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Fichameto Como ordenar as ideias

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Fichamento do livro: Como ordenar as ideias
Nesta obra, Boaventura explica como podemos exprimir o pensamento de uma forma organizada para que as ideias não fiquem fora de contexto. Para que isso aconteça de uma forma clara, é preciso ter uma previsão do que vai expor. Após refletir sobre o que se vai apresentar é preciso prever a técnica de como desenvolver essa apresentação. Essa previsão é obtida através do plano, onde se organiza as ideias do expositor. E o plano deve seguir a técnica de que vai se falar como vai falar e pra que vai se falar.
 Entre os dois, há as partes da composição, pois, sua construção deve estabelecer divisões em última análise.
Os franceses, como ninguém, souberam estabelecer as regras para ordenar o pensamento. Como Descartes ensina: “conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus”.
Já André Maurois, como descreve o autor, questiona se existem realmente métodos que permitam ao homem conduzir seus pensamentos de certa forma, pela qual, seus atos encontrem um caminho fácil entre os seres e as coisas. Essa reflexão de exprimir a arte em ordem dos pensamentos nasceu na França.
Em relação à utilidade do plano:
O plano é útil quer em razão da comunicação, quer por motivo pedagógico.
O plano é importante para não se ter um amontoado de ideias, que ficam vagando no texto. Sem um plano o texto não flui. O plano da comunicação refere-se a clareza do texto. Já o plano pedagógico atribui-se a forma de arrumar o pensamento, ou seja, discipliná-lo.
Em todo trabalho a ser feito é necessário ter um plano, isto é, para por em ordem todas as etapas. Sendo assim, é preciso constatar de forma refletida e metodologicamente, o que se vai comunicar.
Quanto à comunicação, através de uma demonstração possível de que, por um plano, o pensamento pode ser expresso sistematicamente, com uma grande eficácia. Deve-se amarrar o texto para que não fique duvida ao leitor. Tudo deve estar ligado ficando assim harmonioso. E por fim concluir em poucas palavras, essa conclusão deve estar ligada com todas as outras partes do texto. Saber marcar, deixar algo pessoal para não cair no lugar comum.
O anúncio do tema
A introdução é muito importante em um texto, pois, ela irá abordar de forma geral, o assunto que será exposto no texto. Quando elaboramos um texto a partir dos pensamentos ordenados tratamos primeiramente, de forma sintetizada e o mais atraente possível, do assunto que iremos discorrer e, em seguida, o desenvolvimento organizado desse assunto. A introdução tem que resumir o assunto que será proposto no corpo desse texto, convidando o leitor a continuar com a leitura. Ela encerra, de maneira implícita, a exposição de como será desenvolvida a ideia do autor. É o espaço onde se anuncia, se coloca, se promete, se desperta, etc. Introduzir é convidar. Porém, para pensar no que se vai dizer é necessário haver refletido o assunto, porque anunciar pressupõe reflexão prévia.
Assim externamos o pensamento, agora de forma prática, falamos ao leitor ou a plateia, de forma clara e objetiva para que ele não se canse.
Para liberar o potencial das ideias é necessário compreender plenamente o assunto, a partir do enunciado. É preciso se desligar de tudo e concentrar toda a atenção, literalmente, no tema, se entregar inteiramente ao assunto. É preciso se atentar as ideias principais de uma comunicação, ou seja, devem-se classificar os pensamentos. Muitas informações são adquiridas a todo tempo e é extraindo a essência delas que obteremos um tema central, um foco direcional ordenado. Muitas informações podem confundir o leitor e desviar o foco central do texto. A busca das ideias é igual ao trabalho de um mineiro que, extrai o carvão das galerias, é preciso escavar os pensamentos para que as ideia se aflorem; eles vêm como chuva, ou de vez, ou aos pingos.
Devemos ir além das obviedades científicas constatadas. Temos que nos ater também, em ideias mais filosóficas e em acontecimentos cotidianos para alimentarmos nossos pensamentos.
Os mais diversos autores salientam o papel da introdução no aconselhamento à dedicação da leitura, pois, nela se encontra o resumo do pensamento que orientou o autor, de acordo com os propósitos que o levaram a escrever o livro. Os receptores, ou seja, os leitores, carecem de um caminho que os levem ao sentido geral do tema. 
Na introdução é preciso se preocupar, de imediato, com a exposição da ideia do assunto. Ao escrever as primeiras palavras ou pronunciar as primeiras palavras, é preciso definir a questão, já que o leitor ou o ouvinte quer saber sobre o que se trata o assunto. Não adianta o autor querer prender a atenção do receptor se a sua história não tem uma complicação ou algum tipo de emoção. É necessário problematizar e resolver o problema ao longo da historia. Toda obra tem que ter algo, um acontecimento que prenda a atenção desse receptor, fazendo com que ele queira sempre saber mais sobre o assunto. Por isso a importância desse aspecto na introdução. Não pode se esquecer que a ideia deve estar clara na mente para que possa ser oferecida aos receptores.
O desenvolvimento por partes
O desenvolvimento do assunto deve ser feito por partes.
Dividir os problemas no desenvolvimento é garantir o sucesso na resolução dos mesmos. Você consegue abordá-los individualmente e chegar a uma conclusão com mais facilidade.
Esta é a fundamental e a mais importante das recomendações.
O tema proferido encerra as sugestões, mas, através da reflexão, é preciso eleger o que interessa e, em torno disso, centralizar o ponto de vista. A análise antecede a síntese. Existe uma íntima relação entre compreensão e decomposição. Quando tratamos de algo que lemos ou ouvimos, temos ao menos que saber analisar. Feito isso podemos produzir pareceres sobre o assunto. Podemos organizar a nossa própria ideia sobre eles e reproduzir o nosso pensamento a partir do proposto no que se leu ou ouviu. É necessariamente, de modo essencial, ser compreendido do que ser profundo, pois muita profundidade pode gerar uma confusão. Dizer coisa por coisa, ponto por ponto; expressar uma ideia de cada vez; emitir uma opinião após outra; desenredar o pensamento. Delinear o plano de trabalho e estabelecer as divisões.
Ao elaborarmos um texto, um discurso ou apenas uma fala, começamos do zero. Primeiro vem o pensamento sobre o que vamos falar, depois de organizarmos as ideias, aí sim, trabalhamos as mesmas, pois não podemos sair por aí dizendo qualquer coisa. Além do nosso pensamento, que deve ter um sentido, o que vamos tratar ou dizer também tem que ter sentido. O tempo e o objetivo entram no processo de exposição e elaboração, segundo o autor. O plano de prova não é o mesmo de uma tese, pois um é ordenado em poucos minutos, em duas partes, já o da tese precisa de um período longo para poder passar por vários estágios. Pode ser dada uma informação em poucos instantes, porém um relatório demanda um período maior de tempo.
Existem vários tipos de divisões que são distribuídas em partes, porém o corpo do assunto pode conter duas partes no mínimo, ou três partes no máximo. Todo tema em grandes aspectos (sendo dois ou três).
 Não se pode dividir o assunto em vários temas. Deve-se falar do tema como a unidade de um todo. Todas as ideias devem ir se encaixando como um grande quebra cabeça, que no final resultara em uma única historia com um único tema. Persistir em um plano de duas partes, é o mais recomendado. O bom-senso indica, que são necessárias, pelo menos, duas ideias ou duas teses para serem ordenadas, a fim de que se experimenta uma possibilidade de usufruir segundo uma ordem significativa. Pode coloca-las no mesmo nível, com uma introdução que prepare e uma conclusão que resuma o resultado obtido.
A princípio, o autor procura observar, depois interpreta explicando através das teorias o assunto que vai ser abordado. A divisão e as subdivisões direcionam à clareza e à compreensão. O excesso de divisões impede o seguimento do desenvolvimento,e para segui-lo é necessário guardar o plano presente na memória. As subdivisões não podem distrair a atenção do leitor da ideia principal, sugerindo-lhe assuntos que não são pertencentes ao contexto apresentado.
As subdivisões devem ser rubricadas ou tituladas, como diz Boaventura, com formas curtas e bem cunhadas. Mas, a melhor maneira de dividir o assunto é opor as partes. As duas se opõem e seu desenvolvimento é um desenrolar com vida e lógica. Encontrar as partes que se oponham é ter achado a maneira mais viável de expor o assunto. Assim, o tema se torna mais vibrante e interessante para o leitor. Jean Guitton, como cita Boaventura, aconselha a instalar em nós o adversário, lhe dando licença para nos contradizer.
Quando a divisão por oposição não for possível, pode-se utilizar a progressão. Por exemplo, a moeda, modernamente falando, pode ser tida como um crédito no sentido de que ela se desmaterializa cada dia; portanto, ela somente interessa no setor de operações econômicas. Entretanto, quando existe o esforço de oposição ou de progressão, o plano da lógica se caracteriza pelo o espírito do sistema. Porém, se não for viável dividi-lo por determinados critérios, há o recurso de “mascarar” a divisão; sendo assim, o plano lógico ou sistemático é o melhor para marcar duas ou três ideias principais, focando na possível progressão ou oposição.
Existem determinados enunciados que aparentemente sugerem o plano. Segundo o autor, o plano é um esforço de coordenação, de ordenamento e de concatenação. É preciso preparar um plano para a obtenção de clareza e lógica. Por isso, nunca pode escolher um plano que depende de retomar na segunda parte o que está resolvido na primeira. A comodidade e a vulgaridade levam a apontar os mais importantes tipos de planos que precisam ser evitados.
Em geral, é bom evitar referências particulares em uma das partes. Se o tema que está sendo dissertado for de ordem geral, se constituir toda a parte em caso particular, irá obstruir todo o equilíbrio do assunto. Pode ilustrar uma das partes de forma bem exemplificada e de fácil compreendimento.
Vantagens e desvantagens. O expositor deve evitar a fácil divisão, sempre procurando produzir o plano descobrindo assim, as partes contidas nele. Por na primeira parte as vantagens e por na segunda as desvantagens é uma forma vulgar, não reflete esforço além de expor a comunicação em duplicações.
Muitas vezes o assunto vem de forma comparativa, pois a ideia envolve todo o contexto do plano desejado em ser trabalhado dentro do assunto tratado. Ao considerar os temas que são comparativos frequentes, por exemplo, se comparássemos o divórcio como a separação de dois corpos, isso implica causas e consequência que geraram a decisão da separação e isso decorre em uma ordem: na primeira parte coloca-se as causas e na segunda as consequências.
Há também teses que podem ser opostas e únicas. As opostas são colocadas, por meio de falso plano, em cada parte dos parágrafos, o que justifica a repetição. A tese única deve ser defendida de forma clara e sem contradição, pois não faria sentido defender um assunto em todo o corpo do texto e no final contradizer tudo o que foi tratado.
Para que o compreendimento de todo texto seja bem claro ao leitor, é preciso ter um equilíbrio em todo o assunto apresentado, ele só é encontrado quando é estudado, de forma profunda, através do estudo, da revisão supressa em alguma coisa e acrescentada em outras.
É na conclusão que constará a resposta dos problemas propostos no desenvolvimento das ideias. É a finalização precisa da transmissão das ideias do autor. A conclusão deve estar coerente com o tema proposto inicialmente.
O resumo marcante
O autor nesse tópico vai apresentar a forma de ser breve sem perder a coerência do texto, ele apresenta dois pontos, o de chegada e o de partida. A conclusão, como expõe o autor, é o ponto de chegada, e a introdução é o ponto de partida. Concluir é responder em síntese atingindo o ponto central que já está desenvolvido com precisão e ênfase. O interessante é que o assunto trabalho ao chegar na conclusão ele não recebe um “fim”, pois concluir não é encerrar o assunto é alargar a ideia geral.
A conclusão não é o fim da ideia, nem um simples resume e nem uma ideia nova, porque se refere ao conjunto já apresentado, e aí está o porque do alargar a ideia do tema desenvolvido. É na conclusão que constará a resposta dos problemas propostos no desenvolvimento das ideias. É a finalização precisa da transmissão das ideias do autor. A conclusão deve estar coerente com o tema proposto inicialmente. Ela não é qualquer resumo de determinados pontos reunidos, é uma síntese da essência do todo, é o substrato. Assim, a ideia é “encerrada” de uma forma que o leitor fique com vontade de buscar uma continuidade do assunto tratado.
Epílogo
Por fim, todas essas indicações foram uma tentativa de induzir a pensar, ordenadamente, antes de comunicar. Na comunicação usamos os nossos pensamentos para organizar os meios pelo quais colocaremos em ação as nossas ideias. Essa organização é necessária para o êxito da relação entre os interlocutores, para que tenha entendimento entre as partes. As ideias precisam estar bem organizadas e distribuídas ordenadamente, numa introdução contendo um tema principal e atrativo, para logo ser desenvolvido, em partes importantes e problematizado, e depois a conclusão sintetizada desse desenvolvimento problematizado, deixando as suas marcas e suas opiniões sobre o que pensou a partir das ideias. Assim, o êxito da compreensão através do controle da expressão faz com que, todo o esforço do indivíduo em buscar uma comunicação clara e rica, possa chegar a um resultado com sucesso.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BOAVENTURA, Edivaldo M. Como ordenar as ideias. 9.ed. São Paulo: Ática, 2007.
Anderson Nunes da Silva

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