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4
19
 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 Curso de Direito
O AUMENTO DO CRIME DE FEMINICIDIO DIANTE DA OMISSÃO DO ESTADO
MARILÉA BEZERRA DOS SANTOS
RIO DE JANEIRO
2019.2
MARILÉA BEZERRA DOS SANTOS
O AUMENTO DO CRIME DE FEMINICIDIO DIANTE DA OMISSÃO DO ESTADO
Trabalho apresentado à Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para a obtenção do diploma de Graduação em Direito.
 Professora: CRISTIANE DUPRET FILIPE PESSOA
RIO DE JANEIRO
Campus Madureira
2019.2
 RESUMO
O objetivo deste trabalho de conclusão de curso é trazer à memória de como é importante às medidas protetívas no ordenamento jurídico brasileiro, e também será apresentada a importância do artigo 5° da constituição federal brasileira, e a lei federal de n° 11.340 de 07 de agosto de 2006 e de programas de proteção de defesa à mulher no qual se faz essencial na proteção das vitimas.
Palavra chave: Violência doméstica, Delegacia da mulher.
 SUMÁRIO
1- Introdução. 2- Desenvolvimento: 2.1-Violência doméstica e familiar contra mulher. 2.1.2-Dados da violência doméstica e Familiar conta Mulher. 2.2-Feminicidio. 2.3-Da violência praticado contra a mulher. 2.3.1- Violência Física. 2.3.2 Violência Sexual . 2..3.3-Violência Psicológica. 2.4-Lei Maria da Penha–N°11.340 de 07 de agosto de 2006. 2.5 A responsabilidade do Estado. 2.6-Medida protetiva. 3.-Pesquisa de campo.4.Conclusão
1.INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem com objetivo, de entender o que é o feminicídio e as medidas protetivas e também vem mostrar a função do Estado e o seu compromisso de proteção a qualquer indivíduo inclusive a mulher que devido a ineficácia na aplicação da lei penal e nas medidas protetivas é que a violência contra a mulher tem chegado ao ponto critico que é o feminicídio, isso acontece independentemente de cor, etnia ou religião, proteção essa que é contra seus agressores dando apoio às vitimas. 
Tem como objetivo evidenciar o feminicidio, explorando o conceito: feminicidio, e fazer mais conhecido a aplicação da lei penal analisando o trabalho do Estado sobre o emprego de proteção á vítimas de tal violência e de como essas medidas vem sendo aplicadas, e também se a sua aplicação está surtindo o efeito esperado. A pesquisa está abordado o quesito, violência domestica no qual a mesma não é só a física, mais ela pode se dar de várias formas .
A problemática deste trabalho de conclusão de curso será detalhar as estratégias que o Estado tem realizado na atuação dos casos e de como vem sendo aplicado essa medidas e na urgência da aplicação dessas medidas protetivas, para que assim vidas deixam de ser ceifadas e que só através da eficácia na aplicação da mesma, muitas mulheres que sofrem algum tipo de violência e que tenham ainda que ter a insegurança jurídica que provem da falta da aplicação da medida protetiva, sobrevivem e venham ter melhoria de vida emocional, psicologia e moral .
O trabalho de conclusão de curso foi usado como base para a elaboração deste trabalho a pesquisa bibliografia onde foi utilizada artigos, jurisprudência consultado em sites, livros e leis que abordam sobre essa temática. 
Para melhora o entendimento foi pesquisado na pagina do STJ onde fala que “a lei Maria da Penha chegou tarde, mais chegou”, foi avaliando muitas tragédias que antecederam a lei que se efetivasse uma maneira de reverter a impunidade histórica no Brasil em relação a violência domestica.
Será abordado também sobre a luz da lei de N°11.340 DE 07 DE AGOSTO DE 2006, essa lei veio ajudar na prevenção dessa violência abordada e também o Estado em se comprometer através de um tratado internacional em proteger as mulheres, em fazer políticas que torne visível o crime de feminicídio e punir os agressores e que se intensifique diariamente em todo o pais a aplicação da lei penal, analisando-a e reforçando a aplicação da pena sobre o fato de ser um assassinato exclusivamente pelo fato ou pela condição de ser mulher. O estudo vai mostrar que a lei penal e a mediadas protetivas já existe, porém a aplicação das mesmas é que não está surtindo o efeito desejado devido à falha na sua aplicação, por causa disso a impunibilidade vem crescendo e aumentado o números de mortes de mulheres, causando assim, a ineficácia da lei penal e das medidas protetivas no Brasil.
 
 2.DESENVOLVIMENTO
2.1. VIOLÊNCIA DOMESTICA E FAMILIAR CONTA MULHER
Segundo Nucci (2019) diz que a violência significa, em linhas gerais, qualquer forma de constrangimento ou força que pode ser física ou moral.
A violência domestica contra a mulher é dada de varias formas pelo agressor, no qual agride a mulher dentro do seio familiar, é um tipo de agressão que vem acontecendo dentro dos lares, e que o resultado desse ato sempre vem ocasionar um dano à vítima; como lesões física que pode ser irreversíveis ou como também pode causar um dano psicológico ou até mesmo chegar ao ultimo nível que é a morte daquela vítima.
Essa violência é causada por uma pessoa que em poder superior a outra tenta machuca-la, seja usando a sua força física ou por meio de objeto , é uma agressão que pode ser interno ou externa, esse agressor tem em seu intento causar dor e sofrimento, não se importando se vai deixar sequela ou ocasionar a morte daquela pessoa indefesa .Livro leis penais e processuais penas comentada (Guilherme de Souza Nucci)
2.1.2 Dados da Violência Doméstica e Familiar conta Mulher
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em estudo conduzido em dez países, incluindo o Brasil, até 71% das mulheres com idade entre 15 e 49 anos já sofreram violência física e/ou sexual em algum momento das suas vidas3. Na América Latina a violência doméstica afeta até 50% das mulheres, gerando uma redução de 14,2% do Produto Interno Bruto (PIB) devido aos custos gerados. No Brasil, 23% das mulheres se tornam vítimas da violência doméstica, o que significa que a cada quatro minutos uma mulher é agredida. Dos agressores, 85% são os próprios parceiros. Diversas medidas legais têm sido tomadas no Brasil como forma de enfrentamento à violência contra as mulheres4-6. A criação da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), em 2003, impulsionou as ações de enfrentamento à violência tornando-a um problema de eixo intersetorial. Assim sendo, a promoção do atendimento às mulheres vítimas de violência implica uma ação multi e interdisciplinar, qualificada e humanizada que pressupõe uma noção de enfrentamento não limitada ao combate, mas também à dimensão da assistência dada às vítimas. WWW.pgsskroton.com.br
O Brasil ocupa hoje a 5ª posição no ranking mundial em feminicídio, assassinato de uma mulher pela condição de ser mulher, segundo dados do Mapa da Violência 2015 - ONU. No estado do Rio de Janeiro, as mulheres são vítimas em 70% dos atendimentos notificados como agressões físicas nas redes de saúde, em dados extraídos entre janeiro de 2013 e junho de 2016.
Os crimes de lesão corporal lideram os números de ações penais mais distribuídas no PJERJ há cinco anos, segundo o Relatório de Dados Compilados que analisa os processos decorrentes de violência doméstica no PJERJ. O agressor é conhecido ou parente das vítimas em 64,2% das notificações e a residência da vítima é o onde ocorrem 52,7% dos casos.
Nestes contextos, de práticas e hábitos culturais construídos ao longo das incontáveis mudanças de gerações, a  condição social da mulher sempre foi de submissão e subjugação familiar ao homem. Muita forma de violência domestica contra a mulher é consequência da incompreensão da atual condição feminina, portadora dos mesmos direitos conferidos aos homens.
Com direitos e deveres estabelecidos, como na Constituição Federal /88, nas Legislações Complementares e também nos Tratados Internacionais e Convenções, a busca pela efetiva igualdade entre os gêneros e pela erradicação de todas as formas de violência contra a mulhertem se apresentado como a grande mudança de paradigma. www.tjrj.jus.br
2.2 FEMINICIDIO
Segundo Guilherme Nucci “Feminicídio pressupõe violência baseada no gênero, agressões que tenham como motivação a opressão à mulher”. É imprescindível que a conduta do agente esteja motivada pelo menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima. A redação no Código Penal, além de repisar pressuposto inerente ao delito, fomenta a confusão entre feminicídio e femicídio. Matar mulher, na unidade doméstica e familiar (ou em qualquer ambiente ou relação), sem menosprezo ou discriminação à condição de mulher é FEMICÍDIO. Se a conduta do agente é movida pelo menosprezo ou discriminação à condição de mulher, aí sim temos o FEMINICIDIO.
Ou seja, o homicídio praticado contra a mulher sem qualquer outro motivo a não ser o animus necandi, não configura feminicídio, mas femicídio; agora, quando o motivo do agente é dar fim a vida da mulher pelo simples motivo dela ser mulher (razão da condição de sexo feminino), configura-se feminicídio – qualificadora do crime de homicídio. 
É um crime praticado contra pessoas do sexo feminino, ou seja, com mulheres por esta pertencer ao gênero feminino, são vidas que estão em risco constantemente só porque são mulheres, esse crime é praticado por pessoas que deveria proteger, ou seja ele é praticado pelo marido ou companheiro ou até mesmo pelo namorado da vitima, e fere vários direitos como por exemplo a igualdade pois é um bem que assegurado pela nossa corte e também contra a vida que é o bem mais precioso de qualquer ser humano que é a vida, essa violência ela se dá no seio domestico e familiar, muitas das vezes a vitima fica em silencio ou até mesmo com vergonha de falar para alguém ou mesmo de prestar queixa crime por pensar que não vai acontecer nada com o seu agressor, pela impunidade que causou a morte de muitas mulheres. Livro leis penais e processuais penas comentada (Guilherme de Souza Nucci)
2.3 DA VIOLENCIA PRATICADO CONTRA MULHER
A violência contra a mulher, é uma agressão contra a pessoa, por esta pessoa ser mulher, a vítima não possui forças suficiente para se defender de um ato contra si própria, é uma violência que surge de uma ação sem motivos para o cometimento do ato , sendo assim um ato ilegal.
A preocupação com os altos índices no crescimento da violência é tida hoje como uma questão crucial para nossa sociedade, sendo vários os fatores que propiciam ao seu aumento, tais como, desigualdades econômicas, sociais e culturais. Portanto, a Violência doméstica é todo tipo de violência praticada entre os membros que habitam um ambiente familiar em comum. Pode acontecer entre pessoas com laços de sangue (como pais e filhos), ou unidas de forma civil (como marido e esposa ou genro e sogra). 
Trata-se de agressão injusta, ou seja, aquela que não é autorizada pelo ordenamento jurídico. É um ato ilícito, doloso ou culposo, que ameaça o direito próprio ou de terceiros, podendo ser atual ou iminente, essa violência ela pode ser dada de várias formas: sendo ela física, ou mesmo até sexual ou psicológica. WWW.jus.com.br
2.3.1 Violência Física
É aquela em que a pessoa que está em relação de poder superior a outra causa ou tenta causar dano que não é acidenta, através da sua força física ou por meio de algum instrumento que cause lesões internas ou externas. www.jus.com
A causa de tal violência é para mostrar poder e superioridade sobre aquela pessoa subjugando-a e lhe causando dor e sofrimento, ou até causar a baixa estima e sem perspectiva de uma vida digna. Ou até provocando a sua morte. 
O agressor não se comove com o sofrimento da sua vitima, e também não se importa com o estado físico, se está grávida ou mesmo o seu sentimento.
2.3.2 Violência Sexual 
Já a violência sexual é a que a pessoa em relação de poder a outra ou por meio de força ou mesmo de intimidação obriga a outra ao ato sexual contra a sua própria vontade.WWW.JUS
É um ato que ocasiona na vítima sofrimento, e pode causar depressão, é uma vitima que necessita de cuidados para amenizar as sequelas, deixada pelo agressor.
2..3.3 Violência Psicológica
Ela é dada de ação ou até da omissão que venha causar dano a a autoestima da outra pessoa, ou seja, se a pessoa em relação de poder superior estiver em uma discussão ou debate vier a bater ou com chutes ou pontapé ou em socos bater em qualquer lugar do ambiente em que a pessoa está , já é considerado uma agressão , pois o agressor está enviando uma mensagem psicologicamente à vítima que a próxima pancada será na pessoa , daí a já está acontecendo a intimidação ou a violência psicologia.
2.4 LEI MARIA DA PENHA –N°11.340 DE 07 DE AGOSTO DE 2006
A violência doméstica ou familiar contra a mulher está presente na sociedade há muito, ela vem atingindo muitas famílias independentemente da raça ou classe social.
Destaca-se que Marco Antonio Heredia Viveiros, marido de Maria da Penha Maia Fernandes, tenta mata-la por duas vezes. Na primeira vez atira em uma simulação de um assalto e na segunda vez tenta eletrocuta-la. A violência a deixou com sequelas não somente a psicológica mais também lhe causou uma sequela física e de difícil de não notar , pois a deixou paraplégica (impossibilitada de andar ) .Somente dezenove anos após esse fato o ex-marido de Maria da penha foi condenado a oito anos de reclusão , que foi libertado em 2002, após cumprir somente dois anos de prisão.
Como podemos ver a demora do Estado em punir o agressor levou com a vítima levasse ao conhecimento da organização dos Estados Americano (OEA) que foi reconhecida a lei de n°11.340/06, conhecida como LEI AMRIA DA PENHA. WWW.jus.com
Essa lei visa a proteção da mulher, a sua dignidade a segurança a igualdade mais principal pente á vida que é uma garantia da nossa Constituição Federal em seu artigo 5°caput, que vem assegurar esse direitos fundamentas.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
A lei de N° 11.340/06, cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.
Além da discriminação, as mulheres ainda são alvo de violência dentro e fora do lar, por aqueles que deveriam protegê-las, por aquele que deveria da segurança, tranquilidade, e acima de tudo amor incondicional. Este é um problema não social, mais também cultural, pois existe desde sempre, pois a cultura masculina entende que Mulher é meramente uma coisa ou um objeto para o homem, pois os mesmo não entende o que é ser submissa, submissão significa viver pensando no bem do outro, largando o egoimo, em vez de cuidar somente de si deve cuidar também do outro e se preocupar e ver a necessidade com seu irmão.
A bíblia fala aos homens:
Vos, maridos, amai vossas mulheres, como Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, (Efesios 5. 21 e 5.25).Respostas biblica, 
É um ensinamento de como deve ser o tratamento, entre pessoas que se ama, e que muitos colocam em prática, porém aquele que não coloca em prática tem outra medida com é o caso da lei e das medidas protetivas.
A lei Maria da Penha ingressa no sistema jurídico brasileiro com a finalidade muito determinada: contribuir para modificar uma realidade social, forjada ao longo da histórica, que discrimina a mulher nas relações familiares e domesticas, aviltando-a à condição de cidadã de segunda categoria, rebaixando sua autoestima e, por consequência, afetando- lhe a dignidade humana. Livro Violência Domestica e Familiarcontra a mulher (Pedro Rui da Fontoura Porto) pag.42.
Tendo como base um levantamento feito pelo Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública relativo a 2017, doze mulheres são assassinadas todos os dias, em média, no Brasil. São 4.473 homicídios dolosos, sendo 946 feminicídios,ou seja, casos de mulheres mortas em crimes de ódio motivados pela condição de gênero.
Os operadores do sistema de justiça criminal precisam olhar para a morte de mulheres e saberem quando registrá-las como feminicídios, em um processo que não é apenas técnico, mas também cultural, já que a morte de mulheres é, de certa forma, naturalizada e as violências contra a mulher no cotidiano são aceitas e reproduzidas. www.jus.com
2.5 A RESPONSABILIDADE DO ESTADO 
O Estado brasileiro tem responsabilidade Nacional que no artigo 5° caput da Constituição Federal Brasileira que é direito a vida, a igualdade, segurança, entre outros direitos, já nas Relações Internacionais assinou um tratado que foi A Convenção Americana de Direitos Humanos, popularmente conhecida como Pacto de São José da Costa Rica é um tratado celebrado pelos integrantes da Organização de Estados Americanos (OEA), esse tratado tem como objetivo estabelecer os direitos fundamentais da pessoa humana, como o direito à vida, à liberdade, à dignidade, à integridade pessoal e moral, à educação, entre outros similares. O documento só seria ratificado pelo Brasil em 25 de setembro de 1992, sendo que esta passou a ter validade no ordenamento interno a partir do Decreto 678 de 6 de novembro de 1992. Com a promulgação da Emenda Constitucional número 45 de 2004 (que trata da reforma do Judiciário), os tratados cujo teor trate de questões de direitos humanos passaram a vigorar de imediato e a ser equiparados às normas constitucionais, devendo ser aprovados por um quorum de três quintos dos votos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, em dois turnos em cada casa.
O Estado Brasileiro não amparou e nem solucionou o problema e nem ajudou a vitima, Maria da Penha que teve de recorrer a outro meios então levou ao conhecimento da organização dos Estados Americano (OEA) , tratado assinado peklo estadfo brasileiro, pois o mesmo tem a Responsabilidade civil do Estado e os Direitos Humanos.O Estado, ao assinar e ratificar um tratado internacional de proteção de Direitos Humanos, assume a responsabilidade de respeitar e garantir os direitos estabelecidos nestes acordos internacionais.
Tratado:
Considerando que o reconhecimento e o respeito irrestrito de todos os direitos da mulher são condições indispensáveis para seu desenvolvimento individual e para a criação de uma sociedade mais justa, solidária e pacífica;
Preocupada porque a violência em que vivem muitas mulheres da America, sem distinção de raça, classe, religião, idade ou qualquer outra condição, é uma situação generalizada; Persuadida de sua responsabilidade histórica de fazer frente a esta situação para procurar soluções positivas;
Convencida da necessidade de dotar o sistema interamericano de um instrumento internacional que contribua para solucionar o problema da violência contra a mulher;
Artigo 1.Para os efeitos desta Convenção deve-se entender por violência contra a mulher qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado.
Artigo 2.Entender-se-á que violência contra a mulher inclui violência física, sexual e psicológica:
a. que tenha ocorrido dentro da família ou unidade doméstica ou em qualquer outra relação interpessoal, em que o agressor conviva ou haja convivido no mesmo domicílio que a mulher e que compreende, entre outros, estupro, violação, maus-tratos e abuso sexual;
b. que tenha ocorrido na comunidade e seja perpetrada por qualquer pessoa e que compreende, entre outros, violação, abuso sexual, tortura, maus tratos de pessoas, tráfico de mulheres, prostituição forçada, seqüestro e assédio sexual no lugar de trabalho, bem como em instituições educacionais, estabelecimentos de saúde ou qualquer outro lugar, e
c. que seja perpetrada ou tolerada pelo Estado ou seus agentes, onde quer que ocorre
Tratado esse que o Estado Brasileiro se comprometeu a proteger , o que não aconteceu no caso da Maria da Penha , no qual a mesma foi agredida por duas vezes, no qual o agressor tinha em seu interno de ceifar a vida daquela vitima indefesa.WWW.pge.sp.gov.br 
2.6 MEDIDA PROTETIVA
Existem medidas protetivas, essa medida tem como objetivo o combate e a erradicação da violência doméstica contra mulher .
A lei 11340/06 (lei Maria da Penha) Essa lei traz mecanismos para se combater a violência doméstica e familiar. A legislação tem como fonte e substrato o 8° do artigo226 da Constituição Federal e em tratados internacionais, e trouxe alterações para o Código Penal para o Código de processo Penal, formando assim um microssistema jurídico de proteção a mulher e de combate a O procedimento para instauração de uma medida protetiva exige primeiro a comunicação da situação violência à autoridade policial, para que assim essa possa encaminhar ao juízo competente as provas das alegações de fato, e esse venha a reconhecer, no prazo de 48 horas, as medidas protetivas que entender de direito.www.jusbrasil.com.br
Uma empresária conta que o seu ex-marido entrou na casa dela por cinco vezes mesmo ela tendo a medida protetiva na mão, a policia foi acionada e informaram que não podiam fazer nada, pois verificou que a medida protetiva estava sem data de emissão. www.g1.globo.com
Sabemos que há uma enorme dificuldade de muitas mulheres, e o que vem acontecendo e a morte de muitas mulheres, pois mesmo com a medida protetiva em mãos não é protegida e é ameaçada correndo o risco de morte , só porque os meios que Estado tem de punir o agressor ainda é deficiente, como uma simples data na medida protetiva, por isso que vemos muitas mulheres morrendo e muitas que não fala e não denuncia seus agressores pois sabem que não serão punidos.
As medidas protetivas de urgência se enquadram em medidas restritivas de direitos, ou até mesmo privativas de liberdade, que antecedem a condenação, devendo o seu período de duração ser submetido à análise do magistrado, que observará as peculiaridades de cada caso. O Ministério Público interpôs reclamação criminal contra decisão do Juiz a quo que fixou o prazo de 90 dias para duração das medidas protetivas de urgência deferidas à vítima. Sustentou que a ofendida ainda necessita das medidas protetivas, pois o agressor continua praticando atos de perseguição e de ciúmes excessivos. Pleiteou que as medidas protetivas tenham duração enquanto tramitar o processo criminal ou pelo prazo mínimo de um ano.
O Estado também deveria adotar meios que facilite o acesso de mulheres a informação, seja ela uma vitima de agressão ou não, esse acesso é de conscientização da não agressão, que seja por telefone para denuciar o agressor, ou telefone da delegacia de policia de proteção a mulher, tais divulgações seria em ambiente mais frequentado por mulheres, como salão de beleza, drogarias, hospitais, escolas, supermercados, ambiente que são frequentados por mulheres 
Breve relato sobre o caso de violência doméstica que foi levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Na cidade de Fortaleza/CE, em 29/05/83, Maria da Penha Maia Fernandes, farmacêutica, foi vítima de tentativa de homicídio com um tiro de arma de fogo nas costas, sendo o autor do disparo seu então marido, Sr. Antônio Heredia Viveiros.
Duas semanas após retornar do hospital e ainda em recuperação, a vítima sofreu um novo atentado por parte do Sr. Heredia Viveiros, que desta vez tentou eletrocutá-la durante o banho.
Mesmo sem ter esgotado os recursos da jurisdição interna, o caso foi submetido à Comissão Interamericana de Direitos Humanos em 20/8/1998 e recebeu o número 12.051.
Foram peticionários junto à Comissão: a vítima (Maria da Penha Maia Fernandes), o Centro pela Justiça e pelo Direito Internacional (CEJIL)e o Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM). A República Federativa do Brasil foi indicada como Estado violador.
Os peticionários alegaram a tolerância à violência contra mulher no Brasil, uma vez que esse não adotou as medidas necessárias para processar e punir o agressor. Fundamentaram o pleito alegando violação dos artigos: 1º(1); 8º; 24º; 25º da Convenção Americana, II e XVIII da Declaração Americana dos Direitos e deveres do Homem, bem como dos artigos 3º, 4º a, b, c, d, e, f, g, 5º e 7º da Convenção de Belém do Pará.
O Estado Brasileiro não apresentou resposta à Comissão apesar das solicitações formuladas em 19/10/98, em 04/08/99 e em 07/08/2000. 
Em 2001 a Comissão emitiu o relatório nº 54/2001 – responsabilizando o Brasil por negligência, omissão e tolerância em relação à violência doméstica contra as mulheres. Entenderam que a violação seguia um padrão discriminatório em razão da violência doméstica contra mulheres no Brasil. Dessa forma, foram feitas recomendações ao Estado Brasileiro, a saber:
1. Completar rápida e efetivamente o processamento penal do responsável pela agressão;
2. Realizar uma investigação séria, imparcial e exaustiva para apurar as irregularidades e atrasos injustificados que não permitiram o processamento rápido e efetivo do responsável;
3. Adotar, sem prejuízo das ações que possam ser instauradas contra o agressor, medidas necessárias para que o Brasil assegure à vítima uma reparação simbólica e material pelas violações;
4. Prosseguir e intensificar o processo de reforma para evitar a tolerância estatal e o tratamento discriminatório com respeito à violência doméstica;
5. Medidas de capacitação/sensibilização dos funcionários judiciais/policiais especializados para que compreendam a importância de não tolerar a violência doméstica;
6. Simplificar os procedimentos judiciais penais;
7. O estabelecimento de formas alternativas às judiciais, rápidas e efetivas de solução de conflitos intrafamiliares;
8. Multiplicar o número de delegacias policiais especiais para a defesa dos direitos da mulher e dotá-las dos recursos especiais necessários, bem como prestar apoio ao MP na preparação de seus informes judiciais;
9. Incluir em seus planos pedagógicos unidades curriculares destinadas à compreensão da importância do respeito à mulher e a seus direitos reconhecidos na Convenção de Belém do Pará;
10. Apresentar à Comissão, dentro do prazo de 60 dias – contados da transmissão do documento ao Estado, um relatório sobre o cumprimento destas recomendações para os efeitos previstos no artigo 51(1) da Convenção Americana;
O Caso Maria da Penha foi o precursor na condenação de um Estado devido à violência doméstica, no âmbito de proteção dos direitos humanos.
Em 2006, foi publicada a Lei nº11.340/06 que ficou conhecida como a Lei Maria da Penha
Em 2008, Maria da Penha recebeu, em razão da condenação do Estado, o valor de R$ 60.000,00, durante a cerimônia de entrega da indenização na sede do governo do Ceará, em Fortaleza, ela afirmou que: "dinheiro nenhum pode pagar a dor e a humilhação das últimas duas décadas de luta por justiça". jusbrasil.com.br
Outro entendimento de uma pequena parte da sociedade brasileira que a mulher é igual ao homem pois foi feita com propósito pois a mesma foi retirada da cotela do homem , um osso que fica perto do coração e que protege órgãos vitais .quer dizer que a união e o respeito o cuidado deve existir entre o homem e a mulher .,e a mulher é para andar lado a lodo com o homem e ter os mesmo direito pois ambos são iguais a Deus .
E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou a mulher: ((Genesis 2:22) 
Então como vimos a lei Maria da Penha ,foi criada com a função de beneficiar mulheres vitimas ,dando a essa mulheres uma sociedade mais digna incluindo-as socialmente e também economicamente e vem assim garantindo sua autonomia.
2.7. ENTREVISTA COM PESSOAS QUE VIVENCIARA AGRESSÕES CONTRA MULHER.
 A entrevista descrito na monografia está contido de dois depoimento pessoais , no qual a primeira conta que passou por essa experiência no seu local de trabalho. Isso demonstra que não existe hora nem local para que mulher venha sofre algum tipo de violência , e isso se dar diariamente. 
Já no segundo caso a pessoa relata o que aconteceu por vários anos em sua família, a mesma conta; que não gostaria que nem uma família passasse por isso, pois não sofre apenas a vitima,mais a família dela sofre junto com ela.
 Esta entrevista foi com uma Pessoa em Bel Ford Roxo - RJ, por nome Leda na qual trabalhava em um mercado, a mesma presenciou um cliente que no momento passou no caixa no qual a mesma estava trabalhando, e enquanto passava as sua compras o companheiro daquela vítima a agredia com palavras, ele a humilhava verbalmente dizendo que a mesma não havia encontrado o produto que tinha ido buscar porque era loira, e sua vitima encontrava-se gestante , e ficou de cabeça baixa sem falar nada.Então Leda não suportando aquela agressão disse para ele : você não pode falar com ela desse jeito não, e virou para a vitima e disse ; você não pode deixar ele te tratar assim não, não aceita ele tratar você dessa forma, porque isso é uma agressão, ele ta te agredindo, não aceita isso .Então ele falou a recepcionista do caixa: há colega ela gosta que eu a trate assim, ela não se importa, ela já está acostumada, afinal ela sabe que não é serio e estou apenas brincando, ela sabe que é brincadeira.Então ela se voltou para ele e falou ; eu não gostei da brincadeira, pode parar não gostei , então o agressor parou de humilhar verbalmente em publico.
Também conversei com outra pessoa por nome de Maria no qual conta que passou com sua família uma experiência desagradável há 25 cinco anos atrás, pois o companheiro de sua irmã a agredia por qualquer coisa, a maioria das vezes por ciúme, a agredia com socos, pontapés, puxões de cabelo, sem se importar onde batia, essa agressão deixava o seu corpo com hematoma, e independentemente se ela estava grávida ou não ela era agredida constantemente. A família toda foi envolvida fazendo de tudo para tirar a vitima do seu agressor , mais ela continuava voltando para o agressor , e com tudo isso continuava a engravidar do seu agressor, Maria conta que se recorda que certa vez esse agressor foi preso e a vitima largou tudo até seus filhos na época já estava no quinto filho e que o mesmo ainda mamava, mais ela deixou o bebe e foi visitar seu agressor na prisão. A família não suportava cada vez que a mesma era agredida, então já que a mesma não conseguia deixa-lo e se deixasse acabava ela mesmo procurando ele e voltando, se juntou dois irmãos dela e deram uma surra muito grande nele e falarão você não muito machão a ponto de bater em mulher então cadê o macho que existe dentro de você ?
Depois dessa surra o companheiro daquela mulher não bateu mais nela. Maria conta que atualmente sua irmã continua com seu agressor, mais pelo menos ele não bate mais nela, e que juntos no total tem dez filhos e que não tem mais filhos porque a mesma encontra-se já de idade, por isso parou de ter filhos.
São depoimentos de pessoas que mesmo a outra sendo agredida não deixou que ficassem sozinhas. Muitas das vezes essas pessoas precisam de alguém que fale que não é normal ser agredida e que a culpa não é dela, e sim do agressor que tem que ser punido pelas suas ações.
O papel do Estado está em garantir que essas pessoas sejam protegidas, e que as leis sejam plenas, para que a sua aplicação seja eficaz , para que o seu efeito seja o esperado, e que as medidas protetivas que já existem sejam cumpridas e falhas que existem nelas sejam revistas e solucionadas, para que venha alcançar o seu objetivo principal que é a proteção da vitima do seu agressor , que a mesma não perca a sua vida, a sua dignidade, a sua liberdade, pois vimos relatos que só por causa de uma data na medida protetiva, a polícia não pode prender o agressor devido a data da medida estava vencida . O estado deve Tomar medida severa e verificaronde está o erro e solucionar com urgência para que mulheres recebam essas medidas e tenham a certeza de que verdadeiramente estão sobre a proteção de um Estado, no qual tenha a eficácia sua aplicação da sua Lei. 
3. CONCLUSÃO
O objetivo desta pesquisa é demonstrar a importância das medidas protetivas e da ação do Estado mediante a aplicação dessa medida em relação as vitimas diante dos seus agressores.
No desenvolvimento deste trabalho o tema violência doméstica e familiar contra mulher, foi direcionado para omissão do Estado para a importância e a necessidade que a lei venha ser aplicada com eficácia, e também a grande importância que teve a lei Maria da penha, no qual através dessa Lei a Mulher teve um pouco de proteção.
E na entrevista realizada com pessoas que vivenciaram a prática do agressor e do que uma família pode passar e suportar por causa de um membro da família que sofreu ou sofre agressão.
Tendo em vista que em duas entrevistas se faz notório a omissão do Estado, leva crê que se Estado verificar onde a lei não está surtindo o efeito que se espera e porque essa vitima não se sente protegida mesmo tendo essa proteção em mãos , pois ver que essa proteção está com falhas, pode levar o Estado a refletir sobre o que está faltando na lei e por que essa pessoas com essas medidas em mãos não tem essa proteção oferecida pelo Estado.
REFERÊNCIAS
GUILERME de Souza Nucci- Livro leis penais e processuais penas comentada : violencia doméstica e familiar contra mulher Ed:saraiva, 2019
PEDRO,Rui da Fontoura Porto.3° edição
PGSSKROTON, WWW.pgsskroton.com.br. e www.tjrj.jus.br.Aceso em setembro de 2019, Dados de feminicidio, 
GUILERME de Souza Nucci - processuais penas comentada Feminicidio-ed-sariava,2019
JUS.COM.BR,WWW.jus.com.br: violência praticada conta mulher e violência física e violência sexual,acesso em setembro de 2019
GUILHERME, de Souza Nucci- Livro leis penais e processuais penas comentada Ed:Saraiva 2019, em Lei Maria da Penha 11.340 de 07 de agosto de 2006 .
JUSBRASIL, WWW.jus.com .acesso setembro de 2019
RESPOSTA BIBLICA, www.Respostasbiblica.com (Efesios 5. 21 e 5.25), acesso Setembro de 2019
PGE,WWW.pge.sp.gov.br: Responsabilidade do Estado mediante a Organização de Estados Americanos (OEA) acesso Setembro de 2019
JUSBRASIL,WWW.jusbrasil.com. br,relato caso Maria da Penha,acesso setembro de 2019

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