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TEORIA E CLÍNICA
COMPORTAMENTAL 2
RESUMO
B R E N D A A B U R Q U E T I
 
 
 
Leonardi, J. L.; Borges, N. B. & Cassas, F. A. (2012). Avaliação Funcional como ferramenta 
norteadora da prática clínica. IN: N. B. Borges & F. A. Cassas (Orgs.). Clínica analítico-
comportamental: Aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed. 
 
DEFINIÇÃO 
 É a identificação das relações de dependência entre as respostas de um 
organismo, o contexto em que ocorrem (condições antecedentes), seus efeitos 
no mundo (eventos consequentes) e as operações motivadoras/operações 
estabelecedoras (estados do organismo - privação e saciação - que alteram o 
valor reforçador os estímulos) em vigor. 
 Permite a compreensão do caso em questão e norteia a tomada de decisões 
do clínico. 
 
➜ Para realizar a AFC, deve-se dominar os conceitos básicos: SA, R, SC, OE, 
contingências respondentes e operantes, entre outros. 
 
 
 
 
OBJETIVOS 
 Identificar o comportamento-alvo e as condições ambientais que o mantém. 
 Determinar a intervenção apropriada. 
 Monitorar o progresso da intervenção. 
 Auxiliar na medida do grau de eficácia e efetividade da intervenção. 
 
ETAPAS 
 Identificação das características do cliente em hierarquia de importância 
clínica: 
1. Levantamento de informações gerais da vida do paciente, tanto presentes quantos 
passadas, o que inclui a queixa clínica e os possíveis eventos relacionados a ela. 
Exemplo: paciente que em cada sessão apresenta uma queixa nova. 
 
2. Organização dessas características em princípios comportamentais. Organização 
das informações coletadas na primeira etapa, a partir das leis do comportamento 
(operante e respondente), em que são identificadas as contingências em vigor. 
 
3. Planejamento de uma ou mais intervenções com o objetivo de modificar as relações 
comportamentais identificadas na etapa anterior. É realizado a aplicação de déficits e 
excessos comportamentais para verificar a intervenção adequada. Exemplo: paciente 
com fobia de elevador, que após receber duas notícias ruins no mesmo dia (sendo a 
demissão uma delas), fica presa no elevador – todos os aversivos foram 
emparelhados e ela buscou terapia para isso. A 1ª técnica pensada foi a 
dessensibilização sistemática, porém a paciente é tímida (algo que corroborou para 
a sua demissão), logo, o tratamento mais adequado foi o treinamento das habilidades 
sociais. 
 
4. Implementação da intervenção. Atuação clínica com o objetivo de modificar as 
relações comportamentais responsáveis para queixa do cliente, que pode envolver os 
 
 
mais variados processos (reforçamento diferencial, modelação, instrução, entre 
outros). 
 
5. Avaliação dos resultados. Análise dos resultados que as intervenções produziram, 
o que inclui investigar se as novas relações comportamentais se manterão no 
ambiente cotidiano do cliente. Caso os resultados não forem satisfatórios, a avaliação 
funcional deve ser reiniciada. 
 
ELEMENTOS 
 Queixas do cliente e as respostas envolvidas dele. 
 Excessos (como agressividade e TDAH) x déficits (comportamentais). 
➜ Déficits comportamentais: comportamentos com frequência baixa ou nula, que traz 
sofrimento para pessoa ou o meio. Exemplo: falta de habilidades sociais (como fobia 
de elevador). 
 Hipóteses sobre as quais os processos comportamentais estão envolvidos nas 
respostas – alvo que compõem a queixa. 
 Observação direta da interação terapêutica e a regularidade (ou ausência) no 
discurso do cliente. 
 Bom domínio da teoria como requisito para boa orientação do clínico. 
 
ELEMENTOS SUPLEMENTARES 
 Variáveis ambientais: molecular x molar (macro; ao longo do tempo). 
 Histórico de desenvolvimento do comportamento alvo. 
 História da vida do cliente não diretamente relacionada à queixa. 
 
 
 
 
 
 
 
Kohlenberg, R. M. & Tsai, M. (2004). A aplicação clínica da Psicoterapia Analítica 
Funcional. IN: R. M. Kohlenberg & M. Tsai. Psicoterapia Analítico-Funcional (FAP): 
Criando relações terapêuticas intensas e curativas. Santo André: Esetec. 
 
HISTÓRIA 
 Watson (1913): Terapia Comportamental – condicionamento pavloviano (1ª 
geração). Skinner (1945-1953): Terapia Analítico-Comportamental – 
condicionamento operante (2ª geração). 
 Autores diferentes (1980-1990) – FAP, AFCT, DBT (3ª geração). 
 
FAP 
 Baseado no behaviorismo radical, é um modelo de intervenção analítico-
comportamental orientado para a identificação e modificação de 
comportamentos clinicamente relevantes. 
 As ações terapêuticas afetam o cliente através de três funções de estímulo: 
discriminativa (operante; circunstâncias externas), eliciadora (respondente; 
modo de reflexo de aprendizagem) e reforçadora (operante; consequências 
que afetam o comportamento). 
➜ Em primeiro lugar, o que o terapeuta faz pode funcionar como estímulo 
discriminativo, isto é, pode propiciar uma situação na qual é mais provável que 
ocorram certos comportamentos do cliente. Em segundo lugar, pode ter uma função 
eliciadora (evocando respostas emocionais, sensações, imagens ou pensamentos). 
Finalmente, as ações do terapeuta podem funcionar como reforçadores, isto é, 
consequências que aumentam a ocorrência de certo comportamento do cliente. 
 Os comportamentos clinicamente relevantes (CRBs) são respostas que 
ocorrem durante a sessão. 
 
 
 
➜ CRB 1: São problemas do cliente que ocorrem na sessão. A terapia deve levar à 
diminuição destes comportamentos por meio de evocação e modelagem de modos 
alternativos de agir; frequentemente consistem em esquivas, e espera-se que a 
frequência destes diminua com o decorrer da terapia. 
 
➜ CRB 2: São progressos do cliente que ocorrem na sessão; comportamentos com 
baixa ocorrência no início da terapia e que serão alvos de reforçamento por 
caracterizar melhoras ao vivo no relacionamento com o terapeuta. 
 
➜ CRB 3: Refere-se às falas do cliente sobre suas dificuldades, seus progressos e 
as suas causas. Inclui as interpretações que o próprio cliente faz dos seus 
comportamentos durante a interação com o terapeuta. 
Algumas pessoas emitem CRB 3, mas não emitem CRB 2 (sabem a função das 
causas do comportamento, mas não se comportam de maneira adequada a situação). 
 
EXEMPLO 
• Bom dia, tudo bem? 
• Bom dia. Estou bem (parecendo tensa), e você? 
• Estou bem. 
• Conseguiu fazer o que tínhamos combinado? 
• Não! (chora, pede desculpas e se lamenta). 
• Ok, tudo bem! Vamos conversar sobre como foi. 
• (cliente fugindo da pergunta). Você quer falar sobre o almoço de ontem? 
• Mais ou menos. (fica vermelha e começa a suar). 
• Fique à vontade para falar sobre o que quiser. (cliente relaxa). 
 
 Dessa forma, as cinco regras da FAP orientam o terapeuta no trabalho clínico, 
de modo que as sessões sejam propícias à emissão e modelagem de 
comportamentos clinicamente relevantes. 
Legenda 
Terapeuta 
Cliente 
Antecedente 
Resposta 
Consequência 
 
 
Vale ressaltar que regras são estímulos verbais que descrevem ou especificam 
contingências; elas alteram as funções de estímulos e as funções comportamentais 
envolvendo aqueles estímulos. Logo, orientam o terapeuta a: 
1. Estar atento aos CRBs. 
Na terapia, a consequência primeira do comportamento do cliente é o comportamento 
do terapeuta. Ao identificar os CRBs ocorrendo em “tempo real”, aumenta a 
probabilidade de o terapeuta responder ao cliente de forma terapêutica – da forma 
como for terapêutica àquele CRB e à história de reforçamento daquele cliente. 
2. Evocar os CRBs. 
Sugere que o terapeuta evoque CRBs, ou seja, evoque os comportamentos-problema 
(CRB 1) para que sejam trabalhados criando condições para a emissão de 
comportamentos-alvo (CRB 2). A observação de CRBs sugerida na regra 1, facilita 
ao terapeuta entender quais são os eventos antecedentes que evocam os 
comportamentos-problema, fornecendo ao terapeuta maior previsão sobre 
contingências que podem evocaro comportamento problemático e contingências que 
o terapeuta pode programar para evocar comportamentos de melhora. 
3. Responder aos CRBs. 
Sugere ao terapeuta reforçar naturalmente os CRBs 2 do cliente. Reforçar 
naturalmente, neste caso, consiste em valer-se das ações e reações interpessoais 
presentes na relação terapêutica, de forma semelhante à maneira como as pessoas 
do ambiente social do cliente reagiriam caso ele emitisse comportamentos de 
melhora. Portanto, reações arbitrárias do terapeuta devem ser evitadas. 
4. Avaliar o efeito de seu responder no cliente. 
É fundamental que o terapeuta verifique o efeito das consequências fornecidas por 
ele ao CRB 2 do cliente: 1) avaliando os efeitos emocionais observados no 
comportamento do cliente e/ou descritos por ele; 2) verificando a alteração da 
frequência de emissão de CRBs 2 pelo cliente, no futuro; 3) buscando formas de 
fortalecer os efeitos de seu comportamento que seriam reforçadores para o CRB do 
cliente, mas que não são percebidas por ele. 
5. Fornecer interpretações e estratégias de generalização. 
 
 
Deve ser utilizada quando a função da resposta do terapeuta de “fornecer 
interpretações” for a de criar/favorecer condições para mudanças de comportamentos 
do cliente. O foco da FAP não é ensinar o cliente a analisar; fornecer análises e/ou 
ensinar o cliente a analisar seu próprio comportamento será apenas uma ferramenta 
quando/se isso ajudar o cliente a se engajar em comportamentos de mudança. O 
objetivo não é entender, é levá-lo a fazer diferente, em direção àquilo que faça sentido 
para ele. Nessas situações, as análises irão auxiliar em: 1) produção de regras 
interpessoais mais efetivas; 2) instalação/manutenção do comportamento do cliente 
de ficar sob controle das contingências interpessoais – e não só de regras; 3) aumento 
do contato do cliente com as variáveis que controlam o seu comportamento. 
 Alguns estudos têm sugerido que o reforço natural de CRB 2 - que consiste na 
regra 3 - parece ser o principal mecanismo de mudança de comportamentos 
do cliente. 
 Na FAP, o modo de ajudar o cliente é por meio destas diferentes funções das 
ações do terapeuta durante a sessão. Logo, o primeiro objetivo terapêutico é 
construir um relacionamento genuíno e intenso para que os problemas-alvo do 
cliente realmente ocorram dentro da sessão, para serem trabalhados ao vivo. 
 Com base na descrição das cinco regras, podemos ver que, para a FAP, o 
terapeuta precisa ter uma postura ativa e atenta, observando, evocando e 
consequenciando comportamentos que são importantes para a melhora do 
cliente e os que são incompatíveis com ela! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vermes, J. S. (2012). Clínica analítico-comportamental infantil: a estrutura. IN: N. B. 
Borges & F. A. Cassas (Orgs.). Clínica analítico-comportamental: Aspectos teóricos e 
práticos. Porto Alegre: Artmed. 
 
PRIMIERO CONTATO 
 Antes de qualquer intervenção, é necessário a coleta de dados e a formulação 
de um diagnóstico, ainda que não seja dentro dos parâmetros da psiquiatria. 
Faz parte do primeiro contato, o preparo da primeira consulta com a criança. 
Para isso, deve-se investigar o que a criança sabe sobre a terapia e muitas 
vezes orientar os pais sobre como abordar isso de forma simples e realista. 
 O comportamento é multideterminado! 
➜ Avaliar um comportamento significa submetê-lo a uma série de condições e 
observar quais são as mudanças apresentadas (repertório da criança). Exemplo: usar 
estimulações diferenciadas para ver qual repertório a criança tem. 
 Ideia de apresentação: "Você vai conhecer um psicólogo, que é uma pessoa 
que ajuda as pessoas a tentarem resolver seus problemas e serem mais 
felizes. Lá você vai conversar, brincar, desenhar para ele te conhecer melhor 
e te ajudar". 
 
CLÍNICA ANALÍTICO-COMPORTAMENTAL INFANTIL 
 Não existe separação entre a fase de avaliação e outras de intervenção. A 
partir da intervenção, o profissional observa seus efeitos e compara com as 
condições anteriores. 
 Não existe um único modo de se iniciar o trabalho com as crianças. 
 A escolha sobre quem é convocado para os encontros iniciais pode se basear 
em alguns critérios: idade, tipo de queixa, de onde e de quem partiu o 
encaminhamento, contexto, entre outros. 
 
 
 
 A coleta de informação deve ser feita com todos os envolvidos. 
 A escolha por excluir a criança do primeiro encontro se deve a fatores como: 
adequação do tema para a faixa etária; o estabelecimento do contrato é com 
os responsáveis da criança. 
 A presença dos pais é de extrema importância (frequentando as sessões, 
experimentando novas formas de agir e fornecendo dados que irão ajudar no 
processo). 
➜ Problemas infantis muito frequentemente são problemas familiares. 
 A primeira preocupação deve ser o estabelecimento de um vínculo. 
➜ As brincadeiras são estratégias no trabalho infantil para: estabelecimento do 
vínculo, avaliação de comportamentos e a intervenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A apresentação do clínico, o contrato e a estrutura dos encontros iniciais na clínica analitico 
comportamental. IN: N. B. Borges & F. A. Cassas (Orgs.). Clínica analítico-comportamental: 
Aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: Artmed. 
 
➜ Há evidências de que eventos que ocorrem na fase inicial de uma psicoterapia 
podem predizer sua duração e o resultado do tratamento. 
 
O CONTRATO 
 O estabelecimento do contrato é funcionalmente semelhante a contingências 
da vida do cliente que modelaram seu comportamento. 
 É um “documento” de comum acordo (terapeuta e cliente). 
 São "acordos". 
 Sigilo; honorários; horários; periodicidade; faltas e reposições; duração das 
sessões; forma de trabalhar etc. 
 Quando o cliente for criança, adolescente ou interdito – autorização do 
responsável (questão legal). 
 Para a AC, o contrato se aproxima de uma regra estabelecida e mantida pelo 
terapeuta e seu cliente, e a aquiescência ou não a ela pode pode indicar 
instâncias clinicamente relevantes do comportamento do cliente. Exemplo: 
relação à pagamento; cumprir horários etc. 
 O combinado do sigilo estabelece contingência para a "intimidade"/confiança. 
 O sigilo é o elemento do contrato mais estreitamente ligado ao estabelecimento 
do assim chamado "vínculo terapêutico". 
 
APRESENTAÇÃO DO CLÍNICO 
 Mostrar-se disponível e responder dúvidas. 
 Respostas do cliente que surpreendem o clínico. 
 Supervisões e encaminhamento a outro profissional. 
 
 
 
 O comportamento do clínico também pode mudar em função e seu ambiente! 
 Os cuidados quanto à apresentação pessoal do clínico, sua postura, seus 
gestos, modo como interage com o cliente devem expressar segurança, 
disponibilidade afetiva, cordialidade, atenção competência.

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