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TCC 2 2019

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA 
ALAN DOS PASSOS BORGES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GATILHOS GEOTÉCNICOS PARA ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇ ÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tubarão 
2019 
 
ALAN DOS PASSOS BORGES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GATILHOS GEOTÉCNICOS PARA ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇ ÃO 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Curso de Engenharia Civil da Universidade 
do Sul de Santa Catarina como requisito parcial 
à obtenção do título de Engenheiro Civil. 
 
 
 
Orientador: Prof. Ismael Medeiros 
 
 
 
 
Tubarão 
2019 
 
ALAN DOS PASSOS BORGES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GATILHOS GEOTÉCNICOS PARA ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇ ÃO 
 
 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi 
julgado adequado à obtenção do título de 
Engenheiro Civil e aprovado em sua forma final 
pelo Curso de Engenharia Civil da 
Universidade do Sul de Santa Catarina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Gostaria de dedicar esse trabalho a Deus por 
ser tão presente e essencial em minha vida, o 
autor do meu destino, meu guia que nunca me 
abandonou”. 
 
AGRADECIMENTOS 
A Deus, pelo dom da vida, força e coragem para prosseguir. 
A toda a minha família, de modo especial a minha mãe Valciria Santina dos Passos, 
ao meu pai Alci Vandecy Borges, a minha avó Santina Monteiro dos Passos, meu avô Abilio 
Dorvalino dos Passos, minha irmã Vanessa dos Passos Borges aos meus tios Valcir e Valdemir, 
e minha tias Cleonice e Eliane, pelo carinho, incentivo e compressão para que eu não me 
desanimasse. 
À Unisul pela estrutura e base de apoio em todos esses anos acadêmicos. 
Ao meu orientador Ismael Medeiros, que com o seu jeito especial transmitiu o seu 
conhecimento de forma clara e objetiva e abriu o caminho para a área da geotécnica e sua 
aplicação 
Aos meus amigos de modo especial, João Célio por esta sempre do meu lado 
quando eu precisei e por ter me ajudado, valeu. 
A professora Luana pela atenção 
Ao Engenho civil Jalex Teixeira pela confiança em mim. 
 
 
 Os meus muitíssimo obrigado 
 A todos que me ajudaram!!! 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de 
existir” (Steve Jobs). 
 
RESUMO 
A finalidade desse trabalho foi possibilitar aos possíveis observadores a observação 
comparativa quanto á composição do solo da cidade de tubarão de forma detalhada, a resistência 
do solo e a sua interação geomecânica entre tipos de solos e tipos de Fundações para analisar o 
comportamento do mesmo para descobrir a geração de gatilhos geotécnicos para escolha do 
mais adequado tipo de fundação, A metodologia utilizada fundamenta-se na aplicação de 
normas técnicas, referenciais bibliográficos e coleta de dados quantitativos referentes aos dados 
geotécnicos da cidade de Tubarão-SC. A partir dos dados brutos foram moldadas e geradas a 
carta geotécnica da região de estudo onde foi aplicada a pesquisa. A utilização e aplicação de 
modelos matemáticos para representar o comportamento dos tipos diferentes de solo existente 
na região para assim compreender o que está atuando e que sejamos capazes de gerar os 
gatilhos. 
 
Palavras-chave: Geotecnia. Tipo de Fundação. 
 
RESUMEN 
The purpose of this work was to enable possible observers to observe comparative observation 
regarding the soil composition of the city of Tubarão in detail, soil resistance and its 
geomechanical interaction between soil types and types of foundations to analyze the behavior 
of the even to dicover the generation of geotechnical triggers to choose the most appropriate 
type of foundation. The methodology used is based on the aplication of technical standards, 
bibliographic references and quantitative data collection related to the geotechnical date of the 
city of Tubarão SC. From the raw data the geotechnical letter of the study region where the 
research was applied. The use and application of mathematical models to represent the behavior 
from different types of soil existing in the region, so as to understand what is acting and that 
we are able to generate the triggers. 
 
Keywords: Geotechnics. Foundation types 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Figura 1 – Perfil de solo residual de decomposição de gnaisse................................................ 23 
Figura 2 – As fases no solo; (a) no estado natural, (b) separada cm volume, (c) em função do 
volume de sólidos ..................................................................................................................... 25 
Figura 3 – Esquema para definição as tensões num meio particulado ..................................... 26 
Figura 4 – Tensões totais (a) ,neutras (b) e efetiva atuantes no subsolo (c) ............................. 24 
Figura 5 – Módulo De Elasticidade. a) Carregamentos de compressão. b) Carregamentos de 
cisalhamento. c) Deformação axial .......................................................................................... 28 
Figura 6 – Módulo De Ruptura- (a) Representação dos Critérios de ruptura de Coulomb; e (b) 
Mohr ......................................................................................................................................... 28 
Figura 7 – Elementos de fundações superficiais ...................................................................... 31 
Figura 8 – Fluxograma ............................................................................................................. 47 
Figura 9 – Carta Geotécnica de Tubarão elaborada pelo autor ................................................ 48 
Figura 10 – Taxa de Ocupação dos Solos de Tubarão ............................................................. 49 
Figura 11 – Solos Argissolos .................................................................................................... 50 
Figura 12 – Solos Cambissolos ................................................................................................ 52 
Figura 13 – Solos Gleissolos .................................................................................................... 53 
Figura 14 – Solos Organossolos ............................................................................................... 54 
Figura 15 – Solos Terrenos de Escavações .............................................................................. 55 
Figura 16 –Solos Aluviais ........................................................................................................ 56 
Figura 17 – Laudos de Sondagens. a) laudo de solo sedimentar, b) laudo de solo residual .... 57 
Figura 18 – Resumo estatístico dos ensaios de sondagem á percussão .................................... 58 
Figura 19 – Spt Médio vs Profundidade do solo ...................................................................... 59 
Figura 20 – Rótulos de Linha Plotagem de resíduos ................................................................ 60 
Figura 21 – Rótulos de Linha Plotagem de ajuste de linha ...................................................... 60 
Figura 22 – Plotagem de probabilidade normal........................................................................ 61 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 – Valores típicos do índice de vazio de areias ........................................................... 21 
Tabela 2 – Classificação das argilas segunda a consistência ( TERZAGHI E PECK, 1948) .. 22 
Tabela 3 – Tabela 5 da NBR 6122 ........................................................................................... 36 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1 - Tipos De Registros De Informações ......................................................................42 
 
 
LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
Adsq – Solos Aluviais distróficos A moderado textura indiscriminada relevo plano, sedimentos 
quaternários. 
Ca12d – Cambissolo álico Ta A moderado textura muito argilosa fase pedregosa e não 
pedregosa + Terra Roxa Estruturada distrófica A proeminente textura argilosa fase pedregosa 
e não pedregosa relevo forte ondulado, substrato diabásio. 
Ca12d – Cambissolo álico Tb A moderado e proeminente textura argilosa suave ondulado + 
podzólico Vermelho-Amarelo álico Tb A moderado e proeminente textura/argilosa relevo 
ondulado e suave ondulado, substrato diabásio. 
Ca20g – Cambissolo álico Tb A moderado e proeminente textura argilosa suave ondulado + 
podzólico Vermelho-Amarelo álico Tb A moderado e proeminente textura/argilosa relevo 
ondulado e suave ondulado, substrato granito. 
Ca20sq – Cambissolo álico Tb A moderado e proeminente textura argilosa suave ondulado + 
podzólico Vermelho-Amarelo álico Tb A moderado e proeminente textura/argilosa relevo 
ondulado e suave ondulado, substrato sedimentos quaternários. 
Ca7g – Cambissolo álico Tb A moderado e proeminente textura argilosa e média relevo plano 
e suave, substrato granito. 
Ca7sq – Cambissolo álico Tb A moderado e proeminente textura argilosa e média relevo plano 
e suave, substrato sedimentos quaternários. 
Ce1sq – Cambissolo eutrófico Ta A moderado textura siltosa e média relevo plano, substrato 
sedimentos quaternários. 
GHdsq – Gleissolo Húmico distrófico Ta textura média e argilosa relevo plano, substrato 
sedimentos quaternários. 
HOe1sq – Solos Orgânicos eutróficos textura argilosa e média relevo plano, substrato 
sedimentos quaternários. 
HOe2sq – Solos Orgânicos eutróficos textura argilosa e média + Gleissolo eutrófico Tb 
chernozêmico textura argilosa e média relevo plano substrato sedimentos quaternários 
NBR – Norma Brasileira 
PVa11g – Podzólico Vermelho-Amarelo álico Ta A moderado textura média/argilosa 
cascalhenta fase pedregoso + Cambissolo álico Ta A moderado textura argilosa cascalhenta 
fase. 
PVa16a – Podzólico Vermelho-Amarelo álico Tb A moderado textura média/argilosa relevo 
ondulado e suave ondulado + Cambissolo álico Tb A moderado textura média e argilosa relevo 
suave ondulado, substrato arenito. 
PVa17g – Podzólico Vermelho-Amarelo álico de substrato granitoTb A moderado e 
proeminente textura média/argilosa pouco cascalhenta + Cambissolo de substrato granito álico 
Tb A moderado e proeminente textura argilosa pouco cascalhento relevo forte ondulado. 
PVa18g – Podzólico Vermelho-Amarelo álico Tb A pouco casc. mod. e proem. text. média/arg. 
e média fase não pedreg. e pedreg. + Cambissolo álico Tb A mod. e proem. text. arg. e média 
pouco casc. fase não pedreg. e pedreg., relevo forte ond. e montanhoso, granito. 
PVa26g – Podzólico Vermelho-Amarelo álico Ta A moderado textura média/argilosa 
cascalhento relevo forte ondulado, substrato granito. 
PVa2g – Podzólico Vermelho-Amarelo álico Ta A moderado textura média/argilosa 
cascalhento relevo forte ondulado e ondulado, substrato granito. 
PVa4g – Podzólico Vermelho-Amarelo álico Ta e Tb A moderado textura média e 
média/argilosa relevo ondulado, substrato granito. 
 
PVa5sq – Podzólico Vermelho-Amarelo álico Tb A moderado textura média/argilosa relevo 
suave ondulado, substrato sedimentos quaternários. 
PVa7g – Podzólico Vermelho-Amarelo álico Tb A pouco cascalhento moderado textura 
média/argilosa relevo ondulado, substrato granito. 
Spt – Standard Pene 
TEsq – Terrenos de Escavações, substrato sedimentos quaternários. 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 17 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................................ 17 
1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 18 
1.3 HIPÓTESES .................................................................................................................... 18 
1.4 OBJETIVO ...................................................................................................................... 19 
1.4.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 19 
1.4.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 19 
2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................ 20 
2.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS .............................................................................. 20 
2.1.1.1 Sistemas de classificação dos solos .......................................................................... 20 
2.1.1.2 Solos granulares ........................................................................................................ 20 
2.1.1.3 Solos finos (argilas e siltes)....................................................................................... 21 
2.1.1.4 Solos residuais e solos transportados ...................................................................... 22 
2.1.1.5 Aterros e solos compactados .................................................................................... 24 
2.1.2 Compressibilidade Dos Solos Permeáveis (Areias e Pedregulhos) ......................... 24 
2.1.3 Compressibilidade Dos Solos Poucos Permeáveis (Argilas) .................................... 24 
2.2 RELAÇÃO TENSÃO X DEFORMAÇÃO DOS SOLOS .............................................. 25 
2.2.1 Tensões No Solo. .......................................................................................................... 25 
2.2.1.1 Tensões de Próprio Peso do Solo ............................................................................. 26 
2.2.2 Deformações Solos ....................................................................................................... 27 
2.3 FUNDAÇÕES .................................................................................................................. 29 
2.3.1 Fundações Conceito..................................................................................................... 29 
2.4 TIPOS DE FUNDAÇÕES ............................................................................................... 29 
2.4.1 Fundações Rasas e Superficiais .................................................................................. 29 
2.4.1.1 Bloco........................................................................................................................... 29 
2.4.1.2 Sapata Isolada ........................................................................................................... 29 
2.4.1.3 Sapata Associadas ..................................................................................................... 30 
2.4.1.4 Viga de fundação ...................................................................................................... 30 
2.4.1.5 Grelha ........................................................................................................................ 30 
2.4.1.6 Radie .......................................................................................................................... 30 
2.4.2 Fundações Profundas .................................................................................................. 31 
2.4.2.1 Principais tipos de estacas........................................................................................ 31 
 
2.4.2.2 Estaca pré-moldadas de concreto ............................................................................ 32 
2.4.2.3 Estacas de Madeira................................................................................................... 33 
2.4.2.4 Estaca hélice contínua ..............................................................................................34 
2.4.2.5 Estacas Metálicas ...................................................................................................... 36 
2.4.3 Tubulão a céu aberto................................................................................................... 37 
2.4.4 Tubulão pneumático. .................................................................................................. 38 
2.4.5 Tubulão Tipo Benoto .................................................................................................. 38 
2.4.6 Tubulão Tipo Pneumático: (anel de concreto) ......................................................... 39 
2.5 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ENVOLVENDO FUNDAÇÕES ...................... 39 
2.5.1 O Acidente Do Edifício Miguelângelo (Recife/Pe) .................................................... 39 
2.5.2 Recalque Provocado Por Cavação De Estacas ......................................................... 40 
2.5.3 Recalques diferenciais em prédio devido a estacas mal executadas ....................... 41 
2.6 CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA ................................................................................... 42 
2.6.1 Mapas Geotécnicos ...................................................................................................... 43 
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................ 45 
3.1.1 Instrumentos utilizados para a coleta de dados ....................................................... 46 
3.2 DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE ESTUDO ................................................................ 46 
4 RESULTADOS E DISCUSÕES ...................................................................................... 48 
4.1 CARTA GEOTÉCNICA DE TUBARÃO ....................................................................... 48 
4.1.1.1 Solos Argissolos de Tubarão .................................................................................... 49 
4.1.1.2 Solos Cambissolos de Tubarão ................................................................................ 51 
4.1.1.3 Solos Gleissolos de Tubarão .................................................................................... 52 
4.1.1.4 Solos Organossolos de Tubarão .............................................................................. 53 
4.1.1.5 Solos Terrenos de Escavações de Tubarão ............................................................. 54 
4.1.1.6 Solos Aluviais de Tubarão ........................................................................................ 55 
4.2 ESTUDO DOS LAUDOS DE SONDAGEM.................................................................. 56 
4.2.1.1 Verificando os Spt Médio em relação a profundidade .......................................... 56 
4.2.1.2 Resistência média do solo em relação a sua profundidade ................................... 58 
4.2.1.3 Geração dos modelos conceituais ............................................................................ 59 
4.3 ESCOLHA DO MELHOR TIPO DE FUNDAÇÃO COM RELAÇÃO AO SPT .......... 61 
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 63 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 65 
APÊNDICES ........................................................................................................................... 66 
APÊNDICE A – CARTA GEOTÉCNICA DE TUBARÃO .......... ..................................... 67 
 17
1 INTRODUÇÃO 
O município de Tubarão, atualmente passa pelo processo de vários tipo de 
empreendimento e obras desde as mais simples como construções de casa e prédios e até as 
mais complexas como as de rodovias e saneamento básico, em qualquer um desses casos é de 
extrema importância compreender o funcionamento geomecânica do solo e como ele atua com 
certos tipos de cargas, ainda mais em um município como Tubarão com a média de solo mole, 
que é caracterizado por estar próximo ao rio. 
A escolha do tipo de estrutura de fundação ideal para um edifício, está 
continuamente relacionado a Geotécnica, que é uma parcela da engenharia civil, tem como 
objeto de estudo o comportamento do solo e suas características, observando suas propriedades 
e analisando suas tensões e compressões, para procura a melhor forma de projeto ou executa 
uma fundação, seja ela do tipo profunda ou rasa. 
O uso de modelos matemáticos, para que podemos relação compreender essa 
relação, e gerar e utilizar gatinhos geotécnicos para a escolha do tipo de fundação em diferentes 
universos geotécnicos, visando a segurança de edificações, tendo como base para este trabalho 
a metodologia quantitativa para uma obtenção de dados, Um dos métodos usados foi a relação 
média de resistência admissível do solo em relação a sua profundidade tendo como base os 
laudos de sondagem. 
A proposta de usa a correlação entre tensão admissível do solo e a sua profundidade 
gerou um modelo matemático, que explica o comportamento do solo nessa relação na região de 
Tubarão -SC, que pode ser aplicada em outra região, possibilitando a escolha do tipo de 
fundação mais adequado para diferentes universos geotécnicos. 
 
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO 
Há gatilhos geotécnicos para escolha do tipo de fundação tende a compreender 
a relação direta entre o solo e a fundação de uma estrutura, para que seja possível explorar novo 
método e novas tecnologias. 
 
. 
. 
 18
1.2 JUSTIFICATIVA 
A história das fundações deixará alguns marcos importante como as Pirâmides do 
Egito antigo, os Templos e Castelos medievais, Torre e Campanário, Torre de Pisa e Veneza 
até chegar os séculos 17 e 18 onde ocorreu um fato muito importante na engenharia e na 
geotécnica que foi a separação de engenheiros civis e arquitetos. 
O Período clássico da mecânica dos solos por Skempton se iniciava com Coulomb 
em 1776, Charles Augustin Coulomb foi um notável engenheiro e físico, praticamente 
inaugurou o que viria a ser, século e meio mais tarde a ciência da mecânica dos solos. Na fase 
contemporânea da geotécnica começa necessariamente com Karl Terzaghi, o pai da mecânica 
dos solos. 
No início surgiu um grande interesse pelo estudo geológicos no Brasil, 
principalmente em ralação a mineração, com o surgimento do concreto armado nas primeiras 
décadas do nosso século a situação começou a mudar porque a construção de grande edifício 
começou, e a tendência foi de construir edifícios cada vez maiores, com esse fato, para se atingir 
a melhor eficiência nas construções modernas, iniciou uma demanda de estudos para 
compreender como as forças de reação se comportam, e através desses estudos foi verificado 
que o solo é um meio muito importante, pois por causa dele saberemos o que se pode ou não 
construir. 
 Em novembro de 1994 foi incluída a sessão técnica de “Fundações e Interações 
Solo-Estrutura”, o primeiro passo para a compreensão da análise de solo e estrutura e suas 
fundações, de como um afeta o comportamento do outro, 
Por isso, a questão central desta investigação fica estabelecida: Como utilizar 
gatilhos geotécnicos para escolha do tipo de fundação em diferentes universos 
geotécnicos? Em estudo realizado no ano de 2019 na cidade de Tubarão/SC. 
1.3 HIPÓTESES 
A escolha adequada do tipo de fundação visando custo, segurança, e execução da 
edificação em relação ao tipo de solo. 
Facilitar a compressão da formação geológica de Tubarão -Sc. 
 . 
 19
1.4 OBJETIVO 
1.4.1 Objetivo geral 
Analisar a utilização de gatilhos geotécnicos para escolha do tipo de fundação em 
diferentes universos geotécnicos, visando a segurança de edificações de 8 (oito) pavimentos. 
. 
1.4.2 Objetivos específicos 
a) Elaborar carta geotécnica da região em estudo; 
b) Elaborar base de dados geotécnica a partir de laudos de sondagens; 
c) Elaborar modelos geotécnicos e criar uma basede dados a partir das relações 
Tensões x Deformações; 
d) Elencar diferentes modelos conceituais para tipos de fundações; 
e) Desenvolver o modelo proposto. 
 20
2 REVISÃO DE LITERATURA 
2.1 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 
2.1.1.1 Sistemas de classificação dos solos 
Os sistemas de classificação baseados na composição dos solos mais empregados 
são chamados de sistema unificado de classificação desenvolvido a partir de uma proposta de 
Casagrande (1948). 
 Segundo Terzaghi (1936), um sistema de classificação sem índices numéricos para 
identificar os grupos são totalmente inúteis. Se, por exemplo, a expressão areia bem graduada 
compacta for empregada para descrever um solo, é importante que o significado de cada termo 
desta expressão possa ser entendido da mesma maneira por todos e, se possível, ter limites bem 
definidos. (TERZAGHI,1936) 
Os sistemas de classificação baseado nas características, de cada grão que faz parte 
da composição do solo, têm como objetivo a definição, de grupos que apresentem 
comportamentos semelhantes, que é análise granulométrica que pode ser dividida em dois 
partes peneiramento e sedimentação. (TERZAGHI,1936). 
 
2.1.1.2 Solos granulares 
Os solos granularem são definidos pela relação de fração granular, ou seja, quando 
a fração granular é superior à fração argila, tais como os pedregulhos e areias. O estudo em 
relação à distribuição quanto ao tamanho dos grãos se faz necessário em função da melhor 
aplicabilidade do material. (TERZAGHI E PECLI, 1936) 
 As areias apresentam em sua composição um conjunto de grãos e espaços vazios, 
que pode ser classificado pelo seu tamanho dos grãos, esse tipo de classificação é chamado de 
análise granulométrica. Com os espaços vazios das para determinar o índice de vazios mínimos 
e máximos como podemos ver na tabela 1. (TERZAGHI E PECLI, 1936) 
 
 
 21
Tabela 1 – Valores típicos do índice de vazio de areias 
Característica da areia ℮min ℮máx. 
Bem graduada, grãos angulares 0.40 0.75 
Bem graduada, grãos 
arredondados 
0.35 0.65 
Mal graduada, grãos angulares 0.70 1.05 
Mal graduada, grãos 
arredondados 
0.45 0.75 
 
Fonte: (FUNDAÇÕES: TEORIA E PRÁTICA. 2000. p.60). 
 
Os índices de vazios máximos e mínimos, é uma característica da areia, no estado 
em que se encontra uma areia pode ser expresso pelo seu índice de vazios. Este dado 
isoladamente, entretanto, pouca informação fornece sobre o comportamento da areia. É 
necessário analisar o índice de vazios naturais com os índices de vazios máximos e mínimos 
em que a areia pode se encontrar, para poder fazer sua classificação melhor. (TERZAGHE, 
1948). 
2.1.1.3 Solos finos (argilas e siltes) 
São classificados como solos finos o solo que sua porcentagem de material passante 
na peneira #200 é superior a 50%, esses solos são chamados de siltes ou argilas, o solo argiloso 
apresenta bastante plástico em presença de água, formando torrões duros ao secar, e também 
poder ser classificados como vistos na tabela 2 Os solos classificados como siltosos quando 
mais frágil ao manuseio, na presença de água, (TERZAGHI;PECK,1948) 
e quando então secos eles se esfarelam. (TERZAGHI;PECK,1948). No estado dos 
solos siltoso é determinado pela sua compacidade, valendo o critério de e da sua resistência. O 
estado das argilas é indicado pela sua consistência, definida por Terzaghi e Peck (1948) como 
a resistência à compressão simples, que é mostarda na tabela 2. 
 
 
 
 
 
 
 22
 
 
Tabela 2 – Classificação das argilas segunda a consistência ( TERZAGHI E PECK, 1948) 
Consistência Resistência à compressão 
simples, kPa 
Muito Mole < 25 
Mole 25 - 50 
Consistência Média 50 - 100 
Rija 100 - 200 
Muito Rija 200 - 400 
Dura > 400 
Fonte: (FUNDAÇÕES: TEORIA E PRÁTICA. 2000. p.61). 
 
As argilas têm uma variação muito expressiva na sua característica a resistência a 
compreensão simples, visto que uma diferença entre alguns tipos de argila, como podemos ver 
na tabela 2, 
 
2.1.1.4 Solos residuais e solos transportados 
Os solos residuais são todos os solos de decomposição das rochas que se encontram 
no próprio do local em que se formaram, isso acontece porque a velocidade de decomporão da 
rocha é maior que a velocidade de remoção por agentes extremos. Essa decomposição depende 
de alguns fatores, entre esses fatores estão a temperatura, a vegetação, e o regime de chuvas. 
(APUDVARGAS) 
Nas regiões tropicais como o Brasil são muito mais favoráveis a essas degradações 
da rocha mais rápido, pois, tem uma temperatura mais elevada e o regime de chuva mais rígido 
do que as demais regiões. Logo nas regiões tropicais tem mais solos residuais que as outras. 
Os solos residuais se apresentam em horizontes com grau de desgaste decrescente. 
(VARGAS) identifica na figura 1 que mostra camada, cujo apresenta um desgaste decrescente. 
(APUDVARGAS) 
 23
Figura 1- Perfil de solo residual de decomposição de gnaisse (Apud Vargas, 1981) 
 
Fonte: (FUNDAÇÕES: TEORIA E PRÁTICA. 2000. p.63). 
 
 
Os solos transportados basicamente são todos os solos que foram transportados ou 
levados de seu lugar de origem por algum agente de transporte que poder ser o vento a 
gravidade, a chuva, etc. Esses solos poder ser classificados dependente do seu agente de 
transporte. (AUTORES, Vários, 1998) 
Solos coluvianares são formados originalmente pela ação do agente de transporte, 
gravidade, entre eles estão os escorregamentos das encontras da Serra do Mar formando os tatus 
nos pés do talude, essa massa de solo é muito variável e pode está sujeito a movimentações de 
rastejo. (AUTORES, Vários, 1998) 
 Solos aluvuiôes ou aliviouarrssão formados originalmente pela ação do agente de 
transporte, água, um ponto importante para a sua constituição é a velocidade da água no 
momento de deposição, muito comum a ocorrência de camadas de granulometrias distintas, 
devidas a diversas épocas de deposição nesse processo. (AUTORES, Vários, 1998) 
Solos eólicos são formados originalmente pela ação do agente de transporte, vento, 
os grãos desse solo são bastante arredondados pois a um atrito constante entre si, um exemplo 
desse tipo de transporte é as dunas de areias formas em desertor e perto do mar. Também tem 
outros tipos de agentes de transporte, como o que é feito galerias subterrarias ou a céu aberto 
que dão origem aos grades canyons. (AUTORES, Vários, 1998) 
 
 24
2.1.1.5 Aterros e solos compactados 
O aterro pode ser descrito como um depósito de solo não natural, esse depósito tem 
que ser construído com um planejamento e um controle de exclusão dentro das normas 
respectivamente para ser chamado de aterro. (PINTO, 1988) 
 O solo compactado é reduzir o número de vazios dos solos, a compactação do solo 
pode ser feita com o auxílio de máquinas como o rolo compressor e moto niveladora, 
normalmente a compactação do solo é executada em camadas com uma altura pré-planejada no 
projeto para uma melhor compactação, o resultado final para o solo e a diminuição do seu 
volume, o aumento de sua densidade e resistência, e a maior estabilidade do solo. (PINTO, 
1988) 
. 
2.1.2 Compressibilidade Dos Solos Permeáveis (Areias e Pedregulhos) 
Compressibilidade é como o solo se comporta com a aplicação de um carregamento 
extremo ou interno, no caso dos solos permeáveis como as areias e pedregulhos a deformação 
é imediata, pois as areias e pedregulhos têm um coeficiente elástico muito pequeno por isso que 
essa deformação acontece. (PINTO, 1988) 
 A compressibilidade dos solos pode ser descrita como a diminuição do volume de 
solo sobre a ação de uma carga aplicada. Quando há compressibilidade numa determinada 
camada do solo essa situação pode ser chamada de recalque por adensamento? (HOMERO 
PINTO CAPUTO). 
 
2.1.3 Compressibilidade Dos Solos Poucos Permeáveis (Argilas) 
Nas argilas quanto aplicamos um carregamento, a deformação leva mais tempo para 
ocorrer, porque o coeficiente elásticodas argilas é muito maior do que o da areia, logo leva 
mais tempo para perceber essas deformações, pois, pode dura um intervalo de até 50 anos. 
(HOMERO PINTO CAPUTO). 
 25
 Logo podemos ver na figura 2 as fases do solo no seu estado natural, é possível 
visualizar que o volume do solo é dividido em três partes ar, líquido e sólidos. (HOMERO 
PINTO CAPUTO). 
 
Figura 2 – As fases no solo; (a) no estado natural, (b) separada cm volume, (c) em função do 
volume de sólidos. 
 
Fonte: (FUNDAÇÕES: TEORIA E PRÁTICA. 2000. p.55). 
 
As frases no solo natural poder ser divididas em três partes, sólidas que são os 
próprios grãos que formar o solo, líquido que é a água que está dentro dos grãos do solo e o ar 
que está presente nos vazios do solo. 
 
2.2 RELAÇÃO TENSÃO X DEFORMAÇÃO DOS SOLOS 
2.2.1 Tensões No Solo. 
O solo naturalmente é formado de partículas, cargas ou forças aplicadas ou solo são 
transmitidas pelas partículas, partícula por partícula, já a água encontrada nos vazios do solo 
também se encontra sob pressão de uma maneira distinta do resto. (TERZAGHI, 1948,). 
 No caso das tensões na areia mostrada na figura 3, vimos que a transmissão de 
forças se faz através do contato direto de mineral a mineral. E no caso da argila a transmissão 
de tensões se faz através do contato do mineral com a água quimicamente, a transmissão se faz 
nos contados, portanto, em áreas muito reduzidas em relação à área total. (TERZAGHI, 1948,). 
 
 
 
 26
Figura 3 – Esquema para definição as tensões num meio particulado. 
 
 
Fonte: (FUNDAÇÕES: TEORIA E PRÁTICA. 2000. p.70). 
. 
Os grãos que estão em contato com a placa são carregados pelos que se situam 
acima e transmitem forças à placa. Essa força pode ser decomposta numa força normal e 
tangencial a superfície. Não sendo possível desenvolver um (modelo) matemático que 
representassem isoladamente as forças transmitidas, e sua ação, é definido conceitualmente 
como tensão. A somatória das componentes normais, dividida pela área da placa, é definida 
como tensão normal. (TERZAGHI, 1948,). 
 
2.2.1.1 Tensões de Próprio Peso do Solo 
As tensões que naturalmente o solo resiste, pois, são geradas pelo próprio solo, essa 
tensão ocorre devido ao seu peso próprio, a tensão horizontal é o peso do solo sobre o plano 
horizontal, a tensão normal é o resultado do somatório dos efeitos da canada, e a tensão neutra 
depende do nível a água, A tensão efetiva resulta da diferença das duas. (TERZAGHI, 1948,). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27
Figura 4 – Tensões totais, neutras e efetiva atuantes no subsolo 
 
Fonte: (FUNDAÇÕES: TEORIA E PRÁTICA. 2000. p.73). 
 
Na Figura 4 mostra os diferentes comportamentos do solo em ralação as tensões 
aplicadas sobre ele, isso gera uma deformação no solo visto que o solo tende a ser deforma 
quando ser aplica uma força. 
 
2.2.2 Deformações Solos 
Os problemas geotécnicos são classificados em dois grupos distintos: a análise dos 
recalques (deformações) e a análise da estabilidade (ruptura). No primeiro grupo o solo tem 
características em relação tensão vs formação, em razão a isso é usada a teoria da elasticidade, 
para verificar o equilíbrio limite, desconsiderando a deformabilidade do solo, pois, as rupturas 
que ocorre as grandes deformações. (CAMCLAY POR ROSCOE E EQUIPE (SCHOFIELD E 
WROTH,1968). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28
Figura 5 – Módulo De Elasticidade. a) Carregamentos de compressão. b) Carregamentos de 
cisalhamento. c) Deformação axial 
 
Fonte: (FUNDAÇÕES: TEORIA E PRÁTICA. 2000. p.78,79). 
 
Nas devidas condições normais os esforços nos solos provocam deformações, que 
se estabilizam num arranjo entre as partículas, em algumas solicitações, as forças transmitidas 
pelas partículas são superiores a que elas podem suporta, essas partículas se deslocam de 
maneira a descaracterizar o formato original do solo, nessa situação e definida como ruptura do 
solo. 
Figura 6– Módulo De Ruptura- (a) Representação dos Critérios de ruptura de Coulomb; e (b) 
Mohr 
 
Fonte: (FUNDAÇÕES: TEORIA E PRÁTICA. 2000. p.81). 
 
 
A ruptura no solo é o limite de tensão que o solo suporta, se a tensão aplicada no 
solo passa o estado de ruptura, isso quer disser que o solo vai ter deformações acima do seu 
limite 
a) 
 
b) 
c) 
b) 
 29
2.3 FUNDAÇÕES 
2.3.1 Fundações Conceito 
O projeto e execução de fundações, é normatizado no Brasil a partir da norma 
técnica NBR 6122 (ABNT, 2010) onde, apesar de não apresentar o conceito único de fundação, 
somente dos seus tipos, é possível defini-la como o conjunto de elementos estruturais 
responsáveis por transferir as cargas provenientes da (superestrutura) para o solo. 
2.4 TIPOS DE FUNDAÇÕES 
2.4.1 Fundações Rasas e Superficiais 
As fundações rasas ou superficiais as tensões e cargas são transferidas diretamente 
para o solo, sem interferência de nenhum meio, por isso também são conhecidas com fundações 
diretas, exemplo o bloco, sapata, viga de fundação, grelha, sapata associada, e radier. 
2.4.1.1 Bloco 
São elementos de fundação de concreto simples, dimensionado de maneira que as 
tensões de tração nele produzido possam ser resistidas pelo concreto, com ou sem armadura, 
usados normalmente de murro. 
2.4.1.2 Sapata Isolada 
São elementos de fundação de concreto armado de alta resistência, tem armadura 
para resistir a grandes esforços como a tração. As sapatas caracterizadas como “elemento de 
fundação de concreto armado, de altura menor que o bloco.” (id ibid., p.212). 
 30
2.4.1.3 Sapata Associadas 
São elementos de fundação de concreto armado de alta resistência, “que recebe 
partes dos pilares da obra, o que a difere do radier, sendo que estes pilares não são alinhados, o 
que a difere da viga de fundação.” (id ibid., p.212). 
2.4.1.4 Viga de fundação 
São elementos de fundação de concreto armado de alta resistência, “que recebe 
pilares alinhados, geralmente de concreto armado; pode ter seção transversa, tipo bloco (sem 
armadura transversal). As vigas de fundação descritas como “elemento de fundação que recebe 
pilares alinhados [...] frequentemente chamadas de baldrames.” (id ibid., p.212). 
2.4.1.5 Grelha 
As grelhas conceituadas como “elemento de fundação constituído por um conjunto 
de vigas que se cruzam nos pilares.” (id ibid., p.212). 
 
2.4.1.6 Radie 
O radier que é um “elemento de fundação que recebe todos os pilares da 
obra” (id ibid, p.212), assemelhando-se a uma laje que recebe os esforços e os transfere ao solo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31
Figura 7 – Elementos de fundações superficiais. 
 
Fonte: Velloso e Lopes (2010, p.12). 
No Brasil é mais usado as fundações superficiais, por ter muita mão-de-obra, e na 
maioria do caso ela atende o projeto pequeno e se tomar mais viável do que uma fundação 
profunda, e as fundações superficiais transferirem diretamente a carga para o solo 
2.4.2 Fundações Profundas 
São fundação profunda aquelas cujo o mecanismo de ruptura de base não atinge a 
superfície do terreno, segundo a norma NBR6122 (ABNT, 2010) estabeleceu que fundações 
profundas são aquelas cujas bases estão implantadas a mais de 2 vezes a sua menor dimensão, 
com pelo menos 3 m de profundidade. 
2.4.2.1 Principais tipos de estacas 
As estacas são elementos de fundação profunda executado com auxílio de 
ferramentas ou equipamentos especiais para a execução, que pode ser por meio de cravação a 
 32
percussão, prensagem, vibração ou por meio de escavação ou ainda por forma mista envolvendo 
mais de um processo. 
No Brasil segundo Luciano Décourt as estacas mais usadas no Brasil podem ser 
classificas em duas: 
• Estacas de deslocamento 
• Estacas escavadas 
ESTACAS DE DESLOCAMENTO são aquelas introduzidas no terreno através de algum 
Processo que não provoca a retirada do solo. 
• Estaca pré-moldadas de concreto; 
• Estaca metálica; 
• Estaca de madeira; 
• Estaca tipo Franki. 
ESTACAS ESCAVADAS são aquelasexecutadas “in situ” através de perfuração do terreno 
por um processo qualquer, com remoção de material, com ou sem revestimento, com ou sem a 
utilização de fluido estabilizante. 
• Estaca tipo Strauss; 
• Estaca trado rotativo; 
• Estaca hélice contínua; 
• Estacas-Raiz 
2.4.2.2 Estaca pré-moldadas de concreto 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 6122 (ABNT, 2010) define 
como estaca pré-moldadas. 
Estaca pré-moldadas de concreto ou pré-fabricadas, o dimensionamento estrutural 
deve ser feito utilizando-se as ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 9062, limitando o fck 
a 40,0 MPa. 
A Estaca pré-moldadas de concreto pode ser feita de concreto armado ou 
protendido, vibrado ou centrifugado com uma resistência mínima de 40 MPa, pode ser 
executada na vertical ou na horizontal. Na cravação da estaca pode ser feita por prensagem, 
percussão, ou vibração, para a escolha do equipamento deve considerar alguns detalhes, como 
 33
a dimensão da estaca, as características do solo, as características do projeto de fundações, as 
condições de vizinhança, o terreno. (Medeiros, 2018) 
 
VANTAGENS: 
1. Permite uma boa fiscalização durante a concretagem; 
2. Permite a moldagem de corpos de prova para verificação da resistência à 
compressão; 
3. Permite a moldagem das estacas no local da obra; 
4. Permite a emenda de uma peça na outra; 
5. etc. 
DESVANTAGENS: 
1. Tempo de cura normal do concreto de 21 dias; 
2. A estaca não ultrapassa camada de solo resistente (N/30 > 15); 
3. O transporte dentro da obra; 
4. Durante a cravação se o contato do martelo com o concreto não for feito com 
um material elástico, quebra a cabeça da estaca; 
5. Grande vibração durante a cravação. 
6. Capacidade de carga do concreto de aproximadamente 60 kg/cm2. 
(Medeiros, 2018, p. 1) 
 
2.4.2.3 Estacas de Madeira 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 6122 (ABNT,2010) define 
como estaca de madeira 
Estaca de madeira tem sua carga estrutural admissível calculada, sempre em função 
da seção transversal mínima, adotando-se tensão admissível compatível com o tipo e 
a qualidade da madeira conforme estabelecido na ABNT NBR 7190. 
As estacas de madeira estão sujeitas às decomposições e ao ataque por 
microrganismos quando usada a cima do lençol freático, quando é usada abaixo do nível do 
lençol freático (debaixo água), totalmente isolada do meio agressivo, à estaca tem um grande 
tempo de vida útil. (Medeiros, 2018) 
 
 
 
 
 34
 
 
VANTAGENS: 
1. Duração ilimitada quando mantida permanentemente abaixo da água; 
2. Custo relativamente pequeno em áreas de reflorestamento de eucalipto; 
 
DESVANTAGENS: 
1. Duração muito pequena quando fica exposta a flutuação do nível da água, 
surge a ação dos cogumelos, cupim e brocas marinhas quando cravadas no 
mar; 
2. Comprimento limitado a 12m; 
3. Obrigação da colocação de um anel metálico na parte do contato com o 
martelo (pilão); 
4. Obrigação da licença dos órgãos responsáveis pela conservação do meio 
ambiente; 
5. Grande vibração durante a cravação. 
(Medeiros, 2018, p. 2) 
 
2.4.2.4 Estaca hélice contínua 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 6122 (ABNT,2010) define 
como estaca hélice contínua: 
Estaca de concreto moldada in loco, executada mediante a introdução, por rotação de 
um trado helicoidal contínuo no terreno e injeção de concreto pela própria haste 
central do trado simultaneamente com sua retira, sendo que a armadura é introduzida 
após a concretagem da estaca. 
A (estaca) tipo hélice contínua é executada mediante a introdução no terreno de 
uma haste tubular dotada externamente de uma hélice continua a qual é descida no terreno por 
aplicação de um torque. Durante a penetração e dependendo do diâmetro da haste, não ocorre 
a retirada do solo escavado, resultando uma estaca do tipo implantado sem deslocamento do 
solo. Todavia, pode ocorrer além de uma certa profundidade, que o solo fique totalmente 
aderido às pás da hélice quando então, na continuação da penetração, à estaca passa a ser por 
deslocamento de solo. (Medeiros, 2018) 
 35
 
 Na parte inferior da haste tubular existe um tampão, a ser perdido, que impede a 
penetração do solo no seu interior. Alcançada a cota de assentamento inicia-se a corretagem da 
estaca por bombeamento de concreto pela haste tubular sob pressão constante de 1kgf/cm², 
retirando-se a composição de perfuração sob velocidade constante. Durante a remoção da haste 
um limpador mecânico retira o solo que está aderente entre as pás da hélice continua. 
Imediatamente após o término da concretizem é inserido dentro do concreto, por gravidade ou 
com o auxílio de um vibrador, a armação. (Medeiros, 2018) 
Características: 
Concreto: 
Areia, brita nº 1 e cimento 
Teor de cimento 400kgf/m3 de concreto 
Slump 20 a 24 cm 
Resistência característica à compressão 180 kgf/cm2 
Armação: 
Comprimento aproximadamente 8 m; 
Ferro longitudinal de 6 a 8 barras de aço CA – 50A com diâmetro de 16mm ou 20mm; 
Estribo helicoidal de barra de aço CA-25 de diâmetro de 10mm a cada 20cm 
VANTAGENS: 
1. Os equipamentos permitem atravessar camada de solo com SPT = 50; 
2. Os equipamentos permitem executar estaca inclinada de 140 até 
profundidade de 15m; 
3. Os equipamentos permitem executar estaca inclinada de 110 até 
profundidade entre 16m e 25m; 
4. Os equipamentos são dotados de instrumentos que monitoram 
continuamente toda execução das estacas; 
5. Não há de confinamento lateral do solo; 
6. Como o concreto é bombeado sob pressão ele preenche continuamente o 
volume escavado, fornecendo uma maior resistência por atrito lateral da 
estaca; 
7. Devido o monitoramento eletrônico é permitido um controle contínuo da 
qualidade de execução da estaca; 
8. Permite a execução de cerca de 200m a 300m de estaca por dia em 
condições normais de terreno. 
DESVANTAGENS: 
 36
1. Custo relativamente elevado; 
2. Número de equipamentos limitados no Brasil; (Medeiros, 2018, p. 5) 
 
 
 
 
2.4.2.5 Estacas Metálicas 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 6122 (ABNT,2010) define 
como estaca metálicas 
Estaca metálicas devem ser dimensionadas de acordo com a ABNT NBR 6122/2010, 
considerando-se a seção reduzida da estaca. As estacas de aço que estiverem total e 
permanentemente enterradas, independentemente da situação do lençol d’água, 
dispensam tratamento especial, desde que seja descontada a espessura indicada na 
Tabela 5. 
As estacas de metálica de acordo com a NBR 6122/2010 pode ser perfis laminados 
ou soldado, tubos de chapas, trilhos, e devem resistir a corrosão quando for usada em obra 
especiais como uma marina ou porto. 
 
 
 
 
Tabela 3 – Tabela 5 da NBR 6122 
 
Classe Espessura mínima de 
sacrifício (mm) 
Solos em estado natural e aterro 
controlados 
1,0 
Argila orgânica; solos porosos não 
saturados 
1,5 
Turfas 3,0 
Aterros não controlados 2,0 
Solos contaminados 3,2 
ª Casos de solos agressivos devem ser estudados especificamente 
 
Fonte: ABNT NBR 6122 (2010.p.46). 
 37
Podem ser cravadas com o bate estacas com um martelo de queda livre, desde que 
a relação do peso do pilão e da estaca não seja menor do que 0,5 e o martelo tenha um peso 
inferior a 10 KN. 
 
 
 
VANTAGENS: 
1. Atingem grandes profundidades; 
2. Podem atravessar camadas resistentes de solo; 
3. Pequena vibração durante a cravação; 
4. Não apresenta atrito negativo; 
5. Uma estaca pode ser feita com vários perfis soldados um ao outro; 
6. Emenda fácil de executar; 
7. Podem ser cravadas formando um ângulo de inclinação com a vertical. 
DESVANTAGENS: 
1. Custo relativamente elevado; 
2. Fácil oxidação quando da flutuação do nível da água 
(Medeiros, 2018, p. 2) 
 
2.4.3 Tubulão a céu aberto 
O Tubulão a céu aberto poder ser executado de dois modo: Sem escoramento e com 
escoramento. Os tubulões a céu aberto são considerados o tipo de fundação mais barata, dentro 
das fundações profunda. (Constancio, 2004) 
Característicasgerais: do tubulão sem escoramento: 
� Escavado manualmente; 
� φ mínimo do fuste para escavação manual = 0,70 m; 
� Ângulo de 60º é suficiente para que não tenha necessidade de colocação de 
armadura na base; 
� Só para receber esforços verticais; 
� Executado somente acima do lençol freático (N.A.); 
� Executado em solos coesivos; 
� Concreto utilizado pode ser o ciclópico. 
(Constancio, 2004, p. 3) 
 
 38
 
Características gerais: do tubulão com escoramento: 
� Escoramento das paredes do fuste é feito com madeira preso por anéis 
metálicos; 
� Elementos de escoramento podem ou não ser recuperados durante a 
concretagem; 
� Elementos de escoramento, são utilizados em trechos onde o solo é de baixa 
consistência; 
� Só para receber esforços verticais; 
� Executado somente acima do lençol freático (N.A.); 
� Concreto utilizado pode ser o ciclópico. 
(Constancio, 2004, p. 4) 
2.4.4 Tubulão pneumático. 
Características gerais: 
� Rebaixamento do N.A. é feito sob pressão, com auxílio de ar comprimido. 
� As cotas de apoio das bases dos tubulões, são executadas abaixo do lençol freático. 
(N.A.); 
� As condições de trabalho normais para elemento humano e de 3 atm. 
(Constancio, 2004, p. 5) 
2.4.5 Tubulão Tipo Benoto 
Características gerais: 
� Executado com cravação mecânica de tubo metálico de espessura ¼”; 
� Diâmetro do tubo é igual ao diâmetro do fuste; concreto utilizado pode ser o 
ciclópico e o utilizado para a concretagem do fuste pode ter um fck = 9,5 MPa (95 kgf 
/ cm2), pois o tubo metálico de aço é considerado como um reforço para os esforços 
de compressão. 
� Escavação após a cravação do tubo é feita manualmente. 
(Constancio, 2004, p. 6) 
 39
2.4.6 Tubulão Tipo Pneumático: (anel de concreto) 
Características gerais: 
� Revestimento das paredes laterais do fuste é feito com anéis de concreto com 
diâmetro externo igual ao diâmetro do fuste. 
� Os anéis de concreto, movem-se verticalmente pelo peso próprio; 
� Escavação é feita manualmente; 
� As escavações feitas abaixo do N.A. são feitas manualmente com o auxílio de uma 
� campânula; 
� O diâmetro interno ≥ 0,70 m (diâmetro do fuste) 
(Constancio, 2004, p. 8) 
.. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
2.5 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ENVOLVENDO FUNDAÇÕES 
 
2.5.1 O Acidente Do Edifício Miguelângelo (Recife/Pe) 
Um edifício de alto padrão localizado na Praia de Boa Viagem, em Recife. Com 15 
pavimentos, mais na fase de entrega das unidades a seus adquirentes, surgiu um problema, o 
recalque diferencial, o edifício como um todo, sem surgimento de trincas aparentes, o que 
atestava a boa qualidade de superestrutura executada. A fundação para esse tipo de prédio era 
em sapata, que davam suporte a toda estrutura superficial. (Joaquim, Araújo, & Custódio, 1996) 
Para resolver esse recalque não esperado, foram abertos, a trado, furos de pequeno 
diâmetro em tomo das sapatas, nos quais foram inseridos tubos de PVC para guia de injeções 
 40
com resina epóxi sob pressão, como o uso da resina sobre pressão , já que esse tipo de material 
tem um módulo de deformabilidade elevado, mudando o solo de fundação num material com 
alta resistência. (Joaquim, Araújo, & Custódio, 1996) 
2.5.2 Recalque Provocado Por Cavação De Estacas 
Nos dias atuais é de estrema importância o cuidado com as fases inicie da obra, 
principalmente em grandes centos urbanos, com alta densidade populacional e predial. Os danos 
aos edifícios vizinhos ocorrer geralmente nas fases iniciais da obra, normalmente na execução 
das fundações, são do caso mais comum de dano aos prédios vizinhos. (Joaquim, Araújo, & 
Custódio, 1996) 
O setor da Administração municipal da cidade do Rio de Janeiro, é responsável da 
segurança predial tem a missa de avaliar perícias e coordenas as atividades de recuperação, de 
um edifício que apresenta um desaprumo. No caso do prédio em questão ele é composto por, 
24 apartamentos divididos em 12 andares, o terreno tem 7 m de frente por 27 m de fundo. 
• Inclinação progressiva da edificação, atingindo, nos dois primeiros dias, 5 cm 
de afastamento no seu topo, em relação ao prédio vizinho; 
• Processo de fissuração no nível do pavimento de acesso, de paredes de 
alvenaria e da cisterna. Paralelamente a esse estágio de observações e providências 
preliminares, o então Secretário de Obras e Serviços Públicos do Município do Rio de 
Janeiro, Eng. Luiz Paulo Corrêa da Rocha, já integrado na busca das causas e soluções 
para a questão, determinava a contratação de empresa de engenharia com pública e 
notória especialização em assuntos geotécnicos, com a finalidade de: 
• Implantar controle de recalques através de leitura ótica de pinos fixados aos 
pilares; 
• Análise dos pontos críticos e apresentação de projeto com as soluções 
recomendadas; 
• Execução das obras de estabilização. 
(Joaquim, Araújo, & Custódio, 1996, p. 43) 
 
A adversidade deu-se, pois, o edifício em construção resolveu usar nas fundações 
uma técnica de lançamento por gravidade (bate estaca), para cravação das estacas, gerando uma 
 41
vibração no solo profundo, entretanto, na cravação das estacas, que fazia parte da parede de 
estacas para proteger as fundações vizinhas, quando fosse executado o subsolo posteriormente. 
Quando a estaca ultrapassou as primeiras camadas de areia do terreno, causou a 
compactação das mesmas, nos arredores da estaca conveniente das vibrações resultantes dos 
golpes do martelo do bate estaca. O complemento da fundação foi concebido e executado por 
meio, de micro estacas, escavadas com uma perfuratriz, e inserido o concreto posteriormente. 
(Joaquim, Araújo, & Custódio, 1996) 
 
 
2.5.3 Recalques diferenciais em prédio devido a estacas mal executadas 
O recalque ocorreu devido a uma fundação mal executada, que prejudicou uma 
estrutura, e gero prejuízos que poderiam ser evitados por meio de uma análise criteriosa dos 
perfis de sondagem do terreno e pros métodos persistentes nos acompanhamentos da obra. A 
construção um prédio residencial de quatro andares com estrutura de concreto armado 
tradicional laje-viga-pilar, com uma área total construída em forma retangular de 15mpor 37m, 
localizado na Ilha do Governador na cidade do Rio de Janeiro, solo natural localizava-se ao pé 
de um morro. (Joaquim, Araújo, & Custódio, 1996) 
A obra se encontrava com a estrutura totalmente executa, e com as paredes de 
alvenaria em execução, quando começarão a aparecer os primeiros sinais de recalque, as 
fissuras nas cintas do pavimento térreo, instantaneamente a obra foi paralisada para evitar a 
adição de mais carga, e foram inseridos pinos para o controle do recalque da estrutura. 
(Joaquim, Araújo, & Custódio, 1996) 
Verificando os perfis de sondagem e os boletins de cravação das estacas pode motas 
que todas as estacas haviam sido cravadas com um comprimento insuficiente para atender a 
fundação, logo foram projetados reforços para a fundação. Nos pilares frontais o reforço foi 
feito por meio de estacas tipo preso-ancoragem, como isso recalque se estabilizou. (Joaquim, 
Araújo, & Custódio, 1996) 
Umas das causas desse acidente foi que a empresa contratada para execução das 
estacas não utilizou critérios técnicos corretos para faz a cravação das estacas no terreno, e 
também o comprimento das estacas que era de 6 m, assim não permitindo que as estacas 
chegassem na camada mais resistente. (Joaquim, Araújo, & Custódio, 1996) 
 42
 
2.6 CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA 
De modo geral surgiu os termos de mapas e cartas, com a necessidade da 
utilização dos dois surgiu o conceito de documentos cartográficos, esses por sua vez possuem 
várias finalidades, desde marcação territorial e ambiental até mesmo nas obras civis e 
planejamento urbano, também considerando avaliação de áreas de riscos associada 
(ZUQUETTE E GANDOLFI, 2004) 
No quesito de elaboração o de mapas, deve ser organizar de forma logica os 
dados, esse agrupamento de dados vai referira qual tipo de registro que será feito, ele é 
classificado de acordo com seu objetivo (ZUQUETTE E GANDOLFI, 2004): 
 
Quadro- tipos de registros de informações 
Nominal Quando se adota um 
número, nome ou código 
para o objeto em análise 
Tipos de materiais 
inconsolados, litologia, 
minerais 
Ordinal Grandeza numérica, que 
pode ser discreta ou 
contínua 
Condutividade hidráulica 
Intervalo Quando se adotam valores 
limites para um atributo 
Temperatura em ºF ou ºC, 
classes de declividade 
Razão Determinada igualdade das 
razões entre massa, 
comprimentos, velocidade 
e tamanhos 
Índice de vazios, 
porosidade 
Fonte: cartográfica geotécnica, 2004 p.19 
 
Os registros do tipo nominal e de razão são mais utilizados na área da construção 
civil, sei tipo de carta é conhecida cartografia geotécnica. 
O Objetivo e atributos da cartografia geotécnicos é encontrar as respostas 
adequadas para a análise dos resultados que são expressos na carta, o profissional que for 
utilizar as informações que são obtidas carta geotécnica precisa ser mesclada com os seus 
conhecimentos para a tomada de decisão, se pode ou não ser executada tal projeto naquele local 
(ZUQUETTE E GANDOLFI, 2004) 
Então em outras palavras podemos dizer que o mapeamento geotécnico é um 
processo que procura descrever as características do meio, no caso dos solos, os diferentes tipos 
de solo e sua resistência (ZUQUETTE E GANDOLFI, 2004). 
 43
Para se iniciar um processo de montagem de uma carta geotécnica tem o grande 
desafio que é mostrar a grande variabilidade do solo, então a melhor forma de se elaborar um é 
através do meio de amostragem, estas podendo ser enquadrada em dois grupos probabilísticos. 
(ZUQUETTE E GANDOLFI, 2004). 
A amostragem aleatórias, que são aquelas que tem a mesma chance de ser 
recolhida na parcela do território que se pretende retirar ela, seus resultados precisam ser 
generalizados, as amostras aleatórias podem ser classificada em simples, são as amostras sem 
direcionamento algum, a sistemática que coloca uma condição fixa para extração da amostra, a 
estratificada que inicialmente são divididas em partes mais homogêneas, e a pôr conglomerados 
que é feito em três estágios sequenciais, e no campo de amostras não aleatórias (ZUQUETTE 
E GANDOLFI, 2004). 
 Essas que é obtida de maneira mais objetiva sendo dirigida, são classificada em 
pôr cota, que é um número pré definido das unidades a ser investigada, as de conveniência que 
é obtida através de um subconjunto específico, que no caso da caracterização geotécnica são as 
camadas ou o material especifico, a acidental que leva o critério prático como por exemplo um 
solo próximo a uma rodovia que precisa ser analisado, o racional que é a amostragem escolhida 
de forma deliberada para melhor representar o objeto estudado, como por exemplo um 
determinado tipo de solo que aflora uma superfície, e por último a de forma especifica que é 
um único elemento pois a poucos indivíduos para serem estudado.(ZUQUETTE E 
GANDOLFI, 2004) 
2.6.1 Mapas Geotécnicos 
Segundo Coelho (1980) a primeira forma de fazer uma representação 
cartográfica das condições geotécnicas teve início em 1913, na maneira desenvolvida por 
Leipzig. Gwinner em 1954 e 1956, teve seu maior desenvolvimento nos anos 50, principalmente 
nos países da Europa oriental. Com o pensamento que o meio físico era de muita importância, 
para a melhor utilização e ocupação do solo, principalmente nos meios urbanos onde havia uma 
maior taxa de crescimento das cidades, tiveram que ser mapiadas para que houvesse um 
controle. (Leite & Filho, 1997) 
As pesquisar nas áreas dos geológicos e Geotécnicos estabeleceram formas de 
análise do meio físicos, os resultados dessas pesquisas são apresentados de formas 
 44
cartográficas, é ainda o mais adequado para a representação dessas informações pesquisadas. 
(Leite & Filho, 1997) 
Os mapeamentos geotécnicos tem sido usado ao longo do tempo em vários 
países como um instrumento que ajuda a definir e fiscalizar as áreas de ocupação, de maneira a 
poder ser ajustada tecnicamente e respeitadas as áreas de interesse ambiental, social, e as 
condições necessária para que a população desfrute-as sem alterar as suas condições básicas de 
vida.(ZUQUETTE e GANDOLFI, 1987) 
 
 
 
 
 45
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
A utilização de gatilhos geotécnicos em edifícios de mais de oito pavimentos foi 
uma investigação que se caracterizou pela abordagem qualitativa, nível exploratório e sob o 
método de procedimento bibliográfico. O nível, exploratório ocorre quando os pesquisadores 
necessitam aprofundar-se na temática posta. “As pesquisas exploratórias têm como principal 
finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista, a formulação 
de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.” (GIL, 1999, 
p.43). Além desses quesitos, é utilizada também quando não existe farta literatura abordando o 
assunto buscado. 
Sobre a abordagem, qualitativa Araújo e Oliveira (1997, p. 11) afirma que é um tipo 
de investigação que: 
[...] se desenvolve numa situação natural, é rico em dados descritivos, obtidos no 
contato direto do pesquisador com a situação estudada, enfatiza mais o processo do 
que o produto, se preocupa em retratar a perspectiva dos participantes, tem um plano 
aberto e flexível e focaliza a realidade de forma complexa e contextualizada. 
 
Simultaneamente, este tipo de abordagem quer identificar as razões que levaram à 
ocorrência de um fenômeno, neste caso, a utilização de gatilhos geotécnicos. É um estudo que 
ousa apresentar uma nova dimensão da percepção do mundo, resgatando socialmente a 
investigação científica, fugindo das estruturas positivistas tradicionais e permitindo a 
incorporação do trabalho conceitual e analítico desenvolvido no estudo. 
As pesquisas bibliográficas não ensejam, imediatamente, um estudo qualitativo, 
entretanto, considerando-se que, todos os materiais elaborados e disponibilizados para análise, 
foram criados pelo homem e sua subjetividade, em momentos históricos distinto. 
 Observa-se que a própria flexibilização deste tipo de procedimento investigativo, 
permite a busca, a criatividade e imaginação do investigador, propiciando o afloramento deste 
enfoque. Evidentemente que, não obstante essa característica metodológica, também serão 
utilizados dados, percentuais e números que fazem parte da estrutura quantitativa de pesquisa. 
 
A pesquisa bibliográfica é meio de formação por excelência. Como trabalho 
científico original, constitui a pesquisa propriamente dita na área das Ciências 
Humanas. Como resumo de assunto, constitui geralmente o primeiro passo de 
qualquer pesquisa científica. (CERVO E BERVIAN, 1996, p. 48). 
 
Os artigos científicos são, pois, objetos de produção humana, consequentemente 
histórica e, esse fato os torna de grande relevância para as pesquisas científicas. Os dados 
obtidos através da pesquisa bibliográfica podem fazer "reviver" momentos históricos, 
 46
confrontar posições antagônicas, revelar "segredos" não percebidos pela dinamicidade do fluxo 
social. 
3.1.1 Instrumentos utilizados para a coleta de dados 
Os dados foram obtidos de: 
a) Artigos científicos, todos resgatados de bases de dados livres ou fornecidas 
pela universidade 
b) Livros, físicos e e-books, clássicos e contemporâneos que permitiram uma 
adequada fundamentação dos resultados obtidos; 
c) Observação do pesquisador, relevante porquanto as pesquisas de abordagem 
qualitativa o permitem e em função das atividades do pesquisador, 
relacionadas com a área de estudo. 
São, pois dados primários, que propiciaram o exame de um tema sob novo enfoque 
ou abordagem, possibilitando conclusões inovadoras, por meio da análise de seu conteúdo e a 
validação do alcance dos objetivos específicos previamente determinados. 
3.2 DESCRIÇÃO DO PROCESSO DE ESTUDO 
A tabulação dos dados fora realizadacom auxílio de ambiente computacional a 
partir do uso de técnicas de geoprocessamento. Para tal, foi utilizado o software de Sistema de 
Informações Geográficas – S.I.G., Quantum GIS, versão 3.8.2. A escolha desta ferramenta se 
justifica pelo fato de ser uma plataforma open source e de fácil operalização. 
Com o auxílio do QGISl, foi elaborada a carta geotécnica da região de Tubarão, 
definindo as macros classes de, de forma a ser possível a realização da classificação das 
propriedades dos solos. Com isso podemos elaborar modelos geotécnicos a partir das relações 
Tensões vs Deformações para a base de dados gerada, e elencar diferentes modelos conceituais 
para os diferentes tipos de fundações. 
O processo de estudo e a análise abordado neste trabalho pode ser melhor explicado 
pelo fluxograma da figura 8. 
 
 
 
 47
Figura 8 – Fluxograma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
 Na figura 8 monta o passo a passos do tratamento dos dados geotécnicos da base 
de Tubarão. 
TRATAMENTOS DOS DADOS 
GEOTÉCNICOS DA BASE DE 
TUBARÃO USANDO O PROGRAMA 
QGIS. 
ELABORAÇÃO DA CARTA 
GEOTÉCNICA DE 
TUBARÃO 
DEFINIÇÃO DOS 
TIPOS DE SOLO DE 
TUBARÃO 
ESTUDO DA 
PROPRIEDADE DOS 
SOLOS 
ANALISAR AS 
RELAÇÕES ENTRE OS 
TIPOS DE SOLO E OS 
TIPOS DE FUNDAÇÃO 
 ELABORAÇÃO GATILHOS 
GEOTÉCNICOS PARA ESCOLHA DO TIPO 
DE FUNDAÇÃO UTILIZANDO ALGUNS 
ESCOLHER TIPO DE FUNDAÇÃO 
MAIS ADEQUADO 
 48
4 RESULTADOS E DISCUSÕES 
Neste capítulo serão apresentados os tratamentos dos dados geotécnicos e 
bibliográficos os assuntos abortados neste trabalho de conclusão de curso, a carta geotécnica da 
região de Tubarão, os tipos de solos predominante na região de estudo, e a análise entre o tipo 
de solos e os tipos de fundação e relacionar gatilhos para melhor escolha. 
4.1 CARTA GEOTÉCNICA DE TUBARÃO 
Na carta geotécnica de tubarão elaborada no presente trabalho tende a definir 
visivelmente o tipo de solo da região de estudada, da maneira que nos expomos as análises 
empreendidas sobre o mapa geotécnico de tubarão., conforme sintetizado através da figura 11. 
 
Figura 09 – Carta Geotécnica de Tubarão elaborada pelo autor. 
 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
 
 
dasdasdasdasdas
 49
]asdasda 
A carta geotécnica do município de Tubarão, conta com uma variedade de tipos 
solos que pode ser delimitado por seis diferentes de solos que são designados como. Argissolos, 
Cambissolos, Gleissolos, Organossolos, Terrenos de Escavações e Aluviais. 
Conforme a figura 12 podemos observar a porcentagem da taxa de ocupação dos 
solos de Tubarão. 
 
Figura 10 – Taxa de Ocupação dos Solos de Tubarão. 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
 
4.1.1.1 Solos Argissolos de Tubarão 
Estes tipos de solo têm sua porcentagem de 52,69% na composição do solo da 
cidade de tubarão, que é classificado em Argissolos Vermelho-Amarelos e aparece na figura 13 
Sendo 7,73% PVa2g (Podzólico Vermelho-Amarelo álico Ta A moderado textura 
média/argilosa cascalhenta relevo forte ondulado e ondulado, substrato granito), 1,43% de 
PVa4g (Podzólico Vermelho-Amarelo álico Ta e Tb A moderado textura média e 
média/argilosa relevo ondulado, substrato granito), 3,26% de PVa5sq (Podzólico Vermelho-
Amarelo álico Tb A moderado textura média/argilosa relevo suave ondulado, substrato 
sedimentos quaternários), 1,76% de PVa7g (Podzólico Vermelho-Amarelo álico Tb A pouco 
cascalhento moderado textura média/argilosa relevo ondulado, substrato granito), 7,09% de 
PVa11g (Podzólico Vermelho-Amarelo álico Ta A moderado textura média/argilosa 
52,69%
5,74%
12,96%
27,03%
0,44%
1,15%
Tipos de solos
Solos Argissolos
Solos Cambissolos
Solos Gleissolos
Solos Organossolos
Solos Terrenos de Escavações
Solos Aluviais
 50
cascalhenta fase pedregoso + Cambissolo álico Ta A moderado textura argilosa cascalhenta 
fase), 0,56% de PVa16a (Podzólico Vermelho-Amarelo álico Tb A moderado textura 
média/argilosa relevo ondulado e suave ondulado + Cambissolo álico Tb A moderado textura 
média e argilosa relevo suave ondulado, substrato arenito), 2,01% de PVa17g (Podzólico 
Vermelho-Amarelo álico de substrato granito Tb A moderado e proeminente textura 
média/argilosa pouco cascalhenta + Cambissolo de substrato granito álico Tb A moderado e 
proeminente textura argilosa pouco cascalhenta relevo forte ondulado), 27,89% de PVa18g 
(Podzólico Vermelho-Amarelo álico Tb A pouco casca. mod. e proem. text. média/arg. e média 
fase não pedra. e pedregulho + Cambissolo álico Tb A mod. e proem. text. arg. e média pouco 
casca. fase não pedra. e pedregulho., relevo forte onda e montanhoso, granito),0,97% de 
PVa26g (Podzólico Vermelho-Amarelo álico Ta A moderado textura média/argilosa 
cascalhento relevo forte ondulado, substrato granito). 
 
Figura 11 – Solos Argissolos. 
 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
 
 51
4.1.1.2 Solos Cambissolos de Tubarão 
Estes tipos de solo tem sua porcentagem de 5,74% na composição do solo da cidade 
de Tubarão, que é classificado em Cambissolo e aparece na figura 14 
Sendo 0,32% de Ca7g (Cambissolo álico Tb A moderado e proeminente textura 
argilosa e média relevo plano e suave, substrato granito), 4,45% de Ca7sq (Cambissolo álico 
Tb A moderado e proeminente textura argilosa e média relevo plano e suave, substrato 
sedimentos quaternários), 0,29% de Ca12d ( Cambissolo álico Ta A moderado textura muito 
argilosa fase pedregosa e não pedregosa + Terra Roxa Estruturada distrófica A proeminente 
textura argilosa fase pedregosa e não pedregosa relevo forte ondulado, substrato diabásio), 
0,21% de Ca12d (Cambissolo álico Tb A moderado e proeminente textura argilosa suave 
ondulado + Podzólico Vermelho-Amarelo álico Tb A moderado e proeminente textura/argilosa 
relevo ondulado e suave ondulado, substrato diabásio), 0,03% de Ca20g (Cambissolo álico Tb 
A moderado e proeminente textura argilosa suave ondulado + Podzólico Vermelho-Amarelo 
álico Tb A moderado e proeminente textura/argilosa relevo ondulado e suave ondulado, 
substrato granito), 0,29% de Ca20sq (Cambissolo álico Tb A moderado e proeminente textura 
argilosa suave ondulado + Podzólico Vermelho-Amarelo álico Tb A moderado e proeminente 
textura/argilosa relevo ondulado e suave ondulado, substrato sedimentos quaternários), 0,15% 
de Ce1sq (Cambissolo eutrófico Ta A moderado textura siltosa e média relevo plano, substrato 
sedimentos quaternários) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 52
Figura 12 – Solos Cambissolos. 
 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
 
 
4.1.1.3 Solos Gleissolos de Tubarão 
Este tipo de solo tende sua porcentagem de 12,96% na composição do solo da 
cidade de Tubarão, que é classificado em Cambissolo e aparece na figura 15. 
Sendo completamente formado por GHdsq (Gleissolo Húmico distrófico Ta textura 
média e argilosa relevo plano, substrato sedimentos quaternários) 
 
 
 
 
 
 53
Figura 13 – Solos Gleissolos 
 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
 
4.1.1.4 Solos Organossolos de Tubarão 
Estes tipos de solo têm sua porcentagem de 27,03% na composição do solo da 
cidade de Tubarão, que é classificado em Organossolos Tiomórficos aparece na figura 16. 
Sendo 25,97% de HOe1sq (Solos Orgânicos eutróficos textura argilosa e média 
relevo plano, substrato sedimentos quaternários), 1,06% de HOe2sq (Solos Orgânicos 
eutróficos textura argilosa e média + Gleissolo eutrófico Tb chernozêmico textura argilosa e 
média relevo plano substrato sedimentos quaternários). 
 
 
 
 
 54
Figura 14 – Solos Organossolos. 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
 
4.1.1.5 Solos Terrenos de Escavações de Tubarão 
Este tipo de solo tem sua porcentagem de 0,44% na composição do solo da cidade 
de Tubarão, são solos que podem ser escavados, aparece na figura 17 
Sendo formado totalmente por TEsq (Terrenos de Escavações, substrato sedimentos 
quaternários). 
 
 
 
 
 
 
 
 55
Figura15 – Solos Terrenos de Escavações. 
 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
 
4.1.1.6 Solos Aluviais de Tubarão 
Este tipo de solo tem sua porcentagem de 1,15% na composição do solo da cidade 
de Tubarão, que é classificado como corpos d’água, aparece na figura 18 
Sendo 0,27% de Adsq (Solos Aluviais distróficos A moderado textura 
indiscriminada relevo plano, sedimentos quaternários), 0,83% de água, 0,05% de ilha. 
 
 
 
 
 
 
 56
Figura 16 – Solos Aluviais 
. 
 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
4.2 ESTUDO DOS LAUDOS DE SONDAGEM 
4.2.1.1 Verificando os Spt Médio em relação a profundidade 
Para a realização desta etapa, a partir da composição de base de dados geotécnica 
provenientes de 143 Laudos de Sondagens, oriundos de banco de dados pessoal do orientador, 
A figura 19, apresenta dois laudos de 5 geotécnicos característicos do município. Uma de um 
solo sedimentar (a) e um de solo residual (b) 
 
 
 
 
 57
 
Figura 17 – Laudos de Sondagens. a) laudo de solo sedimentar, b) laudo de solo residual 
 a) b) 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
 
 Vendo os ensaios de sondagem a percussão da cidade de Tubarão-SC, e tratando 
os dados de forma estatisticamente para que podemos compreender os intervalos de confiança, 
pode-se observar algumas características importantes, para que podemos definir parâmetros 
para a analisas de suas propriedades em relação a resistência média do solo, sua formação e 
mais características que conseguimos ver com mais clareza na figura 20. 
 
 
 
 
 
 
 
 58
Figura 18 – Resumo estatístico dos ensaios de sondagem a percussão. 
 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
 
Na Figura 20 pode ser constatado algumas características importantes dos laudos 
de sondagem de Tubarão-Sc, como a resistência média do solo, a resistência que mais se repete 
nos Spts, o Desvio padrão, a média, o erro padrão, a mediana e o nível de confiança. 
4.2.1.2 Resistência média do solo em relação a sua profundidade 
Através dos dados obtidos dos estudo sobre o solo da região de tubarão, pode se 
analisar uma média de resistência por profundidade, através da relação resistência e 
profundidade, assim dando um dado geral para toda a região de tubarão e ter uma estimativa de 
quanto se resiste a certa profundidade, e no final obter de forma quantitativa a relação de 
frequência dessa resistência em toda a região estudada, segue a figura 20 com os resultados: 
 
 
 
 
 
 
Resintencia do solo (Kgf.m)
Média 5,692694
Erro padrão 0,18107
Mediana 3
Modo 2
Desvio padrão 8,473595
Variância da amostra 71,80182
Curtose 184,138
Assimetria 8,936337
Intervalo 218
Mínimo 0
Máximo 218
Soma 12467
Contagem 2190
Nível de confiança(95,0%) 0,355086
 59
Figura 19 – Spt Médio vs Profundidade do solo 
 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
 
 
 
Em virtude dessa comparação feita na figura 19 conseguimos afirmar que ampla 
parte do solo de Tubarão-Sc tem baixa resistência média em grandes profundidades, que a 
resistência média mais alta e com 10m de profundidade onde podemos verificar o ponto mais 
alto do gráfico mostrado na figura 19 sendo assim é possível descrever que o solo de Tubarão 
pode ser considerado como “solo mole”. 
4.2.1.3 Geração dos modelos conceituais 
Os modelos gerados partem de elementos estatísticos aplicados, a partir da ANOVA 
(análise de variância), dessa forma resultando nos resíduos com seus previstos spt, e através do 
método de comparação de médias foi possível prever os spt médios, gerando assim uma gama 
de resultado que são a plotagem de resíduos (figura 20), plotagem de ajuste de linha (figura 21), 
e a probabilidade normal (figura 22), assim chegando no resultado, não seguindo um 
comportamento de forma linear mas sim de forma exponencial. 
 
 
 
0
2
4
6
8
10
12
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213141516171819202122232425262728293031323334353637383940
S
p
t 
M
é
d
io
Profundidade do solo
 60
Figura 20 – Rótulos de Linha Plotagem de resíduos 
 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
Com o gráfico de linha de plotagem de resíduos, podemos visualizar curvas de 
tendência não ocorre de forma linear, chegando à conclusão que não tende a linearidade, sendo 
os resíduos os pontos que saíram fora da tendência e o rótulo de linhas é a profundidade da 
camada. 
 
Figura 21 – Rótulos de Linha Plotagem de ajuste de linha 
 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
 
O gráfico de linha de plotagem de ajuste, mostra como deveria ser a linha de 
tendência, caso ocorresse de forma linear, assim provando que não tem seguimento linear, 
-4
-2
0
2
4
6
0 10 20 30 40 50
R
e
sí
d
u
o
s
Rótulos de Linha
Rótulos de Linha Plotagem de 
resíduos
0
2
4
6
8
10
12
0 10 20 30 40 50
S
p
t 
M
e
d
Rótulos de Linha
Rótulos de Linha Plotagem de ajuste 
de linha
Spt Med
Previsto(a) Spt Med
 61
sendo o spt médio as medias do solos das amostras, o spt médio previsto é o spt que teria sua 
forma linear e o rótulo de linhas é a profundidade da camada. 
 
 
Figura 22 – Plotagem de probabilidade normal 
 
 
Fonte: (Dos autores, 2019) 
O Gráfico de probabilidade normal, atende a 97% dos casos da região, ele 
demonstra uma linha de tendência de forma exponencial, sendo o spt médio a média da amostra 
e o percentil da amostra que mostra a relação quantitativa do total. 
4.3 ESCOLHA DO MELHOR TIPO DE FUNDAÇÃO COM RELAÇÃO AO SPT 
Analisado todos os modelos matemáticos gerados para o estudo da composição dos 
solos e suas composições geomecânicas, pode-se notar que o solo tem baixa resistência média 
em grandes profundidades e uma resistência com considerável até 10 m de profundidades. 
Usando a planta de carga do edifício Porto Vila que está localizado na cidade 
de Imbituba-SC como modelo de carregamento, a mediana das cargas atuantes do edifício Porto 
Vila é igual a 60,92 tf para cada pilar, nesse caso podemos definir que dá para usar dois tipos 
de fundação. No caso de fundações dos tipos rasas pode usar sapata isolada 
até 3m profundidades e no caso fundações de tipo profunda pode-se usar estaca hélice contínua. 
y = 2,1063e0,0138x
R² = 0,9794
0
2
4
6
8
10
12
0 20 40 60 80 100 120
S
p
t 
M
e
d
Percentil da amostra
Plotagem de probabilidade normal
 62
Visto que as soluções usadas para resolver o exemplo do modelo, edifício Porto 
Vila são mais viáveis financeiramente pois já usada são usadas pelas construtoras da região e 
tem uma mão de obra especializada na região de Tubarão, exaltando que uma grande parcela 
do solo Tubarão e considerado como “solo mole” mais baixa resistência como foi visto nesse 
estudo. 
Na parte central de tubarão pode usar as fundações do tipos rasas visto que o solo o 
que tem uma maior resistência nas primeiras camadas, pois ser trata de um solo residual, já na 
parte do meio e na extrema pode ser usa fundações de tipo profunda na medida em que o solo 
apresenta baixa resistência em grandes profundidades pois é um solo sedimentar. 
 
 
 
 63
5 CONCLUSÃO 
A alma desta dissertação foi criação gatilhos geotécnicos para escolha do tipo de 
fundação, elaborar carta geotécnica da região de Tubarão -SC, obtenção de uma base de dados 
geotécnica a partir de laudos de sondagens e composição de modelos geotécnicos à partir das 
relações indireta entre tenções e deformações do solo para gerada base de dados gerada, e a 
descrição dos tipos de solo presente na região estudada. 
Ao longo da pesquisa dos dados e aplicação, dos métodos de estudo, constatou-se 
que a base bibliografia montada de artigos científicos, livros, físicos e e-books, clássicos e 
contemporâneos e observação de pesquisadores relacionados com a área de estudo, atendeu 
essa pesquisa. Por Causa do caráter qualitativo de algumas variáveis existente, a análise dos 
parâmetros deu-se por auxílio da modelo matemáticos, que permite o tratamento numérico deste 
tipo de informação, e posterior

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