Buscar

Pensamento Pedagogico de Rousseau

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

10
	
Pensamento Pedagógico de Rousseau
Licenciatura em Ensino Básico
Discentes: Albertina Alfredo Bata
 Dalmira Américo Raúl
 Edson Francisco Abrantes
 Gilda Raimundo Manjate
 Zulfa Andre Unicela Manhique
Maxixe
2020
	
Universidade Save - Extensão de Maxixe
Escola Superior de Educação e Psicologia
Licenciatura em Ensino Básico
Pensamento Pedagógico de Rousseau
	Trabalho de investigação científica apresentado na cadeira de Historia de Educação para efeito de avaliação.
Docente: Dr. Venâncio Chauque
Maxixe
2020
Índice
Introdução	4
Objectivo geral	4
Objectivos específicos	4
Metodologia.	4
1. Breve historial do Rousseau	5
2.Pensamento Pedagógico de Rousseau.	5
2.1 Princípios provindos do pensamento pedagógico de Rousseau.	6
2.2.Pilares fundamentais da pedagogia de Rousseau.	7
3.A pedagogia naturalista	8
4. Pontos negativos sobre a pedagogia de Rousseau.	8
Conclusão	9
Referências bibliográficas.	10
Introdução
Ao mergulhar numa obra importante, espera-se que dela se possa sair com uma amplitude maior de saberes, com a compreensão refinada da temática desenvolvida e com a proposição de novos conhecimentos, seja para a dinâmica existencial, para a ocupação profissional ou para a convivência social. Foi esta a experiência realizada ao nos inteirar do trabalho sobre o “Pensamento pedagógico de Rousseau”. 
Os pressupostos básicos de Rousseau a respeito da educação eram a crença na bondade natural do homem, e atribuir a civilização a responsabilidade pela origem do mal. A educação devirá levar o homem a agir por interesses naturais e não por imposição de regras exteriores artificiais, pois, só assim o homem poderia ser dono de si próprio. 
Para a materialização do trabalho, seguimos como objectivos os seguintes:
Objectivo geral
· Compreender o pensamento pedagógico de Rousseau.
Objectivos específicos 
· Descrever o pensamento pedagógico para a educação na perspetiva de Rousseau. 
· Explicar o contributo da pedagogia da obra Emílio para a educação do homem.
· Descrever princípios pedagógicos de Rousseau.
· Apontar os pontos fracos da pedagogia de Rousseau.
Metodologia.
Para a elaboração do presente trabalho utilizou se como método a revisão bibliográfica que constituiu a leitura de vários artigos e obras de autores diferentes que versam sobre a matéria em estudo e a interacção entre os membros do grupo, e de referir que todas obras consultadas estão devidamente citadas e apresentadas na página das referências. 
1. Breve historial do Rousseau
Jean Jacques Rousseau (1712-1778) autor suíço, nascido em Genebra no século XVIII, foi um dos mais importantes autores do iluminismo francês precursor das ideias socialistas e do romantismo, contestador da propriedade privada. Foi considerado o grande teórico da educação, um marco na pedagogia contemporânea, seus pensamentos influenciaram na revolução francesa.
2. Pensamento Pedagógico de Rousseau.
Rousseau não é um educador, no sentido prático do termo, e sim, um pensador da Educação. Ele mesmo o revela na seguinte passagem do Emílio: “A exemplo de muitos outros, não porei mãos à obra, mas à pluma e, em lugar de fazer o que se deve, empenhar-me-ei em dizê-lo.” (ROUSSEAU, 1999, p. 27). 
A preocupação de Rousseau se prende à filosofia da educação e não às didácticas particulares. Assim, seu campo de interesse circunscreve-se aos princípios e não à apresentação de técnicas pedagógicas. 
Refiro-me ao princípio da benignidade natural humana, segundo o qual o ser humano é bom por natureza, mas corrompido pela sociedade. No Emílio, esse princípio tem sua expressão cunhada nos seguintes termos: “tudo está bem quando sai das mãos do autor das coisas, tudo degenera entre as mãos do homem” (ROUSSEAU, 1999, p.7).
Partindo, desse princípio, Rousseau defende a ideia de que a preparação da criança para uma existência imune à opinião, isto é, autêntica, bem como para o convívio social razoável, deve ser realizada de forma tal que, sua bondade natural, seja preservada da influência corruptora da sociedade. 
Intimamente vinculado ao princípio geral da benignidade natural, temos outro princípio fundamental, o da liberdade. Ora, sendo o elemento distintivo, da educação de Rousseau, a formação do homem razoável, conservando nele os predicativos da bondade natural, nada mais lógico fundar sua educação sobre a liberdade. Mesmo porque a liberdade é o principal elemento a comprovar com o bem-estar da criatura humana, ao mesmo tempo em que é em ser livre que consiste seu bem-estar essencial. 
Rousseau, no Emílio, assim formula seu princípio de liberdade: 
“O homem verdadeiramente livre só quer o que pode e faz o que lhe agrada. Eis a minha máxima fundamental. Trata-se de aplicá-la à infância, e todas as regras da educação decorrerão dela.” (ROUSSEAU, 1999, P. 76). 
O conceito de liberdade aqui, como se pode notar, não é absoluto. Comporta certas condições: liberdade não é fazer tudo que se quer indistintamente.
Assim, o princípio da liberdade constitui na pedra de toque da filosofia da educação de Rousseau.
2.1 Princípios provindos do pensamento pedagógico de Rousseau. 
Subordinados aos dois princípios gerais apresentados benignidade natural e liberdade, Rousseau nos apresenta vários outros princípios de conotação mais específica, dentre os quais destacamos os seguintes: o princípio da adaptabilidade entre a idade do educando e o conteúdo de seu aprendizado.
Segundo Rousseau (1999, p. 223) citado por Da Silva (2009, p21) uma criança sabe que deve tornar-se adulta, todas as ideias que podem ter sobre a condição de adulto são oportunidades de instrução para ela, porém, sobre as ideias dessa condição que não estão ao seu alcance, ela deve permanecer numa ignorância absoluta. 
As lições devem ser coerentes com a idade da criança, pois cada idade encerra, em si, uma capacidade de compreensão. Portanto, é indispensável a colaboração do preceptor, no sentido de despertar o interesse da criança para as diversas realidades ao seu alcance de compreensão. A curiosidade natural deve ser incentivada a desenvolver-se, pois é esta a fonte do desejo de aprender. 
Isso nos leva a outro princípio rousseauniano expresso da seguinte forma:
“Não se trata de ensinar-lhe as ciências, mas de dar-lhe o gosto para amá-las e métodos para aprendê-las quando esse gosto estiver mais desenvolvido. Este é com toda a certeza um princípio fundamental de toda boa educação.
Se ele próprio vos fizer perguntas, respondei quanto necessário para alimentar a sua curiosidade, não para satisfazê-la” (ROUSSEAU, 1999, p.212).
Uma vez adquirido o desejo de aprender e já exercitado a maneira de fazê-lo, o educando está, então, de posse das condições de conduzir seu próprio processo de aprendizagem, ainda que dependa do preceptor no sentido de orientar essa condução à essa ou àquela direcção. Estamos, então, diante do princípio da formação autónoma do educando:
 “É preciso que o amor-próprio do professor deixe sempre algum espaço para o seu; é preciso que ele possa pensar: eu compreendo, eu entendo, eu ajo, eu me instruo” (ROUSSEAU, 1999, p. 329).
A educação autónoma não significa assistematicidade, pois há objectivos e metas a alcançar. Então, para que o preceptor articule esse plano e conduza o aluno a aprender por si mesmo, é imprescindível a posse de um conhecimento profundo do educando. Isso então nos leva a outro princípio, manifesto da seguinte forma:
 “ Começai, pois, por melhor estudar vossos alunos, pois com toda a certeza não os conheceis” (ROUSSEAU, 1999, p. 4).
Outro princípio importante da educação de Rousseau é o da contextualização do aprendizado. Esse princípio se mostra conflituante com as práticas pedagógicas de sua época, as quais nada resultavam além da simples retenção de conteúdos na memória. Criticando essa educação tagarela como diz Rousseau, ele aconselha: 
“Não deis a vosso aluno nenhum tipo de lição verbal. Ele deve receber lições somente da experiência” (ROUSSEAU, 1999, p. 89).
E mais à frentereforça esse princípio com as seguintes palavras: 
“Vossas lições devem consistir mais em actos do que em palavras, pois as crianças facilmente se esquecem do que disseram e do que lhes dissemos, mas não do que fizeram e do que lhes fizemos” (ROUSSEAU, 1999, p.101).
 Se as lições verbais são inadequadas, então o que assegurará a participação do preceptor no aprendizado do aluno? Só resta uma opção: participar com ele nas experiências de construção de seu conhecimento. São muitas as variações dos princípios fundamentais da educação rousseauniana apresentados no Emílio. 
2.2. Pilares fundamentais da pedagogia de Rousseau.
· A defesa de uma educação que leve em conta a natureza própria da criança e das particularidades da sua idade.
· Uma educação que se desenvolve por meio de órgãos dos sentidos e por meio da experiencia individual das pessoas com a natureza.
· A defesa da liberdade do homem. Em outras palavras, isso significa ser contra qualquer tipo de educação rígida, severa baseada em castigos.
· Uma didáctica baseada na independência da criança, da sua habilidade de observar e compreender o que a rodeia, submetendo as leis da natureza.
· O professor deve seguir um princípio de “ não intervenção” ou seja, o papel do educador é servir de orientador no processo de ensino - aprendizagem.
· Ensino de diferentes tipos de trabalhos, artesanais ou agrícolas, como forma de aprender ocupações ou ofícios úteis.
· A partir dos 16 anos, as crianças devem voltar à sociedade e a educação moral deve prepara-las para realizar boas acções. Assim a educação moral deve formar pessoas de bons sentimentos, bons juízos e boa vontade.
3. A pedagogia naturalista 
A pedagogia do Rousseau é naturalista, por esta pregar o evangelho da natureza ante a cultura e a sociedade. A apreciação, embora verdadeira, não é toda verdade. A natureza é o primordial na teoria da educação rousseuísta, mas é interpretada de várias maneiras. 
A natureza humana é regida por leis gerais racionais, acima de todas as circunstâncias históricas e sociais. 
Na ordem natural diz ele ao falar do Emílio “todos os homens são iguais, sua vocação comum é o estado do homem …Ao sair das minhas mãos, não será, convenho nisto, nem magistrado, nem soldado, nem sacerdote: será primeiramente homem, tudo quanto um homem deve ser”. 
A educação humana exige primeiro a liberdade, a independência entre os homens, “a liberdade bem regrada”. Mas essa liberdade não é ilimitada, é regulada pela necessidade, pela força das circunstâncias naturais que substituem o mando e a obediência sociais, artificiais.
4. Pontos negativos sobre a pedagogia de Rousseau.
Como todas teorias, tem também a de Rousseau alguns pontos fracos, dos quais:
A sua ideia sobre a educação da mulher, que se reduz a ser companheira do homem; A falta da educação popular, educação em massa; É também excessiva sua concepção optimista a acção da natureza, do desenvolvimento espontâneo sem acção directa a educação. Finalmente, não é admissível o papel que atribui ao seu educador, de mero acompanhante do educando e limitado a um só aluno.
Conclusão 
A educação formulada por Rousseau se posiciona na contramão do paradigma de dominação da época. Em plena sintonia com a tradição do Antigo Regime o educador de então constituía o centro do processo ensino - aprendizagem. Em uma analogia com a revolução coperniciana, os princípios da educação de Rousseau configuram-se em bases sólidas à subversão da ordem de então e, assim, desloca o centro do processo educativo do educador para o educando. Por conseguinte, antes de pretender que a criança se adapte à expectativa do educador, este, deve, ao contrário, ajustar as lições ao nível de entendimento, bem como, aos interesses e aptidões de seus alunos. Essa exigência impõe, ao educador, a condição de eterno aprendiz. Rousseau nos adverte que antes do preceptor se pôr a dar lições é preciso aprender com o aluno.
Além de Rousseau combater a ideia de que a teoria e a prática educacional, junto à criança, deviam girar em torno dos interesses do adulto e da vida adulta, mostrou que as necessidades da criança e as condições de seu desenvolvimento são peculiares a sua fase de desenvolvimento. Ou seja, que cada fase de vida: infância, adolescência, juventude e maturidade são portadoras de características próprias, respeitando a individualidade de cada um. Com relação à posição desses princípios, frente ao contexto ideológico contemporâneo à sua formulação, compreendemos que é de radical antagonismo.
· Educando a criança é o seu próprio padrão de referência. A criança é espontaneamente generosa e livre, sendo até melhor do que o adulto, pois este é adulterado pela sociedade.
· Educador o professor é o pólo coadjuvante da relação pedagógica e deve estar a serviço da criança. O conhecimento surge da criança.
· Aprendizagem a aprendizagem pressupõe que o indivíduo detém em si mesmo a razão. A educação possibilita o desenvolvimento do homem integral.
Referências bibliográficas. 
· GADOTTI, Moacir, Os mestres de Rousseau. São Paulo: Cortez. 2004.
· COURA, Aline Sarmento. Princípios fundamentais da educação em Rousseau. In: II colóquio Rousseau: origens, 2005. Campinas. Anais electrónicos. Campinas: IFCHUNICAMP. 2006. Disponível em: <http://www.unicamp.br/~jmarques/gip/Coloquio2005.htm> Acesso em: 03 Maio 2007.
· LUZURIAGA, Lorenzo, História da Educação e da Pedagogia, 10ª Edição. Companhia Editora Nacional. 
· ROUSSEAU, Jean Jacques, Emílio ou da Educação, DIFEL, 3ª Edição

Continue navegando