Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Contabilidade Aplicada a ME e EPP *Material adaptado, feito com base nos estudos do curso de férias realizado junto a Faculdade Visconde de Cairu - FAVIC. Por: Virginio Santos SUMÁRIO Microempreendedor Individual, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte 2 2 - MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL 3 2.1 Pré Requisitos 3 2.2 Benefícios de ser MEI 3 3 - MICROEMPRESA 3 3.1 Pré Requisitos 3 3.2 Ranking por Região: 4 3.3 Ranking por Setor Econômico 4 4 - EMPRESAS DE PEQUENO PORTE 4 4.1 Pré Requisitos 4 4.2 Ranking por Região 4 4.3 Ranking por Setor Econômico 4 5 - BENEFÍCIOS DA LEI GERAL DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE 5 5 - OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 5 5.1 OBSERVAÇÃO 1 5 5.1.2 Micro Empresa 5 5.1.3 Empresa de Pequeno Porte 5 5.2 OBSERVAÇÃO 2 5 6 - ENQUADRAMENTO e DESENQUADRAMENTO 6 6.1 Transição Entre Microempresa & Empresa de Pequeno Porte 6 7 - ADESÃO AO SIMPLES NACIONAL 6 8 - TABELA DE ENQUADRAMENTO 7 Microempreendedor Individual, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte A LC 123/2006 (Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas) classifica as empresas por faturamento bruto anual. Segundo esta Lei, enquadram-se no grupo de Micro e Pequenas Empresas: “ a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário”. Ainda segundo o mesmo regramento estas empresas devem ser “registradas no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas.” Após a promulgação da Lei Geral as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte em 14 de Dezembro de 2006, ocorreu em 07 de Agosto de 2014 a promulgação da Lei Complementar nº 147, que tem o intuito de por meio de tratamento diferenciado concedido a estas empresas fomentar a sua sobrevivência no mercado, seu crescimento e competitividade. Já o MEI - Micro Empreendedor Individual é uma modalidade regida pela Lei Complementar nº 128/2008. Traz algumas facilidades ao pequeno empreendedor por oferecer o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) que pode ser um facilitador nos momentos de “abertura de contas bancárias, obtenção de empréstimos e emissão de notas fiscais” mais benefícios podem ser conferidos no capítulo 2 deste material. 2 - MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL 2.1 Pré Requisitos ● Faturamento Anual de Até: R$ 81.000,00 ● Possui no máximo 1 (um) funcionário; ● Não pode ser sócio ou titular de outra empresa; 2.2 Benefícios de ser MEI ● Abertura de Conta Bancária; ● Maior facilidade na obtenção de empréstimos (comparando com pessoa física); ● Pode emitir várias Notas Fiscais; ● Enquadra-se no Simples Nacional (ou seja tem isenção de tributos federais como IR, PIS, COFINS, IPI e CSLL); ● Direito a Aposentadoria por Idade e Invalidez; ● Auxílio Doença; ● Auxílio Maternidade; ● Pensão por Morte. 3 - MICROEMPRESA 3.1 Pré Requisitos ● Faturamento Anual de Até: R$ 360.000,00; - P/ O BNDES ● Possui até 9 funcionários nos casos de Comércio ou Serviços - P/ O SEBRAE ● Possui até 19 funcionários se for Indústria e Construção Civil. - P/ O SEBRAE 3.2 Ranking por Região: 1º Sudeste: 48,8% dos quais 60% situam-se no estado de São Paulo; 2º Sul: 20,3% dos quais 40% situam-se no estado do Paraná; 3º Nordeste: 17,8% com maior concentração em: Bahia, Ceará e Pernambuco; 4º Centro-Oeste: 8,5% com a maioria sediada no estado de Goiás; 5º Norte: 4,6% com a maioria sediada no estado do Pará; Fonte: SEBRAE 2018 3.3 Ranking por Setor Econômico Comércio: 47,2% atuação principal em vestuário, acessórios e produtos alimentícios; Serviços: 33% puxado por atividades de transporte rodoviário de carga, contabilidade, serviços de escritório e de apoio administrativo, manutenção e reparo mecânico de automóveis. Indústria: 14,5% Construção Civil: 4,6% Agropecuária: 0,7% Fonte: SEBRAE 2018 4 - EMPRESAS DE PEQUENO PORTE 4.1 Pré Requisitos ● Faturamento Anual Entre: R$ 360.000,00 e R$ 4,8 milhões; - P/ O BNDES ● Possui de 10 a 49 funcionários no caso de Comércio e Serviços - P/ O SEBRAE ● Possui de 20 a 99 funcionários se for Indústria e Construção Cívil - P/ O SEBRAE 4.2 Ranking por Região 1º Sudeste: 52,3% concentração nos estados de São Paulo (60%) e Minas Gerais ( 19,1%); 2º Sul: 22,2% maior concentração no estado do Rio Grande do Sul; 3º Nordeste: 13,7% maior concentração nos estados de Bahia e Pernambuco; 4º Centro-Oeste: 8,3% maior concentração no estado de Goiás; 5º Norte: 3,6% concentração principal no estado do Pará. Fonte: SEBRAE 2018 4.3 Ranking por Setor Econômico Comércio: 45,7% nos ramos de vestuário e acessórios, produtos alimentícios, restaurantes e peças e acessórios para veículos; Serviços: 38,5% sendo transporte de carga, medicina ambulatorial e empreendimentos imobiliários; Indústria: 9,9%; Construção Civil: 4,2%; Agropecuária: 1,6% Fonte: SEBRAE 2018 5 - BENEFÍCIOS DA LEI GERAL DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE ● Simplificação e Desburocratização ● Facilidades para acesso ao mercado ● Facilidades para obtenção de crédito e à justiça; ● Estímulo à inovação e à exportação. 5 - OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 5.1 OBSERVAÇÃO 1 “Para fins desses enquadramentos, o limite de faturamento deverá ser considerado proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade no ano-calendário, utilizando para o cálculo a fração dos meses correspondente.” Com isso, o que se pode inferir é o seguinte: 5.1.2 Micro Empresa Sabemos que se o limite de receita bruta anual da ME é de R$ 360.000,00 logo o seu limite mensal será de R$ 360.000,00 / 12 meses = R$ 30.000,00. No entanto, uma empresa constituída em Junho terá também o limite mensal de R$ 30.000,00, assim sendo seu limite anual cai para R$ 210.000,00 pois deve haver uma proporcionalidade com a quantidade de meses do ano restantes, ou seja: R$ 30.000,00 x 7 meses = R$ 210.000,00 no ano inicial. 5.1.3 Empresa de Pequeno Porte Da mesma forma o limite da receita bruta anual sendo R$ 4.800.000,00, sabe-se que o mensal será de R$ 400.000,00. Assim sendo uma empresa aberta em Agosto terá sua receita bruta daquele ano fixada em R$ 2.000.000,00, que equivale ao cálculo: R$ 400.000,00 x 5 meses. 5.2 OBSERVAÇÃO 2 “Na abertura da empresa, o enquadramento é feito a partir da previsão de quanto o negócio vai faturar naquele ano. Para os demais períodos, considera-se sempre o faturamento do ano anterior como base para realizar o enquadramento.” “Complementar nº 123/2006 estabelecia que as expressões “microempresa” ou “empresa de pequeno porte”, ou suas respectivas abreviações (ME ou EPP), deveriam ser acrescentadas ao final do nome empresarial (BRASIL, 2006). Porém, a Lei Complementar nº 155/2016 revogou o referido artigo, estabelecendo que, a partir de 1º de janeiro de 2018, não são mais permitidos registros de empresas com a partícula ME ou EPP ao final do nome empresarial (BRASIL, 2016)” 6 - ENQUADRAMENTO & DESENQUADRAMENTO 6.1 Transição Entre Microempresa & Empresa de Pequeno Porte ➔ Se a Microempresa (ME) ultrapassar o limite da receita bruta anual, no ano-calendário seguinte passará a ser Empresa de Pequeno Porte (EPP). ➔ Já se a Empresa de Pequeno Porte (EPP) não ultrapassar o limite mínimo da receita bruta anual (R$ 360.000,00) passa a ser Microempresa (ME) no ano-calendário seguinte. Observe então que ela pode retroagir na sua classificação com base no faturamento. ➔ Se a Empresa de Pequeno Porte (EPP) ultrapassar o limite da receita bruta anual fixado em R$ 4.800.000,00, tornar-se-á excluída do tratamento jurídico diferenciado disposto na LC 123/2006 e do Simples Nacional no mês subsequente à ocorrência da ultrapassagem de limite. Havendo aqui algumas ressalvas a saber: ➔ ◆ Se o excesso de receita não for superior a 20% da receita bruta permitida (ou seja 20% de R$ 4.800.000,00), os efeitos da exclusão se darão no ano-calendário subsequente. ◆ A Empresa de Pequeno Porte que durante o ano-calendário de sua abertura ultrapassar o limite proporcional de receita bruta para o resto do ano em 20% ou mais tornar-se-á excluída do tratamento jurídico diferenciado e doSimples Nacional com efeitos retroativos ao mês de início de suas atividades. ● Caso ultrapasse o limite de receita bruta proporcional ao restante do ano em menos de 20%, os efeitos da exclusão se darão no ano calendário seguinte. 7 - ADESÃO AO SIMPLES NACIONAL Embora uma dos maiores benefícios de ser ME ou EPP seja a possibilidade de optar pelo Simples Nacional, é importante frisar que o simples fato de classificar-se como Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte não é uma garantia de que a empresa pode optar por este regime de tributação. Isso porque a Lei nº 123/2006 e a Lei nº 147/2014 trazem algumas vedações quanto as pessoas jurídicas que podem aderir ao Simples Nacional: ● de cujo capital participe outra pessoa jurídica ou o inverso; ● que seja agência, filial, escritório ou representação, no Brasil de pessoa jurídica com sede no exterior; ● de cujo capital participe pessoa física que seja sócia de outra empresa que possua um tratamento jurídico diferenciado de acordo com a lei geral e cuja receita bruta global ultrapasse o limite de classificação; ● em que o titular participe com mais de 10% do capital de outra empresa que não seja beneficiada por esse regime e cuja receita bruta global ultrapasse o limite de classificação. ● cujo sócio seja administrador de outra pessoa jurídica com fins lucrativos e cuja receita global ultrapasse o limite de classificação. ● constituída sob forma de cooperativa (exceto as de consumo); ● que seja constituída de sociedade por ações; ● que exerça a atividade de banco comercial. de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou crédito imobiliário, de corretora ou distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil. de seguros privados e de capitalização ou previdência complementar; ● que seja resultante de cisão ou outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha acontecido em um dos cinco ano-calendários anteriores; e ● cujos titulares guardem de forma cumulativa relações de pessoalidade, subordinação e habitualidade com o contratante do serviço (BRASIL 2006; 2014) 8 - TABELA DE ENQUADRAMENTO Errata da Tabela acima: Onde consta R$ 60 mil como limite de faturamento do MEI, o correto atualmente é de R$ 81.000,00, como pontuado anteriormente.
Compartilhar