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1) Imperialismo: a. Depois a da Revolução Industrial a desigualdade social aumenta. b. Em busca de matéria prima e mercado consumidor, os países europeus passam a colonizar África e Ásia. 2) Antecedentes Científicos: a. Fisionomia: É o estudo da aparência externa do indivíduo. Principais autores: Della Porta e Lavater. b. Frenologia: É o estudo do cérebro humano. Atribuíam o comportamento delituoso às deformidades cerebrais. c. Antropologia: À época, consistia no estudo do crânio e da influência da formação deste no comportamento humano. d. Teoria da evolução da espécies: Antecedente do darwinismo social. 3) Principais teóricos: a. Cesare Lombroso: Inaugura a Criminologia científica adotando o método empírico. i. Foi médico, militar, político e psiquiatra. Escreveu a obra o ‘O Homem Delinquente’, por meio da qual desenvolve a teoria do delinquente nato. ii. Para Lombroso, o criminoso sofreria uma regressão na escala evolutiva (Regressão Atávica). Isso faria com que o criminoso se comportasse de forma primitiva, violenta, não conseguindo repelir os instintos ferozes. Essa regressão, é uma patologia hereditária. É identificável através das características físicas do indivíduo. O indivíduo que as reunisse seria chamado de criminoso nato. iii. O criminoso nato não teria livre-arbítrio e seria um doente que deveria ser neutralizado. b. Enrico Ferri: É o pai da sociologia criminal. Acreditava que além das características físicas, outros fatores influenciavam o comportamento criminal. i. Fatores: 1. Telúricos: Clima, temperatura e estações do ano. 2. Sociais: Educação, família, opinião pública e meio social. ii. Não se confunde com as escolas sociológicas do crime, de origem estadunidense e que se dividem em: conflito e consenso. iii. Defendia intervenções que desconsiderassem os direitos individuais em prol da defesa social. Era antiliberal. c. Rafaelle Garófalo: Jurista e extremamente conservador. i. Desenvolve a teoria do delito natural. 1. Toda conduta que atentasse ao sentimento de piedade (crimes contra vida) e probidade (crimes contra o patrimônio). O criminoso não possuiria tais sentimentos, e portanto, deveria ser considerado perigoso. 2. Temebilità: Gênese do conceito atual de periculosidade. Indivíduo que não consegue viver em sociedade por ser perigoso. Defendia a aplicação de medidas de segurança bem como da pena de morte. 4) Postulados: Há uma relação de pré-determinação entre a constituição orgânica do homem e o seu comportamento, de modo que, o crime escapa do controle de seu autor (Determinismo Biológico). a. Interessa ao positivismo a etiologia criminal. A causa do crime pode ser encontrada nas características físicas dos indivíduos. b. Inaugura o período científico da criminologia ao adotar o método empírico. Propõe a sobreposição da ordem social aos interesses individuais. 5) Resquícios do Positivismo: a. Utilização da Medida de Segurança. b. Conceito de personalidade. c. Exame criminológico. 6) Outras teorias: a. Bioantropológicas: É uma espécie de atualização do Positivismo criminológico, um tipo de teoria “neolombrosiana”. Ainda hoje há cientistas que tentam descobrir as causas do crime nas variáveis biológicas (W. Sheldon: etiologia criminal através do DNA). A Neurociência também tenta relacionar o impulso nervoso ao comportamento criminal. b. Psicodinâmicas: Começam a explicar o crime com as Teorias do Freud. i. Introdução: A partir dos estudos de Freud, passa a haver uma relação entre a psicologia e a etiologia criminal. Agora, não são apenas as características biológicas que explicam o desvio (crime), mas também as condições psicológicas. Partem do pressuposto de que todos são condicionados à prática de crime, mas a sociedade coíbe essa condição inerente do homem. ii. Resumo da personalidade: Freud dividia a personalidade humana em três. 1. Id: É o inconsciente, que é comandado pelo princípio do prazer. 2. Superego: Funciona como limitador do ideal do prazer do Id. 3. Ego: É a instância intermediária. Estabelece compromissos entre os impulsos do Id e os limites do Superego. iii. O crime exprime uma perda do poder inibitório do Superego em relação ao Ego, o qual fica livre para obedecer às exigências do Id. O crime, portanto, confere satisfação aos instintos reprimidos. iv. Para as teorias psicodinâmicas, há três princípios fundamentais: 1. Todo homem é um ser antissocial por natureza. 2. A causa do crime é social. É o preço pago pela domesticação de um animal selvagem. 3. É durante a infância que se modela a personalidade. v. Criminoso por culpa e criminoso normal: 1. Criminoso por sentimento de culpa: É compelido ao crime pela necessidade de ser punido, como forma de expiação de um sentimento de culpa. A culpa não é a consequência, mas a causa do crime. 2. Criminoso normal: Caracteriza-se pela ausência de conflito entre o Id e o Superego. A estrutura psicológica é correta, o problema é o padrão de Superego adotado, o qual se funda no conteúdo criminoso. vi. Sociedade Punitiva (Explicação para o sentimento de prazer na punição do crime): Estuda as seguintes questões: 1. Como se entende a indignação exercida pelo crime. 2. Como explicar o fascínio do homem pelo crime. 3. De onde nasce o sentimento de vingança e expiação. vii. Respostas para sociedade punitiva: 1. Ao aplicar a pena, o Estado legitima a ordem vigente e transmite a sensação de paz à população. Reforça-se o superego. 2. Ao penalizarmos o outro, satisfazemos o nosso extinto de agressão. Além disso, transferimos a nossa culpa para o apenado. c. Psicossociológicas: É a fusão das teorias psicodinâmicas e sociológicas do crime. i. Containment theory: Há dois tipos de controle em relação ao crime. O externo (pressão comunitária e estrutura social) e o interno (consciência). Quando nenhum destes agem, ocorre o crime. ii. Vínculo social: O vínculo de determinado indivíduo com a sociedade se dá através de 04 elementos (apego, envolvimento, empenho e crença). Quando estes enfraquecem, aumenta-se a possibilidade de delinquência. iii. Teoria da frustração agressão: O crime é uma resposta aos obstáculos impostos pela sociedade, os quais geram frustração. iv. Crime por sentimento de injustiça: O crime é uma resposta a uma injustiça real ou imaginária. v. Técnicas de neutralização: Normas podem ser neutralizadas. O indivíduo projeta o crime como algo que lhe aconteceu (que não prejudica ninguém ou que é culpa do sistema).
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