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APRESENTAÇÃO DO CLÍNICO, O CONTRATO E A ESTRUTURA DOS ENCONTROS INICIAIS Objetivo: Apresentar medidas e procedimentos adotados pelo clinico analítico comportamental nas primeiras sessões. Sessões iniciais desafiadoras e fundamentais “Primeira impressão é a que fica”. CONTRATO Traduz-se em compromissos e tarefas assumidas tanto pelo clínico como pelo cliente. O contrato se aproxima de uma regra estabelecida e mantida pelo terapeuta e seu cliente e a aceitação ou não a ela pode indicar instancias clinicamente relevantes do comportamento do cliente. Aspectos muito importantes do comportamento do cliente podem ser notados em situações rotineiras da terapia. Faz parte da conduta do clinico avaliar também as instancias de seu próprio comportamento em relação aos mesmos eventos. No momento do contrato, o profissional garante o sigilo, combina os honorários e o modo de acerta-los, combina também sobre procedimentos quanto a faltas e reposições, além de estabelecer a periodicidade e a duração das sessões. Há ainda a necessidade de identificar a condição civil do cliente. Se o cliente for criança, adolescente ou interdito, o contrato requererá a autorização de um responsável. Na perspectiva analítico comportamental, o estabelecimento do contrato é fundamentalmente semelhante a contingências da vida do cliente que modelaram seu comportamento de se comprometer com objetivos finais... O sigilo é o elemento do contrato mais estreitamente ligado ao estabelecimento do chamado vínculo terapêutico. O combinado do sigilo estabelece contingencias para a intimidade. Vulnerabilidade. Quando o outro não pune mais reforça o comportamento de arriscar, diz-se que há intimidade. Periodicidade da sessões. Tempo de duração. Honorários. Faltas. Atendimento domiciliar. Acompanhamento terapêutico. Tarefas de casa. Princípios da T.A.C Apresentação do clinico O primeiro contato terapeuta – cliente tem um forte impacto sobre ambos. Cliente Terapeuta O clinico poderá ser solicitado a falar de sua formação profissional, orientação teórica, método de trabalho, sendo indicado responder as questões. Perguntas da vida pessoal. A relação de confiança será preditora da exposição do cliente na primeira sessão. Encaminhamento. Os cuidados quanto a apresentação pessoal do clinico, sua postura, seus gestos, e o modo como interage com o cliente, devem expressar segurança, disponibilidade afetiva, cordialidade, atenção e competência. A estrutura dos encontros iniciais Os objetivos indispensáveis no primeiro encontro com o cliente, após o contato telefônico, são Acolher Promover confiança na pessoa do terapeuta Instilar esperança quanto a possibilidade de mudanças Obter informações relevantes sobre o grau do sofrimento sobre expectativas quanto ao tratamento Identificação de riscos O clinico deve identificar quando for necessário ou não envolver outras pessoas no processo clinico e tomar essa decisão junto com o cliente. E preferível que no inicio o clinico opte for fazer questões mais abertas, observando não somente o conteúdo como a função deste e a forma de agir do cliente durante a sessão. Formulação do comportamento alvo, identificar as relações comportamentais ligadas ao sofrimento do cliente, o que por vezes difere a da queixa apresentada. Registro documental. Referência BORGES, N.B CASSAS, F.A. Clinica Analítico Comportamental: Aspectos teóricos e práticos, Porto Alegre, Artmed, 2012. A QUE EVENTOS O CLÍNICO ANALÍTICO - COMPORTAMENTAL DEVE ESTAR ATENTO NOS ENCONTROS INICIAIS? Para se tornar um psicólogo clinico é necessário desenvolver um repertorio especial e especifico. Esta formação ultrapassa todos os muros da graduação, das especializações e das pós graduações. E tudo isso se converte em um grande desafio pessoal. Alguns aspectos que tornam o clinico melhor são: conhecimento da teoria, conhecimento geral, conhecimento de si, experiencia profissional e supervisão. Constante formação pessoal e conceitual em clinica analítico comportamental. O início do processo clínico Terapeuta x cliente Relação terapêutica Intimidade Antes do inicio da análise Cliente - O problema - A ideia da analise - A procura ( indicação) - O contato Clínico - Indicação Receptividade e Disponiblidade Expectativa sobre o cliente/controle O ENCONTRO ENTRE CLÍNICO E CLIENTE CLIENTE Postura Qualidade do relato Emoções Expressões Posicionamento frente ao contrato Disponibilidade para os próximos agendamentos O ENCONTRO ENTRE CLÍNICO E CLIENTE CLÍNICO Pontualidade Receptividade Interação e acolhimento Contrato Disponibilidade PRESTE ATENÇÃO EM VOCÊ! Referência BORGES, N.B CASSAS, F.A. Clinica Analítico Comportamental: Aspectos teóricos e práticos, Porto Alegre, Artmed, 2012. Eventos a que o clinico analítico comportamental deve atentar nos primeiros encontros: das vestimentas aos relatos e comportamentos clinicamente relevantes Pré-terapia – os bastidores de uma sala de espera O que o cliente vivencia nos bastidores da Clinica pode influenciar vários comportamentos que ocorrerão na sessão: pode predispô-lo a agir de determinada maneira ao invés de outra, pode melhorar ou piorar suas dificuldades iniciais. O que dizem as aparências? A primeira impressão é a que fica? O que diz a aparência do clinico? O que dizem as aparências? O que diz a aparência do ciente? Expectativas do cliente e clínico nas primeiras sessões As expectativas do cliente em relação ao trabalho clinico deve ser considerada pelo profissional. Assim como o clinico deve estar preparado para observar as mais diversas formas de agir que os clientes podem apresentar neste primeiro momento. A escuta cautelosa nos encontros iniciais: a importância do clínico analítico comportamental ficar sob controle das nuances do comportamento verbal Principal objetivo: Promoção da interação e coleta de dados Audiência não punitiva “NINGUÉM ACORDA DE UM DIA PARA OUTRO DISPOSTO A INVESTIR TEMPO, DINHEIRO E DEDICAÇÃO EM UM TRATAMENTO PSICOTERÁPICO SIMPLESMENTE PORQUE NÃO TEM OUTRA COISA MELHOR A FAZER; É PRECISO QUE ALGUMA COISA JUSTIFIQUE ESSA MOTIVAÇÃO” (MARMO, 2012) Audiência não punitiva De acordo com Santos, Santos e Machezini-Cunha (2012), uma conduta recomendada para a situação é o exercício da Audiência não Punitiva, que por si só, já é capaz de trazer uma série de benefícios ao cliente. Conforme explicam os autores, ela promove redução do nível de ansiedade, produção de autoconhecimento, sentimento de valorização, aumento da esperança de melhora, entre outras coisas. Praticá-la implica em expressar empatia e acolhimento, sem qualquer crítica ou julgamento ao comportamento do cliente (Marmo, 2012), que por mais estranho ou assustador que seja, representa sua melhor adaptação às contingências até o momento (Conte e Brandão, 2012). Como o cliente tende a se comportar nos encontros iniciais É um engano pensar que todo cliente traz, nos encontros iniciais, uma descrição ampla e fidedigna de sua história, de sua situação atual e de suas reflexões e hipóteses acerca de sua queixa. A estimulação através da audiência não punitiva, validação, acolhimento e reforçamento torna-se imprescindível para que o cliente consiga descrever e compreender melhor sua situação. Não é raro observar clientes testando até que ponto podem de fato, relatar com tranquilidade questões que incomodam.
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