Buscar

Resenha Crítica Filme "A Onda" de 1981

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

FMU - Centro Universitário Das Faculdades Metropolitanas Unidas
	
Resenha Crítica do Filme “A Onda” 1981
Ciências Políticas e Fundamento do Direito Eleitoral 
São Paulo
2020
 Dirigido por Alex Grasshoff, o filme “A Onda” originalmente chamado “The Wave” de 1981, retrata o experimento “The Third Wave” feito pelo professor de história Ron Jones, com a intenção de explicar a seus alunos o efeito das ações do regime nazista sob a população alemã durante a Segunda Guerra Mundial.
 O filme inicia-se com o professor de história Ron Jones da Escola Secundária Cubberley, de Palo Alto no estado da Califórnia nos Estados Unidos, no ano de 1967, passando um filme que retrata os ocorridos ao decorrer do regime nazista na Alemanha. Ao termino do filme, uma aluna lhe pergunta qual era o embasamento a sociedade alemã apoiava a ideologia associada nazista. Sem possuir alguma resposta para sua aluna, Ron Jones decide fazer um experimento sociológico com seus alunos. Jones passa a ser um indivíduo completamente autoritário em sala de aula, obrigando seus alunos portar-se corretamente em classe, elegendo formas corretas de sentar-se, andar em sala de aula e referir-se a professor, iniciando um verdadeiro movimento fascista. Seu lema era comunidade, força e disciplina. 
 O experimento a princípio demonstra diversas melhorias, Ron Jones percebe que o desempenho de seus alunos em sua matéria cresce consideravelmente devido a extrema cobrança de disciplina. A frequência dos alunos em suas aulas fica maior e surgem novos alunos influenciados pela força do movimento, querendo fazer parte da “Terceira Onda”. É após alguns dias que Jones percebe que seu experimento está saindo do controle, quando surge diversas denuncias, a respeito de alunos que não compactuam com o movimento e até mesmo agressões a alunos que não concordam em participar do movimento fascista.
 Ao final, Ron Jones, em um comício, revela a seus alunos que os mesmos faziam parte de um experimento sociológico, com a intenção de mostra-los como o fascismo poderia se introduzir em sociedade.
 Devida a ausência do senso crítico para diferenciar o bem e o mal na fase de formação a qual se encontravam os alunos, o professor Jones teve facilidade para alucina-los, instituindo um regime completamente autoritarista onde ele era o autoritário, sem que os alunos vissem maldade nisto. O professor é visto como autoridade em sala, um ser proveniente de informações corretas, quais os alunos necessitam para uma evolução intelectual. O que não permitiu que os alunos percebessem que, com atitudes e ordens de Ron Jones, suas liberdades individuais e autonomia de pensamentos, estavam dando lugar a uma obediência cega e inquestionável à autoridade absoluta que era Jones. Fazendo com que os alunos compactuassem sem qualquer questionamento, com as ideias e ordens do professor. Uma forma de governo que contraria completamente o ideal de liberalismo político de Montesquieu em “O Espírito das Leis”, que defende a limitação do poder do governante, para que não ocorra o absolutismo e a prevalência de suas vontades sobre a vontade social. Podemos levar em consideração também a obra de Jean Jacques Rousseau “O Contrato Social”, que defendia a primazia e soberania da sociedade e a política da vontade coletiva, onde o governo é submisso a vontade social. O que não é presente no regime fascista de Jones “A Terceira Onda” e nos regimes nazifascistas, devida a absoluta submissão do povo perante os ideais de seus lideres, vetando qualquer resquício de liberdade aos olhos de Rousseau.
 O ideal ultranacionalista e características presentes no filme como o expansionismo, controle de propagação de informações, culto ao líder e o totalitarismo, são características completamente persuasivas e contemporâneas. Seja ela de extrema-direita ou extrema-esquerda, é completamente possível ver em nosso cotidiano ações políticas com estes ideais. Porém, decorrente o avanço tecnológica e facilidade no acesso à informações, a disparidade ideológica é cada dia maior, o que dificulta a instauração de um regime nos moldes nazifascista nos dias atuais. Dificuldade esta que não torna tal ação impossível, mas, se implantado nos dias de hoje, não haverá total adesão da população, gerando uma forte oposição, que tornaria um movimento completamente frágil e instável.

Continue navegando