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Artigo Cárdio II

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Atuação Fisioterapêutica no pré e pós operatório de cirurgia cardíaca “Fases da Reabilitação”
Introdução: 
As doenças cardíacas, vem sendo um dos maiores índices de mortalidade nos países industrializados, e tem como principal causa o sedentarismo. Em 80% dos casos estão relacionados com doença arterial coronariana, sendo necessário cirurgia de revascularização cardíaca. Já no Brasil, estimam-se que 30% dessas mortes, tem como principal causa o infarto agudo do miocárdio. 
As doenças cardíacas ou cardiovasculares, se tratam de alterações no funcionamento do sistema cardíaco, sendo este responsável por transportar oxigênio e nutrientes as células, para essas executarem suas tarefas. Dentre as doenças de maior ocorrência podem-se destacar doença arterial coronariana, Insuficiência cardíaca, angina, infarto agudo do miocárdio, doenças valvares, arritmias, doenças hipertensivas dentre outras.
Existem vários fatores de risco associado ao desenvolvimento de doenças cardíacas como o sedentarismo, tabagismo, etilismo, obesidade, hiperlipidemia, hiperglicemia, má alimentação, história familiar, idade, sexo e raça.
Dentre os sinais e sintomas encontrados nesses pacientes estão a dispinéia, náuseas, vômitos, confusão mental, febre, hipervolemia com edema periférico, redução do volume urinário, hipotermia, taquicardia ou taquipneia, e outros.
Segundo a sociedade Brasileira de Cardiologia (2006) a reabilitação cardíaca é um programa que objetiva a reabilitação de cardiopatas por meio de uma equipe multidisciplinar que incluem vários profissionais como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentre outros, visando uma melhor reabilitação e qualidade de vida aos pacientes. Nele o fisioterapeuta é responsável por prescrição de exercícios, promovem programas de condicionamento físico para levar a uma melhora funcional, além de reduzir a frequência cardíaca, pressão e concentração plasmática, na intensidade dos exercícios, permitindo melhoras na qualidade de vida e avd’s desses pacientes.
Antigamente durante a reabilitação, por volta de 2002 os médicos recomendavam repouso por cerca de três semanas, e ao passar dos tempos notou-se que o repouso não era a melhor opção, e sim a prática de atividades físicas, que promove inúmeras vantagens bem como aumentar a capacidade da função cardíaca. Hoje em dia os pacientes já saem dos leitos hospitalares retornando para casa de 7 a 10 dias pós disfunções cardíacas.
Fases da reabilitação:
As fases da reabilitação cardíaca, são divididas em 4, sendo elas: 
Fase 1: “a educação do paciente e da família, deambulação e realização de exercícios de pequena intensidade com o objetivo de prevenir problemas associados ao repouso prolongado no leito e a preparação para um tipo de vida mais ativo após a alta hospitalar” 
Fase 2: “representa um programa precoce de pós hospitalização, que consiste em grupos de exercícios monitorados e supervisionados por médicos, educação do paciente e de sua família.”
Fase 3: “realizada em casa, hospitais, clínicas especializadas ou centro comunitários, onde o principal objetivo é alcançar um nível de função compatível com a ocupação profissional de cada paciente, ou até mesmo, sua preferência recreativa”
fase 4: “são uma continuação da fase 3 e representam a fase de manutenção a longo prazo do ganho funcional já adquirido após a recuperação. Os programas dessa fase são comparáveis aos programas de condicionamento físico a adultos sedentários.”
Segundo a sociedade brasileira de cardiologia (2004) atualmente essas fases passou a ser denominada de fase hospitalar e fase ambulatorial.
Importância da fisioterapia:
A fisioterapia entra com importante papel na reabilitação desses pacientes, pois evitam formações de trombos e posturas antálgicas, promovendo melhora na qualidade de vida, e levando eles a deambulação supervisionada, para obter uma melhor recuperação. Iniciando ainda dentro do hospital, e após a alta hospitalar.
O fisioterapeuta é um profissional fundamental para a reabilitação dos pacientes cirúrgicos cardíacos, auxiliando a retomar suas atividades de vida, para uma melhor manutenção e adaptação da mesma. “Minimizando os efeitos da perda de condicionamento prejudicado pelo repouso no leito e intensificando o funcionamento cardiovascular e músculo-esquelético” (PRYOR e WEBBER, 1998). 
Durante o pré operatório, o fisioterapeuta avalia a capacidade respiratória, e funcional. Realiza exercícios como fortalecimento das musculaturas respiratória. Utilização de espirômetro de incentivo, além de orientar sobre o pós-cirúrgico.
Os recursos fisioterapêuticos que podem ser utilizados são as técnicas de higiene brônquica, técnicas de expansão pulmonar (PEEP), cinesioterapia. Podendo levar a melhora da ventilação pulmonar, e reduzir as complicações pulmonares, melhorando ainda o quadro clinico, e reduzindo o tempo de internação.
No geral o fisioterapeuta atua minimizando as morbidades e desconfortos.
Referências bibliográficas:
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3417/pos_operatorio_de_cirurgia_cardiaca.htm

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