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FÍSICA I Gabriel Mussato 2FÍSICA I SUMÁRIO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFTEC Rua Gustavo Ramos Sehbe n.º 107. Caxias do Sul/ RS REITOR Claudino José Meneguzzi Júnior PRÓ-REITORA ACADÊMICA Débora Frizzo PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO Altair Ruzzarin DIRETORA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (NEAD) Lígia Futterleib Desenvolvido pelo Núcleo de Educação a Distância (NEAD) Designer Instrucional Sabrina Maciel Diagramação, Ilustração e Alteração de Imagem Igor Zattera, Leonardo Ribeiro, Sabrina Maciel Revisora Caiani Lopes Martins CINEMÁTICA 3 Movimento Na Física 4 Cinemática 4 Movimento É Relativo 4 Sistema De Referência 4 Posição 5 Trajetória 5 Deslocamento 5 Deslocamento X Distância Percorrida 6 Velocidade Média 7 Velocidade Instantânea 7 Velocidade Instantânea Como Derivada 7 Aceleração Média 9 Aceleração Instantânea 9 Aceleração Instantânea Como Derivada 9 MOVIMENTOS RETILÍNEOS 11 Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) 12 Gráficos Do Mru 12 Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) 15 Função Horária Da Velocidade 15 Função Horária Da Posição 15 Equação De Torricelli 18 VETORES 20 Grandezas Físicas 21 Produto De Um Número Por Um Vetor 22 Adição Vetorial 23 Vetores Unitários 27 MOVIMENTOS BIDIMENSIONAIS 29 Lançamento De Projéteis 33 Movimento Circular Uniforme 36 LEIS DE NEWTON 41 O que é força? 42 Força resultante 42 Inércia 43 Tipos de força 45 Aplicações das leis de Newton 47 Estática 48 Dinâmica 49 Força de Atrito 51 Força Elástica 54 TRABALHO, ENERGIA E POTÊNCIA 56 Trabalho de uma força 57 Energia 59 HIDROSTÁTICA 64 Estados da Matéria 65 3FÍSICA I CINEMÁTICA Em uma rodovia com limite de velocidade de 80 km/h, um carro com velocidade média de 60 km/h pode ser multado? Para responder é necessário entender conceitos da cinemática, como velocidade média e instantânea. A questão é abordada no capítulo. Este capítulo é destinado à introdução da Cinemática. Estudaremos conceitos como movimento, referencial, posição, velocidade e aceleração. No próximo capítulo, estudaremos os movimentos retilíneos. 4FÍSICA I Movimento Na Física Começaremos o estudo de Física discutindo MOVIMENTO. Há duas par- tes da física interessadas neste assunto, a cinemática e a dinâmica. A primeira se preocupa apenas em descrever o movimen- to. A segunda se preocupa em explicá-lo. Perceba que descrever e explicar são coisas diferentes. Descrever o movimento signi- fica contar O QUE acontece com o objeto. Explicar significa contar O PORQUÊ do objeto se movimentar de um jeito e não de outro. Começaremos com cinemática e mais adiante estudaremos dinâmica. Cinemática Cinemática é a ciência que descre- ve o movimento. De modo bem simples, vamos dizer que ela conta a história do movimento. Ou seja, descreve as caracte- rísticas do movimento para cada instante de tempo. Movimento É Relativo Para começar, devemos entender que só faz sentido falar em movimento quan- do se estabelece em relação ao que o objeto se move. Um livro sobre uma mesa, por exemplo, está em repouso em relação a ela, mas está se movendo em relação ao Sol. Tudo é uma questão de referência. Sistema De Referência O sistema de referência é formado por um ponto de referência (arbitrário) e três eixos de coordenadas. Com ele podemos especificar a localização dos objetos a partir de suas coordenadas em cada eixo. Por convenção, colocamos o zero (ou origem) de cada eixo no ponto de referência e as coordenadas aumentam positivamente em um sentido e negativamente em outro. X Y Z Sentido Positivo x (m) Origem Sentido Negativo -3 -2 -1 0 1 2 3 Adaptado: HALLIDAY et al, 2009 5FÍSICA I Posição Agora, tendo um ponto de referência e um sistema de coordenadas, podemos LOCALIZAR o objeto no espaço. Sua POSIÇÃO é definida como a distância entre a origem do eixo coordenado e o ponto de localização do objeto. A posição de um objeto pode ser positiva ou negativa, de- pendendo do sentido que este se encontra em relação a origem. A posição do objeto é especificada pela coordenadas de sua localização nos eixos x, y e z. Em princípio, trabalharemos movimentos em uma ou duas dimensões. Assim, utilizaremos a posição x para lo- calizações horizontais e as posições y para localizações verticais. Unidade: A unidade de posição no Sistema In- ternacional de Medidas (SI) é o metro (m). Trajetória Trajetória é a linha imaginária forma- da pelos sucessivas localizações do objeto. Por exemplo, a trajetória parabólica de um lançamento de projétil. Deslocamento Se a posição do objeto se mantém a mesma a medida que passa o tempo, dize- mos que este está em repouso. Se a posição do objeto está variando, dizemos que há um DESLOCAMENTO. Deslocamento é a distância em linha reta entre a posição final e inicial. Possui uma orientação (sentido) que vai da posição inicial e termina na posição final. Se você vai de um ponto a outro da cidade, por exemplo, o deslocamento é a medida da distância da reta entre elas. E sua orien- tação vai do ponto de partida ao ponto de chegada. B A 6FÍSICA I Representação De Deslocamento Se o deslocamento ocorre no eixo x, vamos representá-lo por ∆x. A letra grega ∆ (delta) significa variação e x representa a posição no eixo x. Assim, ∆x representa a variação da posição no eixo x. O deslocamento é calculado fazendo a subtração da po- sição final x e a posição inicial xo. Também podemos definir deslocamentos nos eixos y e z: Deslocamento X Distância Percorrida Vale ressaltar que para o deslocamento, não importa a trajetória percorrida. Só importa de onde partiu e aonde chegou. Ou seja, deslocamento e distância percorrida não são o mesmo conceito. • Deslocamento é a menor distância entre duas posi- ções. Possui orientação. • Distância percorrida é o comprimento do trajeto. Exercício 1.1 (resolvido no vídeo) Determine a distância percorrida e o deslocamento. ∆x = x - x0 ∆y = y - y0 ∆z = z - z0 ∆x = x - x0 x t x0 t0 = 0 v 0 Fonte: http://www.if.ufrgs.br/cref/ntef/cinematica/IGCin_texto.pdf Fonte: http://www.if.ufrgs.br/cref/ntef/cinematica/IGCin_texto.pdf 7FÍSICA I Velocidade Média Agora, um objeto pode se deslocar 30 m em 3 s e outro se deslocar os mesmos 30 m em 10 s. O deslocamento para ambos é o mesmo, porém, o tempo que cada um leva para ir de um ponto a outro é diferen- te. Sabemos que um está, EM MÉDIA, mais veloz que o outro, pois está variando sua posição mais rapidamente. Podemos, então, determinar a média que cada um está se deslocando em um determinado tempo. Essa média de deslocamento em um intervalo de tempo é chamada de ve- locidade Média. Velocidade média é quanto o objeto se desloca em um intervalo de tempo. Ou seja, Onde ∆x - deslocamento ∆t - intervalo de tempo Unidade A unidade de velocidade média no sistema internacional (SI) é o m/s. Exercício 1.2 (resolvido no vídeo): Um motorista parte do km 30 de um rodovia retilínea hipotética às 12:00hrs. Às 14:00 horas ele chega ao km 190. Sua velocidade média é de 80km/h. Isso sig- nifica que ele percorreu um média de 80 km a cada hora. Este motorista pode ser multado? SIM, pois nada garante que ele não tenha andado a 120 km/h em algum tre- cho e 60 km/h em outro, por exemplo. Ou seja, o valor da velocidade média não é necessariamente igual ao valor da velocida- de do carro em cada instante de tempo. O conceito de velocidade média e velocidade instantânea são diferentes. Velocidade Instantânea Velocidade instantânea é o limite da velocidade média, quando ∆t tende a zero. Ou seja, e o valor limite obtido da divisão entre o deslocamento e o intervalo de tempo. Veja como escrevemos isto. Velocidade Instantânea Como Derivada Derivada é a TAXA DE VARIA- ÇÃO de uma função em cada instante. Assim, velocidade instantânea é a taxa de variação instantânea do espaço em relação ao tempo. Sendo assim pode ser determinada por: ∆t 0∆t ∆xV = lim ∆t ∆xVm = ∆t ∆x dt dx ∆t 0 V = lim = 8FÍSICAI Significado da velocidade instantânea - Se você olhar para o velocímetro do carro a apontar 60 km/h naquele instante, significa SE o carro CONTINUASSE com a mesma velocidade durante 1 h, percorreria 60 km. Não significa que sua velocidade VAI continuar a mesma por uma hora. Certamente não vai. Estar a 20 m/s em um instante, significa SE o objeto CONTINUASSE com a mesma velocidade durante um se- gundo, percorreria 20 m. Não significa que sua velocidade VAI continuar com este valor. COMO DERIVAR? Considere a seguinte função: x = 5t3 – 4t2 + 2t + 5 No contexto da cinemática, esta função está fornecendo a posição do objeto no eixo x para qualquer instante de tempo. Ela “conta a história” de ONDE o objeto de se encontra em cada MOMENTO. Por isto é chamada de função horária da posição. Se derivarmos esta equação obteremos a função da taxa com que a posição varia a cada instante de tempo. A função anterior pode ser reescrita da seguinte forma. x= 5t3 – 4t2 + 2t1 + 5t0 Assim, temos que v = 15t2 - 8t1 + 2 Esta é a função que descreve a velocidade em função do tempo. E por este motivo é chamada função horária da velo- cidade. 9FÍSICA I Aceleração Média A velocidade de um objeto pode variar no decorrer do movimento. A re- lação entre o quanto variou a velocidade e o tempo que levou para ocorrer é o que chamamos ACELERAÇÃO MÉDIA. Escreveremos da seguinte forma: Onde: ∆v - variação da velocidade ∆t - intervalo de tempo Unidade A unidade de aceleração no sistema internacional (SI) é o m/s2. ∆t ∆vam = Aceleração Instantânea Reparem que ao calcular a acele- ração média, não se sabe o que acontece com a velocidade DURANTE o intervalo de tempo. Ela pode aumentar depois di- minuir, ou qualquer outra possibilidade. Assim, a aceleração média não é igual a aceleração instantânea. Para saber a aceleração instantânea, fazemos o tempo ficar cada vez menor, e determinamos o valor limite da razão ∆v/∆t. Aceleração Instantânea Como Derivada De modo equivalente, determina- mos a taxa de variação instantânea da velocidade em relação ao tempo. Neste caso, usamos a derivada da velocidade em função do tempo. Ou a derivada segunda da posição em relação ao tempo. Exercício 1.3 (resolvido no vídeo): O movimento de uma partícula é definido pela relação x=1,5t4 – 30t2 + 5t + 10, onde x e t são expressos em metros e segundos, respectivamente. Determine a posição, a velocidade e a aceleração da partícula quando t=4 s. dt dva = dt2 d2xa = ∆t 0∆t ∆va = lim 10FÍSICA I Resumo: Deslocamento: é subtração da posição final x e a posição inicial x0. Velocidade Média: é o deslocamento dividido pelo intervalo de tempo. Velocidade Instantânea: é o valor limite da divisão entre o deslocamento pelo intervalo de tempo, quando este tende a zero. Ou a derivada da posição em relação ao tempo. Aceleração Média: é a divisão entre a variação da velocidade e o intervalo de tempo. Aceleração instantânea: é o valor limite da divisão entre a variação da velocidade pelo intervalo de tempo, quando este tende a zero. Ou a derivada primeira da velocidade em relação ao tempo. Ou, ainda, a derivada segunda da posição em relação ao tempo. ∆x = x - x0 ∆t ∆xVm = ∆t ∆vam = ∆t 0 ∆t ∆x dt dxV = lim = ∆t 0 ∆t ∆v dt dva = lim = = dt2 d2x 11FÍSICA I MOVIMENTOS RETILÍNEOS Se uma bola de boliche e uma pena forem soltas juntas no vácuo, qual chega primeiro ao solo? A questão é abordada no capítulo. Neste capítulo, estudaremos os movimentos que ocor- rem em apenas uma dimensão. Estes são conhecidos como movimentos retilíneos, pois suas trajetórias formam uma linha reta naquele referencial. Faremos isto a partir de três abor- dagens: conceitual (ideias e conceitos), algébrica (equações) e geométrica (gráficos). 12FÍSICA I Função Horária Da Posição Repare que para MRU, sabendo a VELOCIDADE do objeto e DE ONDE ele partiu, você consegue PREVER sua posição para qualquer instante de tempo. Isso fica matematicamente expresso pela seguinte função: Onde: x - posição em uma dado instante x0 - posição inicial v - velocidade t - instante de tempo Esta equação CONTA A HISTÓRIA da posição do objeto. Gráficos Do MRU Estudo do gráfico x × t: No MRU, a única coisa que varia com o tempo é a posição do objeto. Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) O Movimento Retilíneo Uniforme, MRU a partir de agora, é o movimento mais simples que podemos imaginar. É um mo- vimento ao longo de uma linha reta, com a velocidade constante. Ou seja, enquanto durar o movimento, sua aceleração é nula. E portanto, sua velocidade se mantém a mesma em todos instantes. Veja o que isso significa no exemplo abaixo. A moto da figura está se deslocando sempre o mesmo tanto a cada segundo que passa. No caso, 10 m a cada segundo. Uma consequência de movimentos com velocidade constante é que o objeto tem MESMOS DESLOCAMENTOS para INTERVALOS DE TEMPOS IGUAIS. pos. = 0m 10m 20m 30m 40m 50m t = 0s 10s 20s 30s 40s 50s Fonte: https://www.slideshare.net/paulosouto3760/mumuvlanc100723100017phpapp02 x = x0 + vt 13FÍSICA I RETA. Para isto, escolhe-se dois pontos quaisquer da mesma, e faz a seguinte relação: Estudo dos gráfico Vxt Os gráficos v × t abaixo representam as duas situações possíveis para o movimento de objetos em MRU: a. Velocidade constante e positiva; b. Velocidade constante e negativa. Como o movimento ocorre com velocida- de constante v, a posição x depende linearmente do tempo t. Inclinação da reta como Velocidade do objeto Para determinar o valor da velocidade, a partir de um gráfico de posição em função do tempo, basta calcular a INCLINAÇÃO DA Fonte: http://www.if.ufrgs.br/cref/ntef/cinematica/IGCin_texto.pdf x2 - x1 x2 - x1 v = Fonte: http://www.if.ufrgs.br/cref/ntef/cinematica/IGCin_texto.pdf 14FÍSICA I Deslocamento como área A área compreendida entre a reta (DA FUNÇÃO) e o eixo dos tempos, limi- tada lateralmente pelos instantes de tempos considerados, tem mesmo valor numérico que o deslocamento do objeto, visto que: A = h.B (Área do retângulo) Onde a base é o intervalo de tempo ∆t, e a altura é a velocidade. Sendo assim, ALTURA X BASE no gráfico corresponde a v.∆t, que resulta no deslocamento. A = h.b ∆x = v.∆t À esquerda, o gráfico v x t representando um MRU com velocidade positiva. À direita, o gráfico v x t representando um MRU com velocidade negativa. 0 0 A = ∆x A = ∆x Fonte: http://www.if.ufrgs.br/cref/ntef/cinematica/IGCin_texto.pdf Exercício 2.1 (resolvido no vídeo) O móvel se move conforme o gráfico a seguir. Para esta situação determine: a. A função horário do movimento; b. A posição após 7 s; c. O tempo que leva para atingir 220 m. Fonte: http://educacao.globo.com/fisica/assunto/mecanica/analise-grafica-dos-movimentos.html 60 0 120 180 240 posição (m) tempo (s) 3 6 9 12 15FÍSICA I Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) Considere a seguinte situação: um carro aumentando sua velocidade conforme os valores da figura. Com estas informações podemos dizer três coisas a respeito do mo- vimento. 1. Ele ocorre ao longo de uma linha reta, portanto é um movimento retilíneo. 2. Sua velocidade varia ao longo do tempo, portanto trata-se de um mo- vimento variado. 3. A variação da velocidade ocorre sempre com MESMO VALOR, para intervalos de tempos iguais. Assim, o chamaremos de uniformemente variado. A velocidade varia, mas sempre com uma taxa uniforme. Ou seja, com aceleração constante. O movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV) é o movimento ao longo de uma reta com aceleração constante. Assim, o corpo apresenta sempre a mesma variação de velocidade no mesmo intervalo de tempo. Fonte: http://professorandrios.blogspot.com.br/2013/06/webquest-sobre-mruv.html Função Horária Da Velocidade Como no MRUV, a velocidade varia sem- pre o mesmo tanto a medida que passa o tempo, vamos dizer que velocidade varia linearmentecom o tempo t. A velocidade em cada instante vai de- pender de três coisas: Da velocidade que começou o movimento, da aceleração e do instante de tempo considerado A função que descreve a HISTÓRIA DA VELOCIDADE é a função horária da velocidade. v = v0 + at Função Horária Da Posição A posição de um objeto em MRUV varia com o quadrado do tempo. x = x0 + v0t + at 2 x - posição final x0 - posição inicial v0 - velocidade inicial a - aceleração t - tempo 1 2 16FÍSICA I Gráfico Posição X Tempo No MRUV, a função matemática que relaciona a posição do objeto com o tempo é a função quadrática (ou de segundo grau). Inclinação da reta tangente como velocidade do objeto A inclinação da reta tangente em cada ponto representa a velocidade do objeto naquele instante. 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Posição (m) Tempo (s) 0 1 2 3 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Posição (m) Tempo (s) 0 1 2 3 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Posição (m) Tempo (s) 0 1 2 3 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Posição (m) Tempo (s) 0 1 2 3 Fonte: http://www.aulas-fisica-quimica.com/9f_09.html Fonte: http://www.if.ufrgs.br/cref/ntef/cinematica/IGCin_texto.pdf 17FÍSICA I Gráficos v x t No MRUV, tanto a posição quan- to a velocidade do objeto variam com o tempo. Como o movimento ocorre com aceleração constante, a velocidade v depende linearmente do tempo. Inclinação da Reta como Aceleração Para determinar o valor da aceleração, calculamos o inclinação da reta, a partir de dois pontos quaisquer da mesma. O valor da inclinação da reta é numericamente igual à aceleração do movimento. Área como deslocamento Da mesma forma que no MRU, a área compreendida entre a reta e o eixo dos tempos, limitada pelos instantes de tempo considerados, equivalem numericamente ao deslocamento. Área = Deslocamento v v0 v1 v1 v2 v2 Fonte: http://www.if.ufrgs.br/cref/ntef/cinematica/IGCin_texto.pdf a = v2 - v1 t2 - t1 Fonte: http://alunosonline.uol.com.br/fisica/calculo-deslocamento-partir-grafico-velocidade.html A V t1 velocidade tempot2 18FÍSICA I Equação De Torricelli Essa equação faz uma relação di- reta entre a velocidade e o deslocamento, sem considerar o tempo. Foi formulada por Torricelli, por volta de 1644. Trata-se de uma mistura das funções horárias da velocidade e posição, anteriormente tra- balhadas. Para isso, basta isolar a variável t na função da velocidade e substituir esse valor na função da posição. Chega-se em: v2 = v0 2 + 2a∆x Exercício 2.2 (resolvido no vídeo) Um automóvel parte do repouso e atinge a velocidade de 100 km/h em 8s. a. Qual é a aceleração desse automóvel? b. Qual é a distância que ele percorre para atingir esta velocidade? Exercício 2.3 (resolvido no vídeo) Qual é a aceleração de decolagem em um porta-aviões, sabendo que a pista possui 80 m e a velocidade de decolagem é 260 km/h? Queda Livre A queda livre é o lançamento de objetos na vertical, apenas sob ação da gra- vidade. Isto é, ocorre somente quando os efeitos de resistência do ar não são signifi- cativos. Nestes casos, o movimento ocorre com aceleração constante, assim a queda livre é considerada um tipo específico de MRUV. O que tem de particular é que o movimento apenas no eixo y e a aceleração é conhecida, a aceleração gravitacional g. o Valos da aceleração depende da altitude em relação à superfície da terra. Seu valor na superfície é de g = 9,8 m/s2. A direção e sentido são sempre vertical para baixo. Assim as equações ficam: y = y0 + v0t + 1/2gt2 v = v0 + gt v2 = v0 2 + 2g∆y Observação 1: Se o eixo tiver o sen- tido positivo para cima, g terá sinal nega- tivo, independentemente se o objeto está subindo ou descendo. Observação 2: Quando os efeitos de resistência são desprezíveis, como no caso de uma queda livre, a massa e a forma do objeto não inf luenciam na aceleração da queda. É o caso da queda da bola de bo- liche e da pena no vácuo, mencionado no início da capítulo. Nesta condição, ambos objetos caem com a mesma aceleração. O mesmo não ocorreria com a presença do ar, situação em que os efeitos de resistência do ar fariam com que os objetos sofressem acelerações distintas. Exercício 2.4 (resolvido no vídeo) Um objeto é lançado verticalmente para cima com velocidade inicial de 10 m/s. Determine a altura máxima e o tempo total de queda. 19FÍSICA I Resumo: Movimento Retilíneo Uniforme: movimento em linha reta com velocidade constante. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado: movimento em linha reta com aceleração constante. Movimento de Queda Livre: movimento de queda sob ação da gravidade, com efeitos de resistência desprezíveis. x = x0 + vt v = v0 + at x = x0 + v0t + 1/2 at2 v 2 = v0 2 + 2a∆x y = y0 + v0t + 1/2 gt2 v 2 = v0 2 + 2g∆yv = v0 + gt 20FÍSICA I VETORES Em algumas situações de pouso com vento, o avião deve voar lateralmente durante a aterrissagem. Isto ocorre porque a velocidade do avião é sobreposta à velocidade do vento. Para entender este procedimento é preciso ver as velocidades como soma de vetores. A noção de vetor e suas relações matemáticas são abordadas neste capítulo. 21FÍSICA I Grandezas Físicas São as propriedades dos fenômenos físicos que podem ser medidas (descritas qualitativa e quantitativamente). As gran- dezas físicas são de dois tipos: Grandezas Escalares e Grandezas Vetoriais. Grandezas Escalares: São completamente descritas por uma magnitude (valor numérico) e uma unidade. Exemplos: comprimento, área, vo- lume, tempo, massa e temperatura. Grandezas Vetoriais: São completamente caracterizadas por uma magnitude (módulo), uma direção e um sentido. Além de uma unidade. Exemplos: deslocamento, velocida- de, aceleração, peso e força. A matemática utilizada para as grandezas escalares é a álgebra comum. Para as grandezas vetoriais é utilizada a matemática vetorial. Faremos uma introdução das operações básicas com vetores. Vetores Definição: segmento de reta orientado. Escolhe-se uma reta e coloca-se dois pontos (A e B na figura) para definir um segmento (“parte” AB) da reta. E indica-se um sentido no segmento. Vetores são caracterizados por: Módulo: Tamanho do vetor (valor numérico) Direção: Orientação da reta do vetor. Sentido: Seta do vetor B A AB v Fonte: http://www.mat.ufmg.br/~rodney/notas_de_aula/vetores.pdf 22FÍSICA I Produto De Um Número Por Um Vetor Multiplicar um vetor por um escalar (número) resulta em outro vetor. Vetores podem ser representados por uma letra com uma seta acima ( ) ou em negrito sem seta (V). Os escalares serão representados por apenas uma letra em itálico (a). O vetor R obtido pela multiplicação do escalar a pelo vetor V tem as seguintes características: é um vetor que possui módulo de a vezes o módulo de V e seu sentido será: • Mesmo de V se a > 0 • Contrário ao de V se a < 0 Exemplos v v R = a.V v R = a.V R = a.VR = a.V- 12 v 23FÍSICA I Adição Vetorial Veremos dois métodos gráficos para soma de vetores: Regra do paralelogramo e Regra do Triangulo. Como fica a soma do vetores a e b? Regra do Paralelogramo Juntam-se as origens e a diagonal do paralelogramo formado é a soma dos vetores. Regra do Triângulo Para somar graficamente dois ve- tores a e b, move-se a origem de um até coincidir com o final do outro. A origem e o final restantes definem o vetor repre- sentativo da soma vetorial, de acordo com a mesma figura.S = a + b a b Fonte: http://www.mspc.eng.br/matm/vetor110.shtml a b a + b a b a + b 24FÍSICA I Subtração de vetores Subtração é um caso especial de adição, onde se inverte o vetor subtraído e soma-se com algum método de adição. Lei dos Cosenos S = a - b = a + ( -b ) a b a -b a - b Fonte: http://www.mspc.eng.br/matm/vetor110.shtml 0 b S a S = a2- b2 + 2ab cosθ θ 25FÍSICA I Casos Particulares 1) Vetores de mesma direção e sentido (0º) Neste caso, a resultante é obtida fazendo-se uma soma algébrica dos módulos dos vetores. 2) Vetores de mesma direção e sentidos contrários (180º) Neste caso, a resultante é obtida fazendo-se uma subtração algébrica dos módulos dos vetores. 3) Vetores perpendiculares (90º) Neste caso, a resultante é obtida utilizando-se o teorema de Pitágoras, onde os catetos são os vetores somados e a hipotenusa é a resultante. S = a + b Fonte: http://www.vdl.ufc.br/solar/aula_link/lfis/A_a_H/fisica_I/aula_01/05.html Fonte: http://www.vdl.ufc.br/solar/aula_link/lfis/A_a_H/fisica_I/aula_01/05.html S = a + b Fonte: http://www.vdl.ufc.br/solar/aula_link/lfis/A_a_H/fisica_I/aula_01/05.html S = a + bS = a + b 2 2 26FÍSICA I Decomposição Vetorial A decomposição vetorial é feita colo- cando um sistema cartesiano na origem do vetor determinando suas coordenadas nos respectivos eixos. Se traçarmos uma linha paralela a y e que corta o eixo x teremos a projeção horizontal do vetor v na direção x, e se traçarmos uma linha paralela a x e que corta o eixo y teremos a projeção vertical do vetor v na direção y. Na figura o vx é a componente x do vetor v. E o vy é a componente y do vetor v. Vy Vx x V y Para calcular o valor do módulo desses componentes basta fazer uso do seno e cosseno, e a partir do triângulo retângulo formado na figura. Pela regra do paralelogramo, a soma vetorial dos vetores perpendiculares Vx e Vy nos fornece como resultado o próprio vetor V. Desta forma, podemos concluir que (teorema de Pitágoras) (tangente inversa) θ 27FÍSICA I Vetores Unitários Vetor de módulo igual a 1. Sem dimensão, nem unidade. Sua função é especificar uma direção e um sentido. Eixo x – vetor i Eixo y – vetor j Eixo z – vetor k Exercício 3.1 (resolvido no vídeo) Determine o vetor , sabendo que a=10 e b=12. Escreva o vetor em termos de vetores unitários y z k j i x S = a + b A B 30 60 o o Fonte: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/matematica/soma-de-vetores-adicao-grafica-e-por-decomposicao.htm 28FÍSICA I Resumo Grandezas Escalares: são completamente descritas por uma magnitude (valor numérico) e uma unidade. Grandezas Vetoriais: são completamente caracterizadas por uma magnitude (módulo), uma direção e um sentido. Além de uma unidade. Vetor: segmento de reta orientado Soma Vetorial: a seguir descreve-se quatro casos particulares de soma vetorial. 1. VETORES DE MESMA DIREÇÃO E SENTIDO: faz-se a soma algébrica dos módulos dos vetores. 2. VETORES DE MESMA DIREÇÃO E SENTIDO OPOSTO: faz-se a subtração algébrica dos módulos dos vetores. 3. VETORES PERPENDICULARES: Utiliza-se o teorema de Pitágoras. 4. VETORES COM OUTROS ÂNGULOS: decompõem-se os vetores em componentes x e y. Soma-se algebricamente cada eixo e se extrai o módulo e o ângulo com as seguintes expressões. 29FÍSICA I MOVIMENTOS BIDIMENSIONAIS Se uma bala de uma arma for disparada horizontalmente e ao mesmo tempo seu cartucho for liberado, qual chega primeiro ao solo? A questão é abordada no capítulo. 30FÍSICA I O valor de cada componente é dado pela equação: É um vetor tangente a trajetória. Vetor Posição A posição é definida por um vetor que une a origem ao ponto P onde se encontra a partícula. O vetor posição será representado por r. E pode ser expresso em relação a suas co- ordenadas x, y e z. Vetor Velocidade É taxa de variação instantânea do vetor velocidade em relação ao tempo: z k j y P s x i xi yj zk r = xi + yj + zk r = xi + yj + zk ∆t ∆r dt dr ∆t 0 V = lim = dt dx dt dt dy dzv = i + j + k v = vxi + vy j + vzk v1 v2 v3 31FÍSICA I Vetor Aceleração É taxa de variação instantânea do vetor velocidade em relação ao tempo. ISTO SIGNIFICA que se o vetor velocidade sofre QUALQUER variação (em módulo, direção ou sentido) há ace- leração. O valor de cada componente é dado pela equação Exercício 4.1 (resolvido no vídeo) 1. O movimento de uma partícula é definido pelas equações x=4t3 – 5t2 + 5t e y=5t2 – 15t, onde x e y são expressos em milímetros e t em segundos. Determine a função da velocidade e a da aceleração da par- tícula. Tipos de Aceleração Apesar de a velocidade ser sempre tangente à trajetória, a aceleração não é necessariamente. A Aceleração pode ser classificada em tangencial e centrípeta. Aceleração Tangencial • É tangente à trajetória. • Tem mesma direção que a veloci- dade V • Altera apenas o módulo da veloci- dade. • Não altera a direção do movimento. • Pode aumentar ou diminuir o mó- dulo de V. • Produz movimentos retilíneos. Quando a aceleração tem mesma direção e sentido que a velocidade ocorre AUMENTO do módulo da velocidade. Quando a aceleração tem mesma direção e sentido oposto que a velocidade ocorre DIMINUIÇÃO do módulo da velocidade. ∆t ∆v dt dv ∆t 0 a = lim = dt2 d2x dt2 dt2 d2y d2za = i + j + k a = axi + ay j + azk dt dvat = Fonte: HEWITT, 2002 Fonte: HEWITT, 2002 32FÍSICA I Aceleração Centrípeta • Muda a direção do movimento. • É sempre perpendicular à velocidade • Altera apenas a direção do vetor V. • Não altera o módulo da velocidade. • Muda a direção do movimento. • Produz movimentos curvos. Aceleração centrípeta é expressa assim: Onde v é a velocidade em um ponto r raio da curvatura naquele ponto Estudaremos agora dois tipos de movimentos bidimensio- nais, o lançamento de projéteis e o movimento circular uniforme. v v v R vac ac ac ac Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/fisica/aceleracao-centripeta.htm r v2ac = 33FÍSICA I Se um objeto for abandonado verticalmente ele sofre uma queda livre, tal como descrito pelas equações do MRUV. Se o objeto for lançado horizontalmente e pudéssemos “DESLIGAR” a gravidade, ele iria para frente em MRU. Mas como não podemos “desligar a gravidade. Ao lançar um objeto horizon- talmente acontecerá as duas coisas ao mesmo tempo. Ele avançará em movimento uniforme na horizontal e cairá em movimento uniformemente acelerado na vertical. Lançamento De Projéteis São movimento bidimensionais obtidos ao se lançar objetos obliqua ou horizontal- mente sob a ação da gravidade. A trajetória de movimento forma uma parábola. Questão: Uma bala de uma arma é disparada horizontalmente, ao mesmo tempo que seu cartucho é liberado e sofre uma queda ver- tical. • Quem chega primeiro, o cartucho ou a bala? Resposta: ambos chegam ao mesmo tempo ao solo. Por que isto? O movimento de projéteis pode ser entendido como a sobreposição de dois movi- mentos conhecidos: um MRUV e um MRU. Vejamos. 34FÍSICA I Assim, no movimento de projéteis, os componentes horizontais e verticais do movimento não afetam um ao outro. E as equações para cada eixo ficam: x = x0 + v0xt y = y0 + v0yt + 1/2gt2 vy = v0y + gt vy 2 = v0y 2 + 2g∆y Eixo X (MRU) Onde x - posição horizontal em um dado instante x0 - posição horizontal inicial v0x - componente horizontal da velocidade t - instante de tempo Eixo Y (MRUV) Onde y - posição vertical em um dado instante y0 - posição vertical inicial v0y - componente horizontal da velocidade t - instante de tempo g - aceleração gravitacional Componentes da Velocidade Um projétil pode ser lançado de duas ma- neiras: lançamento horizontal e oblíquo. No lançamento horizontal, o objeto é lançado com um ângulo de zero em relação a horizontal.. Neste caso, a velocidade inicial está apenas na direção de x e a velocidade em y é zero. v0x = velocidade inicial v0y = 0 Quando um objeto tem um lançamento oblíquo (com inclinação), sua velocidade ini- cial pode ser entendida como uma componente lançada para frente e um componente sendo laçada para cima. Componente Vertical da Velocidade Componente Horizontal Velocidade Velocidade da Bola Fonte: HEWITT, 2002 35FÍSICA I Essas componentes são expressas por Vx= V.cos0 Vy= V.sen0 Podemosfazer o caminho inverso: ter as componentes e calcular a velocidade restante. Exercício 4.2 (resolvido no vídeo) Um helicóptero a 108 km/h e 100 m de altura solta um pacote de man- timentos. Qual é a distância horizontal que ele deve se encontrar do alvo? Exercício 4.3 (resolvido no vídeo) Um projétil é lançado com velocidade inicial de intensidade igual a 50 m/s. A trajetória faz na origem um ângulo de 37° com a horizontal. Deter- mine a altura máxima e o alcance máximo. y x0 Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28032 Vy Vx Ø x V y θ 36FÍSICA I Movimento Circular Uniforme O movimento circular uniforme (MCU) possui as se- guintes características: • Movimento com trajetória ao longo de uma circunferência. • O MÓDULO da velocidade permanece constante. • A DIREÇÃO da velocidade muda. • Não há aceleração tangencial. • Há aceleração centrípeta. • É um movimento periódico. Período • Movimentos periódicos são aqueles que se repetem em intervalos de tempo iguais. • Período: O tempo levado pela partícula para percorrer uma vez a sua trajetória. • Representação (T). • Unidade (s) Frequência • Todo movimento periódico tem uma frequ- ência associada. • O número de voltas dadas pela partícula na unidade de tempo é a frequência do movi- mento. • Representação (f) • Unidade: (Hz) = 1 / s. Relação frequência X período • Frequência e período têm uma relação inversa. Ou, seja: f = 1/T Tipos de velocidade Iremos distinguir dois tipos de velocidade no movimento circular: • Velocidade linear ou tangencial • Velocidade angular 37FÍSICA I Velocidade tangencial O módulo da velocidade linear da partícula é definido como a distância percorrida sobre a trajetória dividida pelo intervalo de tempo levado para percorrê-la. Assim, tomando como intervalo de tempo o período, podemos escrever, para o módulo da velocidade linear como: v = 2πr T Ou, como frequência é o inverso do período, podemos expressar v = 2πrf A unidade de velocidade tangencial, no SI, é m/s. Velocidade angular Se, em vez de considerar a distância percorrida pela par- tícula sobre sua trajetória, consideramos o ângulo descrito pela linha que une a partícula ao centro da trajetória, podemos definir a velocidade angular. Assim: ω = 2π T Ou em termos de frequência: ω = 2πf A unidade de velocidade angular, no SI, é rad/s 38FÍSICA I Aceleração centrípeta Apesar de o módulo da velocidade ser constante no MCU, sua direção muda o tempo todo. Para que haja variação na direção é necessária uma aceleração centrípeta. APLICAÇÕES: 1. Discos com mesmo eixo. Se dois discos com raios diferentes girarem no mesmo eixo, a borda do de maior raio percorrerá uma distancia maior que o de menor raio. Assim, discos de raios diferentes possuem diferentes velocidade em suas bordas. Esta configuração tem a função de produzir redução ou ampliação de velocidade. r v2ac = ω RA RB Fonte: https://pt.slideshare.net/marcoasanches/mcu-33688105 Fonte: http://fisicaexe.com.br/fisica1/mecanica/cinangular/execinangular.html αA RA A B P RB 2. Discos com eixos diferentes (polias) Pode-se colocar discos com eixos diferentes a girar conectados por ruma cor- reia. Para que o sistema funcione é neces- sário que todos o pontos da correia estejam correndo com a mesma velocidade. Se o discos tiverem raios diferentes, o menor raio terá que girar com uma frequência maior para compensar o fato de ser menor. Discos com raios diferentes possuem diferentes velocidade angulares. Esta configuração tem função de produzir redução ou ampliação de velocidade angular. 39FÍSICA I Exercício 4.4 (resolvido no vídeo) Considere o seguinte sistema em um bicicle- ta. Sabendo que a bicicleta se move com velocidade 4 m/s, determine a frequência com que o ciclista pedala. 80cm 10cm 30cm Resumo Vetor Posição: vetor que une a origem ao ponto P onde se encontra a partícula. Vetor Velocidade: é taxa de variação instantânea do vetor velocidade em relação ao tempo. Vetor Aceleração: é a taxa de variação instantânea do vetor velocidade em relação ao tempo. A Aceleração pode ser classificada em tangencial e centrípeta. r = xi + yj + zk r = xi + yj + zk ∆t ∆r dt dr ∆t 0 V = lim = ∆t ∆v dt dv ∆t 0 a = lim = 40FÍSICA I Aceleração Tangencial: É tangente à trajetória. Altera apenas o módulo da velocidade. Aceleração Centrípeta: muda a direção do movimento. É sempre perpendicular à velocidade. Lançamento de Projéteis: é entendido como a sobreposi- ção de dois movimentos, um horizontal outro vertical. Eixo X (MRU) Eixo Y (MRUV) Movimento Circular Uniforme: movimento com trajetória ao longo de uma circunferência. O MÓDULO da velocidade permanece constante. Velocidade Tangencial: distância percorrida no intervalo de tempo. v = 2πrf Velocidade Angular: ângulo percorrido no intervalo de tempo. ω = 2πr Aceleração Centrípeta: altera apenas a direção do movimento. dt dvat = r v2ac = r v2ac = x = x0 + v0xt y = y0 + v0yt + 1/2gt2 vy = v0y + gt vy 2 = v0y 2 + 2g∆y 41FÍSICA I LEIS DE NEWTON Para se deslocar para frente com um bote é preciso remar para traz. Para caminhar para frente é preciso fazer força para traz. Para um avião voar em um sentido, sua propulsão ocorre no sentido oposto. Após a formulação das Leis de Newton, entender estas situações ficou fácil. Neste capítulo, trabalharemos estas leis e sua aplicações. As leis de Newton foram publicadas em 1687 na obra Princípios Matemáticos da Filosofia Natural. Ao contrário da cinemática que apenas DESCREVE os movimentos, as leis de Newton EXPLICAM as condições de repouso (ESTÁTI- CA) e movimento (DINÂMICA). Tanto a estática quanto a dinâmica explicam movimento dos corpos a partir do conceito de força. 42FÍSICA I O que é força? Newton não chegou a definir bem o que é força, mas definiu o efeito de uma força sobre um objeto. Pode-se dizer que forças são os “empurrões” e “puxões” que um corpo faz em outro e que são capazes de MUDAR o movimento, ou seja, lhe causar aceleração. Força é uma grandeza vetorial, assim, possui módulo direção e sentido. Força resultante Força resultante é a soma vetorial de todas as forças que atuam no objeto. Isso significa que o efeito de várias forças é igual ao efeito de apenas uma força (a força resultante). Primeira Lei de Newton • Se nenhuma força resultante atuar sobre um corpo, sua velocidade não muda (nem módulo, nem direção, nem sentido). • Se estiver em Repouso permanece em repouso. • Se estiver em movimento, permanece em MRU. Ou seja, a primeira lei de Newton afirma que quando o efeito de todas as forças que atuam no objeto se anulam, o ob- jeto fica no seu estado “natural” de movimento. Para Newton, natural é ficar parado ou mover-se em MRU. Nada deve ser feito para que um corpo parado continue parado. Nada deve ser feito para que um corpo em movimento siga uma linha reta com velocidade constante. Exemplo: elevador No elevador há duas forças atuando, seu peso para baixo e a tensão na corda para cima. Para que o elevador suba ou desça (não importa) em MRU as duas devem ser iguais. 10N Força resultante Forças que atuam no objeto = 10N0N 5N 5N 5N 5N5N 5N Fr = 0 43FÍSICA I Inércia A tendência do corpo parado continuar parado e o corpo em movi- mento continuar em movimento retilíneo uniforme é chamada de Inércia. Ao aplicar uma força em um objeto ela altera seu movimento (acelera). O quanto ele vai acelerar não depende apenas da força, depende, também, de sua INÉRCIA. Quanto MAIOR a inércia do corpo, MENOR é a aceleração. Quanto MENOR a inércia do corpo, MAIOR é a aceleração. Ou seja, inercia é a medida da resistência à aceleração e depende da MASSA do objeto. Massa, por sua vez, pode ser entendido como a relação entre a força aplicada em um corpo e aceleração produzida. Quanto mais massa, menos ace- leração uma força produz. OBSERVAÇÃO: No diaa dia chamamos massa de peso. Porém massa não é peso. Peso será visto em breve e é a força que a gravidade faz sobre um objeto. Fonte: https://pt.slideshare.net/EvertonAraujoMoraes/fsica-9-ano 44FÍSICA I Unidade de Força No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de força é o NEWTON (N) que é definido como: 1N = (1kg)(1 ) = 1 Ou seja, 1 N é a força necessária para acelerar em 1 m/s2 uma massa de 1 kg. Terceira Lei de Newton Todas as forças são interações MÚTUAS entre dois corpos. Não há forças isoladas. Isto é, quando um corpo exerce uma força sobre outro, o segundo exerce uma força sobre o primeiro. Essas forças são sempre iguais em módulo e direção; e opostas em sentido. Exemplos: ao disparar uma bala de canhão o canhão exerce uma força sobre a bala e a bala exerce a mesma força no canhão, por isso há o recuo. O fato de o canhão se mover menos ocorre por sua maior massa, não por haver diferença nas forças. Segunda Lei de Newton Quando o efeito das forças aplica- dos no objeto NÃO se anulam (Fr≠0), o corpo muda seu movimento (acelera). A aceleração causada ocorre na direção da força resultante e depende do valor da força e da massa. • A força resultante que age sobre um corpo é igual ao produto da massa pela sua aceleração. • Aceleração ocorre na mesma direção e sentido que a força aplicada Fr = ma F = ma a Fonte: BEER, 2006 m s2 kg • m s2 Fonte: BEER, 2006 F = 1 N a = 1 m/s2 1 kg 45FÍSICA I Pares de ação e reação se anulam? Por exemplo, quando jogamos uma bola de tênis na parede, a bola faz uma força na parede e vice-versa. Essas forças têm mesma intensidade e estão orientadas em sentidos opostos. Por este motivo, elas se anulam? Resposta: As forças de Ação e Re- ação NUNCA se anulam, pois apesar de terem sentidos opostos, não são aplicados no mesmo corpo. No exemplo, a bola recebe apenas uma força (da parede) e a parede recebe apenas uma força (a da bola). Tipos de força Vamos estudar alguns tipos de for- ças mais comuns em situações mecânicas. Agora veremos as três forças mais simples (peso, normal e tensão). A seguir veremos outros tipos (atrito e elástica) 1. Peso A força da gravidade exercida sobre um objeto. Na superfície da Terra é diri- gida verticalmente para baixo. Seu módulo é obtido multiplicando o valor da massa pela aceleração gravitacional. Massa x Peso • Peso e massa são grandezas dife- rentes. • Peso varia com o campo gravita- cional. • Massa não varia. • Massa (kg) • Peso (N) Exemplo Qual é a força peso de um objeto de 60 kg na Terra, Lua e Júpiter? • m = 60 kg • Pterra = mgt = 60.9,8 = 588 N • Plua = mglua = 60.1,6 = 96 N • Pjupiter = mgj = 60.26 = 1560 N P = mg Júpiter Saturno Netuno Urano Terra 46FÍSICA I 2. Força Normal Quando um corpo exerce uma força sobre uma superfície, esta se deforma e empurra o corpo com uma força chamada normal. “Normal” significa perpendicular ao plano. A força normal não tem uma equação, o valor da força normal depende de cada situação. A normal não é uma reação do peso e não tem necessa- riamente o mesmo valor que o peso. 3. Tensão ou Tração Força exercida por cabos, fios ou cordas esticados. Quando uma corda é presa a um corpo e é esticada, ela aplica uma força T no objeto orientada ao longo da corda. N N N Fonte: http://idelfranio.blogspot.com.br/2010/08/0068-normal-nunca-e-reacao-forca-peso_29.html T 47FÍSICA I Aplicações das leis de Newton Abordagem de Solução de Problemas 1. Fazer diagrama de forças: representar graficamente todas as forças que atuam no objeto. 2. Colocar um sistema de referência adequado: Colocar uma plano xy com a ori- gem no objeto. 3. Decompor forças inclinadas: Determinar as componentes x e y de todas forças inclinadas 4. Aplicar primeira ou segunda lei, para cada eixo independentemente: • Eixo x. frx=0 (para equilíbrio em x) ou Frx=m.a (para forças em desiquilíbrio em x). • Eixo y. fry=0 (para equilíbrio em x) ou Fry=m.a (para forças em desiquilíbrio em y). 48FÍSICA I Decomposição Vetorial Decompõe cada força em componentes horizontais: E em componentes verticais: Estática Parte da mecânica que estuda as condições de equilíbrio de um ponto ma- terial (corpo de dimensões desprezíveis) ou de um corpo extenso (o tamanho influi no estudo do fenômeno). Neste curso, traba- lharemos com situações que a dimensão do objeto não inf lui. Para que um objeto esteja em equi- líbrio, a soma vetorial de todas as forças deve ser nula. Vamos utilizar o método das proje- ções das forças sobre os eixos horizontal (x) e vertical (y), perpendiculares entre si. A soma das projeções sobre cada eixo deve ser nula. Fr = 0 Frx = 0 Fry = 0 F2F1 F3 0 F2 F2x F1 F1x F3 Projetando essas forças sobre o eixo X F2F1 F3 0 0 0 Projetando essas forças sobre o eixo Y θ F1x = f1.cosθ F1y = f1.senØ F2y = f2.senß F2x = f2.cosß ß F2F1 F1y F1yF2y F2y F3 F3 θ ß X X Y F2F1 F3 0 F2 F2x F1 F1x F3 Projetando essas forças sobre o eixo X F2F1 F3 0 0 0 Projetando essas forças sobre o eixo Y θ F1x = f1.cosθ F1y = f1.senØ F2y = f2.senß F2x = f2.cosß ß F2F1 F1y F1yF2y F2y F3 F3 θ ß X X Y Fonte: http://fisicaevestibular.com.br/novo/mecanica/estatica/estatica-de-um-ponto-material/ Exercício 5.1 (resolvido no vídeo) Na figura a seguir o corpo suspenso tem massa igual a 2 kg. Os fios têm pesos desprezíveis e o sistema está em equilíbrio estático. Determine as trações nos fios AB e BC. C B 2 kg A30 o 49FÍSICA I Dinâmica • Dinâmica é um ramo da mecânica que estuda o movimento de um corpo e as causas desse movimento. • Pode haver equilíbrio dinâmico=> Fr=0 =>MRU • Pode haver aceleração Fr=m.a Exercício 5.2 (resolvido no vídeo) Um bloco de massa m = 5 kg sendo puxado sobre uma superfície plana por uma força F de 50 N. Considerando o atrito entre as superfícies é desprezível, determine: a. A normal exercida pelo apoio; b. A aceleração do bloco. 30 m F o Fonte: http://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-fisica/exercicios-sobre-plano-inclinado-com-atrito.htm 50FÍSICA I Plano Inclinado Em um plano inclinado sem atrito, apenas as forças normal e peso atuam no objeto. Decomposição da força peso Neste caso, colocamos o plano cartesiano com mesma inclinação que o plano. O eixo x, junto ao plano e o eixo y, junto à normal. Dessa forma, força inclinada em relação ao peso é a força P. Sua decomposição fica: N F Fonte: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/pi.php Px = Psenθ Py = Pcosθ Onde: Px - componente x do peso Py - componente y do peso 0 - ângulo de inclinação do plano y Px P Pyx N θ θ Fonte: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/pi.php 51FÍSICA I Força de Atrito A força de atrito ocorre sempre que dois corpos em contato escorregam (ou tendem a escorregar) um sobre o outro. Essa força é sempre PARALELA às su- perfícies. A força de atrito atua nos dois corpos e tem sentido oposto ao movimento em relação a outro corpo. Dois comportamentos da força de Atrito Pode haver forças de Atrito tanto no repouso quanto no movimento. As forças de atrito que atuam entre superfícies em repouso relativo são cha- madas de forças de atrito estático (fae). Força de Atrito Estático Quando se tenta colocar um objeto em movimento é necessário fazer uma força mínima para retirá-lo do repouso. Isto porque ao aplicar uma força paralela ao plano, surge um força de atrito estático que (dentro de um limite) “combate” a força aplicada. Assim a força de atrito estático tem duas propriedade. • Propriedade 1: Se o corpo não se move, então a força de atrito estático fae e a F paralela à superfície são iguais em módulo e têm sentidos opostos. • Propriedade 2: O módulo de fae tem o valor máximo faemáx dada por faemax = µeN Onde: μe é o coeficiente de atrito estático (número entre 0 e 1 que depende das duas superfície em contato – a do objeto e a do plano) N é o módulo de reação normal. Se o móduloda componente de F paralela à superfície for maior do que faemáx, então o corpo começará a deslizar sobre a superfície. FFaemáx=µeN N mg Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAetIMAI/atrito 52FÍSICA I Força de Atrito Cinético Propriedade: Se o corpo começa a deslizar sobre a super- fície, o módulo da força de atrito assume rapidamente o valor fac, dado por fac = µcN Onde μc é o coeficiente de atrito cinético e N é a normal. F FAC N v P Coeficientes de atrito Repare que o coeficiente de atrito cinético é menor que o de atrito estático para estes casos. Material das duas superfícies µe µc Aço / aço 0,74 0,57 Alumínio / aço 0,61 0,47 Cobre / aço 0,53 0,36 Madeira / madeira 0,25 - 0,50 0,20 Vidro / vidro 0,94 0,40 Metal / metal (lubrificado) 0,15 0,06 Gelo / gelo 0,10 0,03 53FÍSICA I Origem Microscópica do Atrito • Microscopicamente, as superfícies apresentam irregularidades. Quando duas superfícies estão em contato, apenas uma pequena parte delas realmente estão conectadas. Cerca de 10000 vezes menos área realmente se encosta. Nos pon- tos de contato ocorre uma soldagem a frio. Isto é, os átomos das superfícies interagem tão fortemente que elas se tornam uma naquele ponto. Superfície de uma peça de aço Gráfico de Força de atrito versus força aplicada Repouso: nesta etapa a força de atri- to é IGUAL a força aplicada. A Função resulta em uma reta. No Limite da força de atrito estático o objeto está prestes a se movimentar. E o valor da força de atrito é faemáx. ao aumentar a força aplicada o objeto começa a se movimentar. Movimento: como o coeficiente de força de atrito cinético é menor que o coe- ficiente de atrito estático, a força de atrito diminui rapidamente até atingir uma valor constante fac. Iminência de movimento movimento repo uso Fat Fm Faemáx Fac Fonte: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/19071/05_teoria_frame.htm 54FÍSICA I Exercício 5.3 (resolvido no vídeo) Vamos supor que temos um bloco de massa m = 5 kg sobre uma superfície plana sendo puxado por uma força F de 50N. Suponhamos que o coeficiente de atrito estático entre o bloco e a superfície plana seja igual a 0,25, e coeficiente de atrito cinético seja 0,2. Determine se o bloco irá se mover. E se houver aceleração, qual é o seu valor? 30 m F o Força Elástica É a força que o objeto DEFORMADO realiza sobre os corpos que estão lhe deformando. É uma força de reação à tentativa de deformá-los. A reação age no sentido de desfazer a alteração provocada em sua forma. É por isso que a classificamos como sendo uma força restauradora. Lei de Hooke Robert Hooke, contemporâneo de Newton, observou no século XVII o comportamento linear da deformação de molas. Ou seja, observou que a medida que formos aumentando a força aplicada em uma mola, seu tamanho tem acréscimos proporcionais ao valor da força. O quanto a mola deforma depende de sua rigidez. Expressa matematicamente a lei de Hooke fica Fe = kx Onde: Fe é a força produzida pela mola. K é a constante elástica. Representa a rigidez da mola. Sua unidade é N/m. Representa quantos newton são necessários para produzir 1m de distensão. X é a deformação da mola. Fonte: HEWITT, 2002 55FÍSICA I Primeira Lei de Newton: se nenhuma força resultante atuar sobre um corpo, sua velocidade não muda (nem módulo, nem direção, nem sentido). Se estiver em Repouso permanece em repouso. Se estiver em movimento, permanece em MRU. Segunda Lei de Newton: a força resultante que age sobre um corpo é igual ao produto da massa pela sua aceleração. Aceleração ocorre na mesma direção e sentido que a força aplicada. Terceira Lei de Newton: quando um corpo exerce uma força sobre outro, o segundo exerce uma força sobre o primeiro. Essas forças são sempre iguais em módulo e direção; e opostas em sentido. Fr = 0 Fr = ma Resumo Forças com expressões matemáticas 1. Peso: força da gravidade exercida sobre um objeto. 2. Força Normal: quando um corpo exerce uma força sobre uma superfície, esta se deforma e empurra o corpo com uma força chamada normal. 3. Tensão ou Tração: força exercida por cabos, fios ou cordas esticados. 4. Força de Atrito estático Máxima: Mais alto valor da força de atrito antes do objeto entrar em movimento. 5. Força de Atrito Cinético: Força de atrito durante o movimento. 6. Força elástica: é a força que o objeto DEFORMADO realiza sobre os corpos que estão lhe deformando. P = mg faemax = µeN fac = µcN Fe = kx 56FÍSICA I TRABALHO, ENERGIA E POTÊNCIA No século XVIII Antoine Lavoisier disse: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Em termos de energia esta frase faz todo sentido, pois não sabemos criar nem destruir energia. Apenas converter um tipo em outro. Como no caso de uma usina hidrelétrica onde energia do movimento da água é transformada em energia elétrica. Neste capítulo discutiremos, entre outras coisas, o princípio da conservação da energia. 57FÍSICA I Neste capítulo, estudaremos os conceitos de trabalho, energia e potência. Trabalho de uma força Quando uma força é aplicada sobre um objeto produzindo um deslocamento, dizemos que a força está realizando um tra- balho. Trabalho é a medida do “esforço” de uma força a longo de um deslocamento. Trabalho é a multiplicação da força pelo deslocamento. No entanto, quando uma força é inclinada, apenas a componente paralela (F.cosθ) realiza trabalho. Assim, W = F d cosθ UNIDADE: A unidade de trabalho no sistema interna- cional é joule (J). 1 J = 1 N.m Observações: 1) Se o deslocamento for nulo, o trabalho é nulo. Um atleta não realiza trabalho sobre os pesos enquanto estiverem em repouso. 2) Quando um corpo é deslocado horizontalmente sobre um plano, a força normal e o peso não realizam trabalho. 3) O trabalho da força de atrito é sempre negativo, pois o ângulo formado pela força e o deslocamento é 180º. d A B F Fonte: http://admiradoresdafisica.blogspot.com.br/2012/08/trabalho-motor-e-resistente.html FA B d θ Fonte: https://www.resumoescolar.com.br/fisica/impulso-e-trabalho-de-uma-forca-em-fisica/ 58FÍSICA I Trabalho Total O trabalho total realizado sobre um objeto é a soma al- gébrica dos trabalhos realizados pro cada força. Assim, se há três forças atuando no objeto o trabalho será W = Wf1 + Wf2 + Wf3 Teorema trabalho Energia-Energia O trabalho realizado pela força corresponde a variação da Energia Cinética (energia associada ao movimento). W = ∆Ec W = EC - ECo A energia cinética é a energia associada ao movimento e pode ser expressa por Ec = 1/2mv2 Onde: m - massa (kg) v - velocidade (m/s) 5o Trabalho como transferência de Energia Assim, trabalho pode ser definido como uma transferência de Energia produzida por uma força. Exercício 6.1 (resolvido no vídeo) Um automóvel pesando 18000 N é impulsionado por uma inclinação 5 graus a uma velocidade de 96 Km/h quando os freios são aplicados causando uma força total de frenagem constante de 6750 N. Determinar a distância percorrida pelo automóvel até ele parar completamente. Fonte: BEER, 2006 59FÍSICA I Energia O conceito de energia foi fundamental para o crescimento da ciência, em particular, da física. Energia é uma grandeza escalar associada ao estado de um ou mais objetos. Ou seja, é um número que podemos atribuir a um sistema. Conservação da Energia Há vários tipos de Energia: mecânica, elétrica, térmica. Sabemos que é possível transformar qualquer tipo de energia em outra, porém, é impossível “criar” ou “gastar” energia em sentido literal. Ou seja, quantidade total de energia é sempre a mesma. O que ocorre são transformações de um tipo para outro. Tipo de Energia Neste curso, trabalharemos com energia mecânica, que pode se manifestar de duas formas: energia cinética e energia potencial. Energia Cinética • A energia cinética é a energia que está relacionada com o estado de movimento de um corpo. • Depende da massa e do módulo da velocidadedo corpo em questão. Ec = 1/2mv2 Energia Potencial A energia potencial é a forma de energia associada à CONFIGURAÇÃO de um sistema de corpos que interagem entre si. ENERGIA POTENCIAL = ENERGIA ARMAZENADA Neste curso, trabalharemos com dois tipo de energia potencial: Gravitacional e Elástica. 60FÍSICA I Energia Potencial Gravitacional É definida como energia potencial gravitacional a forma de energia associa- da à posição em relação a um referencial devido a interação gravitacional entre a Terra e um determinado corpo. É Expressa matematicamente como: Epg = mgh Onde Epg - energia potencial gravita- cional (J) m - massa (kg) g - aceleração gravitacional (m/ s2) h - altura (m) Energia Potencial Elástica • É a energia armazenada no sistema massa-mola. • Depende da deformação da mola [X (m)] • Depende da constante da mola [k (N/m)] É Expressa matematicamente como: Epe = 1/2kx2 Energia Mecânica Energia mecânica é a energia que pode ser transferida por meio de força. A energia mecânica total de um sis- tema é a soma da energia cinética e energia potencial, (gravitacional ou elástica). EM = EC + EP Força conservativa • Uma força é dita conservativa quan- do o seu trabalho é independente da trajetória. Ou seja para ir de um ponta A para um ponto B, o cami- nho trilhado não importa. • Em qualquer caminho fechado, o trabalho dessa força será nulo. • As forças conservativas transfor- mam energia cinética em potencial e vice-versa. Não há outras energias envolvidas. • Exemplos: força gravitacional e força elástica. Força Dissipativa • O trabalho das forças dissipativas depende da trajetória. • Estas forças transformam energia mecânica em outras formas de ener- gia tais como as associadas ao som, colar e deformação. • Exemplos: Forças de atrito e de re- sistência do ar. 61FÍSICA I Conservação da Energia Mecânica A energia mecânica de um sistema no qual agem somente forças conservati- vas (forças que não modificam a energia mecânica do sistema) não se altera com o passar do tempo. Nesse caso, podemos dizer que a soma das energias cinética e potencial é constante seja qual for o in- tervalo de tempo. EMi = EMf Exercício 6.2 (resolvido no vídeo) Imagine que você deixa cair (aban- donado) um objeto de massa m e de altura de 40 metros. Determine a velocidade desse objeto ao tocar o solo. Exercício 6.3 (resolvido no Vídeo) Um carrinho está em movimento sobre uma montanha-russa, tal como mostrado na figura a seguir. Determine a velocidade no ponto b e no ponto c. Exercício 6.4 (resolvido no vídeo) Um corpo de massa m = 2,0 kg e velocidade v = 4,0 m/s cho- ca- se com uma mola de constante elástica k = 10000 N/m. O corpo comprime a mola até parar. (a) Calcule a variação de comprimento da mola. (b) Qual é a energia potencial armazenada na mola? Fonte: http://www.geocities.ws/saladefisica8/energia/emecanica.html 62FÍSICA I Potência Vamos considerar duas pessoas que realizam o mesmo trabalho. Se uma delas realiza o trabalho em um tempo menor do que a outra, assim dizemos que ela desenvolveu uma potência maior em relação à outra. Potencia Média Potência é a relação de transferência de energia no intervalo de tempo. Ou, em outros termos, potência é a rapidez com que quantidade de energia é transformada ou é a rapidez com que o trabalho é realizado. ∆t No sistema internacional: Exercício 6.4 (resolvido no vídeo) Um guindaste aplica uma força constante de intensidade 1,6 . 104 N para levantar uma carga a uma altura de 5,0m, sem acréscimo de energia cinética, em um intervalo de tempo de 20s. Determine a potência mecânica realizada pelo guindaste. WP = 1 Watt = 1 Joule 1 segundo 63FÍSICA I Resumo Trabalho de uma força: é a medida do “esforço” de uma força ao longo de um deslocamento. Teorema trabalho-Energia: o trabalho realizado pela força corresponde a variação da Energia Cinética (energia associada ao movimento). Energia Cinética: é a energia que está relacionada com o estado de movimento de um corpo. Energia Potencial Gravitacional: forma de energia associada à posição em relação a um referencial devido a interação gravitacional entre a Terra e um determinado corpo. Energia Potencial Elástica: É a energia armazenada no sistema massa-mola. Energia Mecânica: é a soma da energia cinética e energia potencial, (gravitacional ou elástica). Potencia Média: é a relação de transferência de energia no intervalo de tempo. W = F d cos0 W = ∆Ec Ec = 1/2mv2 Epg = mgh Epe = 1/2kx2 EM = EC + EP ∆t WP = 64FÍSICA I HIDROSTÁTICA Um prego ao ser colocado na água afunda. Já um navio gigante flutua. Isso é possível devido a uma força produzida pela água, a força de Empuxo. A característica desta força é discutida neste capítulo. Hidrostática é uma área da mecânica que aborda o comportamento dos f luidos em repouso. Fluidos podem ser líquidos ou gases. Fluidos diferem dos sólidos por não resis- tirem a forças tangenciais. Isto é, quando uma força paralela à superfície é aplicada em um f luido, ele escoa, enquanto o sólido apenas deforma. 65FÍSICA I Estados da Matéria O que caracteriza o estado da matéria são as interações entre as moléculas. As ligações intermoleculares são mais fortes nos sólidos e mais fracas nos gases. Os três estados da matéria são: Sólido: As moléculas formam um padrão que se repete por todo sólido. Líquidos: as moléculas movem-se livremente. Gás: as moléculas estão distantes umas das outras, e não há ordem molecular Geralmente , no caso dos sólidos se trabalha com massa e as forças. Para o caso dos f luidos é mais útil utilizar densidade e pressão. Este conceitos são vistos a seguir. Densidade Densidade é a relação entre a massa e o espaço que ela ocupa: V Isto é, dois corpos com o mesmo volume podem ter massas diferentes. Um litro de leite “pesa” mais (tem mais massa) que um litro de óleo. Pressão Pressão é a relação entre força e a área sobre a qual esta força atua. A É mais fácil cortar um material com facas afiadas. Isto porque quanto menor a área do fio maior a pressão aplicada. md = FP = 66FÍSICA I Por exemplo, na figura, os pontos a b c tem a mesma pressão pois estão na mesma profundidade, independente da orientação da superfície. Apesar de a pressão não ter direção a força exercida pelo líquido nas paredes tem. Ela sempre perpendicular à super- fície. Observações: 1. Líquidos são praticamente in- compressíveis. Seu volume muda MUITO POUCO com a variação de pressão. Assim, a densidade dos líquidos muda pouco (quase nada) com a profundidade. 2. O volume de líquido não importa para a pressão, apenas a profundi- dade. Pressão hidrostática – Pressão em Líquidos A pressão exercida pelo líquido depende de três fatores: da densidade do líquido, do campo gravitacional e da profundidade do líquido. PH = dgh Obs.: Quanto mais fundo estamos mergulhados, mais pressão sentimos no ouvido. Quanto mais denso o líquido, mais pressão. Seria mais doloroso mergulhar em uma piscina de chumbo líquido. Pressão é uma grandeza escalar A pressão é exercida igualmente em todas direções. Independente da orienta- ção da superfície em contato com o líquido, ela receberá sempre a mesma pressão à mesma profundidade. A B C Fonte: ÇENGEL, 2007 67FÍSICA I Pressão atmosférica A atmosfera é a camada de gases que se mantém ao redor do planeta devido a atração gravitacional. Estes gases exercem pressão nos objetos nela submerso, chamada pressão atmosférica. Esta pressão varia de acordo com altitude, localidade e condições climáticas. Sob certas condições, a pressão atmosférica pode assumir valores da seguinte ordem: Nível do mar ->101,325 kPa 1.000 m, -> 89,88 kPa 2.000 m -> 79,50 kPa 5.000 m -> 54,05 kPa 10.000 m -> 26,5 kPa 20.000 m -> 5,53 kPa a medida da pressão atmosférica gerou outras unidades de medida, tais como atm (atmosfera) e cmHg (centímetros de mercúrio). A relação entre elas é aseguinte. 1 atm = 76 cmHg = 1 x 105 Pa Pressão Absoluta A Pressão Absoluta é a soma da pressão hidrostática com a pressão atmosférica, quando o sistema é aberto para atmosfera. Pabs = PH + Patm Pabs = dgh + Patm Exercício 7.1 (resolvido no vídeo) Um consumidor, desconfiado da qualidade da gasolina que comprou em um posto, resolveu testar a sua densidade. Em um sistema de vasos comunicantes, contendo inicialmente água, despejou certa quantidade da gasolina. Após o equilíbrio, o sistema adquiriu a aparência abaixo representada. Determine a densidade da gasolina comprada. 10 cm 8 cm 68FÍSICA I Exercício 7.2 (resolvido no ví- deo) A figura mostra um frasco con- tendo ar, conectado a um manômetro de mercúrio em tubo “U”. O desnível indicado vale 8,0 cm. A pressão atmos- férica é 1 atm. Determine a pressão do ar dentro do frasco. 8,0 cm Ar Empuxo Segurar uma pessoa dentro da água é bem mais fácil que segurá-la fora, correto? Quem já tentou erguer objetos submersos percebeu que dentro d’água eles PARE- CEM pesar menos. No entanto, entrar em um líquido não altera a força com que a terra atrai os objetos. O que ocorre é que a água exerce uma força que ajuda você a combater o peso. Está força é chamada de empuxo. O empuxo é uma força direcionada para cima e sua causa é o fato de a pressão hidrostática aumentar com a profundidade. Assim, a pressão na parte inferior do objeto é maior do que a pressão na parte superior. 1. Forças devido a pressão são sempre perpendiculares à superfície. 2. A pressão na parte direita e esquerda, no mesmo nível de água, são iguais. Assim, as componentes horizontais das forças são iguais e se anulam. 3. A pressão na parte inferior do obje- to é maior do que a pressão na parte superior. Assim, As forças na parte inferior são maiores do que as forças na parte inferior, elas se subtraem, mas não se anulam. 4. Sobra uma força resultante para cima. Consequência. Sempre que há dife- rença de pressão, surge uma força da maior pressão para a menor. Lembre-se, a pressão produzida pelo líquido exerce sempre forças perpendiculares à superfície. Fonte: HEWITT, 2002 69FÍSICA I Volume de líquido deslocado X Volume do objeto Quando colocamos um objeto completamente submerso em um líquido, seu volume ocupa um espaço que antes era ocupado pelo líquido. Assim, quando o objeto está completamente submerso, o volume do líquido deslocado é igual ao volume do objeto. Princípio de Arquimedes Arquimedes no século III a.C, enunciou uma relação entre o empuxo e o vo- lume de líquido deslocado: Todo corpo parcial ou completamente submerso, sofre a ação de uma força dirigida verticalmente para cima com intensidade igual ao peso do f luido que o objeto desloca. Este enunciado pode ser expresso da seguinte forma: E = dliqVsubg Condições de flutuabilidade Quando um objeto f lutua ou afunda? Nossa discussão se refere a objetos que estão completamente submersos. Apesar do peso do objeto não in- fluenciar no empuxo, ele influencia na sua f lutuação. O que determina se o objeto afunda ou f lutua depende da comparação de qual força é maior, a força de empuxo ou o peso. 1. Se o peso é maior que o empuxo, o objeto f lutua. Para um objeto totalmente submer- so, isso ocorre, quando a densidade do objeto é menor que a do f luido. Ex, madeira f lutua pois sua densi- dade é menor que da água. Icebergs ficam com 10% de seu vo- lume para fora da água para poder equili- brar o peso com o empuxo. Assim menos liquido é deslocado, o empuxo diminui e se iguala ao peso. 2. Se o empuxo é maior que o peso, o objeto afunda. Para um objeto totalmente submer- so, isso ocorre, quando a densidade do 70FÍSICA I objeto é maior que a do f luido. Ex. Pedras afundam 3. Se empuxo é igual ao peso, não afunda nem f lutua. Para um objeto totalmente submer- so, isso ocorre, quando a densidade do objeto é igual ao do f luido. Ex. Peixes não afundam nem flutu- am, sua densidade é próxima da densidade da água. Exercício 7.3 (resolvido no vídeo) Um guincho é usado para abaixar pesos no mar (densidade = 1.025 kg/m3) para um projeto de construção submarina. Determine a tensão no cabo do guincho devida a um bloco de concreto retangular de 0,4 m x 0,4 m x 3 m (densidade = 2.300 kg/m3) quando ele é (a) suspenso no ar e (b) completamente imerso na água. Teorema de Pascal Este teorema afirma que a variação de pressão num ponto no interior de um f lui- do homogêneo e em equilíbrio se transmite integralmente a todos os pontos do f luido. Isto quer dizer que se uma F1 for aplicada em uma área A1, surgirá uma força F2 na área A2. E sendo a pressão P1 e P2 iguais a re- lação entre as forças e áreas fica: F1 F2 Apesar de as forças serem diferentes nos êmbolos com áreas diferentes, o vo- lume de líquido pelo movimento de ambos é igual. Assim o deslocamento de cada êmbolo é diferente. Assim. F1d1 = F2d2Fonte: HEWITT, 2007 F2 F1 A1 A2 A1 A2 = 71FÍSICA I O que está de acordo com a conservação da energia: o trabalho realizado pelos êmbolos são iguais. Exercício 7.4 (resolvido no vídeo) A figura a seguir mostra uma prensa hidráulica cujos êmbolos têm seções S1=15 cm2 e S2=30 cm2. Sobre o primeiro êm- bolo, aplica-se uma força F igual a 10 N, e, desta forma, mantém-se em equilíbrio um cone de aço de peso P, colocado sobre o segundo êmbolo. 1. Qual peso do cone? 2. Se deslocarmos o embolo por 40 cm, quanto moverá o cone? F2 F1 d2 d1 A1 A2 F 72FÍSICA I Pressão Absoluta: é a soma da pressão hidrostática com a pressão atmosférica, quando o sistema é aberto para atmosfera. Empuxo: força exercida por um fluido em um objeto submerso. Teorema de Pascal: A pressão é transmitida integralmente no fluido. Resumo Densidade: é a relação entre a massa e o espaço que ela ocupa: Pressão: é a relação entre força e a área sobre a qual esta força atua. Pressão Hidrostática: A pressão exercida pelo líquido. Pressão atmosférica: pressão exercida pela atmosfera. md = V FP = A PH = dgh Pabs = PH + Patm Pabs = dgh + Patm E = dliqVsubg F1 F2 A1 A2 F1d1 = F2d2 = 73FÍSICA I Lista de Exercícios 1 Cinemática das Partículas - Movimentos Retilíneos 1. Você deseja fazer uma viagem de 160 km com velocidade média de 80 km/h. Porém, na metade do caminho você descobre que sua velocidade média até ali foi de 60 km/h. Qual a velocidade que você deve desenvolver na segunda metade do trecho para alcançar a velocidade média desejada. Resp. 120 km/h 2. Durante um espirro, os olhos podem se fechar por até 0,5 s. Se você está dirigindo um carro a 90 km/h e espirra, de quanto o carro pode se deslocar até você abrir novamente os olhos? Resp. 12,5 m 3. A posição de um objeto que se move ao longo de um eixo x é dada por x=3t – 4t2 + t3, onde x está em metros e t em segundos. Determine a posição do objeto para os seguintes valores de t: (a)1 s, (b) 2 s, (c) 3 s, (d) 4 s. (e) Qual é o deslocamento do objeto entre t=0 e t=4 s? (f) Qual é a velocidade média do objeto para o intervalo de t=2 s a t=4 s? (g) Faça o gráfico de x em função do t entre os tempos de 0 a 4 s e indique como a resposta de item (f) pode ser determinada a partir do gráfico. Resp. (a)0; (b)-2 m, (c) 0; (d) 12 m; (e) 12 m; (f) 7 m/s 4. O movimento de uma partícula é definido pela relação x=1,5t4 – 30t2 + 5t + 10, onde x e t são expressos em metros e segundos, respectivamente. Determine a posição, a velocidade e a aceleração da partícula quando t=4s. Resp. -66 m, 149 m/s, 228 m/s2 5. O movimento de uma partícula é definido pela relação x=12t3 – 18t2 + 2t + 5, onde x e t são expressos em metros e segundos, respectivamente. Determine a posição e a velocidade quando a aceleração da partícula for igual a zero. Resp. 3 m, -7 m/s 6. O movimento de uma partícula é definido pelas equações x=4t3 – 5t2 + 5t, onde x e y são expressos em milímetros e t e segundos. Determine a velocidade e a aceleração da partícula quando t=1 s. Resp. 7 mm/s, 14mm/s2 7. A posição de uma partícula que se move ao longo do eixo x é dada em centímetros po x= 9,75 + 1,5t3 , onde t está em segundos. Calcule (a) a velocidade média e (b) a aceleração média durante o intervalo de tempo de t=2 s a t=4 s. (r: a) vm= 42 cm/s, (b) am=27 cm/s2) 74FÍSICA I 10. Dois automóveis A e B viajam em sentidos em pistas adjacentes e, em t=0, têm suas posições e velocidades mostradas na figura. Determine o ponto de encontro entre eles. (Resp. 631,5 m) MRUV 11. Em um prédio em construção, uma chave chega ao solo com uma velocidade de 24 m/s. (a) De que altura o operário deixou cair? Quanto tempo durou a queda? Resp. (a) 29,4 m; (b) 2,45 s 12. Um balão de ar quente está subindo a uma taxa de 12 m/s e está a 80 m acima do solo quando um tripulante deixa cair um pacote. (a) Quanto tempo o pacote leva para atingir o solo? (b) Com que velocidade atinge o solo? Resp. (a) 5,4 s; (b) 41 m/s 13. (a) Com que velocidade deve ser lançada uma bola vertical a partir do solo para que atinja uma altura máxima de 50 m? (b) Por quanto tempo permanece no ar? (c) Esboce os gráficos de y, v e a em função de t para a bola. Nos dois primeiros, indique o instante no qual ela atinge a altura de 50 m. Resp. (a) 31 m/s; (b) 6,4 s MRU 8. Uma bicicleta movimenta-se sobre uma trajetória retilínea segundo a função horária x=10 - 2t (no SI). Pede-se: A) o tipo de movimento; B) sua posição inicial; C) sua velocidade; D) o instante que passa pela origem e E) sua posição após 6 s. (R: a) MRU, b) 10 m, c) -2 m/s, d) 5 s, e) -2 m) 9. Em uma corrida de barcos, o barco A está 36 m a frente do barco B. Sabendo que suas velocidades são constantes e valem 20 m/s e 30 m/s, respectivamente, determine quando e onde B ultrapassa A. (Resp. 3,6 s, 108 m). 36 m B A VA VB VA = 107 km/h A B VB = 63 km/h P Q1 km 75FÍSICA I 17. Um caminhão percorre 220 m em 10 s enquanto sofre uma aceleração de -0.6 m/s2. Determine (a)sua velocidade inicial, (b) sua velocidade final, (c) a distância percorrida nos primeiros 1,5 s (Resp. (a) 25 m/s, (b) 19 m/s, (c) 36,8 m). 18. Uma bola é arremessada verticalmente para o alto a partir do nível de 12 m de um poço de elevador com uma velocidade inicial de 18 m/s. No mesmo instante, um elevador de plataforma aberta passa pelo nível de 5 m, subindo com uma velocidade constante de 2 m/s. Determine (a) quando e onde a bola vai atingir o elevador. Resp. 3,65 s, 12,3 m 14. Uma partícula se movimenta segundo a equação x=20 +5t + 2t2, com unidades no SI. Determine (a) que tipo de movimento é este, (b) sua posição inicial, (c) velocidade inicial, (d) aceleração, (e) função horária da velocidade e (f) velocidade após 10 s de movimento. (Resp. (a) MRUV, (b) 20 m, (c) 5 m/s, (d) 4 m/s2, (e) V= 5 +4t, (f) 45 m/s) 15. Uma moto está se movendo a 30 m/s quando o motociclista aciona os freios, imprimindo uma desaceleração constante. Durante o intervalo de 3 s após o início da frenagem a velocidade diminui para 15 m/s. Que distância percorre a motocicleta desde o início da frenagem até parar? (r: 90 m) 16. A velocidade de uma bala de fuzil é de 640 m/s ao sair do cano da arma, que tem 1,2 m de comprimento. Supondo que a aceleração da bala é constante, determine o tempo que ela permanece no cano após ser disparada. (r: 3,75 ms) V0 a = 0,6 m/s2 76FÍSICA I Gráficos 19. É dado o gráfico de um ponto material que se movimenta numa trajetória retilínea. a. Classifique o movimento do ponto material nos intervalos de 0 a 3 s e de 3 s a 10 s b. Qual a aceleração do ponto material nos intervalos de 0 a 3 s e de 3 s a 10 s? c. Qual é o deslocamento no intervalo de 0 a 10 s? d. Qual é a velocidade média no intervalo de 0 a 10 s. (Resp. (a) MRUV (v+,a+), MRUV (v+, a-), (b) 1 m/s2, -1 m/s2, (c) 41 m, (d) 4,1 m/s) 20. O gráfico abaixo representa o movimento de um objeto. A) Determine a velocidade deste objeto no instante de tempo 2 segundos. B) faça um gráfico de v versus t do mesmo movimento. (r: 2,5 m/s) v (m/s) 7 4 0 3 10 t (s) 0 1 2 3 4 5 Po siç ão (m ) Tempo (s) 15 10 5 0 77FÍSICA I Lista de Exercícios 2 Vetores - Cinemática em 2 dimensões 1. Determine o módulo e o ângulo do vetor resultante r = A + B, sabendo que A=8 e B=10. Expresse o vetor r em coordenadas retangulares (Resp. r=17,3, ângulo=430, r= 12,7i + 11,9j) 2. Represente graficamente e expresse o módulo e ângulo em relação ao eixo x dos seguintes vetores: a. A=4i + 2J - R:(A=4,4, 26,5o) b. B= -3i -1J R: (B=3,16, 18,4o) c. S= A + B R: (S=1,4, 45o) BA 30o 60o 4. O movimento curvilíneo de uma partícula é definido por x=50t-8t2 e y=100–4t2, (unidades do SI).. Determine (a) a função da posição, (b) a função da velocidade (c) a função da aceleração, (d) determine o vetor posição em coordenadas retangulares para o tempo de 5 s (e) determine o vetor velocidade em coordenadas retangulares para o tempo de 5 s (f) determine o vetor aceleração em coordenadas retangulares para o tempo de 5 s (Resp. (a) r=(50t-8t2)i + (100–4t2)j. (b) v=(50-16t)i + (–8t)j. (c) a=-16i-8j. (d) r=-50i. (e) v=-30i-40j, (f) a=-16i-8j 5. Um aeroplano usado para jogar água sobre um incêndio florestal está voando horizontalmente em linha reta a 315 km/h a uma altitude de 80 m. Determine a que distância d do incêndio o piloto deverá liberar a água para que ela atinja o fogo. (Resp. 353 m) V0 d A B 78FÍSICA I 6. Um projétil é disparado da extremidade de um rochedo de 150 m de altura com velocidade inicial de 180 m/s, em um ângulo de 300 com a horizontal. Desprezando a resistência do ar, encontre (a) o alcance horizontal do projétil e (b a altura máxima em relação ao solo. (Resp. (a) x=3,1 km, (b) ymáx= 563 m) 7. Uma bola rola sobre o telhado de uma casa até cair pela beirada com velocidade v0 =10 m/s. Sendo a altura do ponto de onde a bola cai igual a 5 m e o ângulo de inclinação do telhado, com a vertical, igual a 45o calcule: 180 m/s 150 m x 30o V0 H θ a. O tempo necessário para a bola atingir o chão; b. A distância horizontal, a partir da casa, onde a bola atinge o chão; c. A velocidade com que a bola atinge o chão R: a) 0,52 s, b) 3,67 m, c) 14,06 m/s 79FÍSICA I 8. Determine a velocidade que os carros da montanha- russa podem atingir entre AB na pista sabendo que a aceleração centrípeta é 3g. (Resp. 95,7k m/h) 9. Um garoto gira, sobre sua cabeça, uma pedra amarrada a um cordão com velocidade escalar constante, o raio descrito pela circunferência feita pela pedra é de 1 m e faz um volta em 2 s. Determine: a. A velocidade escalar da pedra; b. A aceleração centrípeta que atua na pedra. (r: a) v = 3,14 m/s, b) ac= 9,8 m/s2) 24 m A B 10. Uma hélice de avião possui pás de 2 m de comprimento e giram com frequência de 1200 rpm. Calcule: a. A frequência em hertz; b. O período das rotações; c. A velocidade angular da hélice; d. A velocidade escalar de um ponto situado na ponta de uma das pás da hélice; e. O módulo da aceleração centrípeta. (R: a) f=20 Hz, b) T=0,05 s, c) ω = 40π rad/s, d) v = 251 m/s, e) ac=31501 m/s2) 1200 rpm 2 m 80FÍSICA I 11. A figura a seguir representa a coroa, a catraca e o pneu de uma bicicleta com raios respectivamente iguais a 20 cm, 10 cm e 40 cm. Ao se pedalar com frequência de 1 Hz (1 pedalada por segundo), determine: a) a frequência de rotação da catraca. b) a velocidade de translação da bicicleta. (r: 2 Hz, 5,02 m/s) 12. Uma bicicleta possui duas catracas, uma de raio 6,0 cm, e outra de raio 4,5 cm. Um ciclista move-se com velocidade uniforme de 12 km/h usando a catraca de 6,0 cm. Com o objetivo de aumentar a sua velocidade, o ciclista muda para a catraca de 4,5 cm mantendo a mesma velocidade angular dos pedais. Determine a velocidade final da bicicleta, em km/h. (16 km/h) Lista de Exercícios 3 Leis de Newton 1. Dois cabos seguram um bloco de massa 20 kg, um deles, com intensidade 20 N, forma um ângulo de 45° com a horizontal. Qual o modulo e ângulo
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