renda) ou a oferta (preço dos fatores 
de produção) se alterarem, o ponto de equilíbrio se 
deslocará.
 Veremos agora um exemplo, primeiro supondo uma 
mudança na demanda e depois supondo uma 
mudança na oferta.
 
 
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 33
Mudança no ponto equilíbrio da economia 
devido a um deslocamento na demanda
 Considerando um bem normal, um 
aumento na renda do consumidor 
provoca ampliação na sua demanda. 
Sendo assim, a curva de demanda se 
desloca para cima. 
 Ao nível de preços P0, os 
consumidores desejarão consumir Q1, 
mas os produtores desejarão ofertar 
apenas Q0. Para resolver este 
problema o nível de preços terá que 
aumentar, o que estimulará os 
produtores a ofertarem mais. 
 À medida que o nível de preços vai 
aumentando, os produtores desejarão 
vender mais e os consumidores 
desejarão consumir menos (já que o 
aumento dos preços faz seu poder 
aquisitivo cair). 
 Este processo se prolonga até o novo 
ponto de equilíbrio E2, no qual ocorre 
novamente coincidência de interesses 
das duas partes.
 
 
Mudança no ponto de equilíbrio da economia devido 
a um deslocamento da oferta
 Uma queda no preço nos 
fatores de produção, ao tornar o 
custo de produção menor, 
estimula o seu aumento, desse 
modo, a curva de oferta se 
desloca para baixo.
 Nessa situação os produtores 
desejarão ofertar Q1, mas os 
consumidores, ao nível de 
preços P0, só desejam consumir 
Q0.
 Para equalizar a situação, o 
preço vai caindo até a economia 
encontrar um novo ponto de 
equilíbrio (E2), isto é, onde 
ocorre novamente coincidência 
de interesses das duas partes.
 
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 34
 
ELASTICIDADES
 Foi visto que mudanças nos preços dos bens, tudo o mais 
constante, provocam mudanças nas quantidades 
demandadas e ofertadas. Estas mudanças mudam de bem 
para bem, ou seja, há bens que são mais sensíveis há
modificações nos preços que outros.
 A elasticidade serve para mostrar o grau em que a 
quantidade demandada e ofertada responde a uma 
variação nos preços.
 Elasticidade, em sentido genérico, é a alteração percentual 
em uma variável, dada uma variação percentual em outra 
(considerando tudo o mais constante). Este foi um conceito 
que a economia importou da física.
 
Pode-se destacar os seguintes tipos de elasticidade:
 elasticidade-preço da demanda: é a variação percentual na quantidade 
demandada, dada a variação percentual no preço do bem. Mostra em 
quanto varia a demanda pelo bem, quando seu preço varia;
 elasticidade-renda da demanda: a variação percentual na quantidade 
demandada, dada uma variação percentual na renda do consumidor. 
Mostra em quanto varia a demanda por um bem, quando varia a renda do 
consumidor;
 elasticidade-preço cruzada da demanda: é a variação percentual na 
quantidade demandada de um bem, dada a variação percentual no preço 
de outro bem. Em outras palavras, mostra em quanto variou a demanda 
pelo x, em decorrência da modificação no preço do bem y;
 elasticidade-preço da oferta: é a variação percentual na quantidade 
ofertada, dada a variação percentual no preço do bem. Mostra em quanto 
varia a oferta do bem, quando seu preço varia.
De maneira especial, será analisado mais detalhadamente a elasticidade-
preço da
demanda.
 
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 35
ELASTICIDADE PREÇO DA 
DEMANDA
 Conforme já mencionado anteriormente, a elasticidade-preço da 
demanda busca mostrar o grau da variação na quantidade 
demandada, quando o preço do bem varia.
 Pode-se destacar cinco tipos de modificação no grau da 
quantidade demandada quando o preço do bem varia:
 Modificações no preço do bem podem provocar grandes 
alterações na quantidade demandada;
 Modificações no preço do bem podem provocar pequenas 
alterações na quantidade demandada;
 Modificações no preço do bem podem provocar nenhuma 
alteração na quantidade demandada;
 Modificações no preço do bem podem levar a quantidade 
demanda a zero;
 Modificações no preço do bem podem provocar grandes 
alterações de igual magnitude na quantidade demandada.
 
 DEMANDA ELÁSTICA: Neste caso, 
variações no preço provocam 
grandes variações na quantidade 
demandada. Quanto mais 
horizontalizada for a curva de 
demanda, maior a sua elasticidade-
preço. Bens com esta 
característica, são bens com 
substitutos e não fidelizados pelo 
consumidor.
 DEMANDA INELÁSTICA: Neste 
caso, variações no preço provocam 
pequenas variações na quantidade 
demandada. Quando mais 
verticalizada for a curva de 
demanda, menor a sua 
elasticidade-preço. Bens com esta 
característica, são bens sem 
substitutos, ou fidelizados pelo 
consumidor.
 
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 36
 DEMANDA TOTALMENTE 
ELÁSTICA: Nesta situação os 
consumidores são totalmente 
sensíveis a modificações nos 
preços, de modo que se o preço 
cobrado for maior do que P0, os 
consumidores não consumirão o 
bem. Isto só ocorre se os bens 
forem substitutos perfeitos (vários 
vendedores vendendo um bem 
exatamente igual).
 DEMANDA TOTALMENTE 
INELÁSTICA: Ao contrário da 
situação anterior, neste caso os 
consumidores são totalmente 
insensíveis a modificações nos 
preços, de modo que 
independentemente do preço que se 
cobrar, ele irá demandar a 
quantidade Q0. Isto ocorre, se o 
bem não possuir substituto e seu 
consumo for indispensável. 
 
 
 
 
SISTEMA INFLACIONÁRIO 
 
 
Conceito de inflação: É definida como um aumento persistente e generalizado 
dos índices de preços, ou seja, os movimentos inflacionários são aumentos 
contínuos de preços, e não podem ser confundidos com altas esporádicas de 
preços, devidas às flutuações sazonais, por exemplo. 
 
As fontes de inflação costumam diferir em função das condições de cada 
país, como por exemplo: 
Tipo de estrutura de mercado ( oligopolista, monopolista, etc.). 
Grau de abertura da economia ao comércio exterior: quanto mais aberta à 
economia à competiçãoexterna, maior a concorrência interna entre 
fabricantes, e menores os preços dos produtos. 
Estrutura das organizações trabalhistas: quanto maior o poder de 
barganha dos sindicatos, maior a capacidade de obter reajustes de salários 
acima dos índices de produtividade, e maior pressão sobre os preços. 
Inflação de demanda: Refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à 
produção disponível de bens e serviços. 
 
A probabilidade de ocorrer inflação de demanda aumenta quando a economia 
está produzindo próximo do pleno emprego de recursos. Nessa situação, 
aumentos de demanda agregada de bens e serviços, com a economia já em plena 
capacidade, conduzem a elevações de preços, principalmente em setores de 
insumos básicos. 
Para combater um processo inflacionário de demanda, a política econômica deve 
basear-se em instrumentos que provoquem uma redução da procura agregada por 
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bens e serviços (redução dos gastos do governo, aumento da carga tributária, 
arrocho salarial, controle de crédito, aumento das taxas de juros). 
Inflação de custos: A inflação de custos poder ser associada à inflação 
tipicamente de oferta. O nível de demanda permanece o mesmo, mas os custos de 
certos fatores importantes aumentam. Com isso, ocorre uma retração da 
produção, deslocando a curva de oferta para trás, provocando um aumento de 
preços no mercado. 
As causas mais comuns dos aumentos dos custos de produção são: 
Aumentos salariais: Um aumento das taxas de salários que supere os aumentos 
na produtividade da mão de obra acarreta um aumento dos custos unitários de 
produção, que são normalmente repassados aos preços dos produtos. 
Aumentos do custo das matérias primas: Por exemplo, as crises do petróleo da 
década de 70, ao elevar sensivelmente os preços dessa matéria primam, 
provocaram um brutal aumento nos custos de produção, em particular nos custos 
de transporte e de energia com base no diesel. 
Estruturas de mercado: A inflação de custos também está associada ao fato de 
algumas empresas, com elevado poder de monopólio ou oligopólio, terem 
condições de elevarem de elevar seus lucros acima da elevação dos custos de 
produção. 
Efeitos provocados por taxas elevadas de inflação 
Uma das distorções mais sérias provocadas pela inflação diz respeito à 
redução relativa do poder aquisitivo das classes que dependem de rendimentos 
fixos, com prazos legais de reajustes. Nesse caso estão os assalariados que, 
com o passar do tempo, vão ficando com seus orçamentos cada vez mais 
reduzidos, até a chegada de um novo reajuste. Os comerciantes, industriais e 
o próprio Governo têm condições de repassar os aumentos de custos provocados 
pela inflação, garantindo, assim, a participação de sua parcela no produto 
nacional. 
A distorção provocada por altas taxas de inflação, afeta também o balanço de 
pagamentos. As elevadas taxas de inflação, em níveis superiores ao aumento de 
preços internacionais encarecem o produto nacional relativamente ao produzido 
externamente. Assim devem provocar um estímulo as importações e um 
desestímulo as exportações, diminuindo o saldo da balança comercial, 
normalmente lançam mão de desvalorizações cambiais, as quais, tornando a 
moeda nacional mais barata relativamente à moeda estrangeira, podem estimular 
a colocação de nossos produtos no exterior, ao mesmo tempo em que 
desestimulam as importações. 
Nas finanças públicas, a inflação tende a corroer o valor da arrecadação 
fiscal do governo, pela defasagem existente entre o fato gerador e o 
recolhimento efetivo do imposto. Maior a inflação, menor a arrecadação real 
do governo. 
 
 
 
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