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CERIMÔNIAL E PROTOCOLO MÓDULO 1 - Introdução Boas vindas Seja bem-vindo e bem-vinda a este espaço de construção de conhecimento da Câmara dos Deputados. O objetivo deste curso é oferecer a você os principais elementos para compreender a organização de solenidades, estabelecendo a interface entre cerimonial e etiqueta comportamental para vários tipos de solenidades, principalmente as relacionadas com o Poder Legislativo. Sabemos hoje que o vínculo direto que o cerimonialista mantém com as autoridades constituídas, subsidiando suas ações oficiais, torna-o parte integrante do sistema de governo. Objetivo do curso Outro importantíssimo papel do cerimonialista que deve ser ressaltado é o de fomentador das relações institucionais entre organizações. Ao formular políticas capazes de promover marcas e serviços, esse profissional interfere diretamente na construção da imagem organizacional. É importante também lembrar que a atividade de Cerimonial está, por certo, presente nos mais de 5 mil municípios brasileiros, o que assegura a multiplicidade de profissionais que atuam nesse segmento em todo o País, quer em organizações públicas, quer em organizações privadas, no assessoramento técnico e direto aos seus titulares e a mando destes , zelando pela correta aplicabilidade de suas normas em seus diversos fins. Por tudo isso, acreditamos que sua decisão de fazer este curso lhe colocará em contato com um conteúdo indispensável para o dia a dia do assessor parlamentar, seja na Câmara dos Deputados, em uma A ssembleia Legislativa ou em uma Câmara de Vereadores. Boa aprendizagem! // SAIBA MAIS No ano de 2009, foi sancionada a Lei nº 12.092, de 2009, criando o Dia Nacional do Cerimonialista. Na presente data, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 5.425, de 2009, que dispõe sobre a regulamentação da profissão de cerimonialista e suas correlatas. CERIMÔNIAL E PROTOCOLO Módulo 2 - O que é cerimonial ? Conceito Cerimonial é o conjunto de regras a serem seguidas na realização de uma solenidade, definindo a sequência dos atos que a compõe. O cerimonial se caracteriza pela forma de organizar as solenidades em um evento levando-se em conta as normas oficiais, a cultura dos povos, o tipo de evento, a ordem de precedência das autoridades, a ordem de fala dos oradores, o destaque de personalidades e o uso dos Símbolos Nacionais. O cerimonial legislativo segue as leis e normas específicas e os regimentos internos das Casas Legislativas. É importante destacar que cada instituição, ao seguir as regras gerais do cerimonial, mantém o que podemos chamar de “estilo particular”, mesmo porque as regras estão sujeitas a mudanças e adaptações, pois se encontram alicerçadas no momento histórico e oscilam em consonância com a conjuntura política e cultural institucional vigente em cada época. Lembre-se de que eventos e cerimônias constituem-se de aproximação de organizações governamentais e privadas com o público e podem ter o objetivo de promover a compreensão e a aceitação de suas políticas ou produtos, construindo e projetando, assim, imagem favorável para a opinião pública. Segmentos do sistema cerimonial Há dois tipos básicos de cerimonial: a) Cerimonial Social, que subsidia as diversas celebrações do homem, baseado em sua cultura e tradições. b) Cerimonial Oficial – ligada ao Poder Executivo; ao Poder Legislativo; ao Poder Judiciário; Cerimonial Militar, integrado pelas forças armadas, como Marinha, Exército e Aeronáutica, e forças auxiliares, como a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e corporações correlatas; Diplomático, que compreende o corpo diplomático e consular; Universitário, composto pelas instituições de ensino superior públicas e privadas; Religioso, que normaliza as práticas rituais nas diversas religiões existentes no País; e Desportivo, no qual agregam-se todas as ações do desporto e lazer. CERIMÔNIAL E PROTOCOLO Módulo 3 - Normas oficiais O protocolo Protocolo é o conjunto das normas formado por leis, decretos e convenções que regula a ordem hierárquica e as regras de conduta aos governos e seus representantes em ocasiões oficiais. O protocolo assegura que cada autoridade receba a posição e o respeito aos quais seu cargo faz jus. Pressupostos gerais São pressupostos a que se subordina o cerimonial: solidariedade, hospitalidade, consideração, tolerância, cortesia, bom senso, bom gosto e simplicidade. O protocolo internacional, amplamente aceito e exercido pela diplomacia, contempla os costumes de ordem social, religiosa, cultural e política dos países. A visita de chefes de Estado a outros países, a entrega de credenciais a embaixadores, as recepções oficiais em parlamentos seguem regras cerimonialísticas universais. // REFERÊNCIAS a) Constituição Federal - § 1º do art. 13 (Símbolos Nacionais) e § 2º do art. 14 (símbolos estaduais e municipais). b) Lei nº 5.700, de 1º setembro de 1971 – dispõe sobre a forma, a apresentação dos Símbolos Nacionais em solenidades oficiais e no uso comum pelos cidadãos. c) Decreto nº 70.274, de 9 de março de 1972 – dispõe sobre as normas do cerimonial público e a ordem geral de precedência, que deverão ser observadas nas solenidades oficiais realizadas na Capital da República, nos Estados, nos Territórios Federais e nas Missões diplomáticas do Brasil. // CERIMONIAL DESAFIA A COMITIVA Folha de S. Paulo – 1-10 – Terça-feira, 19 de dezembro de 1995. Cores são rígidas no protocolo da Malásia; Dorothéa Werneck comete gafe A ala feminina da comitiva do presidente Fernando Henrique Cardoso enfrentou ontem seu principal desafio na viagem à Ásia: atender a todas as exigências feitas pelo cerimonial da Malásia durante os eventos de boas-vindas ao país. Amarelo e azul, cores reais, nem pensar. A cor é expressamente proibida na presença do rei Tuanku Jaáfar e da rainha Najihah, anfitriões da festa, realizada no pátio do Parlamento, em Juala Lumpur. FHC não teve que usar songkok – chapéu usado pelos homens na cerimônia. Mas as mulheres não escaparam da exigência de usar chapéu – um artifício ocidental para simular o uso do chador (véu). O véu cobre obrigatoriamente as cabeças das malasianas, segundo as tradições do islamismo, a religião oficial do país. A primeira-dama foi de chapéu no estilo panamá e um conjunto verde. Cumpriu integralmente as regras. Aspásia Camargo (secretária-executiva do ministério de Recursos Hídricos) lançou mão de um chapéu de abas largas salmão e um vestido verde-cana, combinando com o de Ruth CERIMÔNIAL E PROTOCOLO Eventos e solenidades Podemos entender um evento como um acontecimento planejado para atender um objetivo de interesse público ou privado. As solenidades são realizadas dentro dos eventos e são decorrentes dos seus formatos. Solenidade de abertura, solenidade de premiação, solenidade de encerramento, todas podem acontecer, por exemplo, na realização de uma olimpíada. Ressaltamos que as solenidades oficiais dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Militar, Internacional têm formas diferentes de se realizar. Todos, entretanto, utilizam os procedimentos cerimonialísticos oficiais, pois a boa imagem pública da instituição depende de solenidades bem organizadas e bem conduzidas. Os eventos recebem denominações de acordo com a sua finalidade e sua forma de organização: conferência, seminário, fórum, convenção, ciclo-de-palestras, exposições. Na área pública , os mais comuns são as inaugurações de obras, posses de dirigentes, assinaturas de atos (convênios, contratos), festivais, homenagens, entronização de fotos em galerias e outros. Módulo 4 - Tipos de eventos Congressos, conferências e convenções Um importantíssimo passo para quem organiza um evento é diferenciar os diversos tipos de evento mas isso não é tarefa tão fácil. Assim, resumidamente, vamos buscar nomear algumas características dos eventos mais comumente promovidos. Os congressos e conferências são eventosde grande porte, organização complexa e programação variada. Os participantes discutem temas com palestrantes gabaritados e especialistas em suas áreas de atuação. No final, as conclusões servirão de base para nortear ações e procedimentos futuros. Geralmente, os congressos e conferências são realizados por organizações associativas, como Lions, Rotary, confederações de comércio e indústria e entidades científicas. Há uma comissão organizadora para dirigir o evento, assessorada por um coordenador geral e vários coordenadores administrativos por áreas ou temas. Já as convenções são reuniões promovidas por entidades empresariais, instituições e corporações, muito utilizadas por partidos políticos para deliberar sobre uma pauta preestabelecida. Para o planejamento organizacional, é formada uma comissão especial para os procedimentos administrativos e são designados coordenadores e técnicos por área específica. // REFERÊNCIAS VELOSO, Dirceu. Organização de Eventos e Solenidades. AB. 2001. CERIMÔNIAL E PROTOCOLO Congressos, conferências e convenções A exposição pode ser um evento pessoal de pequeno porte promovido por um artista, ou de grande porte realizado por segmentos empresariais ou entidades de classes. Sua característica é a exposição de produtos e serviços para atrair consumidores. Para atrair o público, geralmente há uma programação de lazer popular e cobrança de ingressos. Seu corpo promocional deve ser uma comissão organizadora e sua administração fica a cargo de um coordenador e de coordenadores por áreas. Módulo 5 - Símbolos Conceito Segundo o Professor Wendell Dantas, símbolo é todo objeto que traz consigo um contexto histórico- social que dispensa explicação. O “símbolo” é um elemento essencial no processo de comunicação, encontrando-se difundido pelo cotidiano e pelas mais variadas vertentes do saber humano, ou seja, estão presentes em nosso dia a dia . // SAIBA MAIS A semiótica é a disciplina que se ocupa do estudo dos símbolos, do seu processo e sistema em geral. Outras disciplinas especificam metodologias de estudo consoantes à área, como a semântica, que se ocupa do simbolismo na linguagem, ou seja, das palavras, ou a psicanálise, que entre outros se debruça sobre a interpretação do simbolismo nos sonhos. Na Semiótica, todo signo que um grupo social convenciona pode possuir uma relação com algum símbolo. Exemplo disso é a paz mundial e a pomba da paz, a convenção fez da imagem semelhante a uma pomba branca um símbolo de paz. CERIMÔNIAL E PROTOCOLO Existem símbolos que são reconhecidos internacionalmente, outros só são compreendidos dentro de um determinado grupo ou contexto religioso, cultural, social, político etc.). Os Símbolos Nacionais Segundo o Professor Wendell Dantas, símbolo é todo objeto que traz consigo um contexto histórico- social que dispensa explicação. Neste curso, o contexto de estudo é o ambiente sociopolítico, por isso , vamos privilegiar neste módulo, os Símbolos Nacionais, que dignificam e oficializam documentos, diplomas legais, repartições públicas e solenidades cívicas da República, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Entre os Símbolos Nacionais não há precedência e muito menos hierarquia. Cada símbolo, a seu modo, expressa o espírito cívico da Nação Brasileira. São Símbolos Nacionais: I - a Bandeira Nacional; II - o Hino Nacional; III - as Armas Nacionais; IV - o Selo Nacional. // CURIOSIDADES Em 2009, a Câmara dos Deputados promoveu exposição sobre a história da construção dos símbolos que marcam a nação brasileira, a saber: a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, o Brasão (Armas) e o Selo Nacional; assim como para demonstrar a participação do poder Legislativo nesse processo. Glória, honra e nobreza foram o ideal contado por meio de textos, gravuras e partituras musicais reunidos a partir do acervo da Casa. Aspásia Camargo (secretária-executiva do ministério de Recursos Hídricos) lançou mão de um chapéu de abas largas salmão e um vestido verde-cana, combinando com o de Ruth Os Símbolos Nacionais – As cores Nacionais As Cores Nacionais são o verde e o amarelo, podendo ser usadas sem quaisquer restrições, inclusive associadas a azul e branco. O verde, presente no escudo imperial brasileiro, simboliza nossas extensas florestas e a natureza pródiga que Pero Vaz de Caminha ressaltou em sua famosa carta ao Rei D. Manuel. O amarelo representa, num losango, as fartas riquezas minerais, a presença do dourado sol da vida CERIMÔNIAL E PROTOCOLO e é símbolo do poder e da autoridade. O azul é um firmamento resplendente de estrelas iluminadoras, as mesmas do céu da proclamação da República, luzes de democracia, de cidadania, de ordem, de progresso, de respeito e de soberania. O branco é a paz que prezamos e realça o permanente anseio que nutrimos pela concórdia e a disposição para o convívio pacífico. Os Símbolos Nacionais – A Bandeira Nacional O art. 12 da Lei 5.700, de 1º de setembro de 1971, com redação dada que a Bandeira Nacional estará permanentemente no topo de um mastro especial plantado na Praça dos Três Poderes de Brasília, no Distrito Federal, como símbolo perene da Pátria, e sob a guarda do povo brasileiro. // CURIOSIDADES O Brasil já teve doze bandeiras diferentes. A atual foi escolhida em 19 de novembro de 1889, e a data ficou conhecida como o Dia da Bandeira. Os Símbolos Nacionais – Uso da Bandeira Nacional – o hasteamento No hasteamento, a Bandeira Nacional é a primeira a atingir o topo; no descerramento, é a última a descer. O conjunto das três bandeiras - Nacional, Estadual e Municipal - forma o pavilhão. A Bandeira Nacional fica no centro e mais alta que as outras duas (em pelo menos 60 cm); a do Estado fica à direita e a municipal, à esquerda. Para a definição dos lados direito e esquerdo, considera-se uma pessoa ao lado do mastro central e de frente para o público ou plateia. // SAIBA MAIS Outra versão da história. O verde e o amarelo entraram na nossa bandeira em 1822, por meio de um trabalho do francês Jean-Baptiste Debret. O verde representava a Casa Real Portuguesa de Bragança (família de Dom Pedro I); e o amarelo, a Casa Imperial Austríaca de Habsburgo (família da princesa Leopoldina). O losango foi uma homenagem de Dom Pedro I ao general francês Napoleão Bonaparte (o losango era uma das formas preferidas das bandeiras militares napoleônicas). O azul e o branco também eram cores usadas em bandeiras portuguesas. CERIMÔNIAL E PROTOCOLO Em solenidades na sede do Município, as Bandeiras Nacional, Estadual e Municipal devem ser hasteadas em mastros afixados em frente ao Paço Municipal. As bandeiras são hasteadas por convidados de acordo com a ordem de precedência nas solenidades. A Bandeira Nacional será iluminada para permanecer hasteada após as 18 horas. Deverá haver coincidência entre o final do hasteamento da Bandeira Nacional e o término da execução do Hino Nacional. No dia da Independência, 07 de Setembro , deve-se hastear o Pavilhão Nacional às 7 horas da manhã e descerrá-lo às 18 horas, preferencialmente com as devidas honras protocolares. No dia 19 de novembro, Dia da Bandeira, o hasteamento será realizado às 12 horas e descerrado às 18 horas em solenidade especial. A s bandeiras consideradas inservíveis durante o decorrer do ano serão queimadas em pira, nesta solenidade. Os Símbolos Nacionais – Hino Nacional O Hino Nacional é composto da música de Francisco Manoel da Silva e do poema de Joaquim Osório Duque Estrada, de acordo com o que dispõem os Decretos nº 171, de 20 de janeiro de 1890, e nº 15.671, de 6 de setembro de 1922. Na execução do Hino Nacional, a marcha batida, de autoria do mestre de música Antão Fernandes, integrará as instrumentações de orquestra e banda, devendo ser mantida e adotada a adaptação vocal, em fá maior, do maestro Alberto Nepomuceno. Em solenidades cívicas, nos casos de simples execução instrumental ou vocal, o Hino Nacional será tocado ou cantado integralmente,sem repetição. Em qualquer hipótese (abertura de olimpíada, competições esportivas organizadas pelas entidades integrantes do Sistema Nacional do Desporto, encontros, seminários, congressos, formaturas ou colação de grau, etc.), o Hino Nacional deverá ser executado integralmente e todos os presentes devem tomar atitude de respeito. Os hinos de Instituição, Município, Estado devem ser executados logo após o Hino Nacional. // REFERÊNCIAS http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/hino.htm (Acessado em fev. 2013) CERIMÔNIAL E PROTOCOLO Os Símbolos Nacionais – O Brasão ou Armas O Brasão da República ou Armas Nacionais tem forma redonda e é constituído em campo azul-celeste, contendo cinco estrelas de prata, dispostas na forma da constelação Cruzeiro do Sul, com a bordadura do campo perfilada de ouro, carregada de estrelas de prata em número igual ao das estrelas existentes na Bandeira Nacional. Os Símbolos Nacionais – O Selo Nacional O Selo Nacional será usado para autenticar os atos de governo, bem como os diplomas e certificados expedidos pelos estabelecimentos de ensino oficiais ou reconhecidos, e nos papeis de expediente, nos convites e nas publicações oficiais de âmbito federal. Módulo 6 - Solenidades Introdução ao módulo Segundo o Professor Wendell Dantas, símbolo é todo objeto que traz consigo um contexto histórico- social que dispensa explicação. O cerimonialista é a pessoa responsável pela organização e bom andamento do cerimonial de uma instituição ou evento. Ele participa do evento desde o início do planejamento, definindo os vários procedimentos que devem ocorrer a fim de que haja coerência, expressão e magnitude durante todo o evento a partir da solenidade de abertura. O tipo de solenidade e o foco principal serão estabelecidos na reunião inicial de planejamento. A definição da data, hora e local de realização da solenidade é o ponto de partida para o cerimonialista iniciar seu trabalho. A formação de uma boa equipe de apoio para operacionalizar as atividades, os atos e os serviços é o passo seguinte. Constituem uma equipe básica para a organização de eventos: Diretor, coordenador ou chefe do cerimonial; Assistente de cerimonial; Mestre-de cerimônia; e Operador de som. Membros da equipe CERIMÔNIAL E PROTOCOLO O Diretor, coordenador ou chefe do cerimonial é a pessoa responsável pela organização e condução do evento desde o planejamento inicial. O sucesso, a qualidade e a eficiência da solenidade dependem do bom desempenho do cerimonialista. A posição do chefe de cerimonial durante uma solenidade é atrás da mesa-de-honra, com a devida discrição. Os Assistentes de Cerimonial são pessoas que farão as funções auxiliares da cerimônia. Trabalham na recepção, no apoio aos atos da solenidade e nas funções que o cerimonialista designar. Por exemplo: conduzir a bandeja com as comendas até a fila de honra, servir água aos ocupantes da mesa de honra durante a solenidade etc. Mestre-de-cerimônia é o profissional acostumado ao uso de microfone, com boa leitura e conhecimento da organização de cerimônias, que fale de forma coloquial. A calma, a impostação da voz, o conhecimento das partes da solenidade são habilidades necessárias ao mestre-de-cerimônias. Ele colabora na confecção da pauta de locução. Mas, atenção! Só o cerimonialista pode autorizar modificações na pauta. Operar o equipamento de som, os microfones, o som ambiente e a execução de hino são atribuições que requerem conhecimentos especializados. A regulagem da mesa de som, ajustando a voz do orador , é uma percepção especial do operador de som . O operador de som deverá portar CD com música adequada ao tipo do ambiente e da solenidade. É conveniente ter música ambiente antes da solenidade com volume mais alto para animar e depois mais baixo para as pessoas conversarem. É importante lembrar que a música ambiente deve ser desligada assim que a solenidade se iniciar. Estrutura Uma solenidade compreende os seguintes procedimentos: 1. Definição do formato da solenidade 2. Definição de data, local e horário 3. Elaboração do convite 4. Definição do roteiro da solenidade 5. Redação do roteiro de locução 6. Organização da mesa de honra 7. Decoração do ambiente e do mobiliário 8. O som ambiente e seus complementos 9. Recepção aos convidados especiais 10. Recepção aos demais convidados e registro de presença. Definição do formato da solenidade Neste momento, são definidos o objetivo do evento e o tipo de cerimônia a ser organizada. Esses aspectos vão possibilitar a definição de hora, data e local. CERIMÔNIAL E PROTOCOLO A definição da data da solenidade de abertura do evento assume importância básica. Deve ser considerada, na tomada de decisão, a existência ou não de outro evento importante na organização, instituição ou cidade. O local deve ser determinado de acordo com o tipo de solenidade e o número de pessoas participantes. A existência ou não de infraestrutura básica ao tipo de solenidade deve ser avaliada de forma profissional: as instalações, o acesso, o estacionamento, as condições de acomodação, o sistema de som fixo e a segurança.A duração está ligada ao porte da solenidade. O horário de início deve atender também às circunstâncias particulares e possíveis de serem previstas. Elaboração de convites Toda solenidade ou cerimônia tem um público-alvo, ou seja, um público a ser participado, informado, motivado a estar onde se pretende em função de seu objetivo. Aspectos básicos da solenidade, forma de convites e quem convidar fazem parte do planejamento inicial, pois o convite destinado a uma pessoa tem implicações recíprocas , por isso a ele deve-se dar a devida atenção e zelo. O convite pode ser elaborado de diversas formas, mas, qualquer que seja a utilizada, deverá conter um texto escrito convidando ou participando à realização de uma solenidade. Os convidados especiais, autoridades, personalidades, homenageados e palestrantes receberão um convite escrito no melhor estilo e acabamento. O convite social deve primar pela deferência, pessoalidade e cordialidade. O convite pode ser impresso ou semi-impresso. No semi-impresso, deixam-se os espaços para serem preenchidos em manuscrito (convidados, homenageados, data, horário etc.). O formato, tipo de papel, cor e tipo de letra são importantes para o conjunto e a harmonia do convite. Muitas vezes, o convite chega a valorizar o evento e motivar a presença do convidado. Convite de ofício: é usado somente para convidar uma autoridade ou especialista que irá usar da palavra e fará parte do dispositivo de honra. Convite por carta: é usado para convidar o superior hierárquico da mesma instituição ou organização. Devemos ter bastante atenção com a antecedência da entrega dos convites: Convites formais: 10, 15 ou até 30 dias antes da cerimônia; Convites informais: 05 até 10 dias antes da cerimônia. // EXEMPLO A recepção ao Presidente de um parlamento estrangeiro pode ser definida como uma visita oficial com reunião de trabalho com, por exemplo, os seguintes procedimentos: a autoridade no Salão Nobre, guardas de honras na chegada, assinatura de livro de visitas, encontro de 15 minutos com a presença de outras autoridades da Casa. Em seguida, uma reunião de trabalho com membros da Comissão de Relações Exteriores e na saída visita ao plenário e acompanhamento até a saída. CERIMÔNIAL E PROTOCOLO Outros aspectos importantes em relação aos convites: • No endereçamento, deve-se usar: Sr. João Paulo Ferreira e Sra. Maria Ferreira e não Sr. e Sra. Ferreira. • Endereçamento em convites para cerimônias formais (recepções, casamento, formatura) é feito à mão com caneta de tinta preta. • Convites não devem ter a assinatura, exceto os por oficio ou carta. • Tarja no convite formado por duas paralelas // indica que há duas entradas no local. • Confirmação de presença – devem constar no rodapé do convite o telefone e nome das pessoas com as quais se confirmaráou não a presença. • É admissível o uso de etiquetas impressas em computador quando o evento for menos formal. É preciso considerar ainda o cartão de apoio (jantar, coquetel etc.) que, caso seja necessário, deve ser anexado ao convite e não deve ter tamanho superior a 1/3 daquele. Elaboração de convites O roteiro da solenidade nada mais é do que um passo-a-passo com todas as etapas do evento e que envolve toda a equipe de apoio, como segurança, serviço de copa, entre outros. O roteiro de locução, por sua vez, é o roteiro de fala do mestre-de-cerimônias. A mesa principal é o foco de uma solenidade. Ela será ocupada pelos principais personagens de acordo com a ordem de importância para o evento. Podem ser estabelecidos, também, os chamados planos de mesa, outros espaços reservados, como por exemplo: a primeira fila de cadeiras do auditório com lugares reservados para homenageados ou convidados especiais, um espaço reservado para apresentações culturais durante uma solenidade ou mesmo um local adequado ao trabalho da imprensa. São espaços complementares à mesa de honra. // EXEMPLO A mesa de honra da solenidade de um evento esportivo será composta por autoridade da Instituição realizadora. A mesa de honra é também o principal foco da imprensa. As fotos são testemunhas da informação para o jornal, a revista, a TV. Elas são a memória documental para a instituição que realiza a solenidade. Composição da mesa de honra Os lugares de honra serão ocupados de acordo com a ordem de precedência das autoridades. A posição central da mesa de honra será ocupada pela principal autoridade no evento. Normalmente, o anfitrião é o ocupante da cadeira central. CERIMÔNIAL E PROTOCOLO O lugar à direita do anfitrião será ocupado pela maior autoridade presente à solenidade. O lugar à esquerda será ocupado pela segunda maior autoridade presente no evento. As demais autoridades, homenageados, convidados especiais ocuparão os demais lugares alternadamente , à direita e à esquerda na ordem em que o mestre-de-cerimônia anunciá-los ao microfone. O conjunto de bandeiras será colocado do centro para a direita da mesa de honra (direita de quem está sentado à mesa.) Os demais painéis (logomarcas, banners relativos ao evento, painéis) devem situar-se do centro para a esquerda da mesa de honra, inclusive tela para projeção de imagens se for o caso. A tribuna para falas, se houver, será instalada à direita do anfitrião, e atrás do orador estarão os símbolos oficiais. Organização do ambiente e recepção dos convidados A decoração da mesa central deverá ser discreta e de bom tom. Arranjo de flores deve ser baixo para não obstruir a visão dos ocupantes. As toalhas devem cobrir os pés da mesa. A decoração será resultante da criatividade de quem a faz. Mesa de apoio, colocada atrás da mesa de honra de forma discreta, portará copos, bandeja e jarras de água a ser servida após a composição da mesa de honra. A mesa de apoio portará também diplomas, medalhas ou troféus que serão entregues durante a solenidade. Quanto à adequação da música ao ambiente, é importantíssimo reforçar a necessária harmonia que deve existir entre o volume, a qualidade da música e o contexto do evento. Se a recepção aos convidados for realizada no local onde acontecerá a solenidade - mesmo que seja na portaria – o cerimonialista deve rá cercar-se de maiores cuidados. Ter um livro ou cartão de registro de presenças no local da solenidade reveste-se de grande importância para o cerimonialista, pois nesses documentos são feitas anotações sobre o convidado (entidade ou organização que representa, cargo ou função pública, se é autoridade, personalidade, homenageado ou parente de homenageado) que contribuem para a organização formal da solenidade.Essas informações poderão vir a fazer parte da pauta de locução e também gerar o cartão de saudação do orador quando no uso da tribuna.ou função pública, se é autoridade, personalidade, homenageado ou parente de homenageado) que contribuem para a organização formal da solenidade.Essas informações poderão vir a fazer parte da pauta de locução e também gerar o cartão de saudação do orador quando no uso da tribuna. Recepção aos convidados especiais Em um evento, poderão estar presentes autoridades do governo federal, estadual e municipal, autoridades estrangeiras, palestrantes, conferencistas, homenageados e/ou artistas para apresentação. São convidados que, em geral, dão brilho ao evento e acentuam o significado e o propósito inicial da sua realização; são os chamados Convidados Especiais e farão parte de uma lista diferenciada. Nessas situações, a Organização do evento deve estar atenta para a necessidade de se adotar, quando necessário, logística apropriada. A recepção de boas-vindas, por exemplo, por parte do cerimonial é um gesto de simpatia e cordialidade que poderá se dar por entrega CERIMÔNIAL E PROTOCOLO de lembranças ou mimos: corbeil de flores, chave da cidade, embalagem contendo produto do artesanato local ou por outras formas. Para palestrante e conferencista, entretanto, deve-se entregar, obrigatoriamente, uma pasta contendo a programação, jornais recentes que contenha divulgação do evento ou histórico socioeconômico da instituição, do município ou mesmo da região onde ocorre o evento. É importante ressaltar que a recepção pode se dar em diferentes lugares (no aeroporto, no hotel, na portaria de entrada do local onde acontecerá a solenidade etc.) e que pode incluir transporte, segurança, hospedagem, alimentação, entrevista pública ou reservada, recepção de boas-vindas por parte do cerimonial. No local do evento, o cerimonialista procederá a recepção do convidado especial e o conduzirá imediatamente a uma sala reservada ou à primeira fila de cadeiras do auditório. Se estiver acompanhado de familiares, estes ficarão juntos nesses locais. Quando o convidado for chamado para o lugar de honra, o familiar ficará na primeira fila de cadeiras do auditório. // SAIBA MAIS Devem ser evitados brindes e mimos que se deteriorizem em pouco tempo, mesmo que sejam cestas com produtos. Na lista de mimos, não deve conter barra de chocolates, objetos pontiagudos, vaso de plantas ou buquê de flores. É de bom tom que o convidado seja orientado previamente quanto aos procedimentos de honra cerimonialista da solenidade. Por exemplo: a entrega de uma placa de honra a outro convidado. Para evitar possíveis “esquecimentos” e constrangimentos, a ficha que registra a sua presença deverá ser passada imediatamente ao mestre-de-cerimônias para ser incluída na pauta. Encerrada a solenidade, um assistente de cerimonial o acompanhará em sua saída. Solenidade de abertura O evento foi planejado, estratégias de realização foram definidas, metodologias de divulgação foram utilizadas e a operacionalização do evento está em execução. Chega o momento mais importante do evento: a solenidade de abertura. CERIMÔNIAL E PROTOCOLO Veja que, apesar de o cerimonialista ter organizado todo o evento e de acompanhar sua execução em todos os momentos, é na solenidade de abertura que se interagem em um mesmo espaço , o público-alvo, as autoridades, personalidades e a imprensa. O sucesso da solenidade de abertura indica, a priori, que a divulgação prévia foi feita de acordo com as necessidades e características de seu público, dos convidados, dos patrocinadores, dos apoiadores e da comunidade. Usualmente , é o principal momento acompanhado pela imprensa. // SAIBA MAIS Uma solenidade básica segue a seguinte ordem: 1) abertura; 2) composição da mesa de honra; 3) hino nacional, se for o caso; 4) apresentação de número artístico, se houver; 5) pronunciamento do presidente da mesa de honra; 6) atos solenes, como entrega de comendas, homenagens etc., se houver; 7) fala dos oradores pautados, na ordem inversa da composição da mesa; 8) fala conclusiva do presidente da mesa; e 9) anúncio dos próximos procedimentos pelo mestre de cerimônia, como: coquetel, jantar,início das atividades previstas etc. Módulo 7 - O cerimonial e a imprensa Introdução ao módulo Os membros do cerimonial responsáveis pela comunicação devem, com a antecipação possível e necessária, distribuir releases para os veículos de comunicação contendo matérias jornalísticas – objetivos do evento, além de eventuais destaques que despertem o interesse do público-alvo – os quais a mídia espontânea e a potencializada divulgarão com antecedência, abordando os seguintes aspectos: “O quê” - o fato a ocorrer “Quem” - os personagens envolvidos “Onde” - o local do evento “Quando” - o momento do evento “Porquê” - a causa e a importância do evento “Como” - o modo como o evento acontecerá A mesa de honra é a prova mais contundente da realização do evento, pois é fotografada, gravada, transmitida para dar noticia do acontecimento anteriormente anunciado. A imprensa atua de variadas formas e em momentos diversos da solenidade. Mas, é, enquanto ela acontece , que a imprensa trabalha para obter fotos, gravações, entrevistas, cópia de discursos, cópia do plano de slides projetados. E é nessa oportunidade, também, que, em busca de registro de situações marcantes, a atenção de repórteres e fotógrafos se volta, sobremaneira, ao movimento de CERIMÔNIAL E PROTOCOLO autoridades e personalidades presentes de modo que membros do cerimonial precisam estar bem atentos aos fatos no momento em que acontecem. // CURIOSIDADES O envelope, por favor... Em 1996, Sharon Stone deveria revelar o vencedor da melhor trilha dramática. Já estava no palco quando se deu conta: “Ué! Cadê o envelope com o resultado?” Que gafe! Distraída, a atriz o tinha dado por engano aos premiados da categoria anterior, que ela também havia apresentado, minutos antes. Por vários segundos, ela ficou literalmente sem ter o que dizer. Foi o tempo de um dos auditores da Pricewaterhouse (os únicos que sabem os resultados de antemão) lhe passar, discretamente, um cartão com o filme laureado: “O Carteiro e o Poeta”. Flexibilidade nas regras cerimoniais Apesar do protocolo, possíveis variações não podem de antemão indicar gafe, sem cuidadosa interpretação. Leia a matéria abaixo e veja a interpretação de representantes da área. Abraço de Michelle Obama na rainha é ‘sinal dos tempos’ Por Maria Carolina Maia Ao passar o braço pelas costas da rainha Elizabeth II, da Grã-Bretanha, na semana passada, a primeira-dama americana, Michelle Obama, se tornou protagonista de uma suposta gafe que correu o mundo. Sim, suposta gafe. Na avaliação de uma especialista no assunto, Eliane Ubillús - vice- presidente do Comitê Nacional do Cerimonial Público CNCP) e da Organização Internacional de Cerimonial e Protocolo (OICP), entidades que representam os profissionais da área de cerimonial -, o abraço não configurou quebra de protocolo ou sinal de despreparo da primeira-dama em relação à etiqueta da diplomacia. Foi, isso sim, uma consciente flexibilização das regras cerimoniais. Para a especialista, Michelle mostrou personalidade, com uma atitude que evidencia a modernização do protocolo público, cada vez menos rígido. “É um sinal dos tempos”, comenta Ubillús. Já a delicada retribuição por parte da rainha indicaria que ela compreendeu e apreciou o gesto, e também que deseja estreitar relações com os Estados Unidos. (disponível em http:// veja.abril.com.br/noticia/internacional/abraco-michelle-obama-rainha-sinal- tempos-modernos-diz-especialista, acessado em 26 jan. 2013) O espaço físico Cabe ao cerimonialista dispor um espaço adequado à imprensa que usa equipamentos. Tomadas com energia, tomadas de ligação para computador, cadeiras, água etc. devem fazer parte desse espaço. CERIMÔNIAL E PROTOCOLO Em ambientes estruturados, como um auditório, o plenário da Câmara dos Deputados, um ambiente de convenções, o espaço para a imprensa é disponibilizado próximo à mesa de honra. Para uma solenidade ao ar livre, por exemplo, um palco, a assessoria de imprensa do evento pode providenciar gravações e fotografias e, posteriormente, enviar o material, junto com um release , aos órgãos de imprensa. Módulo 8 - O cerimonial político no Legislativo Flexibilidade nas regras cerimoniais Apesar do protocolo, possíveis variações não podem de antemão indicar gafe, sem cuidadosa interpretação. Leia a matéria abaixo e veja a interpretação de representantes da área. Agora que já construímos uma importante visão panorâmica do cerimonial, vamos conhecer algumas diretrizes para o seu desenvolvimento no âmbito do Poder Legislativo. Importância do cerimonial do legislativo O cerimonial no Legislativo não contribui apenas para ordenar precedências entre autoridades nas suas relações de importância em solenidades oficiais. Ele se propõe, também, a incentivar intercâmbios entre governos nacionais e estrangeiros e a sociedade. A organização da cerimônia deverá demonstrar toda a deferência que é devida aos convidados desde a elaboração do itinerário até a importância simbólica da presença de um cidadão comum. CERIMÔNIAL E PROTOCOLO Além de referenciar atos de cidadadãos ou membros da sociedade que contribuíram para o engrandecimento da nação, as solidariedades e cerimônias também adotam a função primordial de garantir maior participação pública e popular. Exemplos de solenidades e cerimônias no Legislativo Homologação de títulos e condecorações: serve para mostrar que o Legislativo reconhece e apoia o cidadão que, nas suas atividades individuais, beneficiam a nação. Cerimônias de apresentação de leis decorrentes de projetos de iniciativa do Legislativo, depois de sancionados pelo Executivo, são organizadas para levar ao público a importância de seus efeitos, pois as leis, mesmo aprovadas, promulgadas e referendadas, são desconhecidas da sociedade quando não apresentadas oficialmente. Cerimônias que apresentam os resultados de Comissões Parlamentares de Inquérito: contribuem para inserir novas perspectivas na população quanto à celeridade e à efetividade das CPIs ou das CPMIs, invertendo a crença de que “acabam em pizza”, ou seja, que não são levadas até o fim. Cerimônias de entrega de projetos de lei de iniciativa popular: visam estimular a participação do povo na melhoria do bem estar da Nação. O que se deve evitar em cerimonial do Legislativo Devemos evitar, por exemplo, que cerimônias oficiais sejam eventos faraônicos ou hollywoodianos. Deixemos isso para os eventos sociais privados. As solenidades não devem demonstrar ostentação e poder excessivos. Não se deve relacionar requinte e bom gosto com ostentação. O verdadeiro estadista torna-se lembrado por sua obra, ética, coerência ideológica, senso de realidade, competência e, sobretudo, pela implementação de políticas públicas eficazes na transformação positiva de uma nação. E não há política pública de fato eficiente sem a devida transparência. Ações individuais do parlamentar que resultem em autopromoção, no marketing eleitoral e partidário devem ser também objeto de preocupação na organização do cerimonial do Legislativo. Uma das condições para existir cerimonial no legislativo é que a solenidade tenha uma motivação, uma finalidade, um significado para a comunidade, para o bem comum e, é claro, para o público presente. Por isso, é imprescindível reforçar que os eventos não devem ser organizados visando apresentar o apoio a grupos de interesse privado, mas sempre em apoio ao interesse público. Assim, excluem-se dos atos oficiais todos aqueles que apenas envolvem interesses pessoais dos dirigentes e de sua vida privada ou familiar, como também os que visam interesses extemporâneos ou secundários da instituição, não envolvendo a comunidade. CERIMÔNIAL E PROTOCOLO Conteúdo básico: José Dirceu Veloso Planejamento Institucional: SEEAD/CEFOR Adequação de conteúdo: Lúcio José Carlos Batista - Seead Revisão textual: Hélio Ferreira - Imagens: Aldo Faiad - Setec Diagramação: Rafael Marques - Setec Desenvolvimento:Leonardo Stevanato - Setec Módulo 9 - Encerramento Acreditamos que a aplicação dos conhecimentos sobre cerimonial e etiqueta construídos neste curso contribuirão para qualificar suas atividades de assessoramento parlamentar no que diz respeito à participação de autoridades em solenidades e, sobretudo, para despertar movimento de pesquisa sobre o assunto na ocasião da organização de eventos. SUCESSO!
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